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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Falta de sono aumenta riscos cardiovasculares


O sono é fundamental para a vida, em especial para guardar memória e hoje não é muito valorizado. A média ideal são 7 ou 8 horas de sono por dia. Caso contrário, há aumento de mortalidade, riscos cardiovasculares e diminuição do efeito de vacinas.

 

A média do brasileiro é muito baixa. O profissional que dorme mal trabalha mal, e há uma queda de produtividade”, defende Fernando Morgadinho, neurologista e especialista do sono e professor de Neurologia da UNIFESP.

 

O médico foi o expositor do Seminário LIDE Saúde, promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, ocorreu na noite desta quarta-feira (19), no Auditório da Gocil, em São Paulo.

 

O debate foi mediado por Gustavo Ene, CEO do LIDE.

 

De acordo com o neurologista, a qualidade do sono está relacionada com a raiz do funcionamento orgânico e tem relação direta com o aprendizado e à capacidade intelectual.

 

“A maioria dos adultos acumula de 5 a 7,5 horas de débito de sono ao longo de uma semana regular de trabalho.

 

A restrição de sono é aditiva, que pode afetar o julgamento e o desempenho mental. A piora no desempenho se acumula com restrição crônica de sono”, afirmou o médico.

 

Segundo o neurologista, a falta de sono pode gerar uma série de alterações no organismo, porque o sistema imunológico precisa de descanso para responder às ameaças com eficiência.

 

“Dormir pouco pode causar aumento de peso e estresse e ainda elevar o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e hipertensão e outras doenças“, afirmou.

 

O médico comparou a privação do sono com os efeitos do álcool, pois ambos afetam o desempenho mental e físico da pessoa.

“19 horas sem dormir, para um homem de 90 kg, corresponde a 6 copos de cerveja ou 3 copos de vinho; já 24 horas sem dormir gera efeitos equivalentes a 12 copos de cerveja ou 6 copos de vinho”, disse.

 

 Fonte: Seminário LIDE Saúde - https://vidaplenaebemestar.com.br/saude/falta-de-sono-aumenta-riscos-cardiovasculares - Por vidaplenaebem


Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam homens de coragem, sejam fortes.

1 Coríntios 16:13


domingo, 2 de janeiro de 2022

8 alimentos que causam insônia


Os alimentos que causam insônia são aqueles que afetam a facilidade para você pegar no sono, ou manter-se dormindo durante a noite, sem interrupções.

 

Por exemplo, aqueles ricos em cafeína, carboidratos, picantes, ácidos, gordurosos, dentre outros, conforme você vai ver em detalhes mais adiante.

 

Esse problema não resulta apenas em poucas horas dormidas, mas na má qualidade do sono, que atrapalha o desenvolvimento de atividades durante o dia, por falta de disposição.

 

São muitas as pessoas que sofrem com insônia, dados de uma pesquisa da Associação Brasileira do Sono (ABS) revelaram que 73 milhões de brasileiros lutam contra esse problema.

 

Um dado da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra, em proporção, o quanto os distúrbios do sono afetam os brasileiros, cerca de 40% da população é acometida por algum tipo de distúrbio do sono.

 

Com a pandemia, esse quadro se agravou, alavancado pelo sentimento de ansiedade e confinamento, relacionados com a COVID-19.

 

Uma forma de começar a resolver o problema é pensar sobre o que fazemos durante o dia, incluindo o que comemos, pois existem hábitos e alimentos que influenciam diretamente a qualidade do nosso sono.

 

A primeira substância que vem à mente é a cafeína, um conhecido estimulante, mas há outros itens na lista de alimentos que causam insônia.

 

Veja quais são os 8 tipos de alimentos que causam insônia.

 

Alimentos e bebidas que contêm cafeína


Café

A cafeína é a principal substância sabotadora do sono e ela não está presente apenas no café, mas na composição de várias bebidas e alimentos.

