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domingo, 8 de março de 2020

Nova solução para evitar a dor de ouvido nos animais


Lançamento destinado a cães e gatos auxilia no amolecimento da cera, facilitando, assim, sua remoção e a prevenção da otite

Acúmulo de cera, alergias ou ataques de fungos, bactérias e sarna estão entre as principais causas da otite, uma inflamação no canal auditivo que gera dor, coceira e secreção. Uma das maneiras de prevenir o problema nos animais é manter as orelhas deles limpas. Para ajudar nessa tarefa, a farmacêutica Vetoquinol lançou o Sonotix, uma solução que quebra a “tampa” de cerume e reequilibra o pH da região.

A fórmula, que tem aroma de limão, ainda neutraliza o odor da área. “Você pinga o líquido no conduto auditivo e massageia a orelha. Geralmente, o animal balança a cabeça, expelindo o cerume. Aí, é só limpar pelo lado de fora com algodão ou gaze”, ensina o veterinário Jaime Dias, coordenador técnico do laboratório.

Ele recomenda repetir o processo a cada uma ou duas semanas — a depender da quantidade de cera produzida —, sempre sob orientação do veterinário.

Sintomas da otite em animais
Segundo o veterinário Luiz Eduardo Bagini Lucarts, do Pet Care Hospital Veterinário, em São Paulo, é essencial detectar a otite precocemente, pois ela pode ser manifestação de alergias e até de câncer. “Ao buscar ajuda, o risco de alterações que prejudiquem a audição também cai”, avisa.

Então, fique de olho se seu amigo apresenta coceira, dor e secreção nas orelhas, além de desequilíbrio e cabeça torta ao caminhar.

No que mais ficar atento para preservar os ouvidos
Limpeza no pet shop: verifique se colocam protetores nos condutos auditivos e não deixe utilizar pinça ou cotonete.

Banho caseiro: priorize algodão siliconado ou parafinado. O comum não é indicado, pois retém água.

A raça do bicho: cães golden retriever, shih tzu, lhasa apso e pug e gatos persas são mais predispostos à inflamação.

Pelo na orelha: os pelos protegem os ouvidos. Só devem ser cortados com tesoura se atrapalham a saída da cera.

Fonte: https://saude.abril.com.br/vida-animal/como-evitar-dor-de-ouvido-nos-animais/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Sdominick/Getty Images

sábado, 23 de novembro de 2019

Evolução no tratamento contra o câncer em animais


Os tumores já são a principal causa de morte dos pets. Mas os tratamentos avançaram muito — e a prevenção também

A situação é conhecida entre nós, humanos: conforme a expectativa de vida aumenta, certas doenças que não costumavam preocupar tanto no passado se tornam mais comuns. Com cães e gatos, o raciocínio é semelhante. Como animais domésticos vivem cada vez mais, ficam propensos a problemas mais frequentes na velhice, caso do câncer. Um levantamento do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, constatou que, nos últimos 30 anos, a expectativa de vida dos pets atendidos por lá dobrou.

Cães de pequeno porte, por exemplo, passaram de uma vida média de 9 para 18 anos. Já os felinos chegam fácil a duas décadas na família. O maior cuidado dos tutores e os progressos no tratamento veterinário respondem diretamente por esse fenômeno. Mas, como efeito colateral, mais bichos vivenciam a ameaça e o sofrimento de um tumor.

Calcular a prevalência da doença no mundo animal vem sendo um desafio. Os números variam de acordo com o local e as condições sanitárias dos países. Os especialistas apontam, porém, que o câncer já virou a principal causa de morte entre os animais de estimação em nações desenvolvidas — e o Brasil parece ir na mesma direção. A percepção tem convocado profissionais e tutores a realizarem check-ups preventivos e prestarem atenção em sinais da enfermidade, que variam conforme o tipo e a localização do tumor.

A instrução do veterinário é especialmente bem-vinda. “É importante observar, apalpar e distinguir o que é normal e o que não é”, diz Maria Inês Witz, professora de veterinária da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, no Rio Grande do Sul.

“Quando escovamos os dentes dos animais, é possível ver alguma alteração na gengiva ou na língua”, exemplifica a especialista. Calombos, inchaços e formações estranhas merecem o olhar de um profissional.

O ponto é que nem sempre um câncer dá sinais visíveis ou se sente em um toque. Daí a necessidade de reparar no comportamento do bicho. “Febre baixa, vômito, diarreia, falta de apetite frequente… Se não for detectada outra causa, precisamos investigar a presença de tumores”, recomenda o veterinário Jair Rodini Engracia Filho, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Além de manter os cuidados e as consultas de rotina, sobretudo à medida que o pet envelhece, vale a pena saber que algumas estratégias reduzem o risco de encarar a doença: está comprovado, por exemplo, que a castração baixa a propensão a câncer de mama, um dos mais comuns em fêmeas.

É fato, contudo, que nem sempre dá para evitar seu aparecimento. Por isso, pintando a suspeita, não hesite em procurar o especialista. “É comum as pessoas acharem que o animal vai melhorar sozinho, e nessa espera as coisas pioram”, lamenta Maria Inês.

Os tumores mais prevalentes
De mama: muito frequente em gatas e o principal em cadelas, pode ser prevenido com a castração antes do primeiro cio ou da maturidade sexual.

De pele: o carcinoma espinocelular e o mastocitoma se manifestam na pele. Atingem raças de pelagem clara e boxer, pug e labrador.

TVT: é o tumor venéreo transmissível, disseminado pelo contato (sexo, lambidas…). Se instala em boca, focinho ou genitais.

Leucemia felina: causada pelo retrovírus, lembra muito a aids em humanos. Por ser de origem viral, pode ser prevenida com uma vacina.

O tratamento contra o câncer nos dias de hoje
Quando o diagnóstico vem, a notícia triste é acompanhada também por uma preocupação: e agora? O que posso fazer para ajudar? “Nos últimos anos, temos percebido uma grande evolução na relação do tutor com o animal”, observa Engracia Filho.

E ele completa: “Trinta anos atrás a maior parte dos cães era um animal de proteção da casa. Hoje, é um animal de companhia, e a pessoa já fica mais atenta a problemas, como nódulos ou o aparecimento de alguma massa anormal”.

