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terça-feira, 28 de novembro de 2023

9 exames para detectar doenças cardiovasculares


Tabagismo, obesidade e diabetes são alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

 

As doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortes no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, são mais de 11 mil mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 90 segundos. O consumo em excesso de álcool, obesidade, diabetes, hipertensão arterial e tabagismo são alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de cardiopatias.

 

Segundo Manfredo Kenji Naritomi, cardiologista do Hospital Nipo-Brasileiro, na maioria dos casos, a doença evolui no decorrer dos anos sem apresentar sintomas. Portanto, é de grande importância uma avaliação para detecção de possíveis problemas cardíacos já existentes e identificar fatores de risco que contribuem para o surgimento de doenças futuras.

 

Os exames preventivos do coração compreendem uma lista de testes que podem detectar anormalidades no coração, a redução de fluxo sanguíneo para o órgão, a pressão arterial, a presença de placas de gordura nos vasos sanguíneos e outras alterações.

 

O MinhaVida listou nove desses exames e como são feitos. Confira!

 

1. Ecocardiograma

O ecocardiograma, também conhecido como ecocardiografia, é um dos procedimentos mais usados para o diagnóstico de doenças cardíacas. Ele usa ondas de alta frequência (ultrassom) emitidas por todas as partes do coração para produzir uma imagem em movimento. Os resultados são mais detalhados do que os obtidos em um raio X, além de não expor o paciente à radiação.

Durante a realização do exame, as ondas de ultrassom são emitidas por um transdutor, que pode ser colocado sobre o tórax (transtorácico) ou esôfago (transexôfago) do paciente sob um gel, para ajudar a transmitir as ondas. Em alguns casos, ele é colocado sobre um cateter no interior do coração.

O exame pode ser usado para detectar anormalidades no coração (como válvulas defeituosas e defeitos congênitos) e alargamento das paredes ou câmaras do coração, como ocorre em pacientes com hipertensão arterial, insuficiência cardíaca ou cardiomiopatia. Além disso, ele também pode identificar e monitorar a redução de fluxo sanguíneo para o coração, condição que é mais aparente quando o coração está trabalhando mais intensamente.

 

2. Eletrocardiograma

O eletrocardiograma, ou eletrocardiografia, é um exame capaz de verificar a existência de problemas cardíacos a partir do dos impulsos elétricos do coração, que são registrados em um papel através do eletrocardiógrafo. Ele pode ser usado para detectar ou acompanhar:

Irregularidades no ritmo cardíaco

Problemas com válvulas do coração

Doença arterial coronariana

Inflamação da membrana que envolve o coração

Hipertrofia das câmaras cardíacas

Doenças genéticas

Defeitos cardíacos

Durante a realização do exame, os eletrodos (ligados ao eletrocardiógrafo) são fixados na parte frontal do peito, nos tornozelos e nos pulsos do paciente, com o auxílio de um gel que facilita a medição. É importante que a região esteja limpa e, caso necessário, pode ser indicada a depilação na área. O exame leva de cinco a dez minutos para ser concluído.

 

3. Radiografia do tórax

A radiografia de tórax, também chamado de raio X de tórax, é um exame que utiliza radiação ionizante, em doses baixas, para registrar imagens que mostram a forma e o tamanho do coração e o contorno dos grandes vasos sanguíneos nos pulmões e no tórax.

Normalmente o exame é feito com o paciente em pé, ereto, mas as radiografias torácicas podem ser feitas com a pessoa deitada na maca se ela não consegue se manter de pé. Em seguida, um aparelho é utilizado para enviar feixes de raios X através do corpo e registrar as imagens.

 

As radiografias podem detectar o crescimento do coração que, em muitos casos, é consequência de insuficiência cardíaca ou de uma valvulopatia. Alterações no fluxo sanguíneo para o coração também podem ser vistas em exames de raio X.

 

4. Teste ergométrico

Também conhecido como teste de esforço, o teste ergométrico é um exame que avalia as respostas clínica, cardiovascular, anatômica, eletrocardiografia e metabólica do corpo ao exercício físico — uma vez que doenças cardíacas só se manifestam quando o coração está trabalhando com mais intensidade.

