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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Bebida alcóolica te dá mais fome? Estudo explica o motivo


O excesso de bebida alcóolica já é conhecido como prejudicial à saúde

 

Apesar de não exercer influência no ganho de peso, o consumo de bebida alcóolica dá aquela vontade para comer um petisco. Essa tese foi desenvolvida na Austrália por meio de pesquisa da Universidade de Melbourne e divulgada no Congresso Internacional de Obesidade, também em Melbourne.

 

Entenda por que bebida alcoólica pode dar mais fome

Feito que é conhecido como “efeito aperitivo”. De acordo com a líder dessas pesquisas, Amanda Grech, pesquisas indicaram que a ingestão de bebida alcóolica eleva os níveis de FGF-21, o hormônio que propicia o apetite por proteínas e acaba o apetite por alimentos doces.

 

No entanto, a “conexão” desse consumo de bebida e o ganho de peso ainda não está definida. A também australiana Universidade de Sydney optou por analisar como o álcool atinge o apetite por diferentes tipos de alimentos e a subsequente ingestão de calorias.

 

“Sabemos que a proteína tem um efeito saciante. Queríamos descobrir se as pessoas selecionam mais alimentos salgados ricos em proteínas quando bebem álcool e, se o fizerem, se o efeito saciante de proteína leva a que consumam menos calorias em geral, apesar da energia adicional do próprio álcool”, relatou Grech.

 

Nesse sentido, houve a análise de 9.341 adultos participantes da Pesquisa Nacional de Nutrição e Atividade Física da Austrália. Informações sobre os alimentos e bebidas que cada participante consumiu em 24 horas, a quantidade total de energia consumida nesse tempo e o quanto dessa energia veio de proteínas, gorduras, carboidratos e outros nutrientes estavam disponíveis.

 

Desdobramentos

O trabalho expôs que 40% dos envolvidos beberam álcool. Consequentemente, os participantes que consumiram bebida alcoólica comeram mais alimentos salgados do que aqueles que ingeriram bebidas sem álcool. Aconteceu também que não foram todos os consumidores de bebida alcoólica que ingeriram mais calorias. Isso dependeu do petisco selecionado.

 

Ou seja, dois terços daqueles que preferiram álcool escolheram alimentos ricos em proteínas, mas pobres em carboidratos e gorduras. A média do consumo foi de 1.749 calorias, que significa 577 calorias a menos do que o ideal para manter seu peso atual.

 

O grupo que bebeu álcool e ingeriu batata frita e rolinho primavera obteve a média de consumo de 3.051 calorias. Isto é, 813 calorias a mais do que o correto para manter o seu peso atual.

 

“Quando consumir álcool e seu apetite estiver elevado, certifique-se de selecionar fontes de proteínas magras mais saudáveis, como carne vermelha magra, frango, peixe, frutos do mar ou legumes. Evite o desejo de petiscar alimentos salgados e com pouca proteína. Isso garantirá que seu apetite por proteína seja satisfeito sem consumir energia em excesso, levando ao ganho de peso”, disse Dr. Amanda Grech.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/bebida-alcoolica-te-da-mais-fome-estudo-explica-o-motivo/ - By Redação - Shutterstock


Ao ouvir isso, Jesus disse-lhes: “Não são os sãos que precisam de médico, mas os enfermos. Não vim chamar justos, mas pecadores. (Marcos 2:17)


terça-feira, 31 de agosto de 2021

Por que sentimos mais fome nos dias frios? Entenda


Apesar do corpo pedir mais calorias, nutricionista afirma que, com a estratégia certa, pode ser mais fácil emagrecer no inverno

 

No inverno e, sobretudo, em dias de temperaturas muito baixas, notamos uma mudança nos nossos hábitos alimentares. A salada, por exemplo, que aparecia com mais facilidade no cardápio no verão, não é um prato que seja tão apreciado na estação de frio.

 

Além disso, é normal que o corpo "peça" por alimentos mais gordurosos e até aumente a nossa vontade de comer carboidratos ou aquele docinho. Não dá outra: com essas mudanças nos hábitos e preferências no inverno, é comum que você chegue ao verão com alguns quilos a mais.