 

Café

Em um estudo brasileiro, cujo objetivo foi o de determinar o teor de cafeína em diferentes marcas de café em pó e instantâneo, os pesquisadores chegaram nas seguintes faixas de valores:

Bebida preparada com café em pó (café coado): 0,43-0,85 mg/mL de cafeína, ou seja, de 43-85 mg de cafeína a cada 100 mL de café

Bebida preparada com café solúvel: 0,61-0,82 mg/mL, que corresponde a 61-82 mg de cafeína, a cada 100 mL de café

Café expresso: 0,44-1,21 mg/mL de cafeína. Geralmente, são utilizados 8,6 g de pó em uma xícara de 60 mL de café expresso, correspondendo a mais de 70 mg de cafeína por xícara

Café descafeinado: 2-4 mg em cada 150 mL de café (em média, 0,02 mg/mL de cafeína).

A quantidade máxima de cafeína recomendada para adultos é de 400 mg por dia, isso equivale a aproximadamente 4 xícaras de 240 mL de café coado ou a 1 xícara e meia de café expresso, por dia.

 

Cacau e chocolate

Outro estudo publicado no Journal of Food Science determinou o teor de cafeína presente 100 g de diferentes tipos de chocolates que contêm, naturalmente, cafeína e, por isso, podem causar insônia. Veja os tipos abaixo:

100% cacau: 240 mg de cafeína, correspondente a 2,5 xícaras de café coado

Meio amargo (55% cacau): 124 mg de cafeína

Ao leite (33% cacau): 45 mg de cafeína.


Refrigerantes

Os refrigerantes de cola contêm 30-39 mg de cafeína em uma lata (350 mL) e os de guaraná, de 2-4 mg de cafeína por lata.

A cafeína, por si só, pode causar insônia, mas os refrigerantes ainda contam com altas quantidades de açúcar por lata. Em média, uma lata de refrigerante contém 10 colheres de sopa de açúcar, o que causa picos de insulina no sangue e sensação de euforia.

Outra forma pela qual o refrigerante pode atrapalhar no sono e causar insônia é pela presença do gás, que irrita o estômago e traz desconfortos ao se deitar.

As bebidas energéticas também entram nessa lista, e o teor de cafeína varia muito, de marca para marca, numa faixa de 50-505 mg. Mas, como referência, uma lata de RedBull® tem 80 mg de cafeína em uma lata de 250 mL.

 

Chás

Os chás feitos de ervas estimulantes, que são conhecidos por aumentarem a disposição, contêm cafeína e, por isso, devem ser evitados durante a noite. São esses os chás:

Preto: contém 45 mg de cafeína em uma xícara de 240 mL

Erva-mate: entre 27-35 mg de cafeína em 240 mL

Verde: contém 20 mg em 240 mL da bebida.

 

Álcool


As bebidas alcoólicas, como vinho e cerveja, são conhecidas por serem um sedativo natural, o que pode até te ajudar a pegar no sono.

Porém, o álcool pode atrapalhar na qualidade do sono, isso porque aumenta as idas noturnas ao banheiro, promovendo a desidratação do corpo, cuja consequência é a comum dor de cabeça ao acordar.

O álcool também altera o ciclo do sono, mantendo a pessoa nos estágios de sono leve por mais tempo, isso faz com que ocorra uma maior sensação de cansaço no dia seguinte.

 

Alimentos ácidos ou picantes

Alimentos com muita pimenta, molho de tomate, cebola, alho, gengibre, cúrcuma, entre outros, podem causar azia, um refluxo ácido que piora ao se deitar.

Por isso, se esses alimentos forem consumidos em excesso, próximo à hora de dormir, podem causar insônia. O ideal é que seu consumo ocorra, pelo menos, 3 horas antes de se deitar.

 

Massas

Alimentos ricos em carboidratos, como pães, pizza, macarrão, batata, farináceos e fast foods são rapidamente convertidos em energia no organismo, atrapalhando o sono. Assim como a cafeína, o açúcar também é um potente estimulante.

