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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

9 Melhores alimentos contra insônia


Você já deve ter escutado por aí que um dos segredos para dormir bem é ter refeições leves perto da hora de dormir. Além de entender por que isso funciona, veja também quais são os melhores alimentos contra insônia para você incluir na sua dieta.

 

Distúrbios do sono como a insônia afetam milhões de brasileiros, mas felizmente a insônia tem tratamento.

 

Além de remédios e chás para a insônia, esse distúrbio pode ser amenizado com alimentos específicos que ajudam a cair no sono e a permanecer dormindo.

 

1. Leite

Tanto o leite quanto os derivados como o queijo e o iogurte ajudam na produção de melatonina.

Além disso, o leite e seus derivados são boas fontes de vitamina D e do aminoácido triptofano. Esse aminoácido é precursor da serotonina que, por sua vez, controla os padrões de sono, o humor e o apetite.

O cálcio é outro nutriente que tem um papel importante na regulação da melatonina e ajuda a adormecer. Por isso, o leite é um dos melhores alimentos contra insônia.

 

2. Banana

A banana é um dos melhores alimentos contra insônia devido à presença de magnésio, serotonina e melatonina.

O magnésio ajuda a promover o sono porque ele reduz o nível de cortisol no corpo. O cortisol é geralmente associado ao estresse e à interrupção do sono.

 

3. Nozes e amêndoas

A amêndoa é, na verdade, um tipo de noz, o que nos permite dizer que as nozes em geral atuam contra a insônia.

Além de beneficiar a saúde do coração, as nozes contêm melatonina (hormônio que regula o sono) e são fonte de triptofano, vitaminas do complexo B e potássio. Juntos, eles melhoram a qualidade do sono.

 

4. Peixes

Peixes como o linguado, o salmão e o atum são ricos em vitamina B6 e ótimos para quem sofre de insônia.

Essa vitamina do complexo B ajuda na produção de melatonina e, por isso, contribui com a qualidade do sono.

 

5. Folhas verdes

Couve, espinafre e brócolis são alguns exemplos de folhas verdes que ajudam na luta contra a insônia. O espinafre, por exemplo, contém bastante magnésio.

Ricas em cálcio, as folhas verde-escuras também ajudam na absorção do triptofano e na produção de melatonina.

 

6. Cereja

A cereja é rica em melatonina. Estudos mostram que o consumo de suco de cereja eleva os níveis de melatonina e aumenta a duração do tempo total de sono.

 

7. Kiwi

Os compostos fitoquímicos presentes no kiwi ajudam a promover o sono. De fato, um estudo mostrou que o consumo de dois kiwis 1 hora antes de dormir durante um mês foi capaz de melhorar o tempo total de sono e de ajudar a pegar no sono.

 

8. Grão-de-bico

O grão-de-bico contém uma boa dose de triptofano, que ajuda a promover o sono. Além disso, é rico em fibras, aumenta a saciedade e evita despertar durante a noite quando consumido na última refeição do dia.

 

9. Camomila

Por fim, a camomila é uma erva usada tradicionalmente como um remédio natural contra a insônia. De fato, tomar um chá de camomila antes de dormir ajuda a relaxar e promove um efeito calmante importante para uma boa noite de sono.

 

No entanto, as pesquisas ainda não comprovaram a eficácia do chá para estimular o sono.

 

Outros alimentos que dão sono

A deficiência de magnésio pode ter uma influência na insônia, já que a falta do mineral pode dificultar o “desligamento” do cérebro na hora de dormir.

 

De acordo com estudo publicado no Journal of Research and Medical Science, o uso de suplemento de 500 mg de magnésio pode melhorar a insônia em idosos.

 

Por exemplo, uma porção de 500 mg de magnésio equivale a ½ xícara de semente e abóbora e 1 xícara de folhas verdes.

 

Aves como o frango e o peru, por exemplo, apresentam triptofano e ajudam na produção de serotonina e melatonina. Além disso, alimentos como batatas, feijão e amendoim são ricos em vitamina B6, que ajuda a ativar o triptofano e contribuir com a síntese de serotonina.

 

Frutos com o abacate (com moderação), a laranja e o maracujá, por exemplo, também contêm nutrientes que ajudam a dormir melhor e por mais tempo.

 

Fonte: https://www.mundoboaforma.com.br/9-melhores-alimentos-contra-insonia/ - Especialista da área: Dra. Patrícia Leite


Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.