 

Mas por que esse desejo por alimentos mais calóricos cresce no inverno? Há, também, quem sinta mais fome nos dias frios. A explicação tem a ver com o nosso comportamento alimentar, que é baseado em pilares externos, como a época do ano, e internos, que é a forma como seu metabolismo funciona. Entenda:

 

Fatores internos que influenciam seu hábito alimentar

O corpo trabalha de maneira diferente de acordo com a temperatura externa. Há um processo chamado termogênese, que é o jeito que o organismo encontra de nos manter aquecidos quando a temperatura externa é mais gelada do que o corpo. No inverno, o corpo precisa gerar mais energia para funcionar e ficar quentinho.

 

O que isso significa? Se o corpo gasta mais calorias para essa função, isso significa que, ao final do dia, terá gastado mais calorias do que no verão. Isso seria ótimo se você mantivesse o mesmo padrão alimentar, mas o efeito desse gasto calórico maior é justamente o aumento do apetite. Seu corpo vai pedir mais calorias - ou seja, mais comida.

 

Gastar mais calorias pode ser uma vantagem

Olhando por outro lado, se você trabalha o seu comportamento alimentar, come com atenção aos sinais de fome e saciedade e usa alimentos estratégicos, emagrecer no inverno pode ser mais fácil. Se o corpo está queimando mais calorias, fica mais fácil obter um déficit calórico - que é essencial no emagrecimento.

 

Para aproveitar isso de maneira eficiente e estratégica, você precisa ter refeições que  proporcionem mais saciedade - e, de preferência, com alimentos que tenham baixa densidade calórica. Insira na dieta alimentos que são ricos em fibras e que tenham poucas calorias em grande quantidade. Uma dica é apostar em frutas como morango, maçã e kiwi.

 

Conte com ajuda profissional

Para ter uma alimentação estratégica e que entenda as suas necessidades nutricionais individualizadas, que adapte as suas refeições aos horários que fazem mais sentido para você e para seus sinais de fome  e saciedade, procure um nutricionista.

 

Além disso, é importante se manter ativo em qualquer época do ano. Um profissional de Educação Física pode indicar qual o melhor exercício físico para você. Procurar ajuda é a maneira mais fácil, prática e inteligente de obter bons resultados.

 

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/fitness/noticia/2021/07/por-que-sentimos-mais-fome-nos-dias-frios-entenda-ckrc710yo003k013bx4s6wfm3.html

domingo, 1 de agosto de 2021

Cinco formas de reduzir a fome e o apetite


Para perder peso, geralmente é necessário reduzir a ingestão diária de calorias, o que leva ao aumento do apetite

 

As dietas para perda de peso geralmente levam ao aumento do apetite e à fome. Por isso, é fácil desistir.

 

Porém, a Healthline tem umas dicas eficazes para reduzir o apetite, sem estragar a dieta.

 

1. Coma bastante proteína: incluir proteína suficiente na sua dieta pode ajudar a promover a perda de peso, em parte por diminuir o apetite.

 

2. Opte por alimentos ricos em fibras: comer uma dieta rica em fibras pode diminuir a fome e ajudá-lo a ingerir menos calorias. Também pode promover a saúde a longo prazo.

 

3. Escolha alimentos sólidos em vez de líquidos: Comer as suas calorias em vez de bebê-las pode ajudá-lo a comer menos sem sentir mais fome.

 

4. Beba café: Beber café, especialmente descafeinado, pode ajudar a reduzir a fome até três horas.

 

5. Abasteça-se de água: Beber líquidos com poucas calorias antes de uma refeição pode ajudá-lo a comer menos calorias sem deixá-lo com fome.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1817808/cinco-formas-de-reduzir-a-fome-e-o-apetite - © iStock

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Conheça 22 alimentos que são inibidores naturais da fome

Aposte nestes itens para reforçar o estômago e ingerir menos calorias ao longo do dia

1. Amêndoas
Por serem ricas em proteína, fibras e gordura não saturada, elas aumentam a sensação de saciedade.

2. Café
Cheio de cafeína, é capaz de mascarar a fome e a fadiga, já que age como um estimulante e aumenta os níveis de atenção.

