sexta-feira, 23 de março de 2012
Milionários revelam segredos para ficar rico
Uma empresa americana de serviços financeiros, sediada na Pensilvânia e ligada à Bolsa de Valores NASDAQ, fez uma pesquisa com empresários ricos para responder a uma simples questão: a que eles atribuem o próprio sucesso financeiro? As respostas variaram em alguns tópicos, mas em geral há duas receitas básicas para a fortuna: uma forte ética de trabalho e abertura constante às novas ideias.
Os pesquisados foram cem indivíduos cujo patrimônio familiar ultrapassa a casa dos 20 milhões de dólares em ativos financeiros (R$ 35 mi). A empresa que organizou a enquete trabalha em parceria com outras duas em um projeto que pretende traçar novas orientações para empreendedores.
A inovação parece ser um ponto crucial. Nada menos do que 95% dos participantes garantiram que os negócios estão em constante transformação e é essencial estar pronto para se adaptar conforme as mudanças. Da mesma forma, 80% dos entrevistados afirmam que a ética pessoal de trabalho precisa ser sólida para que o sucesso seja alcançado.
A melhor forma de fazer inovações, no entanto, causa números divergentes. Cerca de metade dos entrevistados afirma que é importante ter bons assessores e conselheiros na hora de se tomar decisões profissionais. Mas apenas 36% acham sensato delegar as inovações na empresa a membros jovens da família, enquanto 37% defendem que tais ideias devem partir dos profissionais especializados em negócios. [Business News Daily, foto de Rodrigo Amorin]
Fonte: http://hypescience.com/milionarios-revelam-segredos-para-ficar-rico/ - Por Dalane Santos
Como reduzir em 30% sua chance de ter câncer
Se você costuma ler artigos científicos, já deve ter perdido a conta de quantos métodos preventivos contra o câncer você já ouviu falar. A maioria, no entanto, sequer está relacionada a medicamentos. São dicas de alimentação, hábitos de vida ou consumo de certas substâncias.
Agora, cientistas da Universidade Oxford, na Inglaterra, afirmam que um produto muito simples e presente na nossa rotina pode nos proteger do câncer: a aspirina.
A pesquisa se baseia no fundamento de que a melhor forma de evitar o câncer é combatendo a formação de metástases. São lesões tumorais malignas secundárias, criadas a partir de uma primeira, que se espalham pelos órgãos do corpo humano e aumentam as chances de contração da doença.
A aspirina, conforme os cientistas apuraram, teria propriedades ideais para restringir as metástases. Basta tomar um comprimido ao dia, durante três a cinco anos, para que as chances de formação de tumor se reduzam em 19%.
Fazer uso do medicamento por mais de cinco anos pode diminuir tais riscos em até 30%. Este efeito vale, inclusive, para pessoas que já ultrapassaram os 60 anos de idade. [Telegraph, foto de jlodder]
Fonte: http://hypescience.com/como-reduzir-em-30-sua-chance-de-ser-diagnosticado-com-cancer/ - Por Dalane Santos
quinta-feira, 22 de março de 2012
Para atrair as mulheres, pele é mais importante do que o rosto
No jogo do amor e do sexo, uma pele bonita pode formar a linha divisória entre os perdedores e os vencedores: uma nova pesquisa mostra que uma pele saudável é mais importante do que um rosto masculino.
Estudos anteriores revelaram que mulheres heterossexuais acham homens com rostos masculinos – aqueles com o queixo proeminente e quadrado, sobrancelhas espessas e um rosto relativamente longo com um queixo bem definido – mais atraentes, principalmente durante a ovulação. Pesquisas propuseram que as mulheres instintivamente escolhem homens com características masculinas devido ao indicativo de boa saúde, que então poderia ser passada para os filhos.
Entretanto, o psicólogo Ian Stephen, da Universidade de Nottingham, na Malásia, descobriu que uma pele “dourada” também é indicativo de boa saúde, e que as pessoas tendem a achar isso bonito. Mas então o que as mulheres preferem: uma pele bonita e dourada ou um rosto “macho”?
Para descobrir, Stephen e seus colegas tiraram fotos de 34 homens brancos e 41 negros. Eles então calcularam a cor das faces e usaram um programa de computador para classificar a masculinidade das faces.
“Nós usamos essa técnica de computador para comparar matematicamente o formato dos rostos dos homens com amostras similares de rostos de mulheres, das mesmas populações”, comenta Stephen.
Os pesquisadores então mostraram as fotos para 32 mulheres brancas e 30 negras, para que elas classificassem a atração.