2 Timóteo 1:7


domingo, 2 de janeiro de 2022

8 alimentos que causam insônia


Os alimentos que causam insônia são aqueles que afetam a facilidade para você pegar no sono, ou manter-se dormindo durante a noite, sem interrupções.

 

Por exemplo, aqueles ricos em cafeína, carboidratos, picantes, ácidos, gordurosos, dentre outros, conforme você vai ver em detalhes mais adiante.

 

Esse problema não resulta apenas em poucas horas dormidas, mas na má qualidade do sono, que atrapalha o desenvolvimento de atividades durante o dia, por falta de disposição.

 

São muitas as pessoas que sofrem com insônia, dados de uma pesquisa da Associação Brasileira do Sono (ABS) revelaram que 73 milhões de brasileiros lutam contra esse problema.

 

Um dado da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra, em proporção, o quanto os distúrbios do sono afetam os brasileiros, cerca de 40% da população é acometida por algum tipo de distúrbio do sono.

 

Com a pandemia, esse quadro se agravou, alavancado pelo sentimento de ansiedade e confinamento, relacionados com a COVID-19.

 

Uma forma de começar a resolver o problema é pensar sobre o que fazemos durante o dia, incluindo o que comemos, pois existem hábitos e alimentos que influenciam diretamente a qualidade do nosso sono.

 

A primeira substância que vem à mente é a cafeína, um conhecido estimulante, mas há outros itens na lista de alimentos que causam insônia.

 

Veja quais são os 8 tipos de alimentos que causam insônia.

 

Alimentos e bebidas que contêm cafeína


Café

A cafeína é a principal substância sabotadora do sono e ela não está presente apenas no café, mas na composição de várias bebidas e alimentos.

 

Café

Em um estudo brasileiro, cujo objetivo foi o de determinar o teor de cafeína em diferentes marcas de café em pó e instantâneo, os pesquisadores chegaram nas seguintes faixas de valores:

Bebida preparada com café em pó (café coado): 0,43-0,85 mg/mL de cafeína, ou seja, de 43-85 mg de cafeína a cada 100 mL de café

Bebida preparada com café solúvel: 0,61-0,82 mg/mL, que corresponde a 61-82 mg de cafeína, a cada 100 mL de café

Café expresso: 0,44-1,21 mg/mL de cafeína. Geralmente, são utilizados 8,6 g de pó em uma xícara de 60 mL de café expresso, correspondendo a mais de 70 mg de cafeína por xícara

Café descafeinado: 2-4 mg em cada 150 mL de café (em média, 0,02 mg/mL de cafeína).

A quantidade máxima de cafeína recomendada para adultos é de 400 mg por dia, isso equivale a aproximadamente 4 xícaras de 240 mL de café coado ou a 1 xícara e meia de café expresso, por dia.

 

Cacau e chocolate

Outro estudo publicado no Journal of Food Science determinou o teor de cafeína presente 100 g de diferentes tipos de chocolates que contêm, naturalmente, cafeína e, por isso, podem causar insônia. Veja os tipos abaixo:

100% cacau: 240 mg de cafeína, correspondente a 2,5 xícaras de café coado

Meio amargo (55% cacau): 124 mg de cafeína

Ao leite (33% cacau): 45 mg de cafeína.


Refrigerantes

Os refrigerantes de cola contêm 30-39 mg de cafeína em uma lata (350 mL) e os de guaraná, de 2-4 mg de cafeína por lata.

A cafeína, por si só, pode causar insônia, mas os refrigerantes ainda contam com altas quantidades de açúcar por lata. Em média, uma lata de refrigerante contém 10 colheres de sopa de açúcar, o que causa picos de insulina no sangue e sensação de euforia.

Outra forma pela qual o refrigerante pode atrapalhar no sono e causar insônia é pela presença do gás, que irrita o estômago e traz desconfortos ao se deitar.

As bebidas energéticas também entram nessa lista, e o teor de cafeína varia muito, de marca para marca, numa faixa de 50-505 mg. Mas, como referência, uma lata de RedBull® tem 80 mg de cafeína em uma lata de 250 mL.

 

Chás

Os chás feitos de ervas estimulantes, que são conhecidos por aumentarem a disposição, contêm cafeína e, por isso, devem ser evitados durante a noite. São esses os chás:

Preto: contém 45 mg de cafeína em uma xícara de 240 mL

Erva-mate: entre 27-35 mg de cafeína em 240 mL

Verde: contém 20 mg em 240 mL da bebida.