Como ocorre com os humanos, o diagnóstico precoce é decisivo para um tratamento bem-sucedido. Logo, se ficar intrigado, não demore em levar o amigo ao veterinário.

Assim como os donos cuidam mais do pet e estão mais dispostos a desembolsar uma grana para custear tratamentos, a oncologia veterinária também deu um salto nas últimas décadas. O conhecimento e os investimentos na área possibilitaram a criação de novas terapias, hoje mais acessíveis. “O nosso intuito é promover o máximo de bem-estar e sobrevida possível”, resume o professor da PUC-PR.

Opção usual em um passado não tão distante, a eutanásia em casos assim pode ser agora a última alternativa, apenas escolhida quando a qualidade de vida não pode mais ser preservada.

“Infelizmente, muitos tutores ainda esbarram na dificuldade financeira para arcar com os custos do tratamento, e só vêm procurar ajuda quando a ação do veterinário já fica muito limitada”, relata o especialista.

Em casa, além do carinho e da parceria para enfrentar a doença, uma forma efetiva de ajudar o pet é cuidando da alimentação. “Uma dieta equilibrada, com o mínimo de conservantes e associada ao tratamento, minimiza o crescimento dos tumores”, explica Maria Inês.

Entre as mudanças de hábitos alimentares que os estudos recentes sugerem está a redução de carboidratos — como as células cancerosas consomem muita energia, uma ingestão limitada reduziria a atividade delas.

Os estudiosos cada vez mais concordam num ponto: os cânceres dos pets têm, em geral, muito em comum com os tumores que afetam os próprios seres humanos. “Os mecanismos da doença são semelhantes entre nós e os animais”, afirma Engracia Filho.

“Novas pesquisas feitas na medicina humana, como o reconhecimento e a intervenção em genes ligados ao câncer, também poderão servir na oncologia veterinária”, acredita o professor.

Pois é, essa é uma área da ciência que se beneficia das trocas de conhecimento entre saúde humana e animal (e vice-versa). E, para os pets, é uma retribuição por um companheirismo e uma amizade que não têm preço.

Quais são principais tratamentos contra o câncer em animais
Cirurgia: quando há possibilidade de fazê-la, ainda é o método preferido, já que aumenta a chance de eliminar o tumor por completo.

Quimioterapia: é recomendada quando a cirurgia não é indicada ou há suspeitas de que ainda existem células do câncer no organismo do animal.

Radioterapia: tecnologia mais recente na oncologia veterinária, é oferecida em poucas cidades, geralmente adaptando equipamentos da medicina humana.

Medicamentos: ainda há poucas opções no mercado, mas novos remédios vêm sendo testados com sucesso. A aposta está em drogas com ação precisa.

Fonte: https://saude.abril.com.br/vida-animal/evolucao-no-tratamento-contra-o-cancer-em-animais/ - Por Maurício Brum - Ilustração: Amanda Talhari/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Como combater a obesidade de cães e gatos


Muitos donos resistem à prevenção à obesidade temendo perder o afeto dos animais ao restringir a comida. Como sair desse dilema?

Pare pra pensar: se você soubesse de algo que encurtaria a expectativa e a qualidade de vida do seu cão ou gato, não tentaria fazer o possível para evitar que esse risco virasse realidade? Pois não sucumbir aos apelos por petiscos e exageros na ração ou à preguiça do bicho de ficar horas e horas deitadão é uma forma de prevenir a morte precoce que vem na esteira da obesidade. O excesso de peso entre os animais de estimação avança e já preocupa na mesma proporção que a epidemia em humanos.

Na virada dos anos 1990 para os 2000, o sobrepeso era uma realidade para 20% dos cães na capital paulista. Mas um estudo recente, publicado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), revelou uma cifra muito mais preocupante: 40% de 286 cães avaliados tinham problemas com a balança na cidade. A situação seria parecida em outras capitais do país, acreditam os especialistas.

Os quilos a mais têm potencial para reduzir em cerca de 15% a expectativa de vida de um cão, o que representa menos dois anos e um mês para raças com média de vida de 14 anos, por exemplo. Além disso, traz impactos negativos para a saúde como um todo, alimentando processos inflamatórios que atingem coração, fígado e articulações, entre outros órgãos.

“Hoje já se sabe que certos tumores também são mais prevalentes em animais com excesso de peso, assim como doenças de pele e respiratórias”, explica Álan Pöppl, vice-presidente da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária.


Da mesma forma que acontece com a gente, o sobrepeso em cães e gatos é uma combinação de ingestão calórica excessiva e pouca atividade física — embora fatores como castração e o avanço da idade também pesem na balança.

“Existem casos relacionados a disfunções hormonais, como o hipotireoidismo”, observa, ainda, a veterinária Carolina Zaghi Cavalcante, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

A grande diferença, porém, é que cães e gatos domésticos não podem escolher sozinhos quanto vão comer e se mexer. Precisam contar com os tutores tanto na prevenção como no controle da obesidade. E é aí que mora o maior desafio para os veterinários que lidam com esse fenômeno.

“Tem uma questão cultural muito forte envolvida, porque o dono expressa afeto para o animal por meio dos alimentos e isso influencia no ganho de peso”, analisa Pöppl.

Com os séculos de convivência, os animais também herdaram nossos (maus) hábitos. À medida que os bichos foram deixando os pátios para se refestelarem nos sofás, eles passaram a compartilhar não só o ambiente, mas o apetite por alimentos calóricos e a preguiça para a atividade física.

A ciência já sabe, inclusive, que regiões com maior prevalência de sedentarismo e dieta desequilibrada afetam tanto a balança dos humanos como a dos bichos. Na Espanha, pesquisadores constataram índices de disfunção metabólica parecidos entre humanos e cães obesos que habitam uma localidade considerada pró-obesidade.

Já em São Paulo, a pesquisa da USP desvendou que mais de 75% dos bichos obesos viviam com pessoas que também têm o hábito de beliscar.

O exagero nos snacks próprios para pets ou até comida mesmo está entre os principais patrocinadores do ganho de peso. Vai dizer que você nunca deu um pedaço de queijo ou carne para o animal que fica ao seu lado com cara de pidão?