3. Gengibre
Sua propriedade termogênica promove saciedade além da queima de gordura corporal.

4. Abacate
Rico em fibras, deixa aquela sensação de estômago cheio. “No entanto, por ser bastante calórico, deve ser consumido com moderação”, explica Gabriela Cilla, nutricionista da Estima Nutrição, em São Paulo.

5. Pimenta-caiena
Contém uma substância chamada capsaicina, que suprime o apetite e eleva a temperatura do corpo. Consuma moderadamente pois pode agredir o estômago e o intestino.

6. Maçã
Apresenta boa concentração de fibras solúveis que aumentam a sensação de saciedade.

7. Ovo
“Graças às proteínas em sua composição, ele auxilia na redução do apetite durante o dia”, esclarece a especialista.

8. Água
A bebida, quando ingerida antes do almoço, distende o estômago, dando a impressão de que estamos satisfeitos, diminuindo a vontade de comer.

9. Batata-doce
O tubérculo, por ser um carboidrato de baixo índice glicêmico, é absorvido aos poucos, favorecendo a sensação de saciedade.

10. Sopa de vegetais
Quando servida quente, a sopa aquece o corpo assim que chega ao estômago, antecipando as mensagens de saciedade que são enviadas ao cérebro. “Além disso, ela contém uma grande variedade de fibras, o que estende o período sem fome”, conta Gabriela.

11. Chocolate amargo
Compostos dessa gostosura, como os antioxidantes, retardam a digestão e fazem com que a saciedade apareça mais rápido.

12. Tofu
“Ele é uma ótima fonte de proteínas, vitaminas do complexo B, magnésio e ferro, nutrientes que ajudam a equilibrar os hormônios, melhorar o metabolismo da gordura e do carboidrato, minimizar a compulsão por doces e originar aquela sensação de saciedade.”

13. Chá-verde
Ele contém catequinas, que interagem com os receptores da leptina, hormônio relacionado à vontade de comer.

14. Mingau de aveia
As fibras presentes no preparo permitem que a glicose seja absorvida de maneira lenta e gradual, o que, por sua vez, regulariza a liberação de insulina. “Com baixo índice glicêmico, o mingau acaba promovendo a saciedade”, diz Gabriela.

15. Vegetais folhosos
Esses superalimentos são ricos em proteínas, fibras, antioxidantes, vitaminas do complexo B e ferro, nutrientes que ajudam a controlar o apetite.

16. Canela
O tempero controla o índice glicêmico do sangue, reduzindo fome. “Para tirar proveito, acrescente uma colher de chá de canela ao leite, torrada ou chá todos os dias”, sugere a nutricionista.

17. Leite desnatado
Rico em proteínas de lenta e rápida absorção, promove a sensação de saciedade e queima da gordura abdominal.

18. Molho picante
“A ação termogênica promove a queima de gordura e o aumento da saciedade”, explica Gabriela.

19. Linhaça
Ela tem quatro vezes mais fibras que a aveia, prolongando o estado de saciedade. Isso ocorre porque a linhaça contribui para a liberação do hormônio colecistocinina, responsável por nos deixar com aquela sensação de que já comemos o suficiente.

20. Whey protein
As proteínas do leite (whey e caseína) fazem você se sentir mais satisfeita do que outras bebidas açucaradas.

21. Salada
“Suas vitaminas, fibras e água fazem com que o estômago esteja sempre parcialmente cheio e produza uma sensação de fartura por mais tempo.”

22. Suco de vegetais
Sua grande quantidade de fibras proporciona uma digestão gradual e promove saciedade de sobra.


terça-feira, 24 de março de 2015

13 dicas para enganar a fome de maneira saudável

Comer a salada primeiro é uma ótima maneira de comer menos na refeição principal e aos poucos isso pode se tornar um hábito natural

Você decidiu que quer perder uns quilinhos ou, simplesmente, ter hábitos de vida mais saudáveis. Começou a praticar a atividade física e está tentando seguir uma alimentação equilibrada. Mas, vez ou outra, surge aquela fome ao longo dia, fazendo com que você tenha vontade de “escapar da dieta” e comer a primeira coisa que vê pela frente?!