O exame permite avaliar a resposta da pressão arterial ao exercício, além de diagnosticar doenças cardiovasculares, sendo a principal delas a doença arterial coronariana. Ele pode ser realizado em uma esteira ergométrica ou na bicicleta ergométrica. O paciente estará com monitorização do eletrocardiograma e da pressão arterial enquanto realiza um exercício físico que começa com baixa intensidade e vai aumentando progressivamente.

 

5. Cateterismo cardíaco

O cateterismo é um procedimento que utiliza um fino cateter inserido na corrente sanguínea até o coração para examinar a circulação das coronárias ou avaliar arritmias cardíacas.  Na maioria dos casos, ele é recomendado para pacientes com sintoma de angina (dor torácica provocada pelo estreitamento das veias que transportam sangue para o coração) ou infarto.

Quando o cateterismo é utilizado como um teste para doenças cardíacas, o especialista é capaz de:

Localizar estreitamento ou bloqueios nos vasos sanguíneos que possam causar dor no peito (angiograma)

Medir os níveis de pressão e oxigênio em diferentes partes do coração (avaliação hemodinâmica)

Verificar a função de bombeamento do coração (ventriculograma direito ou esquerdo)

Pegar uma amostra de tecido do coração (biópsia)

Diagnosticar defeitos cardíacos presentes desde o nascimento (defeitos cardíacos congênitos)

Procurar problemas nas válvulas do coração.

O procedimento é feito com o paciente acordado. Após a aplicação da anestesia local, é inserido um cateter através de um pequeno corte, que pode ser no punho, no pescoço, na virilha ou na perna, para acessar uma artéria. Durante o procedimento, o paciente tem uma agulha intravenosa colocada na mão ou braço para administrar qualquer medicamento necessário, além de eletrodos no peito para acompanhar os batimentos cardíacos.

 

6. Holter 24 horas

O holter 24 horas é definido como um eletrocardiograma com duração de 24 horas. Para ser feito, são colocados eletrodos no tórax do paciente, conectados em um monitor que fica preso à cintura. Ela é capaz de registrar, detectar e quantificar a variação do ritmo cardíaco durante a prática de atividades diárias.

“A pessoa deve manter a rotina do dia-a-dia, fazer as atividades que geralmente faz e se possível, reproduzir as ocasiões que provocam os sintomas. A ideia é fazer um eletrocardiograma durante o dia todo, em busca de arritmias”, explicou o cardiologista Bruno Valdigem previamente ao MinhaVida.

 

7. MAPA

O exame MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) é um exame que mede a pressão arterial a cada 20 minutos, durante 24 horas, enquanto o paciente realiza suas atividades diárias e durante o sono. Para realizá-lo, é colocada uma braçadeira (como aquelas dos aparelhos de medir pressão) no braço ligada a um monitor que fica preso na cintura. Ele é capaz de detectar e registrar alterações na pressão arterial durante a prática de atividades rotineiras.

 

8. Cintilografia

A cintilografia é um exame de imagem da medicina nuclear que utiliza doses mínimas de substâncias radioativas e é capaz de avaliar a circulação sanguínea nas artérias coronárias. O material radioativo é injetado em repouso ou durante esforço físico — em esteira, bicicleta ou com medicação. Ele é útil especialmente para verificar isquemia cardíaca.

"Assim, o material radioativo 'pinta' as áreas com fluxo normal de sangue e deixa 'não pintada' qualquer área onde o fluxo seja insuficiente - e podemos ver onde o miocárdio está em sofrimento (isquemia). Podemos ver se isso acontece só no esforço físico ou se acontece, também, sem fazer esforço. Costuma durar pelo menos 6 horas", explicou o cardiologista Bruno Valdigem previamente ao MinhaVida.

 

9. Tomografia e ressonância do coração

A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são exames de imagem que permitem avaliar a forma e as funções do coração. Para isso, a tomografia utiliza raio X com soluções de contraste de iodo para analisar o funcionamento do músculo cardíaco. Já a ressonância utiliza um campo magnético e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do coração. Ambos são úteis para o diagnóstico e para o acompanhamento de cardiopatias.

 

Quando os exames cardíacos são indicados?