 

Álcool


As bebidas alcoólicas, como vinho e cerveja, são conhecidas por serem um sedativo natural, o que pode até te ajudar a pegar no sono.

Porém, o álcool pode atrapalhar na qualidade do sono, isso porque aumenta as idas noturnas ao banheiro, promovendo a desidratação do corpo, cuja consequência é a comum dor de cabeça ao acordar.

O álcool também altera o ciclo do sono, mantendo a pessoa nos estágios de sono leve por mais tempo, isso faz com que ocorra uma maior sensação de cansaço no dia seguinte.

 

Alimentos ácidos ou picantes

Alimentos com muita pimenta, molho de tomate, cebola, alho, gengibre, cúrcuma, entre outros, podem causar azia, um refluxo ácido que piora ao se deitar.

Por isso, se esses alimentos forem consumidos em excesso, próximo à hora de dormir, podem causar insônia. O ideal é que seu consumo ocorra, pelo menos, 3 horas antes de se deitar.

 

Massas

Alimentos ricos em carboidratos, como pães, pizza, macarrão, batata, farináceos e fast foods são rapidamente convertidos em energia no organismo, atrapalhando o sono. Assim como a cafeína, o açúcar também é um potente estimulante.

 

Carnes vermelhas


Carnes são ótimos alimentos, por serem boas fontes de proteínas, porém algumas carnes também contêm muita gordura, como as carnes vermelhas. Se consumidas em excesso, podem tornar a digestão muito lenta, o que pode causar insônia.

São exemplos de carnes vermelhas que podem atrapalhar o sono: picanha, fraldinha, acém e contrafilé.

Sendo assim, dê preferência ao consumo de carnes magras antes de ir para a cama.

 

Orientações

O ideal é que o consumo desses alimentos aconteça de 3 a 4 horas antes de se deitar, porque dá tempo do organismo realizar a digestão antes da hora do sono, evitando a insônia.

 

Se isso não for possível, devido à sua rotina, opte por alimentos mais leves antes de dormir, que não tenham grandes quantidades de cafeína, açúcar, gordura e pimenta. Esses cuidados na dieta, aliados a uma boa higiene do sono, irão te ajudar a evitar a sensação desesperadora de ficar rolando na cama durante horas pela madrugada.

 

Fonte: https://www.mundoboaforma.com.br/8-alimentos-que-causam-insonia/ - Especialista da área: Dra. Patricia Leite


Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.

Gálatas 5:22-23


sábado, 16 de janeiro de 2021

Distúrbios do sono podem afetar a memória e a concentração


Problemas como apneia do sono e insônia podem estar relacionados à perdas cognitivas

 

Distúrbios como insônia e apneia do sono são extremamente comuns na população geral, porém, o que muitas pessoas não sabem é a influência que estes problemas têm em nossa cognição.

 

O sono é uma etapa crítica para o cérebro acumular e guardar informações assimiladas durante a vigília. Assim, transtornos do sono levam à queixas cognitivas.

 

Cognição é um conjunto de funções mentais superiores como atenção, memória, percepção visuoespacial, linguagem, capacidade de resolver problemas, planejamento e estratégia, entre outras. A cognição permite ao ser humano interagir socialmente e assimilar habilidades de diversas naturezas ao longo da vida, colocando-as em prática.

 

O sono é dividido em ciclos que se alternam: não-REM (sono de ondas lentas) e REM. Na fase REM ocorre a assimilação/aprendizado/memorização do que foi aprendido durante o dia, ou seja, esta é uma etapa fundamental para que se tenha uma boa memória.

 

A insônia é o distúrbio do sono mais comum. Normalmente os indivíduos com este problema têm dificuldade para iniciar ou manter o sono. Como todo problema relacionado ao sono, parte das consequências são observadas durante o dia. Assim, quando verificamos que um indivíduo com insônia não tem a quantidade necessária de sono REM (sono de ondas rápidas) podem ocorrer queixas cognitivas como "memória ruim" ou "desatenção". Irritabilidade e fadiga também são comuns.

 

Já na apneia obstrutiva do sono, o ambiente crônico de hipóxia (diminuição das taxas de oxigênio) que ocorre durante a noite, leva o indivíduo a apresentar inúmeros microdespertares, o que impede uma arquitetura normal do sono. As consequências são sonolência excessiva durante o dia e, de novo, queixas cognitivas como falta de concentração e memória.