Só que especialmente os alimentos do cardápio humano escondem armadilhas: um muffin, por exemplo, excede em 32% o total de calorias que um cão necessita por dia. Para um gato, representa um excesso de 130% na energia que ele deve ingerir diariamente — é como se você devorasse 13 pedaços de pizza no intervalo entre o almoço e o jantar. E bolos, biscoitos e afins são mais oferecidos aos bichos do que se imagina.

O que a obesidade pode fazer com órgãos e outros cantos do organismo
Focinho: os animais obesos têm mais dificuldade para respirar, especialmente se possuem focinho achatado. Há risco, inclusive, de colapso da traqueia.

Boca: a doença periodontal, marcada por mau hálito, é mais frequente em animais sem controle da dieta.

Tireoide: numa via de mão dupla, o excesso de peso pode ser causado por disfunções hormonais ou agravá-las. Alguns bichos têm hipotireoidismo.

Articulações: os quilos extras sobrecarregam as juntas e levam à artrose.

Coração: problemas cardiovasculares são bem mais frequentes em animais com sobrepeso.

Fígado: o mais comum é o aparecimento de uma inflamação que compromete esse órgão.

Estômago: diversos tumores estão relacionados ao excesso de gordura no organismo animal.

Sistema urinário: há maior risco de problemas ali, inclusive no controle da urina.

Os fatores de risco da obesidade animal
O problema da falta de conscientização dos tutores é tamanho que raras vezes aparece alguém preocupado com o peso do seu animal de companhia nas clínicas veterinárias.

“Normalmente, eles o trazem para a consulta não para tratar a obesidade, mas porque existem sintomas de doenças associadas, como problemas osteoarticulares ou diabetes”, revela a veterinária Naiana Perobelli, especialista em nutrição e fundadora da marca Bicho Balanceado, que desenvolve dietas sob medida para animais domésticos e tem sede em Porto Alegre e Barueri, na Grande São Paulo.

É preciso estar atento aos fatores que predispõem a engorda, sobretudo com o envelhecimento do pet, já que o metabolismo muda e a tendência a acumular gordura se acentua. Nesse contexto, também exigem cuidados os animais castrados, principalmente as cadelas e os gatos de modo geral. Em ambos os casos, rações especiais podem ser requisitadas para driblar a tendência.

Como deve ser a alimentação dos pets
É diante desse cenário de crescimento da obesidade que se tornaram mais frequentes e necessários os programas veterinários de redução do peso. Fazem parte deles as rações especiais, disponíveis no mercado, cujas fórmulas são de baixa caloria e incluem maior quantidade de proteínas e fibras.

Mas não bastaria usar a ração normal, só que moderando na porção? “Não dá para pegar o alimento comum e reduzir quantidades porque é preciso garantir o aporte correto de nutrientes”, esclarece Ana Cristina Pinheiro, gerente de marketing da Royal Canin Brasil. A marca lançou recentemente a linha Satiety, cuja densidade mais aerada promove a sensação de barriga cheia nos animais.

Saciar a fome sem ultrapassar a quantia estabelecida do alimento nem sempre é simples. Novamente, a postura dos donos influencia bastante, especialmente se o animal é daqueles que abocanham vorazmente um prato de comida ou implora por alimento, passando a impressão de que vive faminto.

“É comum que tutores abandonem o tratamento antes dos seis meses porque acham que o animal vai deixar de gostar deles se reduzirem a oferta de comida”, aponta a professora Carolina, que já experimentou convidar psicólogos para atender pessoas que não conseguem manter seus companheiros nas dietas prescritas.

O uso de comedouros que tornam mais lenta a obtenção da comida também pode ser uma boa saída para aumentar o tempo de ingestão diante da mesma porção. Há vários tipos no mercado, com saliências de alturas diferentes onde se escondem os grãos de ração, que devem então ser caçados pelo cachorro.

Gatos podem achar divertido ter que correr atrás de um brinquedinho onde esteja alojado o alimento. “Assim eles acabam gastando mais energia também”, assinala Pöppl.

A alimentação natural também pode ser uma opção para reduzir a ansiedade nos tutores. Por ser um alimento fresco e não desidratado como a ração, acaba tendo maior volume mesmo em dietas de restrição alimentar.

Mas atenção: nada de montar o prato de seu bicho com dicas da internet ou do livro de receitas da vovó. A prescrição por veterinário ou zootecnista é importante porque o menu natural exige complementação nutricional, cujas fórmulas podem ser manipuladas em farmácias ou compradas prontas.

A decisão sobre a quantidade de comida envolve os objetivos da dieta: quantos quilos a perder e o prazo para atingir a meta. Segundo os experts, a porcentagem ideal de redução de peso recomendada varia de 2 a 5% por mês, mas isso depende de raça, idade e condição do animal.

“O emagrecimento muito rápido pode causar problemas hepáticos, por exemplo. Especialmente para os gatos, a perda de peso tem que ser gradativa”, avisa Naiana.

Outros cuidados para vencer a obesidade
Mudar o hábito de fornecer alimento de forma constante é outro desafio quando o assunto é evitar ou reverter o ganho de peso. Além de contar (se possível) com uma balança para dosar a quantidade, é recomendável estipular porções e horas fixas para oferecer a comida e pôr fim ao hábito dos petiscos.

“Em vez de fornecer um pãozinho ou pedacinho de queijo ou de bolo, sugiro primeiro substituir por algo como um snack zero gordura para pet. Depois, o ideal é retirar”, orienta a professora da PUC-PR.

A proprietária da Bicho Balanceado, Naiana Perobelli, acrescenta que é possível oferecer petiscos vegetais de baixa caloria, como fatias de abobrinha ou chuchu. Outra possibilidade, sugerida pela gerente de marketing da Royal Canin, é utilizar a versão úmida das rações desenhadas para dar mais saciedade como substituto do petisco.

“O animal que sempre comeu ração seca vai entender o novo alimento como algo adicional, e a dose poderá ser calculada dentro da necessidade calórica de cada um”, justifica Ana Cristina.