Os exames cardíacos geralmente são indicados para o acompanhamento de doenças cardiovasculares, para pessoas sedentárias que pretendem iniciar atividades físicas e para pacientes que apresentam algum sinal de alerta, como dor ou desconforto torácico, tontura, desmaio, palpitações, falta de ar ou cansaço sem causa aparente. Além disso, alguns podem ser importantes para a identificação precoce de fatores de risco, como hipertensão arterial.

 

“Sabe-se que cerca de 50% dos pacientes portadores de hipertensão arterial ou diabetes mellitus desconhecem ter a doença. E no caso da dislipidemia, hipertensão arterial e diabetes existe um componente hereditário — o que significa que mesmo que tenha hábitos saudáveis, peso e dieta adequados, com prática regular de atividade física, por conta do histórico familiar o indivíduo poderá ter algum fator de risco”, explica Manfredo.

 

Por esse motivo, é recomendado, aos 20 anos de idade, realizar uma avaliação clínica com eletrocardiograma, dosagem de glicemia, colesterol total e triglicerídeos. Caso o paciente não apresente alterações, deve ser feita uma nova avaliação em três anos, até os 40 anos de idade. A partir dessa idade, recomenda-se uma avaliação anual.

 

“Estima-se que cerca de 80% dos óbitos decorrentes de doença cardiovascular possam ser evitados com um bom controle dos fatores de risco, daí a importância da identificação precoce destes fatores”, finaliza o especialista.

 

Referências

Sociedade Brasileira de Cardiologia - Manual MSD - Versão Saúde para a Família - Ministério da Saúde

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-23521 - Susana Targino - Assistente Editorial - Dr. Manfredo Kenji Naritomi - andresr/GettyImages


"Deem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre!" (Salmos 136:1)


segunda-feira, 1 de julho de 2019

9 dicas para detectar fake news na área da nutrição


O poder (para o bem ou para o mal) dos alimentos é um dos principais alvos de boatarias e opiniões apaixonadas na internet

Depois da nossa matéria sobre os influenciadores da saúde em geral, nós separamos algumas pegadinhas das redes sociais específicas sobre nutrição. Explica-se: a alimentação é uma das áreas mais atingidas pelas notícias falsas, ao ponto de o Conselho Federal de Nutrição (CFN) ter emitido em 2018 um alerta sobre o tema.

“Nas mídias sociais, as fake news chamam a atenção para equívocos e atitudes de risco, prometendo dietas milagrosas sem nenhuma comprovação científica, prescritas por pessoas sem formação acadêmica”, declara o texto da entidade. Ao adotar sugestões de origem duvidosa, a saúde é ameaçada.

Para ajudar você a detectar uma armadilha do tipo, conversamos com a nutricionista Carolina Sartori, de Brasília, que em seu perfil desmente com evidências alguns dos boatos. Ela é uma das entusiastas do projeto Saúde Honesta, que desmistifica o tema com o auxílio de diversos profissionais.

1. Fuja de quem usa o termo “detox”
A desintoxicação de quaisquer substâncias nocivas é feita pelo nosso corpo normalmente, desde que os rins e outros órgãos estejam funcionando. Não há qualquer indício confiável de que as dietas, chás e receitas detox tenham algum efeito extra na remoção de toxinas do organismo.
O importante é comer bem, sem radicalismos.

2. Demonização de alimentos é furada
As expressões “sem lactose” e “sem glúten” estão em alta nos rótulos das prateleiras e nos “publis” do Instagram. Só que esses alimentos só devem ser retirados da dieta de quem é alérgico ou intolerante a eles.
Riscar qualquer item do cardápio sem necessidade pode levar a deficiências nutricionais e problemas de saúde. No caso do glúten, a retirada não só não traz benefícios como pode elevar o risco de doenças crônicas não transmissíveis.

3. Ainda não há cura para doenças incuráveis
Parece óbvio, mas há muitas promessas de eliminar a aids e outras doenças crônicas com um alimento ou planta. Se a condição é considerada incurável, não dá para acreditar em uma alegação do tipo.

4. Desconfie da supervalorização dos alimentos
Vamos dar um exemplo, o da canela. Ela é um alimento termogênico, pois acelera o gasto de energia do organismo. Só que esse efeito é discreto, ou seja, seria preciso comer porções cavalares para que o corpo perdesse peso por causa dessa queima.

