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terça-feira, 9 de abril de 2019

INCA desvenda mitos sobre alimentos que curam ou que causam câncer


Carboidrato alimenta o tumor? Carnes não devem consumidas? Entenda esses e outros boatos sobre a alimentação e o câncer

Você já deve ter se deparado com alguma das famosas "fake news", que cada dia ganham mais força na internet. Tratam-se de informações mentirosas, que acabam se disseminando pelas redes sociais e, o pior, essas notícias mentirosas acabam afetando a saúde da população. E foi por isso que o Instituto Nacional do Câncer - INCA, órgão integrante do Ministério da Saúde, lançou a cartilha "Dietas Restritivas e Alimentos Milagrosos Durante o Tratamento do Câncer: Fique fora dessa!".

"Todos os dias, uma quantidade enorme de informações falsas, sem embasamento científico, que prometem ajudar na cura do câncer, chega por meio das redes sociais, de amigos e até mesmo de alguns profissionais. É preciso ter muito cuidado! Colocar em prática muitas dessas orientações pode comprometer a sua saúde e o seu tratamento, em vez de te ajudar. Esse é o caso das dietas restritivas e alimentos milagrosos, que são temas frequentes na Internet", é explicado na cartilha. Abaixo, veja os principais mitos alimentares sobre o tratamento do câncer:

Mito 1: "Carboidratos (pão, farinha de trigo, açúcar, arroz etc) alimentam o tumor"
A principal função dos carboidratos é fornecer energia (glicose) para as células. Todas as células do nosso organismo precisam de glicose. Mas quando você deixa de consumir esse importante combustível, o organismo encontra outros meios de gerar glicose, por exemplo, usando proteínas dos músculos. Como consequência, você perde peso (e muito músculo!). Perder peso e músculos de forma não intencional pode gerar prejuízos para o seu corpo e para o seu tratamento.
O fato de o tumor também utilizar a glicose como fonte de energia não pode ser, portanto, justificativa para retirar os carboidratos da alimentação. Em vez de se preocupar em cortar os carboidratos, é mais importante se preocupar em consumir esse nutriente vindo de alimentos frescos, como grãos, cereais, frutas e verduras. Evite os carboidratos presentes em alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes, macarrão instantâneo, mistura para bolos e barras de cereais.

Mito 2: "Cortar carboidratos ajuda no tratamento do câncer" ou "Sua quimioterapia não vai funcionar se você comer carboidratos"
Alguns estudos feitos em laboratório com células e em animais concluíram que a restrição de glicose pode reduzir o crescimento de tumores. No entanto, o corpo humano é complexo, e o que a ciência descobre quando estuda um grupo de células/tumores quase nunca pode ser aplicado para seres humanos sem que antes sejam feitas pesquisas em humanos. Até o momento, não existem evidências científicas suficientes que confirmem que cortar carboidratos ajuda a "matar o tumor" em humanos. Também não é verdade que se você comer carboidratos durante o tratamento a quimioterapia não vai funcionar direito.
Alguns cientistas estão estudando o efeito de determinadas dietas na resposta ao tratamento do câncer, mas ainda não existem dados suficientes que possam gerar recomendações diferentes das atuais para pacientes em tratamento. O que pode ser orientado por enquanto é que você siga uma alimentação saudável, baseada em "comida de verdade" e sem alimentos ultraprocessados.

Mito 3: "Proteínas de origem animal (carne vermelha, ovos, queijos) devem ser cortadas da alimentação, pois alimentam o tumor"
A proteína é o principal componente estrutural das células, desempenhando importantes funções no nosso organismo, como transporte de substâncias no sangue, síntese de hormônios e construção dos músculos. É importante lembrar que o tratamento do câncer muitas vezes pode levar à perda muscular, principalmente quando ocorrem efeitos colaterais e emagrecimento. Por isso, ingerir proteínas em quantidades adequadas, além de garantir a manutenção de diversas atividades do seu organismo, mantém seus músculos saudáveis.
E por que manter seus músculos saudáveis é tão importante? Eles são responsáveis por minimizar as chances de que seu tratamento seja tóxico para você, reduzindo o surgimento de efeitos colaterais. Eles produzem força, o que irá permitir manter sua independência para as atividades cotidianas, além de prevenir quedas e reduzir a fadiga (cansaço).
Qual fonte de proteína devo escolher? As proteínas estão presentes nos vegetais, como feijões, grão de bico, lentilha, ervilha e castanhas; e nos alimentos de origem animal, como peixes, frango, carnes vermelhas, ovos, leite, queijos e iogurte natural. A carne vermelha, se bem tolerada, pode ser consumida, desde que não ultrapasse 500g por semana da carne já cozida. É importante também evitar o consumo de carnes processadas, como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, peito de peru defumado e blanquet de peru.