 

Carnes vermelhas


Carnes são ótimos alimentos, por serem boas fontes de proteínas, porém algumas carnes também contêm muita gordura, como as carnes vermelhas. Se consumidas em excesso, podem tornar a digestão muito lenta, o que pode causar insônia.

São exemplos de carnes vermelhas que podem atrapalhar o sono: picanha, fraldinha, acém e contrafilé.

Sendo assim, dê preferência ao consumo de carnes magras antes de ir para a cama.

 

Orientações

O ideal é que o consumo desses alimentos aconteça de 3 a 4 horas antes de se deitar, porque dá tempo do organismo realizar a digestão antes da hora do sono, evitando a insônia.

 

Se isso não for possível, devido à sua rotina, opte por alimentos mais leves antes de dormir, que não tenham grandes quantidades de cafeína, açúcar, gordura e pimenta. Esses cuidados na dieta, aliados a uma boa higiene do sono, irão te ajudar a evitar a sensação desesperadora de ficar rolando na cama durante horas pela madrugada.

 

Fonte: https://www.mundoboaforma.com.br/8-alimentos-que-causam-insonia/ - Especialista da área: Dra. Patricia Leite


Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.

Gálatas 5:22-23


segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Entenda como dormir mal prejudica a saúde


Má qualidade do sono pode aumentar problemas como diabetes e obesidade

 

Você costuma dormir bem?

 

Sabia que a falta de sono (ou noites mal dormidas) está associada ao aumento do risco de diabetes, problemas nos vasos sanguíneos e válvulas cardíacas, obesidade e até depressão?

 

O risco aumenta para mulheres com mais de 40 anos. De acordo com um estudo feito nos Estados Unidos, mais de 35% das mulheres com idades entre 40 a 59 anos, dormem menos de 7 horas durante a noite. Cerca de 20% apresentam dificuldades em dormir, numa situação que se repete por 4 ou mais noites durante a semana.

 

Quantas horas devemos dormir

O ideal, segundo estudos, é que mulheres com mais de 40 anos estivessem dormindo de sete a nove horas por noite. O problema não é apenas o tempo do sono, mas também sua qualidade. Quase 50% delas acordam já se sentindo cansadas.

 

Claro que a qualidade do sono não é um problema exclusivo das mulheres desta idade. Milhões de pessoas em todo o mundo, apresentam algum grau de insatisfação com relação à qualidade do sono.

 

Isso pode acontecer devido a fatores como dificuldades de respirar, transtorno de ansiedade, obesidade, estresse, uso de notebooks e celulares antes de dormir ou até mesmo pelo tipo de alimento consumido durante o jantar ou de cafeína antes de se deitar.

 

No caso de mulheres com mais de 40 anos, outros fatores são acrescentados, como as mudanças hormonais provocadas pela menopausa.

Como a noite mal dormida prejudica a saúde

Estudiosos ainda não conseguiram descobrir como as noites insones podem influenciar nossa saúde a longo prazo, mas já se sabe que ela está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes, além de afetar o humor e diminuir a capacidade de concentração.

 

Já a obesidade é um dos problemas diretamente relacionados com a insônia e reflete a qualidade de nosso sono. Isso acontece devido a alterações no nosso metabolismo, o que reduz os níveis leptina (o hormônio responsável pela sensação da saciedade) e aumenta a sensação de fome.

 

O cansaço logo ao acordar também faz com que as pessoas tenham mais “preguiça” de praticar exercícios.

 

Como ter uma boa noite de sono

Os especialistas sugerem que, para uma boa noite de sono, o ideal é que o descanso aconteça em um local com uma boa circulação de ar e suficientemente arejado. Evitar o cigarro e o consumo de álcool antes do horário de ir para a cama também pode ajudar. Além, é claro, de jamais consumir café ou qualquer produto com cafeína antes de dormir.