Além da dieta, estimular o bicho a se mexer é decisivo. Para cães, incrementar as caminhadas diárias ajuda muito. E, pensando nos cachorros pequenos, por vezes até brincadeiras dentro de casa já servem para torrar as calorias. Enquanto isso, os gatos merecem uma repaginada no ambiente, como a inclusão de brinquedos para escalar e se movimentar dentro de casa.

Mesmo animais idosos devem ser estimulados, recorrendo, por exemplo, à hidroterapia. Se o pet estiver muito acima do peso, o veterinário poderá orientar como incluir a atividade física na rotina sem impor riscos.

Outro pilar essencial nessa história é o carinho. De verdade. “Quando o animal pede atenção, imediatamente achamos que está com fome ou deseja comer. Mas não é isso necessariamente. Se já foi fornecida a quantidade de comida necessária, não é fome. O que ele quer é brincar, interagir, receber um afago”, diz Carolina. Eis um convite para surpreender seu amigo com algo que pode ser mais gostoso que um petisco.

O que fazer — e não fazer — para deixar seu pet em forma

Acompanhe o desenvolvimento físico do seu animal com um veterinário desde filhote.
Animais castrados podem exigir dieta especial, pois o metabolismo muda e há tendência ao sobrepeso.
Forneça uma alimentação de qualidade, balanceada e supervisionada por veterinário ou zootecnista.
Estabeleça horários e porções regulares de alimento para cada animal.
Substitua petiscos por atenção, carinho, escovação dos pelos… Desvie a atenção da comida.
Se for impossível não oferecer um petisco, opte por pedacinhos de legumes ou snacks zero gordura.
Nos casos mais complexos, pese a comida antes de servir para evitar excessos.
Recrute os cães para caminhadas regulares; para os gatos, espalhe brinquedos pela casa.
Restrinja petiscos e alimentação fora de hora.
Animais idosos ou com mobilidade reduzida se beneficiam de fisioterapia e hidroterapia.

Fonte: https://saude.abril.com.br/vida-animal/como-combater-a-obesidade-de-caes-e-gatos/ - Por Naira Hofmeister - Ilustração: Amanda Talhari/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

As 6 doenças mais comuns em cães e gatos

Conheça as doenças que mais atingem cachorros e gatos e saiba como evitá-los e tratá-las

Assim como nós, os cães e os gatos sofrem com algumas doenças que nos são familiares, entre elas: doenças infectocontagiosas, alérgicas e do metabolismo. Você se preocupa com a saúde do seu bichinho? Então, confira as 6 doenças mais comuns que atingem cães e gatos:

1. Alergia alimentar
O que é: uma resposta imunológica exagerada do organismo a determinada substância presente em alimentos.
O que acontece: de ferimentos na pele provocados pela unha do próprio animal enquanto se coça sem parar até quadros gastrointestinais, como diarreia e vômito, com risco até de óbito, se ele não for tratado.
Causas: aditivos, conservantes e outras substâncias químicas usadas em rações industrializadas são os vilões mais freqüentes. Para alguns bichos, porém, as proteínas da carne bovina podem disparar as mesmas reações alérgicas.
Sintomas: os sinais clínicos mais comuns do problema são: coceira, vermelhidão e descamação na pele, com lesões provocadas pelas unhas do animal.
Prevenção: em primeiro lugar, evite comprar ração de qualidade duvidosa. Elas têm corante, que, além de provocar alergia, prejudica a absorção dos nutrientes pelo organismo. Outra medida é não dar banhos em excesso, que retiram a oleosidade natural que protege a pele dos animais. Outra forma de prevenção é trocar o comedouro de plástico, o qual também pode desencadear uma bela alergia. Prefira o de alumínio, que não traz esse risco.
Tratamento: substitua a ração de sempre por fórmulas especiais. Se o animal é muito alérgico, opte por refeições caseiras, mas aí sempre bem orientadas pelo veterinário, tomando o cuidado de suprir todas as necessidades nutricionais do bicho.

2. Depressão
O que é: ainda faltam trabalhos que expliquem exatamente o que acontece no cérebro dos animais melancólicos, mas alguns apresentam um distúrbio muito parecido com a depressão dos seres humanos. Embora os gatos pareçam menos sentimentais, eles também sofrem com problemas desse tipo.
O que acontece: o bicho passa a recusar comida e brincadeiras, muda drasticamente de comportamento e fica arredio.
Causa: grandes mudanças, separações e solidão são os principais fatores por trás do quadro depressivo.
Sintomas: a angústia em cães geralmente é sinalizada pela mania de se lamberem freneticamente. Alguns, de tanto fazer isso, até ficam com feridas graves nas patas. Entre os felinos, é o dorso que acaba machucado por essa compulsão.
Prevenção: todos os veterinários são unânimes em dizer que o melhor remédio contra a depressão é levar seu amigo para passear. Além do benefício da atividade física – como a produção de neurotransmissores ligados ao bem-estar no cérebro -, as caminhadas estreitam o contato com o dono. E talvez seja sua ausência que tenha provocado o baixo-astral do seu querido bicho de estimação. Então, se ele é mesmo de sua estima, cuide bem dele nesse momento.

3. Erlichiose (doença do carrapato)
O que é: uma infecção gravíssima transmitida por carrapatos portadores de bactérias do gênero erlichia.
Contágio: o carrapato contamina-se ao ingerir o sangue de animais doentes e transmite a bactéria ao parasitar cães saudáveis e, mais raramente, gatos.
O que acontece: entre os problemas desencadeados estão anemia, hemorragia, insuficiência renal, inflamações oculares e alterações neurológicas e de comportamento. Como a bactéria promove uma anemia grave, pode levar o animal à morte.
Prevenção: ela ocorre com a aplicação mensal de remédios para ectoparasitas, que evitam a infestação por carrapatos.
Sintomas: vários sinais indicam erliquiose. Os principais são febre, tosse, vômito, diarreia, depressão, hematomas, perda de apetite, anemia e dificuldade de respirar.
Diagnóstico: a constatação do problema se dá por meio de exames sorológicos ou de DNA.
Tratamento: é feito com remédios, de acordo com o estágio em que se descobriu a doença.