Mito 4: "Cogumelo do sol, noni, graviola, chá de graviola, chá verde, dentre outros muitos alimentos, curam o câncer"
Não existem alimentos que, milagrosamente, curam o câncer. Uma alimentação saudável é composta por diferentes tipos de alimentos protetores, como frutas, legumes, verduras, feijões e outras leguminosas, cereais integrais, castanhas e outras oleaginosas. Existem evidências claras de que uma alimentação saudável auxilia na prevenção e no tratamento do câncer. Quanto mais colorida for a sua alimentação, mais fortalecidas estarão as defesas do seu corpo e menores serão as chances de prejuízos no seu estado nutricional durante o tratamento.
Portanto, lembre-se sempre de pedir orientação médica antes de fazer alterações em sua alimentação e, em caso de dúvidas, procure o Serviço de Nutrição de um dos hospitais do INCA, pelos telefones abaixo:

Serviço de Nutrição do HC I: (21) 3207-1576

Serviço de Nutrição do HC II: (21) 3207-2846 / 3207-2945

Serviço de Nutrição do HC III: (21) 3207-3811


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Maioria das brasileiras só descobre o câncer de mama no autoexame


Levantamento realizado no Rio de Janeiro mostra que mulheres flagram a doença apenas quando sentem caroços ou outras alterações nos seios. Por quê?

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou uma pesquisa com 405 pacientes cariocas com tumores nas mamas. Os dados apontam que 66,2% detectaram o problema sozinhas, ao perceber que algo não estava bem no peito. Os principais sintomas relatados foram presença de caroços (89,6% das vezes), seguido por dores (20,9%), alterações na pele (7,1%), saída de secreção no mamilo (5,6%), mudanças no formato da mama (3,7%) e outras alterações no mamilo (2,6%).

A mamografia e outros métodos de imagem só revelaram a enfermidade em 30,1% das mulheres, enquanto 3,7% receberam o diagnóstico na consulta com o médico. Se por um lado isso reforça a importância de ficar atento aos sinais que o corpo dá, por outro denuncia a falta de estrutura básica para atender a população no sistema público de saúde — mesmo que seja para realizar testes de checkup importantes para encontrar doenças em seus estágios iniciais. Veja: o autoexame geralmente só é capaz de notar nódulos e malformações que já ultrapassaram 1 centímetro de extensão, o que complica o tratamento e reduz as chances de sucesso.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) divulgou uma nota com uma análise dos achados desse estudo — segundo ela, a alta taxa de diagnósticos feitos pelo toque nos seios decorre do baixo acesso às mamografias. “Em seus estudos, a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, em conjunto com a SBM, mostra que menos de 25% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram a mamografia pelo Sistema Único de Saúde em 2015”, afirma o informativo. “O Estado não pode repassar à brasileira o ônus de sua inoperância na realização de mamografias”. A entidade reforça ainda que passar pelo exame é um direito constitucional de todas aquelas que passaram dos 40 anos.


Atualmente, existe uma grande polêmica sobre a idade ideal para começar a se submeter a mamografia, o método mais indicado para diagnosticar a doença em sua fase inicial. Enquanto o Inca e a Organização Mundial da Saúde estabelecem que mulheres entre 50 e 69 anos precisam passar pelo checkup a cada dois anos, a SBM, a Sociedade Brasileira de Radiologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia acreditam que o teste deva ser iniciado antes, a partir dos 40 anos — e uma vez a cada 12 meses. As recomendações mudam se há histórico de câncer de mama na família: aí é importante passar pelo laboratório mais cedo. Diante da controvérsia, consulte seu médico para saber quando pedir a avaliação.