Vale a máxima: nenhum alimento ou nutriente sozinho melhora a imunidade, emagrece ou cura doenças.

5. Encrencar com exames é sinal de alerta
É comum encontrar nutricionistas ou outros profissionais de saúde dizendo que o valor de referência da dosagem de vitamina D ou outros marcadores nos laboratórios é errado, e que na verdade deveríamos ingerir mais do que isso.
Como o excesso de nutrientes e o tratamento de doenças inexistentes podem ser prejudiciais e até colocar a vida em risco, vale ficar com o número oficial, que é calculado baseado em anos de estudo e passa pela análise de dezenas de profissionais e entidades médicas.

6. O ortomolecular não existe
Essa especialidade não é reconhecida pelo Conselho Federal de Nutrição, e geralmente quem a defende vende uma longa lista de exames e suplementos para supostamente balancear os nutrientes do corpo e, assim, promover o emagrecimento e prevenir doenças.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) também já se posicionaram contra a abordagem.

7. Não aceite dietas da moda
Se o influencer oferece um cardápio pronto para ser seguido à risca por todo mundo e promove dietas da moda, melhor dar unfollow.
A alimentação deve ser individualizada, porque seu sucesso e segurança dependem de muitos fatores pessoais (peso, idade, estilo de vida, histórico de saúde, condição socioeconômica…). E qualquer profissional deve respeitar essas particularidades, inclusive dando voz para que a própria pessoa tome certas decisões informadas.

8. Nutricionistas não devem prescrever hormônios
Existem alegações sobre o papel de hormônios no emagrecimento e até a manipulação de versões sintéticas deles para esse fim. Só que os hormônios devem ser prescritos apenas por médicos – e depois do diagnóstico de uma condição de saúde que justifique isso.
Os Conselhos Regionais de Nutrição desaprovam a prática, e há uma lei que proíbe a recomendação de hormônios para fins estéticos, como prevenir o envelhecimento, até para os médicos.

9. Não existe milagre rápido com o cardápio
Por último, um dos pontos que faz mais sucesso nas redes. Perder peso rapidamente, secar a barriga, dobrar a massa magra e todas as promessas de resultados imediatos e impressionantes devem levantar suspeitas.
Toda mudança do tipo exige intervenções duradouras no estilo de vida e uma dose de disciplina.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/9-dicas-para-detectar-fake-news-na-area-da-nutricao/ - Por Chloé Pinheiro - Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

6 sinais que o corpo dá semanas antes de um infarto

Muitos sintomas são ignorados, mas podem ajudar a detectar um infarto antes mesmo de acontecer

Cerca de 30% das mortes no Brasil acontecem por causa de doenças cardiovasculares, a maior causa de óbitos no mundo todo, sendo o infarto o grande vilão. Também chamado de infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco, esse problema pode ser fatal.

O infarto acontece quando uma ou mais artérias que levam oxigênio ao coração (artérias coronárias) são obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue, formado em cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria.

Algumas pessoas estão mais propensas para uma ataque cardíaco. Os principais fatores de risco para um infarto são: tabagismo, hipertensão, colesterol elevado, diabetes, sedentarismo, obesidade, estresse, alcoolismo e histórico familiar de infarto.

Porém, com o cuidado e atenção devida, é possível notar sinais (ainda que muito sutis) de um infarto semanas antes de acontecer. "Os sintomas precoces aparecem em cerca de 50% dos casos, mas costumam ser ignorados", afirma o cardiologista Rogério Marra, do Hospital Samaritano de São Paulo. Abaixo, descubra alguns sinais que, se combinados, podem ser indicativos precoces de infarto:

1. Dor na região torácica
"Às vezes o primeiro sintoma se externa como dor na região do tórax e peito, podendo irradiar de formas diferentes, pelos ombros, costas, braços, pescoço e até mandíbula", explica Marra. Essa dor surge de forma súbita, enquanto a pessoa realiza suas atividades normais ou até dormindo.

2. Falta de ar
A sensação de aperto no peito pode interferir nos pulmões, traduzindo-se na dificuldade de respirar. "Tamanho desconforto no paciente, isso pode gerar uma falta de ar", diz o especialista.