4. Insuficiência renal
O que é: alteração na capacidade de filtragem dos rins, o que acarreta a retenção de ureia e creatinina – dois compostos tóxicos – no sangue e, em compensação, e na eliminação de água, vitaminas e proteínas importantes pela urina.
Causa: a causa mais comum da insuficiência renal crônica é o envelhecimento do bicho com certa predisposição familiar. Já a insuficiência renal aguda costuma estar ligada a fatores isquêmicos, infecciosos ou tóxicos.
O que acontece: o agravamento da doença pode provocar infecções do trato urinário, úlceras na boca e no estômago e pressão alta que leva à cegueira.
Prevenção: algumas raças apresentam maior predisposição a problemas nos rins e devem ser monitoradas regularmente por meio de exames. São elas: lhasa, doberman, beagle e sharpei.
Sintomas: o animal perde o apetite, emagrece rapidamente, passa a beber muita água e faz um xixi bem clarinho a todo momento. Vômitos e diarreia também são sinais da doença. Alguns, ainda, desenvolvem anemia.
Diagnóstico: o diagnóstico se dá por meio de exames laboratoriais de sangue e urina, ultrassom e, em alguns casos, até de radiografias especiais.
Tratamento: o objetivo é restabelecer o equilíbrio orgânico com uma dieta apropriada, isto é, pouco proteica, suplementos vitamínicos e terapia com fluidos e eletrólitos. Quando parte significativa dos rins foi comprometida, a recuperação do órgão se torna inviável, restando apenas a possibilidade de controlar o quadro. A hemodiálise pode ser indicada em situações muito específicas de insuficiência renal aguda, nos casos em que a terapia convencional com fluidoterapia não surte efeito.

5. Obesidade
O que é: acúmulo excessivo de gordura decorrente da alteração no balanço energético do animal.
Causa: dieta inadequada e sedentarismo são os maiores fatores para o aparecimento da enfermidade. Algumas raças de cães e gatos são mais propensas ao problema do que outras.
Riscos: cães e gatos gorduchos podem desenvolver diabete, problemas nas articulações, doenças cardiovasculares e até alterações neurológicas.
O que acontece: animais gorduchos são sérios candidatos a ter níveis elevados de colesterol e triglicérides. Essas substâncias estão por trás de problemas como convulsão, paralisia, danos nos olhos e alterações neurológicas. Bichos excessivamente gordos estão mais propensos a desenvolver diabete e doenças articulares.
Prevenção: compre ração de boa qualidade, de acordo com a idade e grau de atividade para o seu amigo, não ofereça comida inadequada, controle os petiscos de petshop, estimule a prática de atividades físicas com passeios (no caso dos cães) ou brincadeiras (no caso dos gatos). Respeite a quantidade de ração diária a ser ingerida marcada na embalagem.
Sintomas: para identificar um bicho obeso, basta olhar para ele. Além do corpo rechonchudo, ele pode apresentar sede excessiva (em caso de diabete), falta de fôlego na hora de passeios, e sinais de hipertensão arterial.
Prevenção: compre ração de boa qualidade, de acordo com a idade e grau de atividade para o seu amigo, não ofereça comida inadequada, controle os petiscos de petshop, estimule a prática de atividades físicas com passeios (no caso dos cães) ou brincadeiras (no caso dos gatos). Respeite a quantidade de ração diária a ser ingerida marcada na embalagem
Diagnóstico: o método de diagnóstico mais utilizado é a inspeção e palpação do animal. Ele deve ter as costelas facilmente tocáveis e, quando visto de cima, apresentar forma de ampulheta. Se as costelas do animal não são visíveis, pode indicar que ele esteja acima do seu peso. Mas o veterinário dará o veredito fi nal ao comparar o peso do seu animal como estimado para aquela raça.
Tratamento: um programa bem-sucedido de emagrecimento exige plano nutricional, exercícios físicos diários, monitoramento metabólico e hormonal e acompanhamento veterinário.

6. Otite
O que é: é a popular inflamação de ouvido.
Causas: a doença costuma ter origem infecciosa, parasitária, fúngica ou seborreica.
O que acontece: se não for bem tratada, a otite pode se agravar e provocar uma meningite e ou até infecção generalizada, dois males capazes de matar.
Prevenção: proteja as orelhas do seu bicho durante o banho, tome cuidado com a limpeza do canal auditivo externo e, no caso de cães, não deixe que passeiem com o tronco para fora do carro para que o vento não penetre no canal auditivo.
Sintomas: quando há uma otite, o que fica mais evidente é o coça-coça das orelhas e o balançar frequente da cabeça. Secreção amarelada ou enegrecida e fedida também pode indicar que a infecção está instalada e latente.
Diagnóstico: o veterinário, durante o exame clínico, faz uma otoscopia, ou seja, usa aquele aparelhinho para enxergar o canal auditivo. E, em alguns casos, pode pedir uma coleta de secreção para análise.
Tratamento: o tratamento é feito com antibiótico no caso das otites bacterianas, antifúngicos para a otite fúngica, antiparasitários para a otite parasitária e ceruminolíticos, quando se trata de uma otite ceruminosa ou seborreica.


segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Banhos em pet shops podem estressar o animal


Alguns bichos entram na maior tensão - e isso pode abalar pra valer seu bem-estar

Tem gente que só descansa mesmo depois de uma chuveirada. Mas, no mundo animal, o hábito muitas vezes está longe de ser relaxante – parece sessão de tortura. Em tese de doutorado pela Universidade de São Paulo, a veterinária Anna Carolina Barbosa Esteves, do Instituto Cimas de Ensino (SP), analisou os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, em 33 cães de dois pet shops. Os resultados apontaram que a presença da substância no sangue subiu 61% logo após o banho e a tosa. “Passar dez minutos assim pode até levar à morte”, alerta Anna. Para evitar desfechos traumáticos, o dono precisa ficar atento a algumas características do estabelecimento. Segundo a pesquisadora, os funcionários devem ter treinamento específico e saber identificar quando o bicho não está legal. Como ele pode necessitar de atendimento, também é bom contar com um veterinário por perto. Agora, para cachorrinhos sensíveis, como os de idade avançada, talvez seja melhor dar o banho em casa.