 

A dica é: se você não adormecer 20 minutos depois de ter deitado, tente sair da cama e fazer algo relaxante antes de voltar a tentar dormir. E, aqui, relaxar significa desligar TV, celular e quaisquer outros aparelhos eletrônicos. Abra as janelas, olhe para o céu, tome um banho quente, um chá ou simplesmente, esqueça as horas e as coisas que tem para fazer no dia seguinte e relaxe!

 

Fonte: BBC

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/dormir-mal-prejudica-saude/ - por Rita Ramos


E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.

Atos 16:31


segunda-feira, 8 de março de 2021

Os males da insônia e a importância do tratamento adequado


A insônia pode ser definida como uma dificuldade persistente na iniciação e/ou na manutenção do sono, resultando em prejuízos em sua qualidade e duração; é um quadro complexo, com muitos malefícios à qualidade de vida.

 

A insônia pode ser definida como uma dificuldade persistente na iniciação e/ou na manutenção do sono, resultando em prejuízos em sua qualidade e duração; é um quadro complexo, com muitos malefícios à qualidade de vida. Nesse sentido, a insônia é considerada um problema público de saúde e estimativas apontam que até 30% da população mundial possa ser afetada pela condição. Não obstante, muitas pessoas, infelizmente, ainda enxergam a insônia como um mal “menor”, não dando a devida importância à falta de sono e, dessa forma, não buscando ajuda profissional para tratar o problema. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a insônia afeta, em algum grau, até 40% dos brasileiros, mas poucos procuram assistência profissional.

 

O sono é um processo fundamental para a vida humana e, normalmente, costuma-se pensar, de maneira errônea, que dormir é um processo passivo em que o cérebro entra em um estado de baixa atividade. No entanto, as pesquisas científicas das últimas décadas revelam que o sono é um fenômeno extremamente dinâmico; e que não só compensa o tempo que passamos inconscientes, mas também melhora a eficiência de nossas ações acordados. O ato de dormir se associa com a plasticidade neuronal; e com a forma como certas regiões do nosso cérebro e mecanismos fisiológicos do nosso corpo se recuperam e se adaptam diariamente. O sono influencia a memória, o aprendizado, o humor, a imunidade, a temperatura corporal, entre outros processos.

 

Os males da insônia, por consequência, vinculam-se a maiores riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial sistêmica (popularmente conhecida como “pressão alta”), transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade, irritabilidade excessiva, falta de concentração, problemas de memória, diminuição da imunidade e câncer. De forma geral, a maioria dos casos de insônia são causados por maus hábitos relacionados ao sono e podem ser facilmente tratados; as sequelas da insônia crônica, no entanto, são bem mais difíceis de serem remediadas.

 

O uso excessivo de bebidas estimulantes como café, refrigerantes, energéticos, chimarrão e tereré atrapalha com que se inicie e se mantenha o sono. A cafeína, uma substância encontrada em vários destes produtos, é conhecida pelas suas propriedades estimulantes de diminuir o cansaço e de aumentar o foco. No entanto, o tempo médio para que ela saia do organismo é de, aproximadamente, 16 horas. Isso faz com que o seu consumo possa ocasionar episódios de insônia e diminuir a qualidade geral do sono.

 

A realização de atividades na cama como ver televisão e mexer no celular são práticas comuns, mas que podem dificultar com que o indivíduo consiga relaxar e iniciar o sono. Os ruídos e a luminosidade da televisão, bem como a distração que o celular fornece, atrapalham o adormecimento e podem levar, em longo prazo, a quadros psicológicos em que o indivíduo não relaciona mais a sua cama e o contexto noturno como um momento de descanso. Nessa circunstância, é normal que apareçam casos de ansiedade relacionada ao sono, em que o indivíduo se acha incapaz de dormir; ou tenta excessivamente adormecer e não consegue iniciar o sono, devido ao nervosismo da situação e à preocupação. 