Calma! Com boas orientações você pode enganar a fome de maneira saudável e manter-se focada na busca dos seus objetivos (seja de emagrecer, de definir o corpo ou simplesmente de cuidar da sua saúde). Confira na lista abaixo:

1. Coma a salada primeiro: a nutricionista e personal diet Sabrina Lopes explica que comer a salada antes do prato principal é essencial. “Os legumes e hortaliças presentes na salada são ricos em vitaminas e minerais, mas também possuem uma boa quantidade de fibras que aumentam a sensação de saciedade e diminuem o esvaziamento gástrico. Assim, a pessoa consome poucas calorias na entrada e fica com uma sensação de saciedade, diminuindo a quantidade consumida no prato principal”, destaca.

2. Aposte nas vitaminas: de acordo com Sabrina, as vitaminas feitas em casa são uma boa opção para enganar a fome. “Isso porque possuem leite que, por ser uma fonte de proteína, deixa o processo de digestão mais lento. O ideal é associar frutas, leite desnatado e um cereal. É sempre bom bater a vitamina e consumir logo em seguida. E evitar o consumo de leites integrais”, explica.

3. Aposte em alimentos ricos em fibras solúveis: Sabrina explica que existem dois tipos de fibras: as solúveis e as insolúveis. “As fibras solúveis formam uma espécie de gel quando retêm água. Assim, promovem uma sensação de saciedade e diminuem o esvaziamento gástrico, por isso, ajudam a enganar a fome. Esse tipo de fibras é encontrado em frutas, verduras, legumes e leguminosas”, destaca.

4. Consuma gorduras boas: Sabrina explica que a presença de ácidos graxos essenciais (gorduras boas) na dieta auxilia, assim como as fibras, no retardamento do esvaziamento gástrico. “Ou seja, ajuda a atrasar a digestão. As principais fontes de gorduras boas são as oleaginosas, o salmão, o abacate e o azeite de oliva extravirgem”, diz.

5. Tome um café da manhã completo: a nutricionista explica que consumir uma refeição equilibrada ao acordar é essencial. Isso porque existe um longo período de jejum que antecede essa refeição. Nesse período o corpo gasta os estoques de energia para manter as funções básicas, como circulação e respiração. “Na primeira refeição do dia, temos que repor os estoques e assim garantir disposição nas atividades cotidianas e um controle alimentar durante o dia. Quando não consumimos uma alimentação adequada ao acordar, os estoques ficam prejudicados e nosso corpo sente necessidade de alimentos calóricos para reposição, o que nos faz perder o controle sobre nossa fome”, destaca.

6. Durma bem: Sabrina destaca que vários estudos comprovam que as pessoas que dormem mal possuem alterações nos seus níveis hormonais – o que aumenta a fome e diminui a saciedade. “Essas pessoas tendem a procurar alimentos calóricos e têm dificuldades em se sentirem saciadas, gerando uma compulsão alimentar, o que dificulta no processo de emagrecimento”, explica.

7. Controle a ansiedade: Sabrina explica que controlar a ansiedade é fundamental. “Porque em crises de ansiedade procuramos alimentos calóricos e temos ataques de compulsão alimentar – o que prejudica nosso processo de reeducação alimentar. E, muitas vezes, esses ataques se tornam constantes fazendo com que a pessoa desista”, destaca.

8. Coma de 3 em 3 horas: isso é extremamente importante, de acordo com Sabrina, por diversos motivos. “Além de manter os níveis de energias altos, aumentar o metabolismo, diminuir o armazenamento de gordura, também ajuda a controlar a fome durante o dia. Porque quando ficamos muitas horas sem comer e sentimos fome, é sinal que nosso corpo precisa de energia, então a única coisa que importa é comer, não vamos nos preocupar com a qualidade do alimento que estamos consumindo. Com isso, acabamos consumindo uma quantidade de energia extra sem perceber. O ideal é não sentir fome”, destaca.