Dicas para dar banho no pet no seu próprio lar

Verifique a temperatura:  a água deve estar morninha, mais agradável para o animal.

Tenha cuidado com o xampu:  é preciso prestar atenção para que o produto não caia nos olhos do bicho.

Proteja bem os ouvidos: tampe-os com algodão e abaixe as orelhas na hora de enxaguar a cabeça.

Use com cautela o secador: feche os olhos do cão com as mãos para o ar quente não machucá-los.

Fonte: https://saude.abril.com.br/vida-animal/banhos-em-pet-shops-podem-estressar-o-animal/ - Por Thiago Nepomuceno -  Foto: Dorottya Mathe - iStock/)

segunda-feira, 23 de março de 2015

10 doenças que os bichos de estimação podem transmitir aos humanos

Todas elas, porém, podem ser evitadas com cuidados simples e não significam que você deve abandonar seus bichinhos

Companhia, diversão, aprendizado, amor… Não há como negar: ter um bicho de estimação em casa – como um gato ou um cachorro, por exemplo – oferece muitos pontos positivos!
Angélica Oliveira de Almeida, médica veterinária, especialista em Acupuntura Veterinária, comenta que ter um animal em casa, de fato, oferece diversos benefícios à pessoa e toda família. “Pessoas que têm animais têm um risco menor de terem depressão. Nelas acontece maior liberação de substâncias como endorfina e dopamina, que reduzem a ansiedade”, diz.
Angélica acrescenta que pessoas que têm animais são mais ativas pois precisam cuidar e passear com seus animais. “São também mais sociáveis, e ainda, segundo algumas pesquisas, tomam menos remédios e ficam menos tempo em hospitais”, diz.
Os benefícios para crianças são maiores, conforme ressalta a médica veterinária. “Além dos benefícios já citados, elas desenvolvem responsabilidade, aprendem a respeitar os animais e trabalham sentimentos de respeito, autoestima, alegria, tolerância etc.”, destaca.
Porém, uma dúvida bastante comum é: quais são os animais mais “apropriados” para serem criados em casa?
Angélica explica que cães, gatos, pássaros, roedores e até animais silvestres (autorizados pelo IBAMA) podem ser criados em casa. “Mas antes a pessoa precisa pensar se sua casa possui estrutura física e familiar para receber esse animal”, destaca.
A veterinária destaca que não é recomendado ter como animal de estimação aqueles que não são domesticados ou silvestres sem registro e com origem duvidosa.
Giovana Mazzotti, médica veterinária diretora científica da ANCLIVEPA-DF, destaca que a escolha do animal deve se basear no estilo de vida do proprietário, seus gostos e no quanto ele poderá investir financeiramente nos cuidados que esse animal irá distender por toda sua vida.
“Não recomendo, por exemplo, uma pessoa que reside em apartamento e trabalha o dia inteiro comprar um cão Labrador Retriever. Esse animal precisa de muito contato humano e atividade física, o que essa pessoa não poderá proporcionar. Se realmente for um ‘sonho’ ter esse animal, a pessoa deve ter condições financeiras de contratar o serviço de uma ‘escola/creche para cães’, onde esse animal terá atividades e contato com outros animais e pessoas no período de ausência do proprietário”, explica Giovana.
Todos os animais, do hamster ao cavalo, destaca Giovana, requerem cuidados de médicos veterinários por toda a vida, gastos com alimentação, saúde e higiene, além tempo do proprietários para cuidados e convívio social. “A recomendação é que, antes de adquirir um animal, todos que convivem na casa se reúnam para fazer a escolha. Então, consultem um médico veterinário para orientação mais detalhada se esse animal seria o ideal ou não, bem como os cuidados que serão necessários”, diz.
Giovana destaca que muitas pessoas não sabem que devem procurar o médico veterinário ANTES de adquirir o animal (esse serviço é a consulta prévia à adoção). “Essa consulta, talvez, seja a mais importante de todas, pois vai orientar o proprietário quanto à escolha correta do animal, evitando frustrações e abandono. Além disso, nessa consulta o proprietário consegue se planejar para receber esse novo membro da família”, explica.
Além disso, vale ressaltar, são as consultas regulares com o médico veterinário que evitarão que o animal de estimação possa pegar alguma doença e transmitir aos seus donos. Pois, nem todo mundo sabe, mas, infelizmente, existem diversas doenças com caráter zoonóticos (doenças que passam dos animais para o homem). Abaixo você conhece algumas delas e confere, sobretudo, como é simples evitá-las – protegendo seu bichinho de estimação e também a saúde de toda a sua família.

10 doenças transmitidas por animais de estimação e como evitá-las
1. Micoses
Alguns tipos de fungos são os causadores de micoses, tanto nas pessoas como nos animais, destaca Angélica. Eles podem viver no solo, nas plantas ou na pele. Mesmo sendo facilmente encontrados, só irão causar micoses na presença de condições especiais, como baixa resistência do organismo.
Alguns tipos de micoses que afetam os bichos são transmissíveis ao homem, porém, da mesma maneira que nos animais, a pessoa só será afetada provavelmente se estiver numa condição de baixa resistência.
Como evitar
De acordo com Angélica, a melhor maneira de evitar esse tipo de problema é não deixar que o animal vá para a rua sozinho e assim tenha contato com outros animais que podem estar doentes. “Os passeios devem ser sempre com a supervisão dos proprietários”, destaca.
“Quando o animal apresentar qualquer sinal de doença é fundamental levá-lo o quanto antes ao veterinário para iniciar o tratamento e conferir as orientações para evitar o contágio”, acrescenta a médica veterinária.
Outra dica importante é sempre lavar bem as mãos após brincar com seu animal de estimação.

2. Verminoses
Até mesmo os animais bem cuidados estão expostos à contaminação de vermes. Especialmente os filhotes de cachorros e gatos. Eles podem adquiri-los já na hora do parto ou no momento de mamar (caso a mãe possua esses organismos em seu corpo e não tenha sido tratada adequadamente).
Além disso, os vermes podem ser transmitidos através do ar, da água, dos alimentos e até mesmo dos passeios pelas ruas.
Angélica explica que alguns tipos de verminoses podem contaminar as pessoas que têm contato com animais. Mas dicas simples podem evitar este problema.
Como evitar
Angélica diz que a maioria das contaminações ocorre devido à falta de higiene, contato com fezes, sem as devidas precauções, ingestão de alimentos contaminados. “As principais medidas para evitar o problema são: higiene e manter seus animais livre de parasitas, a vermifugação periódica evita infestação”, destaca.