 

O tratamento da insônia pode ser não farmacológico, baseado em hábitos relacionados à “Higiene do Sono” (evitar estimulantes, evitar exercícios físicos perto da hora de dormir, criar uma rotina com horários fixos para o sono, entre outros) e em terapias comportamentais, que ajudam o indivíduo a lidar melhor com a situação por meio de técnicas psicoterápicas. O tratamento farmacológico deve ser feito sempre por profissionais especializados e em situações específicas que, realmente, exijam intervenção medicamentosa. A automedicação para tratar a insônia é um problema grave que pode gerar dependência pela substância, além de interações medicamentosas com outros fármacos e sequelas. A insônia é tratável, mas por profissionais especializados. Caso esteja passando por situações de dificuldade em manter ou iniciar o sono, procure assistência profissional.

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/os-males-da-insonia-e-a-importancia-do-tratamento-adequado - Eduardo de Sousa Martins e Silva - Redação - Foto : Reprodução

domingo, 17 de abril de 2016

Cinco consequências da falta de sono

Dormir bem é fundamental à saúde física e mental. Saiba quais são os riscos associados às noites mal dormidas.

Especialistas confirmam: dormimos cada vez menos.

“Os problemas de sono constituem uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de mais de 45 porcento da população mundial”, diz a Associação Mundial de Medicina do Sono (WASM, na sigla em inglês).

“Dormir bem é um dos três pilares fundamentais para ter uma boa saúde, ao lado de uma dieta equilibrada e exercício regular”, completa a associação em nota informativa.

Para Shirley Cramer, diretora executiva da Sociedade Real de Saúde Pública da Espanha, muitos dizem dormir de quatro a cinco horas por dia, mas isso não é algo de que se gabar.

Cramer diz que a falta de sono possui impactos altamente nocivos na saúde física e mental. “Sabemos, por várias pesquisas, que quem tem privação de sono possui risco muito mais alto de ter doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e depressão.”

Estas são algumas formas pelas quais dormir pouco pode afetar sua saúde:
1. Dieta ruim
“A falta de sono faz com que nos alimentemos pior”, diz Cramer.
De acordo com um estudo do órgão espanhol, mais de um terço das pessoas come mal quando dorme pouco.
O motivo, segundo a especialista, é que nessa situação costumamos comer alimentos pouco saudáveis, e por isso a falta de sono está vinculada ao aumento de peso.
A comunidade científica também associa a falta de sono à obesidade e ao diabetes.
Segundo estudo realizado em 2015 por pesquisadores no Catar, dormir pouco aumenta o apetite e a resistência à insulina.
Dormir bem, afirma a Sociedade Real de Saúde Pública da Espanha, é “essencial para a regulação do metabolismo, sobretudo em crianças, e há evidências da relação entre horas de sono e incidência de obesidade infantil”.
Em resumo, a orientação é “se dormir bem comerá melhor”.

2. Saúde mental afetada
Dormir pouco tem relação com uma variedade de transtornos físicos, mentais e de comportamento.
“A saúde mental é uma questão particular e, de certo modo, é um círculo vicioso: se tem problemas mentais, dorme pouco, e vice-versa. E se sente cada vez pior.”
A privação do sono eleva o risco de transtornos mentais
Para Cramer, buscar ajuda psicológica é “vital” nesses casos. O conselho dela para casos de insônia é buscar tratamentos com medicamentos específicos ou terapia comportamental, que demonstra, diz, ser “altamente eficaz”.
Segundo a organização espanhola Instituto de Medicina do Sono, a falta de sono está associada a problemas psicológicos, depressão e ansiedade.