3. Náusea, indigestão, azia ou dor abdominal
Por causa desses sintomas, muitas vezes o problema é confundido como um simples desconforto digestivo. "O médico deve estar muito atento e, se possível, ser especialista para conseguir fazer o diagnóstico correto", de acordo com Marra.

4. Tontura
Algumas semanas antes de um infarto, também é possível vivenciar tonturas. Por isso, é importante "evitar dirigir nesse caso, pois arritmias e desmaios podem colocar em risco você e os outras pessoas", ressalta o cardiologista Bruno Valdigem, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

5. Suor frio
Junto com a tontura, o paciente também pode relatar suor frio, decorrente das dores no peito. "Apesar de ser um sintoma simples, eles representam algo progressivo: quanto mais cedo a pessoa chegar no hospital, mais fácil será diminuir os danos", afirma Marra.

6. Fraqueza
A fraqueza passa despercebida muitas vezes, mas é preciso atenção, pois pode ser um indicativo de algo mais grave. "Esse quadro é um desafio, pois de todas as avaliações do pronto socorro, 20% são relacionadas ao coração, então o médico pode não entender que esse sintoma se trata do coração", conta Rogério.


sábado, 29 de outubro de 2016

10 sintomas inusitados do câncer

Eles são mais comuns do que você pensa e frequentemente negligenciados. Saiba o que querem dizer - sem precisar entrar em paranoia

Se o rastreamento de alguns tumores por meio de exames ainda gera debates acalorados entre os médicos, existe uma estratégia mais simples (e muito recomendada) que ajuda a detectar a doença mais cedo: prestar atenção nas pistas que o organismo oferece. “Muitas vezes, elas são ignoradas por temor ou comodidade, e aí o indivíduo não procura o especialista”, lamenta o oncologista Alan Azambuja, do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre.

Um levantamento realizado pelo Cancer Research UK, fundação inglesa que patrocina pesquisas na área, listou dez sinais da doença ignorados com frequência. Para chegar a eles, cerca de 1 700 pessoas com mais de 50 anos responderam a questionários sobre os incômodos que eles haviam sentido nos três meses anteriores. Metade dos participantes declarou ter experimentado algum sintoma relacionado ao desenvolvimento de um tumor. Os autores selecionaram 50 indivíduos do grupo para uma apuração mais criteriosa e descobriram que 45% nem chegaram a consultar o doutor para ver o que estava acontecendo.

Como você verá a seguir, esses sintomas são bastante triviais e, na maioria dos casos, sugerem problemas fáceis de lidar, como um resfriado ou diarreia. Por outro lado, existe a possibilidade de essas manifestações serem o primeiro vestígio de uma condição mais séria. Então, a pergunta que fica é: quando se inquietar de verdade sem precisar cair na hipocondria? A resposta está na intensidade e no tempo de duração desses sinais. “Se eles persistirem acima de três semanas, é preciso realizar uma investigação aprofundada”, diz a oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Em casos específicos, em que há outros fatores de risco envolvidos, não dá nem pra esperar esse período. Se um fumante está com tosse e dificuldades para engolir, por exemplo, já passou da hora de visitar o consultório. Confira agora a relação entre dez sintomas menos conhecidos e o surgimento do câncer:

1.Caroços (pode indicar vários tipos de câncer)
Esses inchaços ocorrem no sistema linfático, rede de vasos e gânglios essenciais para a imunidade. Uma célula cancerosa pode sair de seu lugar de origem e acabar presa ali. “Os caroços são duros e não doem”, diz o oncologista Marcelo Cruz, do Hospital São José, em São Paulo.

2.Dificuldades para engolir (câncer de garganta ou de esôfago)
Lesões malignas nesses órgãos dificultam a deglutição. “Essa obstrução parcial causa um desconforto ao engolir a comida“, conta Maria Del Pilar. Para aliviar o mal-estar, muitos indivíduos adotam uma dieta pastosa e exageram nos líquidos.