3. Doença da Arranhadura do Gato
Giovana explica que esta é uma doença causada por uma bactéria que pode estar presente nas unhas e saliva de gatos. Tal bactéria é transmitida para o gato pela pulga.
Ainda de acordo com Giovana, é uma doença difícil de ser diagnosticada, pois os gatos não apresentam sinais e as pessoas não associam a doença com essa exposição. “Ela causa, nos humanos, desde nenhum sinal clínico, até casos graves que requerem internação e podem levar à morte se não tratados”, diz.
É importante salientar, de acordo com a Mestre em Biologia Animal, que somente animais contaminados são capazes de transmitir a bactéria. “Assim, raramente uma arranhadura causará a doença”, destaca.
Como evitar
Giovana explica que, assim como as demais doenças transmitidas por animais (zoonoses), a melhor forma de evitar é buscar orientações do médico veterinário para saber como cuidar do animal que escolheu como companhia. O que incluiu, por exemplo, tratar adequadamente do gato para evitar que ele tenha pulgas.

4. Raiva
Giovana explica que a Raiva é uma zoonose causada por um vírus, causador de uma doença extremamente letal, muito grave. “É transmitida ao ser humano pelo contato com a saliva do animal contaminado por mordedura, lambidas em feridas, mucosas ou qualquer pequeno arranhão”, diz.
A Mestre em Biologia Animal explica que no Brasil a Raiva está bem controlada nos centros urbanos. “Mas isso só foi possível com a vacinação em massa de cães e gatos (em campanhas do governo e por médicos veterinários particulares)”, diz.
Como evitar
Giovana destaca que a vacina protege muito bem contra a contaminação. “Assim, todos os cães e gatos, independentemente de onde vivem, devem ser vacinados anualmente contra a raiva”, diz.

5. Leptospirose
Giovana diz que a Leptospirose é uma zoonose muito grave transmitida por bactéria presente na água ou alimentos contaminados pela urina de animais doentes. “Nas cidades, o principal disseminador dessa doença é o rato, por isso é tão importante não entrar em contato com água de enchentes”, diz.
A Mestre em Biologia Animal explica que cães contaminados também podem transmitir a doença para outros animais e para os seres humanos.
Como evitar
“Os cães que vivem em áreas de risco devem receber a vacina contra Leptospirose a cada seis meses. Além de ser necessário manter o ambiente limpo e desinfetado, eliminando a presença de ratos”, explica Giovana.
“Caso o animal seja diagnosticado com a doença, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes, de forma intensiva, com todos os cuidados para se evitar o contagio dos humanos”, acrescenta a profissional.

6. Tuberculose aviária
Giovana explica que a tuberculose aviária é uma doença infectocontagiosa provocada por uma bactéria que pode sobreviver por longos períodos de tempo em condições adversas. “A ave se infecta quando entra em contato com água, alimentos e fezes contaminadas. Além de aves, porcos e bovinos e seres humanos podem se contaminar”, diz.
Como evitar
Como todas as zoonoses, destaca Giovana, a melhor forma de prevenção é manter o animal que vive em casa saudável. “Para isso, é fundamental que o proprietário de uma ave leve o animal a um médico veterinário capacitado para o atendimento dessa espécie (Médico Veterinário de Animais Silvestres e Selvagens). Na maioria das cidades existem serviços de especialistas, sempre recomendados por terem mais preparo para o atendimento diferenciado de cada espécie”, diz.

7. Coriomeningite linfocítica
Esta é uma doença viral, que acomete ratos e hamsters, que transmitem o vírus pela urina. “Muitas vezes o animal encontra-se bem, como se estivesse saudável, mas está eliminando o vírus pela urina”, diz Giovana.
A profissional explica que esta também é uma zoonose (doença que pode ser transmitida entre os animais e o homem), causando sinais de gripe até meningite.
Como evitar
Giovana ressalta a importância de consultar um médico veterinário antes de adquirir um animal (para maiores informações sobre escolha e cuidados). “E assim que a pessoa adquirir o animal, deve levá-lo para consulta. Muitas vezes serão solicitados exames que podem identificar como está o estado de saúde geral do animal”, diz.

8. Salmonelose
Esta é uma enfermidade causada por bactérias do gênero Salmonella, que acometem diversas espécies de animais e o homem.
Angélica explica que os répteis são os maiores reservatórios da salmonela e podem ocasionalmente transmiti-la aos seres humanos.
Como evitar
Para evitar a contaminação, de acordo com a médica veterinária, alguns cuidados devem ser tomados como lavar as mãos depois de manipular esses animais, não manipular esses animais em ambientes de uso comunitário como banheiro, cozinha. “Além disso, é fundamental que o animal conte com acompanhamento de um veterinário”, diz.

9. Psitacose
Esta é uma doença infecciosa causada por bactérias que infectam geralmente os psitacídeos (papagaios, araras, periquitos etc.), podendo eventualmente infectar o homem quando ele entra em contato com animais portadores ou ainda com secreções dos mesmos.
“A Psitacose pode ser transmitida aos humanos, pois a bactéria que causa essa doença pode ser eliminada pelos animais doentes nas fezes e penas contaminadas pelas secreções”, destaca Angélica.
Como evitar
De acordo com a veterinária, o ambiente em que o animal vive deve ser mantido limpo. “Animais novos ou suspeitos devem ficar de quarentena, devem ser bem alimentados e os cuidados devem ser redobrados durante o tratamento. Mas a cura é discutível, os animais afetados permanecem como reservatórios”, diz.