 

Não bastasse os problemas do sono levarem a queixas cognitivas, pacientes com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, também podem apresentar transtornos do sono. Isto leva a um ciclo vicioso onde o problema do sono prejudica a cognição em um indivíduo que já tem disfunção cognitiva.

 

Em resumo, o sono é uma etapa crítica para o cérebro acumular e guardar informações assimiladas durante a vigília. Assim, transtornos do sono levam à queixas cognitivas e a busca por estes problemas, especialmente em pacientes mais jovens com "memória" ou "atenção" ruins, sintomas que precisam ser investigados.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/18844-disturbios-do-sono-podem-afetar-a-memoria-e-a-concentracao - Escrito por Andre Felicio

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Dorme muito e ainda acorda cansada? A causa pode ser um distúrbio do sono


Se você sente que todos os passos de higiene do sono não fazem efeito para você, vale prestar atenção

São muitos os fatores envolvidos para termos uma boa noite de sono. Primeiro, precisamos prestar atenção nos nosso dia-a-dia: você anda muito estressada e ansiosa? Não tem uma rotina muito definida? Talvez seja a hora de adotar alguns hábitos antes de deitar. Como desligar a TV e ficar longe de celular e dispositivos eletrônicos pelo menos uma hora antes de dormir. Ou então apagar a maioria das luzes da sua casa a partir de um certo horário.

Mas se mesmo fazendo tudo isso e dormindo mais do que 8 horas por noite, você ainda acorda cansada, é hora de procurar um profissional. “O exame padrão feito para avaliar o sono é chamado de polissonografia. Ele traz dados sobre o sistema nervoso central, padrões respiratórios e movimentos”, explica a médica e terapeuta cogntiva  Mariela Silveira, diretora do Centro de Saúde e Bem-Estar Kurotel.

É nesse exame, inclusive, que certos distúrbios podem ser identificados e finalmente tratados. “Medidas cognitivas e comportamentais, mudanças de estilo de vida como exercício físico, equilíbrio da alimentação, controle da ingestão de álcool e do tabagismo são extremamente importantes”, afirma a médica.

Se você faz de tudo para ter uma noite de Bela Adormecida e ainda assim sente que nada faz efeito, vale prestar atenção em alguns sintomas de distúrbios do sono que a médica elenca abaixo. E sim, se você identificar que possui qualquer um deles, vale sempre a pena procurar um profissional de saúde, ok? 

Hipersonia:
Mesmo dormindo de 8 a 10 horas por noite, a pessoa que apresenta hipersonia ainda sente uma sonolência muito grande o dia todo. Se identificou, não é? Mas calma, não é tão simples assim. A condição é bem rara e ataca menos de 5% de indivíduos com mais de 18 anos no mundo tudo. “Muitas vezes, ela está relacionada com alterações do sistema nervoso central”, diz a médica.

Apneia do sono:
Ela começa com um ronco inocente, mas pode evoluir para uma pequena parada respiratória durante o sono. “Às vezes é percebida por um cansaço excessivo durante o dia. E é mais comum em pessoas com sobrepeso, obesidade ou mais velhas”, afirma Mariela. O tratamento adequado aumenta bastante a expectativa de vida de quem sofre de apneia.

Sonambulismo:
Neste caso, a pessoa faz movimentos, fala e até caminha dormindo, sem ter memória das atividades realizadas. Pode até ser um pouco assustador, mas também é totalmente comum. “Pode não significar nenhuma doença ou condição. Porém, merece investigação, cuidado e proteção.”

Pernas inquietas:
Essa tem tudo a ver com quem não consegue ficar quieta nem dormindo. “É uma situação onde a pessoa sente necessidade incontrolável de movimentar os membros (normalmente as pernas, mas pode ocorrer nos braços também) quando está deitada”, explica a médica. Os motivos não são completamente conhecidos e podem estar relacionados com questões emocionais e nutricionais – como o metabolismo do ferro pelo organismo. Os tratamentos mais indicados são medicamentos, suplementos e terapia.

Narcolepsia:
Situação grave onde você sente uma sonolência incontrolável, como ataques de sono durante o dia, podendo ter até alucinações. Esses casos necessitam de um tratamento e uma atenção mais intensas.