Confira abaixo a nota completa da Sociedade Brasileira de Mastologia

A Sociedade Brasileira de Mastologia reitera que a mamografia no Brasil é um direito de toda mulher acima dos 40 anos de idade. Deve ser lembrado que a mamografia não funciona isoladamente e, eventualmente, pode falhar. Ainda assim, é o único método que demonstrou reduzir a mortalidade por câncer de mama.

Os casos que acontecem no Brasil, nos quais a mulher descobre o seu próprio nódulo, se deve ao baixo índice de acessibilidade à mamografia pelo SUS. O Estado não pode repassar à mulher brasileira o ônus de sua inoperância na realização de mamografias. O baixo número desses exames realizado no Rio de Janeiro pelo SUS em 2015 (15,3%), em mulheres de 50 a 69 anos, demonstra que elas não estão tendo seu direito garantido, apesar da lei. É isso que reflete a pesquisa anunciada pelo INCA, ou seja, por não fazerem mamografia, as mulheres detectam o câncer pelo autoexame.

Em seus estudos, a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Mastologia, mostra que menos de 25% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2015.
Os estudos também confirmam as pesquisas divulgadas no Canadá e no Reino Unido, que revelam que a mamografia realizada entre 40 e 49 anos pode reduzir a mortalidade, considerando que, se feita anualmente, pode oferecer maior chance de cura e maior sobrevida para as mulheres que tiveram o infortúnio de desenvolver câncer de mama.

Hoje, ¼ das 58 mil mulheres que desenvolverão o câncer de mama no Brasil neste ano estarão entre 40 e 49 anos. Considerando que é um direito constitucional da mulher brasileira fazer a mamografia, a SBM recomenda que o exame mamográfico seja feito anualmente a partir dos 40 anos. E mais. Recomenda que a mulher possa e deva se autoexaminar, uma vez que conhecer o próprio corpo faz parte da obrigação de cada indivíduo. Esses fatos mostram que é fundamental o estado prover mamografia para todas as mulheres acima de 40 anos e que pontes possam ser construídas evitando que o peso recaia sobre os ombros da mulher brasileira.


sábado, 1 de abril de 2017

Tipos de câncer mais frequentes: tudo que você precisa saber sobre esses 10 tumores

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 8,2 milhões de pessoas em todo o mundo morrem em decorrência do câncer. Esse tipo de doença pode se manifestar em diversas partes do corpo - sempre tendo como característica principal a reprodução descontrolada de células anormais e malignas -, mas em algumas regiões, ele é mais comum.

Para facilitar a prevenção e o diagnóstico precoce deles, reunimos informações sobre os dez tipos de câncer mais comuns de acordo com o INCA.

Quais são os tipos de câncer mais frequentes?

Câncer de pele não-melanoma
Os cânceres de pele são classificados como melanoma, que surge da melanina que pigmenta a pele, e não-melanoma, que resulta em mutações nas demais células da pele. De acordo com o INCA, o segundo é o tipo de câncer mais incidente no Brasil, sendo responsável por aproximadamente 30% dos casos da doença e somando mais de 175 mil pacientes. Sua principal causa é a exposição solar desprotegida.
Sintomas
Os principais sintomas do câncer de pele são: lesões avermelhadas e com vasinhos; feridas que demoram para cicatrizar; lesões e manchas acompanhadas de coceira, ardência, descamação e sangramento; caroços na pele; manchas mais claras que o tom natural da derme.
Pintas assimétricas, com bordas, várias cores e crescimento progressivo também devem ser encaradas com cuidado pois podem se tratar de tumores malignos do tipo melanoma. Busque um dermatologista caso apresente esses indícios.
Prevenção
Já a prevenção é simples e começa pelo uso de filtro solar. Evitar a exposição solar em horários que o sol é mais intenso (das 10h às 16) e abusar de proteções físicas (como chapéus, óculos de sol e guarda-sol) também é indicado.