3. Risco de acidentes
A possibilidade de sofrer acidentes cresce com a ausência de sono.
“Um em cada cinco acidentes tem a ver com a falta de sono”, afirma Cramer.
Órgão de segurança das estradas nos EUA estima que 40 mil pessoas por ano sofram acidentes relacionados à privação de sono no país
Segundo o órgão de segurança de estradas dos EUA (NHTSA, na sigla em inglês), 40 mil pessoas se ferem por ano no país por problemas relacionados à falta de sono, e 1.550 pessoas morrem nesses tipos de acidentes.
Estudo da Harvard Medical School já apontou que 250 mil condutores dormem ao volante por dia nos EUA.
Mas o perigo não está somente nas ruas, diz Cramer, que cita o risco de acidentes domésticos. “Dormir pouco põe em risco nossa saúde em muitos aspectos.”

4. Menor rendimento físico
Dormir bem é importante para ter energia durante o dia.
Trata-se, de fato, de um aspecto fundamental para o funcionamento de nosso cotidiano, apontam especialistas.
Atletas profissionais podem dormir pouco e ainda assim apresentar bom rendimento, mas é fundamental descansar por tempo suficiente após a prática de exercícios.
O sono tem impacto significativo no bem-estar físico e mental porque tem função regenerativa
O problema da falta de sono é o impacto no rendimento físico, pois o corpo precisa de um mínimo de horas de descanso.
“O processo de regeneração de tecidos cerebrais e físicos ocorre à noite. Se não há descanso não há recuperação correta, e isso afeta o rendimento físico e intelectual”, diz Madrid Mateus, coordenador de educação física.
Além disso, praticar exercícios físicos estimula um sono melhor, daí a combinação perfeita entre as atividades.

5. Limitação cognitiva
“Sabemos que a falta de sono ou má qualidade do sono tem grande impacto negativo na saúde, em curto e longo prazo”, afirmam especialistas da WASM.
Os efeitos impactam a capacidade de atenção, a recuperação da memória e a aprendizagem.
“Deveríamos entender o sono do mesmo modo que entendemos outras coisas que beneficiam nossa saúde, como boa dieta e atividade física”, lembra Cramer.
Para a pesquisadora, o ato de dormir bem muitas vezes é subestimado, mas é algo que deveria preocupar a todos. “É uma questão de saúde pública.”


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Confira nove problemas que a falta de sono provoca à saúde



Peso, controle do diabetes e humor podem ser afetados com noites insones

Sabemos que excesso de trabalho, estresse, insônia, acúmulo de tarefas e distúrbios do sono são alguns dos vilões mais comuns de uma boa noite de descanso. Um estudo realizado em janeiro de 2013 pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM) afirma que 69% dos brasileiros avaliam seu próprio sono como ruim e insatisfatório, com problemas que vão desde a dificuldade para pegar no sono até acordar diversas vezes durante a noite. Embora as poucas horas de sono já façam parte da rotina dos brasileiros, dormir menos do que o recomendado (de seis a oito horas) pode afetar a nossa saúde como um todo - funções que muitas vezes nem imaginamos estar relacionadas ao sono. Quer descobrir como a falta de sono afeta o seu corpo? Confira os que os especialistas dizem sobre o assunto:

Impede a conservação da memória
"O sono é uma etapa crucial para o cérebro transformar a memória de curto prazo relevante em memória de longo prazo", afirma o neurologista André Felicio, da Academia Brasileira de Neurologia. O especialista explica que, durante a noite, o cérebro faz uma varredura entre as informações acumuladas, guardando aquilo que considera primordial, descartando o supérfluo e fixando lições que aprendemos ao longo do dia. "Por esse motivo, quem dorme mal costuma sofrer para se lembrar de eventos simples, como episódios do dia anterior ou nomes de pessoas próximas", diz. 

Afeta o emagrecimento
Durante o sono nosso organismo produz a leptina, um hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade ao longo do dia. Por isso, pessoas que dormem pouco produzem menores quantidades desse hormônio. Além disso, quem tem o sono restrito produz mais quantidade do hormônio grelina, que provoca fome e reduz o gasto de energia. "A consequência é a ingestão exagerada de calorias durante o dia, pois o corpo não se sente satisfeito", explica a endocrinologista Alessandra Rasovski, da Sociedade Brasileira e Endocrinologia e Metabologia. Segundo um estudo feito na Universidade de Chicago, pessoas que dormem de seis a oito horas por dia queimam mais gorduras do que aquelas que dormem pouco ou tem o sono fragmentado. A pesquisa afirma que a falta de sono reduz em 55% a queima de gordura.