10. Toxoplasmose
Esta é uma doença infecciosa também conhecida como “doença do gato”. Isso porque, segundo explica Angélica, a Toxoplasmose é causada pelo protozoário toxoplasma gondii que é encontrado principalmente nas fezes do gato.
A médica veterinária explica que a Toxoplasmose raramente causa problemas no indivíduo adulto. “O grande risco está nas mulheres grávidas e pessoas imunossuprimidas. A contaminação é feita de forma fecal-oral, ou seja, deve haver a ingestão do parasita que está nas fezes, então alguns cuidados são necessários”, diz.
Como evitar
Angélica destaca que é preciso evitar contato com as fezes de gato e, se for necessária a manipulação dessas fezes, a higiene é fator imprescindível.
“É fundamental higiene também no preparo dos alimentos e com os utensílios de cozinha, além evitar comer carne mal passada”, destaca.

Cães e gatos podem causar alergias nos humanos?
Muitas pessoas acreditam que cães e gatos podem causar alergias nos humanos. Giovana destaca, porém, que eles não causam alergia, pois essa é uma condição imunomediada (uma situação na qual o sistema imune ataca o corpo) do próprio paciente. “O que ocorre é que algumas pessoas alérgicas manifestam os sinais clínicos quando em contato com os animais (pelos, ácaros nos pelos, proteínas da saliva do animal)”, diz.
A Mestre em Biologia Animal destaca que as pessoas alérgicas devem buscar tratamento com Médicos Alergologistas. “O tratamento para alergia em humanos costuma ser longo, mas, se feito corretamente, é bastante eficaz (curando ou estabelecendo melhora das crises)”, diz.

Prevenir sim, abandonar jamais!
De fato existem algumas doenças que podem ser transmitidas dos animais de estimação para os homens. Porém, isto nunca deverá ser usado como justificativa para abandonar um bicho.
Infelizmente esta já é uma realidade: diariamente inúmeros animais como cachorros e gatos são abandonados à própria sorte, geralmente devido à irresponsabilidade de pessoas que os compraram/adotaram sem pensar nos cuidados que eles exigiriam (custos com alimentação e veterinário, atenção, espaço etc.).
Abandonar um animal, além de ser uma atitude desumana, é crime. Assim como casos de maus tratos. A denúncia é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605 de 1998 (Lei de Crimes Ambientais). A pena prevista é de detenção de 3 meses a 1 ano e multa.
Giovana Mazzotti lembra que existem doenças com caráter zoonóticos, entretanto, se o animal é saudável, ele não transmite doenças. “Por isso reforça-se a importância do constante acompanhamento pelo médico veterinário, bem como manutenção da higiene, alimentação e bem-estar desses animais”, diz.
Angélica Oliveira de Almeida ressalta que os animais de estimação devem ser acompanhados periodicamente por veterinários, e esses vão orientar quais são os cuidados para a saúde do animal, “desde vacinas, vermífugos, até qual a melhor alimentação, manejo e higiene. Isso mantém a saúde do animal de estimação em dia, bem como a do proprietário”, finaliza.
Dessa forma, cuidando da saúde do animal, não há motivo de preocupação por tê-lo em casa! Você, o bicho de estimação e toda a família estarão protegidos.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/doencas-que-os-bichos-de-estimacao-podem-transmitir-aos-humanos/ - por Tais Romanelli - Foto: Getty Images

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Como diagnosticar e cuidar de pets com doenças crônicas

Diabetes, obesidade e câncer também comprometem a saúde dos animais de estimação. Para ajudar no tratamento, fique alerta aos cuidados em casa

Graves e tristes pelos sofrimentos que causam aos seus portadores, as doenças crônicas também podem fazer parte da vida de um animal de estimação. Pode não parecer, mas são inúmeros ospets que adentram as clínicas veterinárias apresentando enfermidades como diabetes, câncer e obesidade, por exemplo. A história de Regina dos Santos, auxiliar de enfermagem, e sua poodle Gina apresentaram capítulos infelizes, mas o rápido diagnóstico do câncer de mama da cadela resultou na cura da doença. “Como sempre morei sozinha, minha preocupação maior sempre foi com a Gina. Em uma visita para avaliar sua pata machucada, a veterinária realizou exames de rotina, apalpando-a, e suspeitou do problema. Após alguns exames, descobrimos a doença”, relata Regina.

O problema do diagnóstico

Diferente da cachorra que operou e retirou o tumor a tempo, alguns bichos não conseguem curar-se e acabam tendo a vida encurtada pela enfermidade. “Varia de idade, do porte e da raça, mas a predisposição genética ainda é o maior motivo para o aparecimentode doenças crônicas”, diz a veterinária Carla Storino, da rede Cobasi.

As mais frequentes são alergias, diabetes e câncer, principalmente tumores de mama, de pele e de próstata. “É extremamente complicado o diagnóstico porque os exames são complexos e caros. E poucas as clínicas veterinárias possuem estrutura para a realização dos testes”, diz Carla. Mas nem tudo é desespero. Embora os pets possam parecer mais frágeis e indefesos que os humanos, seu organismo reage muito bem devido a sua maior resistência.

No caso da quimioterapia, tratamento ainda raro para cães e gatos, a queda de pelos ocorre de forma localizada e em quantidades menores se comparadas às quedas de cabelo. No entanto, a cirurgia ainda é a forma mais indicada para a retirada do tumor. Quando o assunto é diabetes, a situação muda de figura. “Pode-se controlar a doença tanto pela adoção de uma dieta específica a base de fibras, quanto por medicamentos”, diz Carla.

A alimentação balanceada parece ser mesmo uma alternativa importante para o controle dessas enfermidades. “Alergias na pele estão frequentemente ligadas a dietas problemáticas com excesso de alimentos industrializados. Por isso, é importante consultar um especialista para saber o que deve mudar na rotina do animal”, diz Marcos Fernandes, veterinário clínico. 

Consultas de rotina

Os animais diagnosticados com doenças crônicas devem fazer consultas periódicas ao veterinário. “Somente desta forma é possível ao especialista fazer uma avaliação completa da saúde do animal”, aconselha Marcos Fernandes. O dono do bichinho também tem papel fundamental para evitar o agravamento da doença e de seus sintomas. “Ele deve ficar sempre atento aos sinais e mudanças tanto do corpo, quanto do comportamento do animal”, finaliza o veterinário.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/familia/veja-como-diagnosticar-doencas-cronicas-nos-animais/3051/ - Texto Bruno Godoy/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Marília Alencar