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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

6 benefícios psicológicos do pilates


Fazer exercícios é uma das atividades mais recomendadas por médicos e psicólogos. Agiliza a nossa mente, fortalece nossos músculos e gera endorfinas, os hormônios da felicidade. Ainda que possamos encontrar modalidades para todos os gostos, ultimamente existe uma disciplina que está no auge: nada se compara à intensidade dos benefícios psicológicos do pilates.

Este sistema de treinamento físico e mental surgiu no começo do século XX, pelas mãos de Joseph Hubertus Pilates. No início foi chamado de Crontologia devido à necessidade do uso da mente para controlar o corpo, já que buscava, ao mesmo tempo, a harmonia e o equilíbrio entre ambos.

Os princípios fundamentais nos quais o pilates se baseia são 7:

O alinhamento
A concentração
A centralização
O controle
A respiração
A fluidez
A precisão

Com o passar dos anos foram sendo incorporadas diversas inovações. Algumas delas incluem máquinas, aparelhos, e inclusive posturas específicas de outras disciplinas, como a ioga.

Hoje em dia, o pilates é muito usado em terapias de reabilitação, já que proporciona estabilidade e firmeza à coluna vertebral e aos diferentes músculos. É uma disciplina que conta com muitos adeptos a nível mundial, incluindo muitos artistas e personalidades conhecidas.

A razão de seu sucesso não se deve apenas à incrível melhora física que os praticantes experimentam, mas também aos seus enormes benefícios psicológicos. Aqueles que estão acostumados a ir a aulas específicas desta atividade afirmam se sentir muito melhores a nível psicológico e emocional.

“A saúde é um estado normal. É um dever não só consegui-la, mas também mantê-la.”
– Joseph Pilates –

6 benefícios psicológicos do pilates

Ajuda a dormir
Praticar pilates faz com que estejamos mais relaxados na hora de deitar, favorecendo nosso sono e um bom descanso. Além disso, diminui o estresse, melhora a concentração e ajuda a eliminar os pensamentos negativos graças à prática da respiração profunda. Através dele, nos desfazemos de toxinas durante a expiração e oxigenamos a pele, a musculatura e os órgãos durante a inspiração.
É um remédio natural fantástico que, em muitas ocasiões, evita que tenhamos que recorrer a outros métodos para pegar no sono.

Aumenta a autoestima
Um dos benefícios psicológicos do pilates é que ele melhora nossa autoestima. Ao começar a ver as mudanças em nosso corpo, nossa autoconfiança será fortalecida.

Relaxa e fortalece
Todos sabem que esta atividade é uma das mais relaxantes que existem. Tonifica nosso corpo e melhora nossa respiração, que muitas vezes nos causa problemas em situações de conflito.
O pilates costuma ser muito recomendado para pessoas com transtornos de estresse e ansiedade por seus bons resultados. Também é ótimo para aqueles que querem melhorar sua qualidade de vida e desejam experimentar algo novo que saia das opções tradicionais.

Socialização
As aulas de pilates nos permitem conhecer diversas pessoas. É uma forma incrível de socializar sem ter que recorrer aos esportes em grupo, não aptos para todos.
Se você é uma pessoa que prefere estar sozinha, não se preocupe. Existem aulas alternativas com poucas pessoas, ou você pode até mesmo seguir vídeo-aulas em casa. Porém, é recomendável consultar um especialista. É preciso ter muito cuidado com a forma de nos exercitarmos.

Melhora a vida sexual
Com o pilates, nossa sensibilidade fica à flor da pele. Fortalece a região da pelve, a parte inferior das costas e os músculos abdominais, nos permitindo que seja muito mais fácil e prazeroso chegar ao orgasmo.
Da mesma forma, a flexibilidade aumenta e, com ela, uma infinidade de possibilidades novas. Não tenha medo de experimentar, sempre e quando ambos estiverem de acordo. Qualquer esporte que melhore a qualidade da sua vida sexual deve ser bem recebido.

Permite que nos conheçamos melhor
Um dos benefícios do pilates que mais passa despercebido é que ele nos permite conhecer melhor a nós mesmos. Pode parecer algo banal, mas tem muita importância com respeito à percepção que temos de nossas qualidades, defeitos e capacidades.
Um bom autoconhecimento é a chave para estabelecer uma conexão entre nosso corpo e nossa mente. Alcançar a harmonia entre ambos nem sempre é uma tarefa fácil, mas graças à concentração e à respiração, é possível.
O pilates é perfeito para qualquer tipo de pessoa e para qualquer idade. Não tem limite de participantes nem está regido por regras estritas que devem ser seguidas. Trata-se de melhorar nossas capacidades enquanto fortalecemos a relação com nós mesmos.
Pode ser que você não se convença de todos estes benefícios, mas não perderá nada dando uma oportunidade a essa atividade. Experimente, pois seus resultados sempre são surpreendentes.


sábado, 4 de maio de 2019

Ciência prova que abraçar cria a mesma resposta que medicamentos


Um simples abraço pode ter efeitos psicológicos profundos como:

1. Reduzindo o seu medo da mortalidade.
O que é bem interessante! Uma pesquisa publicada na revista Psychological Science mostra que abraçar e simplesmente tocar alguém reduz o medo da mortalidade amenizando os medos existenciais. “O toque interpessoal é um mecanismo tão poderoso que mesmo objetos que simulam o toque de outra pessoa podem ajudar a incutir nas pessoas uma sensação de significado existencial”, escreveu o pesquisador Sander Koole no estudo.