Paralisia do sono:
Você já teve aquela sensação desesperadora de ter acordado no meio da noite, mas seu corpo continuou dormindo? Se sim, você teve a chamada paralisia do sono. “É a incapacidade de falar ou se movimentar durante alguns segundos ou minutos, tanto na hora em que você está quase adormecendo ou despertando”, diz Mariela. É como se seu cérebro acordasse de um estágio profundo de sono, mas o organismo fica paralisado. Pode até ser aterrorizante, mas não traz nenhum malefício à saúde, viu?

Bruxismo:
Quem diria que um simples movimento do maxilar pudesse tirar o sono de muita gente? Pois é o que o bruxismo faz. “São deslocações involuntárias de ranger, apertar ou bater os dentes durante o sono ou em vigília”, explica o dentista Alexandre César, especializado em Implantodontia e Dentística Restauradora.

Como a musculatura do rosto contrai durante muito tempo, ela acaba ficando com fadiga. E isso pode reverberar no corpo todo, uma vez que os músculos da cabeça são diretamente ligados com os da face. E aí, já viu: mais dor, mais noites mal dormidas, mais cansaço.

A raiva excessiva, o estresse, a tensão e ansiedade estão entre as principais causas do bruxismo, que pode ser resolvido com o uso de um aparelho de silicone ou acrílico para evitar o atrito. “E é recomendado evitar o consumo de cafeína, álcool e drogas alucinógenas, além de prestar bastante atenção no uso de medicamentos com efeito antidepressivo”, complementa Alexandre César.


quarta-feira, 10 de abril de 2019

A apneia do sono ou o ronco não deixam você dormir?


De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 40% da população mundial tem alguma queixa sobre sono

Os distúrbios do sono são comuns entre os americanos. A apneia do sono é um dos distúrbios do sono mais graves, que afeta mais de 18 milhões de americanos, de acordo com a National Sleep Foundation dos Estados Unidos. Essa condição geralmente ocorre durante o sono, quando há uma interrupção involuntária da respiração, podendo afetar pessoas de todas as idades e de ambos os sexos.

ASO e ronco
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é o tipo mais comum e crônico de distúrbio do sono, que afeta a respiração devido ao relaxamento dos músculos na parte posterior da garganta. São vários os sintomas da AOS. Durante o sono, as pessoas que sofrem deste distúrbio do sono podem fazer sons de ronco, asfixia ou parecer ofegantes. Esses sons podem ocorrer repetidamente, de 5 a 30 vezes ou mais, a cada hora durante a noite. O sintoma mais comum é o ronco alto, segundo a Mayo Clinic dos Estados Unidos. O ronco é uma respiração ruidosa que ocorre durante o sono, que pode ser considerada intolerável pelo(a) parceiro(a) de quem ronca. É o sintoma mais comum da apneia do sono, mas nem todas as pessoas que roncam têm esse distúrbio do sono. O ronco ocorre quando os músculos da garganta relaxam, a língua cai para trás e a garganta se estreita. As paredes da garganta vibram quando durante a respiração. Isso ocorre principalmente quando a pessoa inspira o ar, mas também pode acontecer em menor grau ao soltar o ar. Durante o sono, a pessoa é parcialmente estimulada a retomar a respiração pelo cérebro, o que causa sono ruim.

Fatores de risco da AOS
A AOS pode afetar pessoas de todas as idades, mas certos fatores podem aumentar os riscos da AOS:

Idade: Pessoas com 40 anos ou mais correm maior risco
Excesso de peso: A obstrução da respiração pode ser causada por depósitos de gordura ao redor das vias aéreas superiores
Sexo masculino: A AOS ocorre mais em homens do que em mulheres
Histórico familiar: O risco de desenvolver apneia do sono é maior em pessoas com alguém na família que também apresenta essa condição
Etnia: Mais predominante entre os negros americanos
Consumo de bebidas alcoólicas: Este tipo de bebida relaxa os músculos da garganta
Hábito de fumar: O hábito de fumar pode causar inflamação e retenção de líquidos nas vias aéreas
Circunferência do pescoço: As vias aéreas podem ficar mais estreitas em pessoas de pescoço mais largo
Vias aéreas estreitas: Adenoides ou amígdalas maiores ou garganta naturalmente estreita
Congestão nasal: As pessoas com dificuldade para respirar pelo nariz apresentam chances maiores de desenvolver AOS.

Indivíduos que têm AOS frequentemente apresentam condições de comorbidade, como sonolência diurna excessiva e dificuldade de concentração. Além disso, apresentam maior risco para acidentes automobilísticos, hipertensão, doença arterial coronariana, diabetes e acidente vascular cerebral.

Procure um especialista em doenças do sono
É provável que você não tenha consciência de que ronca durante o sono. Por isso, é importante procurar tratamento se o ronco for observado pelo(a) parceiro(a). Geralmente, o médico ou clínico geral encaminha o paciente para avaliações mais detalhadas. Mas, mesmo que você não passar primeiro pelo médico ou clínico geral, você pode ir diretamente a um especialista em sono recomendado pela National Sleep Foundation dos Estados Unidos. Atualmente, alguns médicos especialistas, como neurologistas, psiquiatras, otorrinolaringologistas, pneumologistas e clínicos gerais (geralmente médico de família ou clínico) também atuam como especialistas em sono. Além disso, alguns dentistas se especializam no tratamento de distúrbios respiratórios do sono.

Diagnóstico
O diagnóstico envolve um exame de sono durante a noite, quando os médicos monitoram o que está acontecendo no cérebro e corpo do paciente enquanto ele dorme, de acordo com a National Sleep Foundation. No entanto, equipamentos especiais podem ser usados para estudar o sono em casa. O exame principal para o diagnóstico é a polissonografia, que produz vários registros da atividade do sono durante o estudo. Alguns exames realizados são: eletroencefalograma (EEG), eletrooculograma (EOG) e eletrocardiograma (ECG).

Opções de tratamento
Terapia posicional: Evite deitar de costas para dormir. O corpo de lado ajuda a reduzir ou eliminar o bloqueio das vias aéreas
Perda de peso: A perda de peso pode diminuir ou suavizar o ronco
Descongestionante nasal: Este tratamento é mais eficaz para apneia do sono ou ronco leve. Porém, em alguns casos, melhorias no fluxo de ar são obtidas com cirurgia
Cirurgia (em crianças): Remoção cirúrgica de tecidos da garganta, como adenoides, amígdalas grandes, ou ambas
Cirurgia (em adultos): A cirurgia é menos eficaz no tratamento da AOS, mas é eficaz no tratamento de ronco. A uvulopalatofaringoplastia, ou UPPP, é o tipo mais comum de cirurgia para o ronco
Aparelhos intraorais: Alguns aparelhos orais se assemelham a protetores bucais usados pelos jogadores de futebol americano. Esses aparelhos são usados durante o sono para colocar a mandíbula inferior levemente à frente na posição de descanso normal, permitindo que as vias aéreas permaneçam abertas
Dispositivos de pressão positiva nas vias aéreas: Vários tipos de máscaras respiratórias são usados com esses dispositivos. As máscaras respiratórias são fixadas no rosto do paciente, cobrindo o nariz e a boca. O ar pressurizado flui continuamente na garganta do paciente, impedindo o bloqueio das vias aéreas. Um tubo flexível permite o fluxo do ar pressurizado fornecido pelo dispositivo de pressão, que pode ser dos tipos a seguir: CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), BiPAP (pressão positiva nas vias aéreas em dois níveis) e VPAP (pressão positiva variável nas vias aéreas).


domingo, 6 de maio de 2018

Distúrbios do sono podem causar ou agravar doenças cardíacas

Conheça a relação entre os dois problemas e proteja seu coração

Uma boa noite de sono não é cura apenas para os problemas do dia a dia - não dormir bem pode causar doenças graves e importante alteração no convívio social. Começando do começo: não é o quanto você dorme, mas como você dorme. O sono, independente da duração, deve ser reparador, e a pessoa deve acordar plenamente recuperada do cansaço do dia anterior. Seja essa noite com cinco ou dez horas de sono. Algumas doenças podem causar irregularidade do sono, se manifestando como despertares frequentes ou pesadelos. Hipoglicemia noturna, comum em pacientes que usam remédios para diabetes ou insulina à noite, pode causar pesadelos e agitação no sono. Distúrbios da tireoide, abuso de medicações para indução ou supressão de sono (estas últimas componentes comuns em medicações para redução de peso) também podem alterar o ciclo do sono.

O custo da noite mal dormida não é limitado ao cansaço, perda de libido, irritabilidade e falta de concentração do dia seguinte. Essas consequências são mais conhecidas - inclusive, estudos feitos com médicos residentes no dia após o plantão sugerem que a concentração e os reflexos após uma noite sem dormir ou mal dormida são equiparáveis aos de uma pessoa alcoolizada. Entretanto, após privação de sono reparador por um período maior, outras doenças associadas começam a surgir, como hipertensão arterial, obesidade, arritmias cardíacas e diabetes.

A hipertensão arterial pode ser causada e piorada pelo desenvolvimento de apneia do sono. Isso porque o organismo libera adrenalina como reação de defesa por causa da pouca oxigenação causada pela apneia, contraindo os vasos sanguíneos e obrigando o sangue a correr em uma velocidade maior, levando ao aumento da pressão arterial. Outro problema que está ligado à apneia do sono é a morte súbita cardíaca e não cardíaca. O tratamento da apneia pode curar a hipertensão arterial, e esta está intimamente relacionada à gravidade da apeia (medida pelo numero de episódios de falta de oxigênio no sangue durante a noite).

Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial, podem até mesmo desaparecer quando a apneia é tratada. Do contrário, pacientes com apneia e fibrilação atrial precisam de mais remédios para controlar, tem menos sucesso nas ablações por cateter (uma forma de "cauterizar" a região que causa as arritmias) e têm mais sintomas.

Pessoas com obesidade têm mais ronco e mais apneia, e não sabemos qual é causa ou consequência. Obesos tem circunferência do pescoço maior, e a gordura depositada em pontos estratégicos pode dificultar a passagem do ar durante o sono e relaxamento da musculatura da orofaringe. Sendo a obesidade e apneia do sono fatores de risco para doenças cardíacas, a atenção deve ser redobrada nesse grupo.

O diagnóstico da maioria dos distúrbios do sono pode ser feito através da observação de uma noite de sono em laboratório especializado (polissonografia). Hoje existem várias modalidades de tratamento disponíveis, como ventilação não invasiva, exercícios e até cirurgias. O ronco pode causar falta de ar e matar se não for tratado.

Também é importante chamar a atenção que a maioria destes problemas reverte com o tratamento. Como uma tentativa inicial, sugerem-se medidas como manter uma regularidade de hora de dormir e despertar, não ficar na cama fora da hora de dormir (para "acostumar" o corpo com a percepção de que cama é igual a dormir, facilitando a chegada do sono), evitar refeições até uma hora antes de dormir e procurar dormir em ambiente silencioso e escuro, com o mínimo de interrupções possível.


sábado, 13 de janeiro de 2018

Vício em videogames entrará oficialmente para catálogo de doenças mentais

A nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, do inglês Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), que será publicada em 2018, deverá incluir pela primeira vez o vício por jogos de videogame. A última versão do documento, originalmente publicado em 1952 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 2013.

De acordo com a “New Scientist”, a nomenclatura oficial do distúrbio mental provocado por jogos de videogame ainda não foi divulgada, mas deve ser classificado como uma condição de saúde séria a ser monitorada. O manual definirá, assim como faz com os outros distúrbios, quais características o paciente deve apresentar para se encaixar na condição.

Não são todos os gamers

Em entrevista à “New Scientist”, um membro do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, Vladimir Poznyak, apontou a importância de reconhecer o vício em jogos eletrônicos como uma doença. “Os profissionais de saúde precisam reconhecer que o vício em jogos eletrônicos pode ter sérias consequências para a saúde”, disse.

“A maioria das pessoas que jogam videogames não tem um transtorno, assim como a maioria das pessoas que bebem álcool também não têm um transtorno. No entanto, em determinadas circunstâncias, o uso excessivo pode levar a efeitos adversos”, afirma.

Segundo o Independent, um estudo de 2016, realizado por pesquisadores da Universidade Oxford e publicado no “American Journal of Psychiatry”, descobriu que, entre os 19 mil gamers entrevistados, apenas 2 a 3% sofriam de cinco ou mais dos sintomas que poderiam indicar um distúrbio. A lista com os sintomas era baseada em características que a Associação Americana de Psicologia afirma que podem indicar que o indivíduo sofrem com o vício em videogames. Entre eles estão ansiedade, sintomas de abstinência e comportamento antissocial.

“Ao contrário do previsto, o estudo não encontrou uma ligação clara entre o potencial vício e efeitos negativos sobre a saúde”, contou, à época, Andrew Przybylski, autor principal do estudo. “No entanto, mais pesquisas baseadas em práticas científicas abertas e robustas são necessárias para saber se os jogos são realmente tão viciantes como muitos temem”. [Independent, New Scientist]