3.Tosse e rouquidão (câncer na garganta ou nos pulmões)
São sinais de encrenca nas vias respiratórias. Se um tumor aflige algum setor nos caminhos por onde passa o ar, como os pulmões, o reflexo pode ser uma tosse chata e persistente. “Já o câncer de garganta é capaz de acometer algum nervo que irradia as cordas vocais, prejudicando a fala”, aponta o cirurgião de cabeça e pescoço Carlos Roberto dos Santos, do Hospital de Câncer de Barretos, no interior paulista. Embora esses sintomas sejam ligados a alergias e resfriados, é bom examinar mais a fundo o que está acontecendo se eles teimarem por várias semanas.

4.Mudança na rotina intestinal (câncer colorretal)
Ok, é natural ir mais vezes ao banheiro ou sofrer constipação quando você experimenta novos pratos durante uma viagem, tem uma quebra de hábitos muito brusca ou passa por uma situação de estresse. Mas, se não há nada que justifique o desajuste, é prudente ficar atento. “Dependendo de sua localização, os tumores de intestino grosso aumentam a frequência das fezes e propiciam quadros de diarreia intensa”, informa Maria Del Pilar. Caso a enfermidade se situe na porção final do órgão, perto do reto, o formato do cocô se modifica: ele se torna fino e quebradiço. A colonoscopia, um exame que vasculha as paredes do órgão, é a melhor maneira de verificar se existe uma multiplicação anormal de células na região.

5.Perda de peso sem motivos (vários tipos de câncer)
Tumores conseguem sequestrar parte do combustível que abasteceria as células saudáveis. “Elem usam a energia do organismo para se desenvolver”, esclarece o oncologista Gustavo Fernandes. Não é raro que a condição também abale o apetite, o que faz o peso cair.

6.Alteração no hábito de urinar (câncer de próstata ou de bexiga)
Esse sinal é mais comum em homens. “O crescimento da próstata provoca um estreitamento do canal da uretra, por onde passa a urina”, detalha Alan Azambuja. Aí o sujeito visita o banheiro repetidamente e sente irritação ao liberar o xixi. “O jato de urina fica fraco e há uma sensação de não conseguir esvaziar a bexiga”, descreve Azambuja.

7.Sangramento sem razão (tumores ginecológicos, colorretal e de medula)
A perda de sangue não pode ser considerada normal. “A formação de úlceras na parede de órgãos com câncer leva a sangramentos”, esclarece Cruz. Para piorar, a doença afeta a coagulação. Daí, o líquido vermelho pode ficar fluido demais e escorrer com facilidade.

8.Dor inexplicável (vários tipos de câncer)
Ramificações do sistema nervoso, que gerencia as sensações dolorosas, podem ser afetadas por uma massa tumoral. “Ela aperta os nervos e causa um desconforto constante”, resume Fernandes. A dor é contínua e não passa com analgésicos. Tal sintoma varia de acordo com a posição em que a doença se alastra. “As únicas formas de solucionar a dor é retirar o tumor ou diminuir sua extensão”, diz o médico.

9.Ferida que não cicatriza (vários tipos de câncer)
“O primeiro sinal de câncer na boca ou na garganta é um machucado que não fecha”, alerta Santos. Porém, não basta checar só essas bandas do corpo. Qualquer ferimento na pele que não melhora com remédios e curativos merece cuidados. Isso acontece porque tumores podem interferir na coagulação do sangue e desestabilizar o processo de cicatrização.

10.Modificação na aparência de verrugas (câncer de pele)
Manchas, pintas e verrugas devem ser acompanhadas de perto. “Principalmente aquelas com saliências, bordas irregulares e cores variadas”, detalha Cruz. Também vale cuidado dobrado com estruturas que coçam e sangram. É preciso vigiar a pele no banho e consultar o dermatologista se notar essas marcas estranhas.


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Saiba como realizar o autoexame da mama


O autoexame das mamas através do toque é a maneira mais popular para detectar o câncer. Aprenda como fazer

Segundo o mastologista, Sergio Masili, médico do Instituto do Câncer do Hospital das Clínicas de São Paulo, além de se consultar anualmente com um ginecologista, a mulher deve fazer o autoexame das mamas em casa, uma vez por mês, logo após a menstruação, que é quando o seio está em seu tamanho normal. Aprenda como realizar o exame: