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terça-feira, 29 de novembro de 2022

Respiração na corrida: a técnica certa para cada tipo


Para conseguir correr, o corpo exige uma respiração diferente de quando você está só andando

 

Se você não estiver respirando corretamente, não vai conseguir correr por muito tempo, nem de leve. A respiração na corrida é fundamental para melhorar o desempenho. Respirando corretamente você aguenta correr por mais tempo, se cansa menos e evita dores.

 

Quem já pratica corrida sabe disso muito bem, e quem é atleta, sabe melhor ainda. Existem diferentes tipos de respiração para fazer durante uma corrida. A escolha vai depender do ritmo da corrida e de como cada pessoa se sente mais confortável.

 

E vale lembrar que o seu condicionamento físico precisa estar à altura da corrida que se propuser a fazer. Do contrário, será a falta de condicionamento que impedirá você de respirar naturalmente, mesmo correndo.

 

Então, se você ainda não tem prática na corrida, saiba disto: no início, dê atenção igual para a corrida em si e para a sua respiração, observando como se sente mais confortável ao inspirar e expirar o ar.

 

O ritmo da corrida deve ser de acordo com o ritmo que você consegue manter uma respiração constante, sem ficar ofegante.

 

Tipos de respiração

Veja quais são os tipos de respiração para corrida, levando em conta a quantidade de passos para cada inspiração e expiração:

 

1×1: uma passada para inspirar e outra para expirar. Comum no fim de corridas, no sprint de chegada.

 

2×1: dois passos enquanto inspira e um passo enquanto expira, ou vice-versa. Padrão para uma corrida de ritmo, como 5 km ou 10 km.

 

2×2: dois passos para inspirar e dois para expirar. Este método garante que você esteja correndo a um bom ritmo em provas mais longas, como maratonas.

 

3×3: para corridas muito leves e trotes. Inspire durante três passadas (pé direito, pé esquerdo, pé direito) e expire em outras três (pé esquerdo, pé direito, pé esquerdo). Se você perceber que esse é o seu padrão, tente passar para 3×2 (três pisadas para inspirar e duas para expirar ou vice-versa).

 

Artigo com informações de Carla Malaguti, especialista em fisiologia da respiração, em entrevista para o Terra

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/respiracao-na-corrida/ - por Priscilla Riscarolli


Ao que lhe disse Jesus: Se podes! – tudo é possível ao que crê. Mateus 21:21


quarta-feira, 10 de abril de 2019

A apneia do sono ou o ronco não deixam você dormir?


De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 40% da população mundial tem alguma queixa sobre sono

Os distúrbios do sono são comuns entre os americanos. A apneia do sono é um dos distúrbios do sono mais graves, que afeta mais de 18 milhões de americanos, de acordo com a National Sleep Foundation dos Estados Unidos. Essa condição geralmente ocorre durante o sono, quando há uma interrupção involuntária da respiração, podendo afetar pessoas de todas as idades e de ambos os sexos.

ASO e ronco
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é o tipo mais comum e crônico de distúrbio do sono, que afeta a respiração devido ao relaxamento dos músculos na parte posterior da garganta. São vários os sintomas da AOS. Durante o sono, as pessoas que sofrem deste distúrbio do sono podem fazer sons de ronco, asfixia ou parecer ofegantes. Esses sons podem ocorrer repetidamente, de 5 a 30 vezes ou mais, a cada hora durante a noite. O sintoma mais comum é o ronco alto, segundo a Mayo Clinic dos Estados Unidos. O ronco é uma respiração ruidosa que ocorre durante o sono, que pode ser considerada intolerável pelo(a) parceiro(a) de quem ronca. É o sintoma mais comum da apneia do sono, mas nem todas as pessoas que roncam têm esse distúrbio do sono. O ronco ocorre quando os músculos da garganta relaxam, a língua cai para trás e a garganta se estreita. As paredes da garganta vibram quando durante a respiração. Isso ocorre principalmente quando a pessoa inspira o ar, mas também pode acontecer em menor grau ao soltar o ar. Durante o sono, a pessoa é parcialmente estimulada a retomar a respiração pelo cérebro, o que causa sono ruim.

Fatores de risco da AOS
A AOS pode afetar pessoas de todas as idades, mas certos fatores podem aumentar os riscos da AOS:

Idade: Pessoas com 40 anos ou mais correm maior risco
Excesso de peso: A obstrução da respiração pode ser causada por depósitos de gordura ao redor das vias aéreas superiores
Sexo masculino: A AOS ocorre mais em homens do que em mulheres
Histórico familiar: O risco de desenvolver apneia do sono é maior em pessoas com alguém na família que também apresenta essa condição
Etnia: Mais predominante entre os negros americanos
Consumo de bebidas alcoólicas: Este tipo de bebida relaxa os músculos da garganta
Hábito de fumar: O hábito de fumar pode causar inflamação e retenção de líquidos nas vias aéreas
Circunferência do pescoço: As vias aéreas podem ficar mais estreitas em pessoas de pescoço mais largo
Vias aéreas estreitas: Adenoides ou amígdalas maiores ou garganta naturalmente estreita
Congestão nasal: As pessoas com dificuldade para respirar pelo nariz apresentam chances maiores de desenvolver AOS.

Indivíduos que têm AOS frequentemente apresentam condições de comorbidade, como sonolência diurna excessiva e dificuldade de concentração. Além disso, apresentam maior risco para acidentes automobilísticos, hipertensão, doença arterial coronariana, diabetes e acidente vascular cerebral.

Procure um especialista em doenças do sono
É provável que você não tenha consciência de que ronca durante o sono. Por isso, é importante procurar tratamento se o ronco for observado pelo(a) parceiro(a). Geralmente, o médico ou clínico geral encaminha o paciente para avaliações mais detalhadas. Mas, mesmo que você não passar primeiro pelo médico ou clínico geral, você pode ir diretamente a um especialista em sono recomendado pela National Sleep Foundation dos Estados Unidos. Atualmente, alguns médicos especialistas, como neurologistas, psiquiatras, otorrinolaringologistas, pneumologistas e clínicos gerais (geralmente médico de família ou clínico) também atuam como especialistas em sono. Além disso, alguns dentistas se especializam no tratamento de distúrbios respiratórios do sono.

Diagnóstico
O diagnóstico envolve um exame de sono durante a noite, quando os médicos monitoram o que está acontecendo no cérebro e corpo do paciente enquanto ele dorme, de acordo com a National Sleep Foundation. No entanto, equipamentos especiais podem ser usados para estudar o sono em casa. O exame principal para o diagnóstico é a polissonografia, que produz vários registros da atividade do sono durante o estudo. Alguns exames realizados são: eletroencefalograma (EEG), eletrooculograma (EOG) e eletrocardiograma (ECG).

Opções de tratamento
Terapia posicional: Evite deitar de costas para dormir. O corpo de lado ajuda a reduzir ou eliminar o bloqueio das vias aéreas
Perda de peso: A perda de peso pode diminuir ou suavizar o ronco
Descongestionante nasal: Este tratamento é mais eficaz para apneia do sono ou ronco leve. Porém, em alguns casos, melhorias no fluxo de ar são obtidas com cirurgia
Cirurgia (em crianças): Remoção cirúrgica de tecidos da garganta, como adenoides, amígdalas grandes, ou ambas
Cirurgia (em adultos): A cirurgia é menos eficaz no tratamento da AOS, mas é eficaz no tratamento de ronco. A uvulopalatofaringoplastia, ou UPPP, é o tipo mais comum de cirurgia para o ronco
Aparelhos intraorais: Alguns aparelhos orais se assemelham a protetores bucais usados pelos jogadores de futebol americano. Esses aparelhos são usados durante o sono para colocar a mandíbula inferior levemente à frente na posição de descanso normal, permitindo que as vias aéreas permaneçam abertas
Dispositivos de pressão positiva nas vias aéreas: Vários tipos de máscaras respiratórias são usados com esses dispositivos. As máscaras respiratórias são fixadas no rosto do paciente, cobrindo o nariz e a boca. O ar pressurizado flui continuamente na garganta do paciente, impedindo o bloqueio das vias aéreas. Um tubo flexível permite o fluxo do ar pressurizado fornecido pelo dispositivo de pressão, que pode ser dos tipos a seguir: CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), BiPAP (pressão positiva nas vias aéreas em dois níveis) e VPAP (pressão positiva variável nas vias aéreas).


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Saiba por que respirar da forma correta traz benefícios à saúde

Prestar atenção no ar que entra e sai do corpo traz benefícios à saúde, ajuda a embalar o sono e até a controlar o peso. Descubra por que e aprenda técnicas para respirar do jeito certo

No corre-corre diário, a última coisa que passa pela nossa cabeça é ficar de olho no modo como estamos respirando. Afinal, essa ação é tão automática que a gente não precisa perder tempo pensando nela, certo? Errado. Respirar corretamente, inspirando e expirando calma e profundamente só oferece vantagens. De acordo com o professor José Roberto Leite, coordenador da unidade de medicina comportamental do departamento de psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), toda criança nasce sabendo respirar do jeito correto. “Ela enche os pulmões na inspiração e solta o ar devagarzinho, até eliminá-lo totalmente pelas narinas”, afirma.

No entanto, com o passar dos anos, a tendência é respirarmos de forma alterada. “Quando começamos a sentir medo do desconhecido, a respiração acaba se tornando rápida e ofegante como uma reação fisiológica aos acontecimentos à nossa volta”, conta José Roberto. Em outras palavras, as emoções que fazem parte da vida de qualquer adulto – medo, ansiedade, insegurança, tensão... – influenciam a maneira como o ar entra e sai do nosso corpo. E isso, por sua vez, interfere na saúde, bem-estar, na beleza e até no controle do peso. “Inspirando e expirando longa e pausadamente, você ativa o sistema parassimpático e passa a se sentir mais calma e centrada”, afirma José Roberto Leite. E esse estado de tranquilidade contribui para baixar a pressão arterial, diminuir o ritmo de pensamentos e enfrentar melhor situações de tensão.

Pele cheia de vida

A entrada maior de ar no organismo eleva a oxigenação das células e dos tecidos do corpo e resulta em ganhos para a pele, o cabelo e a aparência de modo geral. Afinal, como respirar de modo consciente garante também um sono mais tranquilo e reparador – o que é fundamental para a liberação de substâncias regeneradoras dos tecidos –, seu reflexo no espelho pela manhã tende a mostrar um rosto descansado, sem inchaço ou olheiras. Um estudo médico realizado na Índia com praticantes de exercícios de respiração guiada constatou um aumento na produção de antioxidantes no organismo dos voluntários – sabemos que essas substâncias são capazes de desacelerar o processo de envelhecimento da pele.

Entender como respirar corretamente afeta a qualidade do sono ajuda a compreender a importância disso para a silhueta: horas a menos de descanso desregulam a produção do hormônio melatonina, o que pode levar ao acúmulo de gordura. Além disso, quanto menos você dorme, mais seu organismo fabrica grelina (que estimula a fome) e menos produz leptina (que controla a saciedade). Sem falar que, quando fica mais tempo acordada, é provável que acabe atacando a geladeira e a despensa fora de hora. É também com a prática de exercícios de respiração que conseguimos dar um basta na ansiedade de um dia difícil e com isso evitar ataques à mesa. “A respiração correta não emagrece ninguém diretamente. No entanto, quando a vida e a mente estão tranquilas, você tende a se alimentar com mais equilíbrio, movida pela fome física e não por impulso, além de escolher os alimentos com mais consciência”, avalia Marcos Rojo Rodrigues, PhD em Ciência do Yoga na Índia e professor do Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo (USP).

Treino para a concentração

Além de conquistar um corpo mais saudável, manter a mente voltada para o ritmo respiratório é uma forma de treinar o foco e a concentração, tão importantes para a vida pessoal e profissional. “Claro que não é fácil. Começamos a observar a respiração e logo depois já nos envolvemos com os nossos problemas. O importante é voltar para o foco quando se distrair”, ensina Rojo . Ao contrário do que muita gente pensa, os exercícios podem ser feitos sempre que sentir necessidade. Está no escritório? Saia do ambiente por dez minutinhos e repita os movimentos – até no banheiro, se for necessário. “A frequência conta mais do que o ambiente em si”, diz José Roberto.


Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/blogs/mulher-de-corpo/saiba-por-que-respirar-da-forma-correta-traz-beneficios-a-saude/10787 - Texto Fabiana Gonçalves | Edição Paula Lima | Adaptação Ana Paula Ferreira - Foto Shutterstock

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Benefícios dos exercícios para respiração

Sabia que ao inspirar e expirar você reduz a irritabilidade e refaz a proteção do sistema imunológico? Não? Então, fique por dentro dos benefícios dos exercícios para respiração já!

A maneira como inspiramos e expiramos influencia desde a circulação até o sistema imunológico. Confira como sua saúde responde a essa prática consciente.

1. É relaxante
Esta é a primeira sensação que sentimos ao praticar a atividade. Afinal, ao concentrar-se narespiração você se desliga por alguns instantes do movimento ao seu redor e dedica-se apenas ao ato de puxar e soltar o ar. Para intensificar esse efeito expire pelo nariz por três segundos e expire, também pelo nariz, em seis segundos ou mais, conforme sua capacidade.

2. Sistema nervoso tranquilo
Atente-se a este item, pois a respiração pode tanto ser benéfica quanto causar desconforto. Oexercício tende a aumentar a ansiedade se o esforço inspiratório for muito elevado, por isso vá com calma. Para relaxar, aumente o tempo expiratório e, se faltar concentração, aumente a pausa, mantendo o ar preso nos pulmões por mais tempo.

3. Uma boa noite de sono
O médico e pesquisador americano, Andrew Weil, desenvolveu um exercício respiratório, chamado 4-7-8, que induz ao sono. Para isso você deve inspirar pela boca por quatro segundos, segurar a respiração por sete segundos e expirar por oito segundos. Com até dez repetições é possível se livrar da insônia.

4. Imunidade mais forte
Passar por situações diárias de estresse é como quebrar a barreira do sistema imunológico, criado pelo nosso corpo, para combater bactérias, vírus e micróbios. Ao praticar a respiração você reduz a irritabilidade e refaz a proteção, acelerando o reparo do organismo.

5. Melhora a circulação
O ar contribui de três formas básicas para a saúde do coração e, consequentemente, para todo o corpo. Primeiro diminui a frequência cardíaca, depois força a contração dos músculos e por último causa a vasodilatação. Tudo isso garante o transporte de nutrientes e oxigênio para o organismo.

#dicavivasaúde: para aumentar o fôlego da respiração use o diafragma. Coloque a mão no abdome e perceba se este vai para a frente. Esta é a maneira correta de fazer


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Saiba por que as pessoas roncam e como tratar o problema

Se você ronca ou convive com alguém que precisa de ajuda, saiba por que as pessoas roncam e como tratar o problema. Vem ver!

Pelo menos 4 em cada 10 adultos normais roncam ocasionalmente e 2 roncam habitualmente. Pensando nisso conversamos com o Dr. Alexandre Colombini, médico Otorrinolaringologista pela Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico Facial, para você que ronca ou convive com alguém que precisa de ajuda, saiba por que isso acontece e como tratar o problema. Vem ver!

O ronco ocorre mais em homens, pessoas com sobrepeso ou obesidade e piora com a idade. Trata-se de um som emitido pela vibração de partes moles nas vias aéreas (língua, céu da boca ou palato, amígdalas e a úvula ou campainha) durante a respiração. Geralmente não causa problemas graves para a saúde, porém, do ponto de vista social,o ronco acaba incomodando quem tenta dormir ao lado (isso pode prejudicar seriamente a convivência de um casal, por exemplo). 

O principal problema associado ao ronco são as apneias do sono, que, basicamente, são pausas respiratórias por no mínimo 10 segundos durante o sono. “Quando muito intensas e frequentes causam a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) caracterizada por sintomas noturnos e diurnos ocasionados pelas apneias do sono.”, explica o Doutor.

Sintomas noturnos de quem ronca: ronco compulsivo, pausas respiratórias testemunhadas, episódios de sufocação, despertares frequentes, sudorese excessiva, pesadelos, insônia e engasgos.

Sintomas diurnos de quem ronca: sonolência excessiva, sono não reparador, fadiga, cefaleia matutina, alteração do humor, dificuldade de concentração, alteração da memória e diminuição da libido.  

A SAOS não tratada pode aumentar muito a mortalidade das pessoas e os seus riscos de apresentarem um problema cardiovascular grave como um derrame cerebral (AVC- Acidente Vascular Cerebral) ou um infarto agudo do miocárdio.
“O tratamento do ronco e da SAOS varia de acordo com a gravidade de cada caso podendo ser feito com medidas clínicas e/ou através de cirurgias, melhorando a qualidade de vida e aumentando a sobrevida dos pacientes." completa o especialista.

sábado, 14 de março de 2015

Exercícios para melhorar a respiração

Os músculos que participam da respiração podem ser treinados. Aprenda por que você deve exercitá-los e como

O que você tem feito pelo seu diafragma e músculos intercostais? Nunca ouviu falar neles? Pois saiba que se você não exercitar regularmente esses músculos que participam da respiração você pode comprometer os seus treinos. E a saúde, claro. “Os músculos respiratórios são como quaisquer outros músculos. Eles ficam mais fortes e flexíveis com o treino e tornam-se fracos e atrofiados quando não usados”, conta Al Lee, coautor do livro Perfect Breathing: Transform your life one breath at a time (A respiração perfeita: transforme sua vida uma respiração de cada vez, ainda sem publicação no Brasil) e responsável pelo site perfectbreathing.com.

Infelizmente, fomos nos esquecendo de como respirar corretamente. Pior, nem sequer damos a devida importância a esse ato. “Respirar é uma função automática e a maioria de nós já tem muito em que pensar! O problema é que quase todo mundo hoje tem um estilo de vida e um ambiente de trabalho que envolve ficar sentado o tempo todo, seja atrás de uma mesa, seja atrás de um volante ou computador. Ficar sentado, assim como encolher a barriga para parecer mais magro, restringe a nossa respiração”, explica o especialista. “Ao longo dos anos e décadas, a respiração foi sendo jogada cada vez mais para cima, em direção ao peito, até que nos tornamos felizes e satisfeitos ao darmos esses pequenos “goles de ar.”

E é justamente a troca da respiração mais calma e profunda por uma mais rasa e rápida que vem fazendo com que fiquemos doentes e que o nosso desempenho nos treinos seja mais baixo. “A cabeça e o corpo associam a respiração rápida e curta ao instinto primitivo de ‘fuja ou lute’ e isso causa uma cascata de efeitos negativos, entre eles, o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.”

De acordo com Lee, o hábito da respiração mais curta tirou o diafragma e os músculos intercostais de foco e eles ficaram mais fracos. “Fortalecer essa musculatura tem um tremendo impacto na melhora da performance. Alguns estudos mostram que ela pode aumentar de 3% a 5% com a adoção de uma respiração profunda. Já a Marinha Americana descobriu que com o fortalecimento dos músculos respiratórios o desempenho dos mergulhadores aumentava entre 30% e 60%”, afirma.

A hora do treino 
O objetivo é oferecer resistência ao trabalho desses músculos para obrigá-los a trabalhar mais. Conheça alguns exercícios simples, que poderão ser realizados até em casa.

Exercício simples que ativa os músculos respiratórios, além de expandir a caixa torácica. Faça várias respirações profundas, enchendo os pulmões o máximo que conseguir. Inspire pelo nariz, levando os braços e os polegares para trás, mantenha o olhar para cima e a boca fechada. O exercício o ajudará a mudar a sua postura de curvada para estendida.

Para garantir a contração dos músculos
profundos, coloque uma garrafa cheia de líquido sobre o abdômen, relaxe os músculos da parede abdominal e faça uma respiração abdominal. “Pegue” o ar elevando o abdômen. A garrafa girará até a região do quadril. Agora faça uma respiração torácica. Contraia a musculatura profunda reduzindo o diâmetro abdominal. A garrafa girará para baixo até chegar próximo do umbigo. Faça várias respirações torácicas. Você deverá sentir como a caixa torácica sobe e desce, mas a garrafa permanecerá imóvel sobre o abdômen. Ela só se mexerá quando você fizer a respiração abdominal.

Deitado sobre uma fitball, faça uma inspiração torácica ampla. Com a contração do músculo transverso do abdômen, o diâmetro abdominal permanecerá reduzido, enquanto a caixa torácica se expandirá na inspiração e o peito será projetado. Você deve sentir como o peito pressiona o balão e a parede abdominal fica encostada na bola. Esse exercício sobre a bola aplica uma pressão sobre a caixa torácica, oferecendo certa resistência à sua expansão. Por ser um movimento que gera resistência sobre os músculos respiratórios, é uma forma de fortalecer o diafragma e intercostais, responsáveis por expandir as costelas.

Faça várias respirações, inflando uma bexiga. Para tanto, a pressão na ventilação tende a ser muito maior devido à resistência oferecida pela bexiga. Coloque as mãos sobre o abdômen e costas para perceber que o abdômen permanece reduzido devido à contração do transverso.