Câncer de próstata
O segundo tipo de câncer mais frequente é o de próstata, que atinge cerca de 60 mil homens anualmente. Essa glândula masculina fica na parte inferior da bexiga e tem a função de produzir alguns componentes do sêmen. Sua incidência atinge principalmente pessoas idosas.
As causas do câncer de próstata ainda não são conhecidas, mas sabe-se que seu aparecimento está ligado a fatores genético e exteriores, como má alimentação e obesidade.
Sintomas
Os sintomas costumam ser discretos e incluem dificuldade ou vontade excessiva de urinar. Quadros avançados apresentam dores pélvicas e infecções graves.
Prevenção
Assim como em outros tipos de tumor, a alimentação tem poder preventivo. Apostar em frutas, verduras, grãos e fibras é uma boa maneira de reduzir o risco de ter o problema. Atividades físicas, controle do peso e evitar o uso de drogas e álcool são outras atitudes benéficas.
Quando necessário, podem ser usadas estratégias de rastreamento para o câncer de próstata, como exame do toque retal e do marcador PSA, que devem ser indicadas expressamente por um médico, visto que em alguns casos podem trazer mais malefícios do que benefícios, como diagnóstico falso-positivo e realização de biópsia sem necessidade.

Câncer de Mama
Esse tumor aparece em segundo lugar no ranking de tipos de câncer mais frequentes entre as mulheres, logo atrás do tumor de pele. Responsável por mais de 55 mil casos anuais, é caracterizado pelo aumento anormal de células do seio e causado principalmente por mutação genética e histórico familiar. Todavia, outros fatores como tabagismo, alcoolismo, gestação e menopausa tardia também contribuem para seu aparecimento.
Sintomas
Anualmente, o Brasil registra mais de 50 mil casos de câncer de mama, cujos sintomas incluem: nódulos no pescoço, seio e axilas; alterações de tamanho e na pele da mama; lesões e secreção nos mamilos.
Prevenção
Ainda não há meios concretos de evitar esse tumor. Contudo, segundo o INCA, apostar em hábitos saudáveis, como alimentação adequada, atividade física, evitar álcool e cigarro pode diminuir em quase 30% a chance de ter o problema. Outro fator importante é a realização do autoexame e de testes periódicos, como o ultrassom mamário e a mamografia, visto que o câncer de mama detectado na fase inicial tem maior chance de cura.

Câncer de cólon e reto
Também chamado de câncer colorretal, ele atinge as partes finais do intestino grosso chamadas de cólon e reto. Geralmente, é fruto de predisposição genética, mas também pode ter relação com fatores externos como pólipos intestinais, quadro em que há o crescimento de tecido no interior do aparelho digestivo.
Sua taxa de mortalidade é baixa e o prognóstico de cura é melhor se a doença for descoberta logo nas fases iniciais.
Sintomas
Seus principais sintomas incluem: alterações nos hábitos do intestino, como intestino solto e constipação; dores abdominais; gases; sangramentos; perda de peso inexplicada; enjoo; fraqueza.
Prevenção
Uma forma de prevenir o câncer colorretal é apostar em uma alimentação balanceada e rica em fibras, que regulam o trato digestivo, além de praticar atividades físicas. Evitar drogas, álcool e carnes vermelhas demasiadamente são outras atitudes que colaboram para evitar a doença.

Pulmão, traqueia e brônquios
Aproximadamente 28 mil casos surgem por ano pelo câncer de pulmão. Ele também pode acometer outras partes do sistema respiratório, como a traqueia e os brônquios.
Sua principal causa é o tabagismo, que corresponde a 90% dos quadros. Outros fatores que provocam o acometimento são a inalação de fumaça de cigarro, químicos e poluição. Doenças do trato respiratório também podem impulsionar o aparecimento da doença, assim como fatores genéticos.
Sintomas
Tossir demasiadamente, escarrar sangue e ter pneumonias de repetição são os principais sinais desse acometimento.
Prevenção
Parar de fumar é o primeiro passo. Para se ter uma ideia do malefício desse hábito, o risco de ter câncer de pulmão diminui em apenas 20 minutos após largar o cigarro.
Outros atos preventivos válidos são manter uma alimentação adequada, evitar inalar fumaça tóxica, poluição e agentes químicos, tratar doenças pré-existentes, além de realizar exames preventivos se houver histórico da doença na família.

