Todos os anos, milhares de novos casos de câncer de
mama são descobertos no Brasil. A estimativa para 2016 era de 57.960 novos
casos da doença no país, sendo que 99% dos casos acometem as mulheres. Os
números assustam e a realidade é árdua, mas ainda assim há razões para ser
otimista.
As chances de cura para os casos descobertos
precocemente são em média de 88.3% e aproximadamente 30% dos casos podem ser
evitados com hábitos saudáveis. Uma alimentação balanceada e a prática de
atividades físicas regulares são fatores determinantes para se proteger contra
qualquer tipo de câncer. O excesso de gordura abdominal também é outro fator de
risco que aumenta em 74% o risco de desenvolver a doença.
Felizmente, a cada ano que passa aumentam as ações
que visam a conscientização desse tipo de câncer. Nos Estados Unidos, a
campanha Outubro Rosa existe desde 1990 e no Brasil as ações começaram a ser
praticadas em 2002. Essas iniciativas são importantes para alertar sobre os
perigos, incentivar o autoexame e aproximar pessoas que já tiveram o problema,
criando comunidades e laços com instituições que fomentam pesquisas e arrecadam
doações.
Vale lembrar mais uma vez que quanto mais cedo a
doença for detectada, maiores são as chances de cura. Saber realizar o
autoexame e estar ciente de quais ações podem diminuir os riscos de desenvolver
esse tipo de câncer são práticas fundamentais. E é exatamente por isso que a
conscientização e a educação são tão importantes.
10 coisas que você precisa saber sobre o câncer de
mama
Temos acesso a muitas informações o tempo todo que
podem nos deixar assustados sem motivo nenhum. Será que todas elas são
verdadeiras? Fique atenta aos mitos e verdades sobre o câncer de mama que
ouvimos por aí:
Estar bem informada e ciente sobre qualquer coisa é
o primeiro passo para evitar maiores preocupações, ainda mais se tratando de um
assunto tão sério como o câncer de mama.
12 sinais indicativos de câncer de mama
A mamografia é, sem dúvidas, o método mais seguro
para saber se há a presença de nódulos que podem ser malignos. Porém, existem
alguns sinais que que podem indicar se há alguma coisa errada com suas mamas. A
organização Worldwide Breast Cancer elencou os 12 sintomas comuns que se
manifestam nos pacientes de câncer de mama. Confira:
Pele grossa e presença de nódulos: Se você notar que
sua pele está mais grossa e você consegue sentir algum nódulo, fique atenta.
Pode ser apenas uma característica do período menstrual ou da amamentação, mas
se eles permanecerem ou aumentarem, procure um médico.
Covinhas nas mamas: “Covinhas” nos seios são outro
sinal que se deve dar atenção. Elas podem aparecer durante o período menstrual
ou quando usamos roupas muito apertadas. Caso elas persistam por mais tempo,
pode ser um sinal de câncer de mama.
Mamilos e aréolas com aspecto rugoso: A Doença de
Paget é um tipo de câncer que acomete os mamilos e aréolas. Ela se caracteriza por
uma crosta e um aspecto rugoso e áspero nessas regiões. Em alguns casos também
pode haver secreção com sangue. Esses sintomas podem indicar câncer de mama.
Mamas vermelhas e quentes: Isso é normal na
amamentação, mas em outras situações é preocupante. O câncer de mama
inflamatório tem essas características, pois ele dificulta o fluxo de sangue na
região.
Secreções: Fluidos aquosos, leitosos e até mesmo com
sangue são comuns quando os seios estão se desenvolvendo e principalmente no
período da amamentação. Se seus seios expelirem alguma secreção e você não
estiver passando por nenhuma dessas situações, fique atenta e procure um
médico.
Feridas na pele: Nem sempre feridas são sinal de
câncer de mama, mas elas sempre merecem atenção. Se elas começarem a crescer e
ter mau cheiro, vá até um médico de sua confiança.
Caroços elevados: Alguns nódulos podem aparecer na
superfície da pele e, conforme vão crescendo, ficam visíveis nas mamas. É
importante lembrar que nem todo nódulo significa um tumor maligno, mas somente
um médico pode dar o diagnóstico correto.
Mamilo retraído: Algumas pessoas já tem os mamilos
para dentro por natureza. Se esse for seu caso não há motivo para preocupações.