Fonte: http://www.sportlife.com.br/saude/exercicios-para-melhorar-a-respiracao - Foto: Shutterstock

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Dicas para você parar de roncar

Uma sinfonia de roncos seguidos de verdadeiros cortes na respiração. Essa é a apnéia do sono, doença que rege sérios desarranjos no organismo

A cama aguarda mais uma noite de orquestra e, num piscar de olhos, começam os roncos nos mais diversos tons. A platéia, seleta, muitas vezes é composta de uma única pessoa: o companheiro de cama. A respiração ruidosa, porém, não representa o auge do espetáculo. Ela precede um bloqueio na passagem do ar inspirado pelo maestro dessa desafinada orquestra. Na ânsia de recuperar o fôlego, ele tem uma espécie de engasgo, volta a respirar e, em seguida, engata uma nova série de sons barulhentos. Brincadeiras à parte, essa ópera que persiste madrugada adentro é coisa séria e atende pelo nome de apnéia do sono.

O ronco é o mais sonoro sinal da doença. Sete em cada 100 pessoas têm o distúrbio em grau acentuado e outras 20 em cada 100 o apresentam pelo menos uma noite ao longo da vida, estima a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. A apnéia costuma surgir por volta dos 40 anos, sobretudo nos homens, e com uns quilos a mais. A partir dessa faixa etária, a musculatura da faringe fica mais flácida, explica o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Quando o indivíduo se deita, então, esse tubo se estreita e, com a ajuda de possíveis amontoados de gordura na região da garganta, interrompe o caminho do ar. Esse estreitamento provoca uma vibração, o ronco, seguida de uma parada silenciosa da respiração, descreve o otorrinolaringologista Lucas Lemes, pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A faringe se fecha por no mínimo dez segundos e, em casos graves, pode ficar assim por um minuto, completa Reimão.

O regente dos roncos e dos breques na respiração nem percebe o sufoco. Quem tem apnéia dorme até demais, mas dorme mal porque não respira direito, sentencia Dalva. É um sono que não repõe as energias. E o pior: a falta de ar e a inconstante entrada de oxigênio disparam a pressão arterial. Um fenômeno que, no início, se restringe à madrugada, mas, com o tempo, ganha o dia e a vida do apnéico.

Quando a pressão já está nas alturas, a apnéia pode torná-la incontrolável. Ou seja, mais do que predispor ao problema, ela agrava a situação. Não à toa, novas diretrizes da Associação Americana do Coração estabeleceram a importância de tratar o distúrbio do sono para eliminar a hipertensão resistente quadro em que a pressão não cai mesmo quando se usam três medicamentos. A associação entre os males também foi flagrada por um trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Aliás, esse foi um dos primeiros estudos no mundo a demonstrar que o elo entre ambas as doenças independe de fatores como idade, sexo ou obesidade. A apnéia aumenta em cinco vezes o risco de hipertensão resistente, calcula o pneumologista e especialista em sono Denis Martinez, um dos autores. 

Por isso, enquanto a apnéia não é tratada, a pressão alta também não cede. Se você acha que o ronco esporádico ou uma apnéia leve não oferecem riscos, o médico Lucas Lemes, autor do livro Viver sem Roncos (Editora Revinter), alerta: A apnéia pode evoluir com a idade, ainda mais se a pessoa engordar. E Martinez completa: Quanto mais grave ela for, maior seu efeito sobre a pressão. 

A parceria entre esse distúrbio do sono e os problemas cardiovasculares culmina num círculo vicioso um agrava os outros, e vice-versa. Aliás, a apnéia afeta até o ritmo cardíaco, (veja quadro acima). E, a exemplo da hipertensão, as arritmias podem perpetuarse quando o indivíduo está acordado. 

Outro problema duro na queda que faz da apnéia uma aliada é o diabete. Quem vive às voltas com os picos de açúcar no sangue torna-se mais facilmente apnéico, e o apnéico, por sua vez, está mais suscetível a desenvolver resistência à insulina, ficando a um passo de se tornar diabético (volte ao quadro acima). Não à toa, a Federação Internacional de Diabetes passou a considerar o roncar um dos fatores decisivos para o desequilíbrio da glicose. 

A apnéia do sono é um tremendo ruído para a saúde. Por isso, se os roncos ou a sonolência diurna ganharem acordes mais intensos, é hora de procurar um médico e iniciar o tratamento. Só garantindo uma respiração adequada durante o sono é que se fecha a cortina para um concerto de problemas que não param de fazer barulho pelo corpo.