2. Abraçando reduz sua freqüência cardíaca.
Um experimento conduzido na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, descobriu que os participantes que não tinham nenhum contato com seus parceiros desenvolveram uma frequência cardíaca de 10 batimentos por minuto mais rápida. Comparativamente, os batimentos cardíacos daqueles que fizeram contato com seus parceiros não foram tão rápidos.

3. Os bebês que são abraçados experimentam menos estresse quando adultos.
Se você quer ajudar o futuro, abrace um bebê! Um estudo da Universidade de Emory descobriu que, em ratos, o toque e o alívio do estresse estavam conectados, especialmente no início da vida. O estudo descobriu que o mesmo vale para os seres humanos também, observando que os bebês lidaram melhor com o estresse quando adultos, se fossem abraçados e segurados mais.

4. Função imunológica melhorada.
Uma nova pesquisa mostra que os hormônios do abraço são o que eles chamam de imunorreguladores. Basicamente, esses hormônios têm um profundo impacto na maneira como nosso sistema imunológico funciona. Isso também combina com a natureza relaxante dos abraços. Se você quer um sistema imunológico mais forte, abrace?

Muito interessante, não é? Talvez seja o momento de abrir um os abraços e abraçar alguém !

Texto originalmente publicado no Higher Perspectives, livremente traduzido e adaptado pela equipe da Revista Bem Mais Mulher


sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Estes 16 truques psicológicos fazem as pessoas gostarem mais de você imediatamente

Pense em algumas pessoas que você gosta. O que nelas fez você decidir que elas são boas pessoas? Talvez tenha sido o sorriso ou o tipo de humor, ou então elas são simplesmente agradáveis.

A maioria das pessoas não fica pensando nisso. Mas pesquisadores não são lá muito normais e gostam de descobrir tudo sobre um determinado objeto de pesquisa que para outras pessoas acaba passando batido.

Confira abaixo 16 comportamentos que foram comprovados em pesquisas científicas como capazes de fazer uma pessoa gostar de outra mais rápido.

16. Imite a pessoa
Essa estratégia é chamada de espelhamento, e envolve cópias sutis da linguagem corporal da outra pessoa. Quando você estiver falando com alguém, tente copiar seus gestos e expressões faciais. Se a pessoa colocar a mão na cintura, coloque também, se a pessoa passar a mão pelos cabelos, faça o mesmo.
Em 1999, pesquisadores da Universidade de Nova York documentaram o “efeito camaleão” que ocorre quando alguém copia a outra sem querer. Essa sintonia entre as duas pessoas facilita que elas gostem uma da outra.
No estudo, 72 homens e mulheres tiveram que trabalhar em pares em uma tarefa. Havia atores infiltrados nesse grupo, que copiavam os gestos do parceiro, ou evitavam esse espelhamento. Enquanto isso, os pesquisadores gravavam as interações.
Ao final da interação, os pesquisadores pediram aos participantes que dissessem se gostaram ou não de seus parceiros. Aqueles que tinham como dupla um ator que os copiava disseram que seus parceiros eram agradáveis.

15. Passe mais tempo com quem você quer ser amigo
As pessoas tendem a gostar de pessoas com as quais estão familiarizadas.
Um estudo da Universidade de Pittsburgh colocou quatro mulheres se passando por estudantes em uma aula de psicologia. Cada mulher aparecia na aula com uma frequência diferente. Elas não interagiam com nenhum aluno.
Ao final do experimento, os pesquisadores mostraram aos alunos as fotos das quatro mulheres, e eles demonstraram maior afinidade pelas mulheres que apareciam mais na aula, mesmo sem ter conversado com nenhuma delas.

14. Elogie outras pessoas
As pessoas associam os adjetivos que você usa para descrever outras pessoas com sua personalidade. Esse fenômeno é chamado “transferência espontânea de características”.
Um estudo publicado na revista Journal of Personality and Social Psychology apontou que este efeito acontece mesmo quando as pessoas sabem que esses adjetivos não são fiéis à personalidade da pessoa.
Isso quer dizer que mesmo que você seja uma pessoa com características positivas, caso fale muitas coisas negativas sobre outras pessoas, ficará associada com esses adjetivos negativos ao invés da sua real personalidade.
O inverso também acontece: se alguém descreve outras pessoas como “queridas e educadas”, ele ficará associado com essas características boas mesmo que isso não seja verdade.

13. Tente mostrar emoções positivas
O contágio emocional acontece quando pessoas são influenciadas pelo humor dos outros. De acordo com um trabalho da Universidade de Ohio e da Universidade do Havaí, as pessoas podem sentir sem querer as mesmas emoções que as pessoas ao seu redor.
Isso está ligado ao item 16. Naturalmente copiamos os gestos e expressões faciais dos outros, o que nos faz sentir a emoção semelhante à da outra pessoa. Se você quer que os outros se sintam felizes ao seu redor, faça o possível para comunicar emoções positivas.

12. Seja caloroso e competente
Psicólogos da Universidade de Princeton e seus colegas propõem o “modelo do estereótipo competente”, uma teoria em que as pessoas julgam os outros com base em sua competência e simpatia.
De acordo com o modelo, se você conseguir se apresentar como caloroso – amigável e não-competitivo –, as pessoas vão sentir que podem confiar em você. Se você parecer competente – com alto nível educacional e sucesso nos negócios –, elas vão sentir respeito por você.
A psicóloga Amy Cuddy, da Universidade de Harvard, diz que é importante demonstrar a simpatia antes e apenas depois a competência, especialmente em ambientes de negócios.
“De um ponto de vista evolutivo, é crucial para nossa sobrevivência saber se a outra pessoa merece nossa confiança”, diz Cuddy em seu livro Presence.

11. Revele suas falhas ocasionalmente
De acordo com o efeito-deslize, pessoas gostam mais de você se veem que você também comete erros – mas apenas se a considerarem uma pessoa competente. Isso mostra que você também é um ser humano, e não um robô inatingível.
O pesquisador Elliot Aronson, da Universidade de Texas, observou este fenômeno pela primeira vez ao estudar como erros simples podem afetar a atração de outros.
Ele pediu a alunos da Universidade de Minnesota que vissem um vídeo de uma pessoa fazendo um teste oral. Quando as pessoas se saíam bem no teste mas derrubavam café ao final da entrevista, os estudantes as classificavam como mais agradável do que quando se saíam bem no teste mas não derrubaram café ou quando tinham um resultado ruim no teste e derrubavam café.

10. Dê ênfase a valores compartilhados
De acordo com um estudo clássico de Theodore Newcomb, as pessoas sentem mais atração por aqueles que são mais parecidos com eles. Isso se chama efeito de atração por similaridade.
Neste experimento, Newcomb mediu as opiniões dos participantes em tópicos controversos, como sexo e política, e depois os colocou em uma casa pertencente à universidade para viverem juntos.
Ao final da estadia, os participantes acabaram se aproximando mais dos colegas que tinham opiniões semelhantes no teste inicial.

9. Toque a pessoa casualmente
Toques sutis acontecem quando você toca alguém de forma tão natural e discreta que ela mal nota. Alguns exemplos são encostar levemente no braço ou nas costas de alguém. Isso pode fazer com que essa pessoa sinta-se mais próxima de você.
Um experimento da Universidade de Mississippi e da Faculdade Rhodes estudou os efeitos de toques leves na gorjeta de restaurantes. Garçons tocavam levemente os clientes na mão ou no ombro quando devolviam o troco para eles. O resultado foi que esses garçons ganhavam gorjetas sensivelmente maiores do que aqueles que não encostavam em seus clientes.
Claro que a palavra-chave deste efeito é a sutileza. Passar do limite aceitável pode provocar um efeito de repulsa.

8. Sorria
Um estudo da Universidade de Wyoming pediu que 100 mulheres jovens olhassem para fotografias de outras mulheres em uma das quatro seguintes poses: sorrindo com uma postura aberta; sorrindo com uma postura fechada; sem sorriso mas com uma postura aberta; ou sem sorriso mas com uma postura fechada.
Os resultados sugerem que mulheres das fotos foram consideradas mais agradáveis quando estavam sorrindo, independente da postura.
Um estudo mais recente da Universidade Stanford e da Universidade de Duisburg-Essen mostram que alunos que interagem com os outros por meio de avatares sentem uma impressão mais positiva do outro quando seu avatar tinha sorrisos grandes.

7. Veja a outra pessoa como ela quer ser vista
As pessoas gostam de ser percebidas de forma que se alinhe com sua própria visão de si mesma. Esse fenômeno é descrito pela teoria de auto-verificação. Todo mundo busca confirmações de nossos pontos de vista nas outras pessoas.
Uma série de estudos da Universidade de Stanford e da Universidade do Arizona mostrou que participantes com percepções positivas ou negativas de si mesmos interagiam com pessoas que tinham visões positivas ou negativas delas.
Os participantes com visão positiva de si preferiam aqueles que os admiravam, enquanto participantes com visão negativa de si preferiam pessoas mais críticas em relação à ela.
Isso pode acontecer porque as pessoas tendem a interagir com aqueles que oferecem um feedback consistente com a identidade que elas acreditam ter. Outra explicação é que elas se sentem compreendidas pela outra pessoa, e isso traz um conforto.

6. Conte um segredo seu
Abrir-se um pouco pode ser uma ótima técnica de construção de relacionamento. Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Nova York, pela Universidade da Califórnia e pela Universidade do Arizona colocou estudantes em pares e pediu que eles passassem 45 minutos conversando para se conhecerem melhor.
Os pesquisadores deram uma série de perguntas para alguns participantes usarem, que se tornavam mais e mais pessoais. Por exemplo, uma pergunta intermediária era: “como você se sente em relação à sua mãe?”.
Outros participantes receberam perguntas mais superficiais, como “quais foram suas férias favoritas?”.
Ao fim do experimento, aqueles que fizeram perguntas pessoais relataram maior proximidade com seu par do que estudantes que fizeram perguntas superficiais.

5. Mostre que você sabe guardar segredos
Dois experimentos feitos nas universidades da Flórida, Estado do Arizona e de administração de Singapura mostram que pessoas valorizam a confiança em seus relacionamentos.
Essa característica foi muito importante quando as pessoas descreviam seus amigos ou funcionários ideais.
A confiança tem vários componentes: honestidade, segurança e lealdade, sendo que os dois primeiros são mais importantes em um relacionamento de sucesso, segundo a pesquisadora Suzzane Dagges-White, da Universidade de Illinois.

4. Mostre senso de humor
Pesquisa da Universidade Estadual de Illinois e da Universidade da Califórnia mostrou que o senso de humor é muito importante quando as pessoas imaginam seus amigos ou seus parceiros românticos ideais.
Outro estudo de pesquisadores da Universidade DePaul e Universidade Estadual de Illinois aponta que usar o bom-humor quando você está conhecendo alguém pode fazer essa pessoa gostar mais de você.
Este estudo sugere que participar de uma atividade divertida pode aumentar a atração romântica. Um exemplo é colocar uma venda na outra pessoa quando a ensina a dançar, atividade que costuma arrancar gargalhadas da maioria das pessoas.

3. Deixe que o outro fale de si
Enquanto se abrir pode ser interessante para a aproximação das pessoas, deixar a outra pessoa se abrir é igualmente positivo.
Em um estudo de Harvard, participantes tinham que trazer um amigo ou parente para o experimento. Os voluntários tinham que falar sobre suas opiniões ou sobre de outra pessoa enquanto passavam por um exame de ressonância magnética. Seus acompanhantes aguardavam fora da sala de exame, e em alguns casos os participantes eram informados que suas respostas seriam compartilhadas com o acompanhante, enquanto em outros casos suas respostas seriam mantidas em segredo.
Os resultados mostraram que as regiões do cérebro associadas com a motivação e senso de recompensa ficaram mais ativas quando participantes compartilhavam a informação, mas também eram ativas quando elas falavam de si mesmas mesmo sem ninguém estar escutando.
Em outras palavras, deixar alguém compartilhar acontecimentos de sua vida ao invés de só falar sobre si mesmo pode trazer memórias positivas para a outra pessoa sobre a interação.

2. Seja um pouco vulnerável
Jim Taylor, da Universidade de São Francisco, argumenta que abertura emocional pode explicar porque duas pessoas se entendem bem ou não.
“Abertura emocional, claro, pode vir com riscos que envolvem torná-lo vulnerável e não saber se essa exposição emocional será aceita e respondida ou se será rejeitada e ignorada”, explica ele.
Mas este risco pode valer a pena. O mesmo estudo do item 4 mostra que abertura é desejável e importante em companheiros ideias.

1. Aja como se gostasse da pessoa
Quando achamos que alguém gosta de nós, tendemos a gostar dessa pessoa também. Em um estudo de 1959 publicado na revista Human Relations, participantes foram informados que certos membros do grupo provavelmente gostariam deles. Esses membros foram escolhidos de forma aleatória, e nem sabiam que estavam sendo citados pelos organizadores da pesquisa.
Depois da discussão, participantes indicaram que as pessoas que eles mais gostaram eram justamente aquelas que supostamente gostaram deles.
Então mesmo se você não tiver certeza se a pessoa gosta de você, aja como se você gostasse dela, que é provável que ela reaja da mesma forma. [Science Alert]


sábado, 25 de março de 2017

17 truques psicológicos para fazer as pessoas gostarem de você imediatamente

A maioria das amizades se desenvolve naturalmente, e você nem percebe como ou quando começaram.

Às vezes, porém, você quer se esforçar para fazer novas amizades ou fortalecer o laço com conhecidos, e a ciência pode te ajudar nessa tarefa.

Alguns estudos psicológicos descobriram estratégias para fazer as pessoas gostarem de você. Por exemplo:

1. Copie-as
Essa estratégia é chamada de “espelhamento” e envolve sutilmente imitar o comportamento da outra pessoa. Ao falar com alguém, tente copiar sua linguagem corporal, gestos e expressões faciais.
Em 1999, pesquisadores da Universidade de Nova York, nos EUA, documentaram o “efeito camaleão”, que ocorre quando as pessoas inconscientemente imitam o comportamento um do outro, e esse mimetismo facilita a conexão entre as duas.
78 homens e mulheres trabalharam em uma tarefa com um parceiro. Os parceiros eram na verdade comandados pelos pesquisadores, e realizaram diferentes níveis de mimetismo.
No final da interação, os pesquisadores pediram aos participantes para indicar o quanto eles gostaram desses parceiros. Os participantes eram mais propensos a dizer que gostaram de seu parceiro quando ele tinha imitado seu comportamento.

2. Passe mais tempo perto delas
De acordo com o mero efeito de exposição, as pessoas tendem a gostar de coisas que lhes são familiares.
O conhecimento desse fenômeno remonta à década de 1950, quando pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) descobriram que estudantes universitários que viviam próximos eram mais propensos a ser amigos do que estudantes que moravam mais distantes.
Sob certas circunstâncias, interações cotidianas podem se transformar em amizades de pleno direito.
Mais recentemente, psicólogos da Universidade de Pittsburgh (EUA) pediram a quatro mulheres para fingirem ser estudantes em uma aula de psicologia. Cada mulher apareceu na sala de aula um número diferente de vezes. Quando os pesquisadores mostraram imagens das quatro mulheres para estudantes homens, eles demonstraram maior afinidade com as mulheres que haviam visto com mais frequência, embora não tivessem interagido com nenhuma delas.
Tomadas em conjunto, essas descobertas sugerem que simplesmente passar mais tempo com as pessoas pode fazer com que elas gostem mais de você.

3. Elogie-as
As pessoas associam os adjetivos que você usa para descrever os outros com sua personalidade. Esse fenômeno é chamado transferência de traços espontâneos.
Um estudo descobriu que esse efeito ocorre mesmo quando as pessoas sabiam que certas características não descreviam as pessoas que haviam falado sobre elas.
De acordo com Gretchen Rubin, autora de “The Happiness Project”,”tudo o que você diz sobre outras pessoas influencia o modo como elas o veem. Se você descrever alguém como genuíno e amável, as pessoas também o associarão com essas qualidades. O inverso também ocorre: se você está constantemente falando mal das pessoas por trás de suas costas, seus amigos vão começar a associar essas qualidades negativas com você também.

4. Esteja de bom humor
O contágio emocional descreve o que acontece quando as pessoas são fortemente influenciadas pelo humor de outras pessoas.
De acordo com uma pesquisa da Universidade de Ohio e da Universidade do Havaí, nos EUA, as pessoas podem inconscientemente sentir as emoções daqueles em torno delas.
Se você quer fazer os outros se sentirem felizes quando estiverem perto de você, faça o possível para comunicar emoções positivas.

5. Faça amizade com os amigos delas
A teoria da rede social por trás desse efeito é chamada de fechamento triádico, o que significa que duas pessoas provavelmente serão mais próximas se tiverem um amigo comum.
Para ilustrar esse efeito, os alunos da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, projetaram um programa que pedia para ser amigo de indivíduos aleatórios no Facebook. Eles descobriram que as pessoas eram mais propensas a aceitar o pedido de amizade conforme o número de amigos mútuos aumentava – de 20% sem nenhum amigo em comum para perto de 80% com mais de 11 amigos mútuos.

6. Não faça elogios demais
A teoria da perda e ganho de atratividade interpessoal sugere que comentários positivos têm mais impacto se você os faz apenas ocasionalmente.
Um estudo de 1965 realizado por pesquisadores da Universidade de Minnesota (EUA) mostrou como essa teoria funciona na prática. Os pesquisadores pediram a 80 estudantes universitários para trabalhar em pares em uma tarefa e, em seguida, permitiu que os alunos “ouvissem” seus parceiros falando sobre eles. Na realidade, os pesquisadores instruíram aos parceiros o que dizer.
Em um cenário, os comentários foram todos positivos; em outro, os comentários foram todos negativos; num terceiro cenário, os comentários passaram de positivos para negativos; e por último, os comentários foram de negativos para positivos.
Os alunos gostaram mais de seus parceiros quando os comentários foram de positivos para negativos, sugerindo que as pessoas gostam de sentir que “conquistaram” ou mereceram o elogio em alguma capacidade.
Ou seja, embora seja contra-intuitivo, tente elogiar seus amigos com menos frequência.

7. Seja receptivo e competente
A psicóloga social Susan Fiske propôs uma teoria de que as pessoas julgam outras com base em sua receptividade e competência.
De acordo com o modelo, se você puder retratar-se como receptivo – isto é, não competitivo e amigável -, as pessoas sentirão que podem confiar em você. Se você parecer competente – por exemplo, se você tiver alto status econômico ou educacional -, elas são mais propensas a respeitá-lo.
A psicóloga de Harvard, Amy Cuddy, acredita que, especialmente em ambientes empresariais, é importante demonstrar cordialidade primeiro, e depois competência. De uma perspectiva evolucionária, é mais crucial para nossa sobrevivência saber se uma pessoa merece nossa confiança.

8. Revele suas falhas de vez em quando
As pessoas gostam mais de você se você cometer um erro – mas só se acreditarem que você é geralmente uma pessoa competente. Revelar que você não é perfeito faz as pessoas se identificarem mais com você.
O pesquisador Elliot Aronson primeiro descobriu este fenômeno quando estudou como erros simples podem afetar a atração percebida. Ele pediu a estudantes masculinos da Universidade de Minnesota (EUA) para escutar gravações de pessoas respondendo um quiz.
Quando as pessoas se saíram bem, mas derramaram café no final da entrevista, os alunos gostaram mais delas do que quando se saíram bem e não derramaram café, ou não se saíram bem e derramaram café.

9. Enfatize seus valores compartilhados
De acordo com um estudo de Theodore Newcomb, as pessoas são mais atraídas por outras semelhantes a elas. Isso é conhecido como efeito de similaridade-atração.
Em sua experiência, Newcomb mediu a atitude de pessoas em tópicos polêmicos, como sexo e política, e depois as colocou em uma casa da Universidade de Michigan (EUA) para morar juntas.
Ao final da sua estadia, os participantes gostavam mais de seus companheiros quando eles tinham atitudes semelhantes sobre os tópicos que foram medidos.
Ou seja, para ser amigo de alguém, tente encontrar um ponto de semelhança entre vocês dois e o destaque.

10. Toque-as casualmente
Isso é conhecido como toque subliminar, e ocorre quando você toca uma pessoa tão sutilmente que ela mal percebe. Exemplos comuns incluem tocar no braço de alguém de leve, o que pode fazê-lo se sentir mais receptivo em relação a você.
O autor Leonard Mlodinow já escreveu sobre um estudo na França em que homens jovens conversavam com mulheres que passavam por eles. Eles tinham o dobro da taxa de sucesso quando tocavam levemente nos braços da mulher enquanto conversavam com elas, em vez de não fazer nada.
Em uma pesquisa da Universidade do Mississippi (EUA) que estudou os efeitos do toque interpessoal, garçonetes que brevemente tocaram seus clientes na mão ou ombro ganharam gorjetas significativamente maiores do que garçonetes que não tocaram seus clientes.

11. Sorria
Em um estudo, cerca de 100 mulheres olharam fotos de outra mulher em uma de quatro poses: sorrindo em uma posição de corpo aberto, sorrindo em uma posição de corpo fechado, não sorrindo em uma posição de corpo aberto, ou não sorrindo em uma posição de corpo fechado.
Os resultados sugeriram que as participantes gostavam mais da pessoa da foto quando ela sorria, independentemente da sua posição corporal.

12. Veja as pessoas como elas querem ser vistas
As pessoas querem ser percebidas de uma forma que se alinhe com suas próprias crenças sobre si mesmas. Esse fenômeno é descrito pela teoria da autoverificação.
Em uma série de estudos na Universidade de Stanford e na Universidade do Arizona, nos EUA, participantes com percepções positivas e negativas de si mesmos foram perguntados se eles queriam interagir com pessoas que tiveram impressões positivas ou negativas deles.
Os participantes com opiniões positivas sobre si preferiam as pessoas que pensavam bem deles, enquanto aqueles com opiniões negativas sobre si preferiam os críticos. Isso pode ser porque as pessoas gostam de interagir com outras que fornecem feedback consistente com sua identidade percebida.
Outras pesquisas sugerem que, quando as crenças das pessoas sobre nós se alinham com as nossas, nosso relacionamento com elas flui mais suavemente. Isso ocorre provavelmente porque nos sentimos compreendidos, o que é um componente importante da intimidade.

13. Conte-lhes um segredo
Revelação pode ser uma das melhores técnicas de construção de relacionamento.
Em um estudo conduzido por Arthur Aron na Universidade Stony Brook (EUA), estudantes foram emparelhados e deveriam gastar 45 minutos se conhecendo melhor.
Alguns pares de estudantes tinham uma série de perguntas a fazer, que ficavam cada vez mais profundas e pessoais, por exemplo, “como você se sente sobre seu relacionamento com sua mãe?”. Outros pares receberam perguntas mais simples, como “qual é a sua festa favorita e por quê?”.
No final do experimento, os alunos que haviam perguntado questões mais pessoais relataram sentir-se muito mais próximos uns dos outros.
Ao conhecer alguém, você pode construir a relação aprendendo informações íntimas sobre a outra pessoa, de forma que elas confiem em você no futuro.

14. Espere coisas boas das pessoas
As pessoas tratam os outros de maneira coerente com suas expectativas e, portanto, fazem com que a pessoa se comporte de uma maneira que confirme essas expectativas.
Em outras palavras, se você acha que alguém é um idiota, você vai se comportar de uma forma que desencadeia isso nela.
Por outro lado, se você espera que alguém seja amigável em relação a você, esse alguém é mais propenso a realmente se comportar de forma amigável em relação a você.

15. Aja como se gostasse delas
Os psicólogos descobriram um fenômeno chamado “reciprocidade do gostar”: quando pensamos que alguém gosta de nós, tendemos a gostar delas também.
Em um estudo, por exemplo, os participantes foram informados de que certos membros de uma discussão em grupo provavelmente gostavam deles. Estes membros foram escolhidos aleatoriamente pelos pesquisadores.
Após a discussão, os participantes indicaram que as pessoas que eles mais gostaram eram aquelas que supostamente gostavam deles também.

16. Mostre senso de humor
Pesquisas das Universidades Estaduais de Illinois e Califórnia, nos EUA, descobriram que, independentemente de ser como amigo ou par romântico, ter um senso de humor é realmente importante para gostar de alguém.
Não ter um senso de humor, especialmente no trabalho, é péssimo. Um estudo de 140 trabalhadores chineses entre 26 e 35 anos descobriu que as pessoas eram menos populares entre os seus colegas se fossem “moralmente focadas”.
Os pesquisadores disseram que isso ocorreu porque indivíduos moralmente focados eram percebidos como menos bem humorados pelos seus colegas.

17. Deixe que as pessoas falem sobre si mesmas
Pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) descobriram recentemente que falar sobre si mesmo pode ser inerentemente gratificante, da mesma forma que comida, dinheiro e sexo são.
Em um estudo, os pesquisadores pediram a participantes para fazer uma ressonância magnética e responder a perguntas sobre suas próprias opiniões ou de outra pessoa. Os participantes tinham sido convidados a trazer um amigo ou membro da família para a experiência.
Em alguns casos, os participantes foram informados de que suas respostas seriam compartilhadas com o amigo ou parente; em outros casos, suas respostas permaneceriam privadas.
Os resultados mostraram que as regiões cerebrais associadas à motivação e recompensa eram mais ativas quando os participantes estavam compartilhando informações publicamente. O mesmo ocorria quando elas estavam falando sobre si mesmas, mesmo que ninguém estivesse ouvindo.
Em outras palavras, deixar alguém compartilhar uma história sobre sua própria vida em vez de falar sem parar sobre a sua pode dar-lhe memórias positivas de sua interação. [IFLS]


domingo, 27 de julho de 2014

5 mentiras sobre psicologia que você provavelmente acredita

Existe boato sobre quase tudo nessa vida, mas a área de saúde é um terreno particularmente fértil para baboseiras, especialmente a psicologia. Confira cinco mitos psicológicos e a verdade sobre eles:

5. Não existe nenhuma epidemia de autismo
Você já deve ter ouvido falar que “vacina causa autismo”. Claro que isso é enorme mentira. Os ignorantes que espalham esse boato se baseiam no fato de que há muitas mais crianças autistas hoje em dia do que no passado. Teria alguma verdade nisso?
Sim, seus avós provavelmente nunca conheceram sequer uma criança autista, e atualmente todo mundo já ouviu falar pelo menos de uma. Isso não significa que o autismo não existia antes, e sim que não tinha um nome.
O que pode parecer uma epidemia à primeira vista é, na verdade, um novo conhecimento de algo que sempre esteve por aí. Os pesquisadores não acham que o autismo está em ascensão; eles acham que os pais e os médicos são mais inteligentes e conseguem diagnosticar melhor a condição hoje em dia.
Não estamos exagerando. O autismo foi descoberto em 1943 e, por 20 anos, a condição foi confundida com esquizofrenia e vista como consequência de má educação dos pais (coisas do tipo “seu filho tem 4 anos e ainda não aprendeu a falar? você que não soube ensiná-lo” ou “seu filho tem reações inadequadas a interações sociais? bem, você claramente não bateu nele o suficiente”).
E só em 1980 o guia principal para doenças mentais, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicou critérios para o diagnóstico da doença. Ou seja, somente nessa época, finalmente, crianças que já tinham sido identificadas com deficiência mental apesar de sua alta inteligência ou classificadas como mal educadas agora tinham outro diagnóstico possível.
Nós nem sequer começamos a usar a expressão “espectro do autismo” até meados dos anos 90. Isso significa que os médicos na vanguarda da psiquiatria apenas começaram a entender o fato de que há realmente uma grande variedade de sintomas do autismo, e que a condição não é tão simples assim.
Então, não, a vacina não causa autismo, muito menos uma epidemia dele. Para o bem de todos os seres humanos, nós é que estamos nos esforçando para identificar as pessoas que têm alguma dificuldade relacionada à doença e ajudá-las.

4. As pessoas não passam por cinco etapas para superar o luto
Você já deve ter ouvido falar das “cinco fases do luto”: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Isso aparece em todos os lugares – filmes, livros, seriados, conversas de rua -, e parece que as pessoas não são capazes de ficar em paz com a morte de um ente querido sem passar por esses cinco estágios inevitáveis.
Ai ai ai.
Claro que isso é besteira.
Os cinco estágios foram inventados por uma psiquiatra na década de 1960 para um livro que ela estava escrevendo. Não há nenhuma evidência de que eles existam, eles são apenas fruto de sua observação pessoal durante sua prática – que, aliás, não tem nada a ver com ficar de luto.
Pense bem, que fase parece estar faltando entre essas cinco? Que tal aquela em que a pessoa de luto anseia que o falecido estivesse vivo de novo? Afinal, essa é a emoção que as pessoas mais sentem depois de perderem alguém, o desejo de que ele ainda estivesse com elas.
Mas esse desejo não faz parte da lista porque os cinco estágios na verdade aplicam-se às emoções de doentes terminais, expressas diante de suas próprias mortes.
A psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross entrevistou pacientes terminais que morreram em seu hospital e notou um padrão. Alguns deles estavam com raiva, outros em completa negação, e outros apresentavam um estado zen de aceitação. Enquanto lutava contra a insônia uma noite, Kubler-Ross deu rótulos para esses pensamentos de morte de seus pacientes e os escreveu em um livro intitulado “On Death and Dying” (em tradução livre, “Sobre Morte e Morrer”). Em pouco tempo, psiquiatras e conselheiros começaram a usar esses estágios para ajudar pessoas de luto por entes queridos, uma população completamente diferente daquela a que realmente se destina.
Na realidade, o luto é expresso por cada pessoa à sua maneira, embora um estudo da Universidade de Yale (EUA) tenha mostrado que a maioria de nós aceita a morte de um ente querido imediatamente – a compreensão de que essa pessoa está morta e enterrada para sempre é geralmente a primeira emoção que processamos, e não a quinta.
Isso é importante de saber, porque se você está com dificuldades de aceitar uma morte, pensar que há uma linha de chegada para essas emoções depois de passar por certos estágios só vai aumentar seu sofrimento. Aceitação parece um excelente primeiro passo, em vez de vir só depois de quatro outras fases dolorosas.