9. Coma devagar: é importante comer devagar, de acordo com a nutricionista, porque o processo de digestão se inicia na boca. “Através da mastigação quebramos os alimentos em partículas menores e a saliva inicia o processo de digestão de alguns nutrientes. Quando comemos devagar, nosso organismo estimula a produção de hormônios que dão saciedade e reduz a produção de hormônios da fome. Além de que, comer devagar evita problemas gastrointestinais, como azia, queimação, gases, dores abdominais etc.”, ressalta.

10. Troque os doces por opções saudáveis: Sabrina destaca que quando bate a vontade de comer doces, o ideal é procurar por frutas mais adocicadas ou chocolates meio amargos em pouca quantidade. “Porém, uma pessoa com uma alimentação equilibrada dificilmente desperta a vontade de comer doces. Mesmo porque a ingestão de doces é um ciclo vicioso: quanto mais doces você consome, mais vontade tem de consumir”, explica.

11. Beba água: se você come de 3 em 3 horas mas mesmo assim bater aquela fome, beba água! Isso porque o sinal de sede é o mesmo da fome – o que pode estar te confundindo.

12. Coma em pratos menores: parece estranho, mas a orientação é comer em prato menor e vermelho. Isso porque a cor está associada a sinais de alerta e à orientação de parar no semáforo. Com isso, a pessoa tende a comer menos.

13. Faça exercícios e outras coisas que goste: não tenha os alimentos como única fonte de prazer na sua rotina. Faça exercícios diariamente, além de outras atividades que goste. Por exemplo, que tal sair conversar em uma caminhada com suas amigas?!

E o café, pode ajudar a enganar a fome?

Muitas pessoas comentam que tomam um cafezinho para enganar a fome, seja de manhã, seja à tarde. Mas será que este costume tem fundamento? O café é mesmo uma maneira saudável de enganar a fome? O assunto gera controvérsias.
Sabrina destaca que alguns estudos dizem que beber café libera algumas endorfinas no organismo, aumentando a sensação de saciedade e, por isso, acaba enganando a fome. “Porém, por ser rico em cafeína, o café pode alterar a motilidade do trânsito gastrointestinal, causando problemas futuros como a gastrite. Por isso, no meu ponto de vista, é bom evitar o consumo de café para essa situação”, explica.
Por esse e outros motivos, o ideal é sempre contar com a orientação de um nutricionista. O profissional passará um cardápio completo e adequado às suas necessidades e preferências, além de dicas importantes para driblar momentos de fome ao longo do dia (caso eles surjam).

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Comer demais já mata mais do que fome no mundo

Desigualdade

O maior estudo já feito sobre o "peso" global das doenças revelou algo absolutamente inusitado.

Pela primeira vez, o número de anos de vida saudável perdidos porque as pessoas comem demais superou o número de anos perdidos pelas pessoas que comem de menos.

A conclusão é do Global Burden of Disease Report, Relatório sobre o Fardo Global das Doenças, em tradução livre.

O relatório, elaborado por mais de 500 cientistas em 50 países, revela em números claros que o mundo não tem carência de comida, apenas má distribuição.

Vida doente

O relatório tem outras duas conclusões, uma positiva e outra negativa.

A primeira é que o mundo está finalmente começando a lidar bem com algumas doenças infecciosas, ajudando a salvar a vida de milhões de crianças.

A segunda é que estamos vivendo mais tempo - mais tempo doentes. Isso confirma pesquisas estudos que mostraram que as pessoas estão vivendo mais, mas passam mais anos doentes.

"O Global Burden of Disease Report é a mais completa avaliação da saúde humana na história da medicina," disse Richard Horton, editor da revista médica The Lancet, onde o relatório será publicado.

O levantamento está sendo comparado, em importância, ao sequenciamento do genoma humano.

Obesidade mata mais que fome

Os pesquisadores usaram dados sobre a prevalência de doenças e causas de morte em 2010 e compararam-nos com os dados de 1990 para identificar tendências.

Pela primeira vez em uma escala global, o excesso de peso tornou-se um problema de saúde mais grave do que a desnutrição.

Em 1990, a subnutrição teve o maior peso na "fardo" representado pelas doenças, medido pelo número de anos de vida saudável que uma pessoa média poderia esperar perder como resultado de doença ou morte precoce.