Já se você notar que seus mamilos estão tomando esse formato, fique atenta.
Veias crescentes: Veias com aspecto inchado nas
mamas pode ser um indicativo de tumores. Geralmente, os tumores exigem que o
sangue seja bombeado para eles, o que aumenta o volume de sangue nas veias.
Mudança no formato ou tamanho: Qualquer mudança de
formato ou tamanho nas mamas fora do período da amamentação é preocupante. Se
essas mudanças persistirem também fora do período menstrual, é melhor visitar
um médico.
Aspecto de casca de laranja: Mamas inchadas e com
várias covinhas pequenas com aspecto celulítico podem ser um indicativo de
câncer de mama. Como o fluxo de sangue torna-se irregular, as células da pele
podem sofrer essas alterações.
Nódulos: O sinal mais comum de um tumor nas mamas é
o nódulo. Ele pode ser pequeno ou grande, mas sempre merece sua atenção. Se
encontrar qualquer tipo de caroço nas mamas, procure um médico.
Vale reforçar que, muitos dos sintomas podem
aparecer e não estarem ligados ao câncer de mama. Procure ajuda médica em caso
de recorrência de um ou mais sinais.
Como é feito o diagnóstico
Para um diagnóstico seguro, algumas etapas são
necessárias para que o tratamento indicado seja o mais adequado e eficiente.
Confira o passo a passo do diagnóstico:
Segundo a Dra. Livia Daia, ginecologista e
mastologista, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia
deve ser feita anualmente nas mulheres com mais de 40 anos sem antecedentes
familiares de câncer de mama. Com o exame, pode-se detectar possíveis lesões,
como nódulos de aspectos irregulares ou microcalcificações agrupadas, que podem
ser indícios de câncer de mama.
Após isso, é feita a biopsia, que consiste em retirar
um pequeno pedaço da lesão para ter um diagnóstico correto. Se o resultado da
biopsia for positivo para câncer, os médicos estudam o perfil do câncer para
indicar o tratamento adequado, que pode ser iniciado com uma cirurgia para
retirada do tumor ou com quimioterapia.
Consultar um médico logo após a constatação de
qualquer irregularidade com as mamas é imprescindível. Quanto mais tardio o
diagnóstico, menores são as chances de cura.
E como você pode se prevenir?
Segundo dados da Agência Internacional para a
Pesquisa do Câncer, 30% do casos podem ser evitados com hábitos saudáveis, como
a prática de atividades físicas regulares e alimentação balanceada. Além disso,
as mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame uma vez por mês fora
do período menstrual. A Dra. Livia Daia diz que ele pode causar um certo
desconforto e dar a falsa sensação de nódulos, mas ele é de extrema
importância.
Além de realizar o autoexame apalpando as mamas, dê
uma atenção especial aos seus seios. Qualquer alteração que seja estranha, pode
ser um indicativo de problemas mais graves. Olhe-se mais no espelho, conhecer
seu próprio corpo é fundamental.
A mamografia, principalmente depois dos 40 anos, é
obrigatória. O autoexame é essencial, mas só detecta nódulos com pelo menos 1
centímetro, o que pode indicar um estágio mais avançado da doença. Caso o
nódulo seja muito pequeno, somente a mamografia poderá identificá-lo. É comum
dizerem que a mamografia dói, o que não é verdade. Ela pode causar incômodos
que são necessários para cuidar da saúde das suas mamas. Pense nisso!
Veja como fazer o autoexame no banho:
Separe alguns minutos do banho para cuidar da saúde
das suas mamas. É rápido, simples, fácil e essencial para a sua saúde.
Você sabe qual o seu risco de desenvolver o câncer
de mama?
Embora o câncer de mama seja uma doença que pode
acometer qualquer pessoa, existem alguns fatores que aumentam o risco e também
alguns que podem auxiliar na prevenção. Confira qual é o seu risco de
desenvolver câncer de mama:
A campanha do Outubro Rosa traz várias ações que
auxiliam na prevenção da doença e que acolhem pessoas que estão passando por
esse momento ou que já se curaram. Divulgar a campanha dá força ao movimento e
leva ao conhecimento de cada vez mais pessoas informações que podem salvar
vidas.
Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/outubro-rosa/
- Escrito por Beatriz Castells - ISTOCK