3. Dar poder as pessoas não as transforma imediatamente em sadistas
Muito provavelmente você conhece o experimento da prisão de Stanford. Em 1971, um professor de psicologia da Universidade Stanford (EUA), Philip Zimbardo, resolveu testar sua teoria de que as pessoas podem se tornar “idiotas” se tiverem poder em suas mãos. Essencialmente, ele pediu a estudantes universitários voluntários que fingissem ser detentos ou guardas em uma prisão falsa no porão da faculdade, para ver o que acontecia.
O que era para ser uma experiência de duas semanas terminou na verdade em seis dias, quando os alunos passaram de jovens universitários normais para torturadores e vítimas. Os guardas não davam comida a seus prisioneiros, os obrigavam a fazer xixi e cocô em baldes, enfim, praticavam todo tipo de abuso.
Naturalmente, Zimbardo chegou à conclusão de que dar a qualquer pessoa poder sobre outra imediatamente a transforma em um sádico. Mas houveram falhas no experimento que não foram levadas em conta.
Por exemplo, Zimbardo não atuou apenas como observador do experimento; ele fez o papel de chefe dos guardas, chegando a dar instruções totalmente imparciais para os alunos fazerem os prisioneiros se sentirem impotentes, por exemplo.
Além disso, Zimbardo não era apenas o pesquisador e mentor sádico do experimento; ele era também um professor, portanto, uma figura de autoridade para os participantes da pesquisa.
Havia uma pressão sobre eles para agradar o pesquisador – primeiro, porque estavam sendo pagos US$ 15 (mais de R$ 30) por dia para participar do experimento, e depois porque sabiam que o departamento tinha gastado muito dinheiro construindo a prisão falsa.
Assim, eles agiram como guardas sádicos provavelmente porque queriam agradar, não porque seu papel profissional simulado os encorajou a agir dessa maneira.
Também, um ex-prisioneiro que serviu como consultor no experimento mais tarde admitiu ter dado aos alunos sugestões de como abusar de seus prisioneiros. Ou seja, pessoas decentes não simplesmente inventaram espontaneamente maneiras de ser abusivas.
Há ainda o contexto do experimento. O verão americano de 1971 foi uma época de confrontos entre manifestantes e figuras de autoridade (por incrível que pareça, os tumultos nas prisões San Quentin e Attica aconteceram logo após o experimento), incluindo motins em Stanford que tiveram que ser abafados com gás lacrimogêneo. Quando esses alunos responderam a um pedido para ajudar um professor a estudar os papéis de figuras de autoridade e suas vítimas, eles sabiam que argumento deveria ser comprovado.
Por fim, apesar dos melhores esforços de Zimbardo para considerar toda a humanidade como má por natureza, vários dos estudantes “guardas” mantiveram sua bússola moral intacta e não abusaram de nenhum prisioneiro. Alguns até fizeram favores para seus detentos. Os bons não receberam muita atenção nos relatórios da pesquisa porque não se encaixavam na hipótese que o professor queria provar: que, no fundo, todos nós estamos apenas esperando permissão para sermos idiotas.

2. O “efeito Mozart” não é o que as pessoas pensam
As pessoas tendem a acreditar em coisas como o “efeito Mozart” porque elas não querem perder uma oportunidade de dar qualquer vantagem a seus filhos. Provavelmente por isso, no início dos anos 90, os pais começaram a encher os ouvidos de seus recém-nascidos com música clássica, sob o pretexto de que eles ficariam mais espertos. Faz sentido, não? Quantas pessoas inteligentes você conhece escutam música pop o dia inteiro? É bem mais fácil visualizar empreendedores de alta classe ouvindo Mozart, tomando vinho e ajustando seus monóculos, não é?
Infelizmente, o efeito Mozart é só um exemplo de como as pessoas interpretam errado pesquisas científicas, a fim de fazê-las soarem do jeito que querem ouvir.
O estudo original de 1993 feito por Francis Rauscher, de fato, descobriu que ouvir Mozart tem um impacto leve sobre tarefas envolvendo raciocínio espacial. Ao ouvir música clássica, ficamos melhores nessas tarefas, mas o efeito dura aproximadamente 10 minutos. É só isso.
O pequeno estudo, com cerca de 36 pessoas – nenhuma delas criança, eles eram estudantes universitários -, não impediu que uma indústria toda se criasse em torno do absurdo de que Mozart era a maneira de tornar as crianças mais inteligentes.
Só que, uma vez que os especialistas começaram a testar cientificamente essa teoria em larga escala, eles concluíram que música pode ajudar, de fato, crianças a se saírem melhor em certas tarefas, mas que esse efeito não é exclusivo da variedade clássica e nem milagroso. Ou seja: force o quanto você quiser seus filhos a escutar Mozart, você vai precisar ensiná-los e incentivá-los em muitas outras coisas se quiser que eles tenham sucesso na vida.

1. Pessoas com QIs mais altos não são necessariamente mais espertas do que os outros
Quando você descobriu o que um quociente de inteligência era, provavelmente quis fazer o teste imediatamente para descobrir se era um gênio.
Se alguém ouve dizer que a atriz Sharon Stone tem um QI de 154, logo formula uma opinião diferente sobre ela. Se dizem a um pai que seu filho tem um QI de dois dígitos, ele logo assume que a criança está destinada a viver esfregando banheiros ou estrelando um reality show.
Na verdade, ao ouvir qualquer coisa sobre QI, o que você deveria responder é: não tô nem aí. Isso porque esses testes não provam quase nada sobre as pessoas.
A maioria dos testes de QI avalia apenas “lógica simbólica”, o que inclui coisas como resolução de problemas, imaginar como imagens ficariam se giradas ou manipuladas e memória de curto prazo. Se para você isso soa como uma pequena porção do que compõe a inteligência de uma pessoa, deixando de fora coisas importantes como criatividade, parabéns! Você passou no teste final de inteligência, que é descobrir que os testes de inteligência são uma furada.
Qualquer neurocientista que se preze vai alegremente atestar que a capacidade cognitiva é muito mais complicada do que a resolução de problemas em testes de QI. Você poderia ser brilhante em problemas de lógica, mas péssimo em inteligência verbal, que é outra peça do quebra-cabeça da inteligência. Ou você poderia ter uma memória excelente, mas nenhuma habilidade lógica. Aliás, as pessoas em sua vida que você considera mais inteligentes podem apenas ser boas comunicadoras ou carismáticas, ou ainda ler muito.
De qualquer maneira, seu QI não é nada de especial porque ele mede apenas uma coisa: quão bom você é em fazer um teste de QI]. [Cracked]