Naquela época, um elevado índice de massa corporal, ou IMC, característica da obesidade, ficou em décimo.

Agora, a desnutrição caiu para o oitavo lugar, enquanto que o IMC elevado se tornou a sexta maior causa de incidência de doenças.

Ficar acima do peso pode elevar a pressão sanguínea e causar acidente vascular cerebral e doenças cardíacas - em conjunto, estas duas condições são responsáveis por um quarto de todas as mortes no mundo.

Com informações da New Scientist

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=obesidade-mata-mais-fome-mundo&id=8422&nl=nlds

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Saúde e os seus porquês


Por que sinto mais fome no frio?

Chega o inverno e inúmeras guloseimas típicas da estação aparecem. Quando as temperaturas estão baixas, o organismo gasta muito mais energia para manter o calor do corpo. O fato é que toda essa energia só pode ser obtida por meio das calorias que estão presentes nos alimentos. Sendo assim, se uma pessoa está tentando emagrecer, não deveria entrar em uma sauna quente, e, sim, em uma câmera fria. Nessa situação, o corpo será forçado a gerar mais calor para manter a temperatura corpórea, consumindo dessa maneira as calorias extras. Quem responde: Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Por que acordo quando sonho que estou caindo?

Existem três respostas para essa pergunta. A primeira é a mioclonia hípnica, que ocorre no estágio de sono leve. Ela está associada ao cansaço físico e mental e ao estresse. Nesse caso, a pessoa sonha que está caindo, reage à sensação - sentando ou até mesmo se levantando - e acorda. Já quando a pessoa acorda, mas não consegue lembrar o motivo, pode ser um caso de epilepsia mioclônica. Se existem casos de epilepsia na família, é recomendada a investigação por um neurologista. No terceiro caso, ocorre o transtorno comportamental do sono chamado de REM. Ele acontece durante o sono pesado, em que a pessoa sonha profundamente e não deve se mexer.
Quem responde: Andrea Bacelar Rego, neurologista do Departamento de Sono da Academia Brasileira de Neurologia.

Por que tenho cabelo branco ainda jovem?

A cor dos fios de cabelo, e também da pele, é determinada pela melanina. A quantidade de produção desse pigmento depende da genética, entretanto alguns fatores externos, como o estresse, podem antecipar o aparecimento dos fios brancos. Infelizmente, ainda não existe um tratamento médico comprovado que retarde ou impeça que eles apareçam- além da já conhecida tintura de cabelo. É preciso, também, atenção em casos de doenças que causam o sintoma, como o vitiligo. Nessas situações, recomenda-se consultar um dermatologista imediatamente, já que os fios brancos podem ser revertidos com o auxílio de um tratamento específico.
Quem responde: Francisco Le Voci, dermatologista especialista em cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Por que a visão fica ruim depois de usar o computador?

O computador em si não prejudica a visão, mas pode causar algum desconforto devido ao cansaço visual que provoca. Sintomas como olho seco, lacrimejamento e vermelhidão acontecem pela diminuição da lubrificação ocular, já que a pessoa pisca menos quando está em frente à máquina. Além disso, a musculatura ocular é mais requisitada para a leitura (visão de perto e intermediária), agravando esses sintomas. Para evitar o desconforto, é recomendada uma pausa a cada 40 minutos. Olhe para o horizonte, use colírio lubrificante (prescrito pelo oftalmologista) e fique atento à luz ambiente e à altura da tela - que devem ser ajustados de acordo com cada biótipo de usuário.
Quem responde: Leonardo Marculino e Marcela F. Tavares, oftalmologistas do Hospital CEMA

Fonte: Revista Viva Saúde

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Exercícios físicos também matam a fome


O benefício das atividades físicas para a sua silhueta está longe de se limitar à queima de calorias. Pesquisadores da Unicamp revelam que a prática de exercícios pode também controlar a sensação de saciedade.
A descoberta de que exercícios ajudam a controlar o apetite de ratos acima do peso pode um dia ajudar a combater a obesidade em humanos. No Brasil, 43% da população adulta está acima do peso e 13% é obesa.
Academia não rima com pizzaria. Não no dicionário do clínico geral José Barreto Carvalheira, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Carvalheira é o líder do grupo de 17 cientistas brasileiros que mostrou pela primeira vez uma associação entre a prática de exercícios e o controle da saciedade.