Câncer de estômago
Mais de 20 mil casos de câncer de estômago surgem todos os anos no Brasil. Os indivíduos mais propensos a ter essa doença são os homens acima de 70 anos, contudo as chances de ter o acometimento já são maiores a partir dos 50. Suas causas incluem predisposição genética e doenças como gastrite atrófica.
Sintomas
Sua manifestação inclui redução de peso sem motivo aparente, cansaço, sensação de estômago estufado, vômito, enjoo, dor no abdômen, alteração na cor e densidade das fezes, sangramentos no estômago, aumento do volume abdominal e nódulos no pescoço e umbigo.
Prevenção
Apostar em uma alimentação adequada, repleta de fibras, legumes e frutas cítricas, é uma maneira de prevenção do tumor, visto que essas comidas possuem vitamina C e betacaroteno que protegem o órgão.
Evitar drogas, álcool e cigarro é outro ponto importante, assim como não exagerar no consumo de alimentos industrializados. Cuidar da qualidade da água também é necessário, pois o líquido com alta quantia de nitrato pode aumentar o risco desse tumor.

Câncer de colo do útero
Esse tumor atinge o colo do útero, que é a parte inferior do órgão, também chamada de cérvix. Anualmente, faz mais de 16 mil vítimas. Entre suas principais causas está a infecção pelo papilomavírus humano, que é o nome dado ao vírus do HPV.
Depois de contraído, o que pode ocorrer por relação sexual ou contato indireto, o micro-organismo pode reagir de diferentes maneiras: em alguns casos o HPV é curado naturalmente, por meio do sistema imunológico, em outros causa feridas no colo do útero de cunho benigno ou de caráter malígno, que são câncer.
Sintomas
Os sintomas de câncer de colo de útero só costumam aparecer nas fases mais avançadas da doença. Nestes casos, pode surgir dor e sangramento na relação sexual, secreção anormal, cólicas intensas e alterações urinárias e intestinais.
Prevenção
Evitar o contágio pelo vírus é o primeiro passo para evitar o tumor. A camisinha não protege completamente, visto que o HPV também está em toda a pele da região íntima, mas já reduz o risco de contágio.
Diminuir o número de parceiros, tomar a vacina para HPV e realizar consultas e exames periódicos, como o papanicolau e a colposcopia, também são estratégias valiosas. Outros hábitos preventivos incluem parar de fumar e manter uma dieta equilibrada.

Câncer de boca
Com mais de 15 mil casos por ano, o câncer de boca pode afetar toda a cavidade oral, incluindo lábios, língua, palato, bochechas e gengivas. Costuma ser mais frequente em indivíduos do sexo masculino acima dos 40 anos.
Fumar e beber álcool aumentam a chance de ter a doença. Ter HPV também pode colaborar, assim como pegar sol nos lábios sem a devida proteção.
Sintomas
Lesões que não saram, nódulos, manchas e placas podem ser indícios de câncer na cavidade oral. Ficar com a voz rouca, ter dificuldade em engolir, mastigar e falar também, especialmente em casos mais avançados.
Uma boa alternativa para identificar os sinais é fazer o autoexame da boca, que é uma inspeção de todos os aspectos da mucosa.
Prevenção
Dieta balanceada, higienizar a boca corretamente, evitar fumar e ingerir álcool são meios de evitar o problema. O uso de protetor solar labial também é indicado.

Linfoma de não-Hodgkin
O linfoma atinge os linfonodos, que são células responsáveis pelo sistema imune. O tumor é dividido de acordo com suas características em dois tipos, o de não-Hodgkin e o de Hodgkin. O primeiro fica em 9° lugar no ranking dos cânceres mais incidentes no Brasil, respondendo por mais de 10 mil e duzentos casos.
As causas para o aparecimento desse tipo de tumor mais comum ainda não estão muito bem definidas, mas sabe-se que indivíduos com o sistema imunológico abalado têm mais chances de desenvolver o problema, assim como os que possuem determinados tipos de vírus e bactérias. Outra possível relação é a exposição a produtos químicos, como inseticidas, fertilizantes e solventes.
Sintomas
Entre as principais manifestações estão: aumento dos gânglios do pescoço, axila e virilha; suor excessivo; febre, coceira; emagrecimento sem razão aparente.
Prevenção
Manter um cardápio balanceado, evitar radiação e praticar atividades físicas são pontos que colaboram com o sistema imunológico, cujo equilíbrio é essencial para evitar o linfoma.