Enfraquece a imunidade
É durante o sono que acontecem diversos processos em nosso organismo, dentre elas a produção de anticorpos. De acordo com um estudo da Universidade de Chicago (EUA), dormir pouco reduz a função imune e o número de leucócitos, células responsáveis por combater corpos estranhos em nosso organismo. Segundo a pesquisa, quem dormia quatro horas por noite por uma semana tinham os anticorpos reduzidos pela metade, quando comparados aqueles que dormiram até oito horas. 

Altera o funcionamento do metabolismo
As mudanças no ciclo do sono podem atrapalhar a síntese dos hormônios de crescimento e do cortisol, já que ambos são produzidos enquanto dormimos. "Os maiores efeitos dessa deficiência são despertar cansado, a dificuldade de raciocínio e a ansiedade, que podem interferir na realização de tarefas do cotidiano, levando a problemas como déficit de atenção, acidentes de trânsito, indisposição física, irritabilidade e sonolência", diz a endocrinologista Alessandra.

Leva ao envelhecimento precoce
Durante o sono, produzimos hormônios "rejuvenescedores", como a melatonina e o hormônio do crescimento. "Esses hormônios exercem funções reparadoras e calmantes para a pele, e a falta de sono impede que o corpo descanse adequadamente", afirma a endocrinologista Alessandra. Os maiores resultados disso são uma pele sem viço e com olheiras. O estresse provocado pela falta de sono também favorece o aparecimento de rugas.

Interfere na produção de insulina
Pessoas com diabetes que tem um sono insuficiente desenvolvem uma maior resistência insulínica, tornando o controle da doença mais difícil. É o que afirma um estudo feito pela Northwestern University, dos Estados Unidos. Os pesquisadores concluíram que portadores de diabetes que dormem mal tinham 82% mais resistência à insulina que os portadores com sono de qualidade. Além disso, a falta de sono adequado pode favorecer o aparecimento de diabetes tipo 2 em quem não tem a doença. "É durante o sono que o corpo estabiliza os índices glicêmicos, por isso quem não tem um sono de qualidade sofre com o descontrole do nível de glicose, podendo desenvolver diabetes", explica a endocrinologista Alessandra.

Desregula a pressão arterial
A neurologista Rosa Hasan, responsável pelo Laboratório do Sono do Hospital São Luiz, explica que a dificuldade em descansar durante a noite é equivalente a um estado de estresse, aumentando a atividade da adrenalina no corpo. "Uma noite mal dormida deixa o organismo em estado de alerta, aumentando a pressão sanguínea durante a noite", explica a especialista. Ela afirma que com o tempo essa alteração na pressão sanguínea se torna permanente, gerando a hipertensão.

Afeta o desempenho físico
"Um sono incompleto é uma das principais causas de fadiga ou baixo desempenho motor", afirma o neurologista André. Quando dormimos profundamente e sem interrupções, nosso corpo começa a produzir o hormônio GH, responsável pelo nosso crescimento, e que começa a ser sintetizado só 30 minutos depois de começarmos a dormir. "O hormônio do crescimento tem como funções ajudar a manter o tônus muscular, evitar o acúmulo de gorduras, melhorar o desempenho físico e combater a osteoporose", explica a endocrinologista Alessandra.

Prejudica o humor
"A falta de sono faz com que o cérebro não descanse plenamente, prejudicando a comunicação entre os neurônios", explica o neurologista André. E os neurônios são os responsáveis por produzir os neurônios relacionados ao nosso bem-estar, como a serotonina. "Por isso que um sono deficiente impacta o nosso bom-humor de forma direta, podendo até favorecer quadros de depressão."