Um estudo publicado pela equipe brasileira esta semana no periódico PLoS Biology revela que as atividades físicas funcionam como um mecanismo de estabilização do organismo, que inibe o apetite nos indivíduos que estão acima do peso ideal. “As pessoas acham que exercício só queima caloria, mas conseguimos tirar o foco disso”, conta Carvalheira à CH On-line.

A prática de exercícios reverte a resistência do hipotálamo aos hormônios que controlam o apetite

A ideia da pesquisa foi sugerida por Eduardo Ropelle, que se formara em educação física pela PUC de Campinas e estava prestes a iniciar o mestrado em clínica médica na Unicamp. Ropelle queria ligar os dois campos aos quais se dedicava e, ao conhecer o laboratório de controle de ingestão alimentar de Carvalheira, decidiu investigar a ligação entre a sensação de fome e o exercício físico.
Cinco anos depois, Ropelle, agora doutor em fisiopatologia médica e professor da Unicamp, tem uma resposta para sua questão inicial. Os estudos desenvolvidos por sua equipe mostraram que a prática de atividades físicas reverte a resistência aos hormônios que controlam nosso apetite causada pela superalimentação.

A superalimentação no cérebro

Nos indivíduos que comem além da conta, o hipotálamo – região do cérebro que determina processos metabólicos – cria resistência aos hormônios insulina e leptina, cujo papel é nos informar quando estamos saciados. Essa falta de sensibilidade se deve a uma inflamação causada pelo consumo excessivo de gordura.
E é justamente nesse ponto que as atividades físicas entram em ação, segundo os cientistas brasileiros. A contração dos músculos característica da prática de exercícios libera uma proteína (IL 6) no sistema nervoso central que, agindo indiretamente por um complexo caminho bioquímico, acaba por inibir a inflamação do hipotálamo.
Com isso, o hipotálamo recupera a sensibilidade à insulina e à leptina, o cérebro volta a entender a mensagem de saciedade e inibe nosso apetite com eficácia. Ou seja, o exercício não funciona exatamente como um inibidor de apetite, mas como um estabilizador da gestão de alimentos.

Tratamentos em perspectiva?

Os resultados do estudo brasileiro são importantes para o entendimento dos distúrbios de sobrepeso, que afetam mais de 1,6 bilhão de adultos no mundo, de acordo com dados de 2005 da Organização Mundial da Saúde (OMS) – o número pode chegar a 2,3 bilhões de indivíduos em 2015. No Brasil, a gravidade do problema não passa despercebida: 43% da população adulta está acima do peso e 13% é obesa.
Mas ainda é cedo para pensarmos em um tratamento para a obesidade derivado dessa descoberta. As conclusões dos pesquisadores da Unicamp foram tiradas a partir da observação de ratos de laboratório obesos e magros, que faziam exercícios constantes de corrida e natação. Foi usada também a injeção da proteína IL 6 sintética para simular a prática de exercícios nos roedores, o que restabeleceu satisfatoriamente o controle da saciedade dos animais.

É cedo para pensarmos em um tratamento para a obesidade derivado dessa descoberta.

Carvalheira é reticente em relação à aplicação desse método em humanos. “É complicado introduzir a IL 6 no organismo, porque ela tem uma função dupla: pode ser pró-inflamatória, se injetada na corrente sanguínea, ou antiinflamatória, se aplicada no sistema nervoso central”, explica o clínico. “Não há por enquanto uma droga claramente desenhada para reproduzir o exercício com a injeção no sistema nervoso central direto.”
Seja como for, os resultados do estudo publicado esta semana abrem as portas para a pesquisa de tratamentos inspirados nessa descoberta. “É difícil ainda saber em que tipo de tratamento essa descoberta vai dar realmente”, avalia Carvalheira. “Estamos descrevendo um mecanismo para ser estudado”.

Manuela Andreoni
Ciência Hoje On-line