Leucemia
Com pouco mais de dez mil casos por ano no Brasil, a leucemia é um tipo de câncer caracterizado pela alteração e reprodução descontrolada dos glóbulos brancos do sangue, que são responsáveis por defender o organismo.
É motivado por tabagismo, radiação, problemas hereditários, algumas drogas quimioterápicas e alguns tipos de doenças no sangue. O benzeno, químico encontrado no cigarro e na gasolina, também pode favorecer o aparecimento do câncer.
Sintomas
Como consequência do desequilíbrio dos glóbulos brancos, a produção das demais células que compõem o sangue é prejudicada, gerando um desequilíbrio que causa infecções, anemia e hemorragias pela pele, boca e nariz.
Além disso, pode surgir inchaço nos gânglios linfáticos, enjoo, vômito, febre, redução de peso e dores na barriga, ossos e articulações.
Prevenção
Não há meios concretos para prevenir a leucemia. A única atitude possível para evitar a incidência da doença é parar de fumar.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Saiba o que você pode fazer para prevenir o câncer

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2011 e 2012, aproximadamente 512 mil pessoas foram diagnosticadas com algum tumor e, até 2030, 17 milhões de pessoas em todo o planeta morrerão vítimas da doença. E a melhor maneira de combate ao câncer ainda é a prevenção; veja a seguir os 10 mandamentos para evitar a doença, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

Uma alimentação saudável pode reduzir muito o risco de câncer. Sua dieta deve conter diariamente, pelo menos, cinco porções de frutas, verduras e legumes. Evite frituras, salgadinhos e alimentos gordurosos e capriche na ingestão de fibras, que evitam o câncer colorretal.

Evite o consumo excessivo de sal, associado ao câncer de estômago, de acordo com a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC). Procure limitar a ingestão a no máximo 5 g por dia.

Evite o excesso de carne vermelha, especialmente quando há gordura aparente, além de pele de frango.

Evite o consumo excessivo de embutidos, como linguiça, salsicha e salame. Prefira carne cozida ou assada .

Faça pelo menos 30 minutos diários de atividade física, leve ou moderada. Você pode, por exemplo, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar do jardim, varrer a casa, caminhar ou dançar.

Já está comprovado que a obesidade aumenta as chances de uma pessoa desenvolver câncer. Por isso, é importante controlar o peso por meio de uma boa alimentação e manter-se ativo.

As mulheres com idade entre 25 e 64 anos devem realizar exame preventivo ginecológico regularmente. O papanicolau ajuda a detectar o HPV, um dos maiores causadores de câncer de colo de útero.

Homens acima de 45 anos e com histórico familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos devem realizar consulta médica para investigação de câncer da próstata. Também é recomendável que mulheres e homens com 50 anos ou mais realizem exame de sangue oculto nas fezes a cada um ou dois anos.

Mulheres com 40 anos ou mais devem realizar o exame clínico das mamas anualmente e a mamografia deve ser feita conforme orientação médica. Se uma pessoa da família teve a doença antes dos 50 anos, as chances aumentam. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, deve ficar mais atenta. Nesses casos, a partir dos 35 anos, o exame clínico das mamas e a mamografia devem ser feitos uma vez por ano.

Evite ou limite a ingestão de bebidas alcoólicas. Os homens não devem tomar mais do que duas doses por dia, enquanto as mulheres devem limitar este consumo a uma dose. Isso corresponde a um copo de cerveja ou a uma taça de vinho.

Evite exposição prolongada ao sol, entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar. Se for inevitável a exposição ao sol durante a jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.

Faça diariamente a higiene oral (escovação dos dentes e da língua) e consulte o dentista regularmente.

Lute pelo meio ambiente. Segundo a UICC, a contaminação do ar, do solo e da água com substâncias químicas está envolvida em 1% a 4% dos casos de câncer.

Seja vacinado. Infecções por vírus como o da hepatite B e o HPV podem evoluir para câncer.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/01/23/especialistas-desmentem-eficacia-de-suco-milagroso-contra-o-cancer.htm