Os cientistas descobriram que a masculinidade facial não era nem de perto tão importante quando o tom da pele, para as mulheres de ambos os grupos étnicos. Eles não encontraram uma ligação entre a masculinidade e a atração, mas sim entre a pele.
Apesar da cor dourada ser muito importante para as mulheres ao classificarem os rostos do próprio grupo étnico, elas não pareceram se importar muito com esse traço em outro grupo étnico. Os pesquisadores sugerem que elas não conseguem detectar diferenças tão relativas em homens de outras raças.
Os traços dourados em nossa pele vêm de pigmentos de frutas e vegetais da nossa alimentação, promovendo saúde e fertilidade.
“Nosso estudo mostra que ser saudável pode ser a melhor forma dos homens ficarem atrativos”, comenta Stephen. “Nós sabemos que você pode conseguir uma pele mais atrativa comendo mais frutas e vegetais, então aí pode ser um bom começo”. [LiveScience]
Fonte: http://hypescience.com/para-atrair-as-mulheres-pele-e-mais-importante-do-que-o-rosto/ - Por Bernardo Staut
quarta-feira, 21 de março de 2012
Você sabe o que é Síndrome do Esgotamento Profissional?
Doenças do trabalho
Fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos e depressão.
Estes são alguns dos sintomas de uma doença invisível chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional (SEP) ou Síndrome de Burnout - do inglês burn out, que significa queimar-se por completo.
Na década de 1970, os problemas de saúde do trabalhador mais relevantes eram as doenças fisiológicas, tais como silicose ou a intoxicação por chumbo.
Na de 1980 eram as lesões por esforços repetitivos (LER) e doenças osseomusculares relacionadas ao trabalho (DORT).
De 1990 em diante, contudo, os casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho e as doenças como depressão e Síndrome do Esgotamento Profissional não pararam de crescer.
Síndrome do Esgotamento Profissional
A característica mais marcante da Síndrome do Esgotamento Profissional é a dedicação exagerada à atividade profissional, marcando o que se convencionou chamar de workaholic, uma pessoa viciada em trabalho.
Mas não é a única.
O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: a pessoa passar a avaliar e sustentar sua auto-estima na capacidade de realização e sucesso profissionais.
O que tem início como uma vocação, envolvendo satisfação e prazer no trabalho, acaba quando o trabalhador não obtém o reconhecimento de que se acha merecedor.
Nesse estágio, necessidade de se afirmar e desejo de realização profissional se transformam em obstinação e compulsão, tornando a pessoa incapaz de levantar os olhos e ver a situação de um ponto de vista mais amplo.
Estágios da síndrome de Burnout
Segundo os especialistas, a Síndrome do Esgotamento Profissional possui doze "degraus", que a pessoa geralmente percorre sem se dar conta do caminho que está seguindo:
• Necessidade de se afirmar;
• dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
• descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir e sair com os amigos começam a perder o sentido;
• recalque dos conflitos - a pessoa percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as primeiras manifestações físicas;
• reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa e amigos. A única medida da auto-estima é o trabalho;
• negação de problemas - nessa fase, os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, sendo cinismo e agressão os sinais mais evidentes;
• recolhimento;
• mudanças evidentes de comportamento;
• despersonalização;
• vazio interior;
• depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
• e, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental.
O último degrau é considerado de emergência, e a única saída à qual essa escada leva é o consultório médico, para os remendos de urgência, e o psicólogo, para uma auto-reconstrução de longo prazo.
Sanidade mental dos trabalhadores
De acordo com Sérgio Roberto de Lucca, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, os casos de DORT e transtornos mentais associadas à Síndrome do Esgotamento Profissional são uma tendência demonstrada pelas estatísticas da Previdência Social e pelos pacientes atendidos no ambulatório de medicina do trabalho do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.
Dos 858 casos de DORT atendidos no ambulatório nos últimos anos, 280 destes casos apresentam como comorbidade algum tipo de transtorno mental.
"O novo desafio da medicina do trabalho é a de preservar a sanidade mental dos trabalhadores. Passamos do risco tecnológico, possível de controlar, para o risco invisível, difícil de controlar.
"Na história clínica há relatos de assédio moral e alguns pacientes apresentam sintomas que podem caracterizar-se como Síndrome de Burnout. O medo de perder emprego e os fatores da organização do trabalho são invisíveis e muito mais complexos de lidar. Este problema é mundial", disse de Lucca.
Precarização do trabalho
Segundo o pesquisador, esse problema foi agravado com o advento das novas tecnologias e da globalização, que impuseram uma reestruturação produtiva.
A precarização do trabalho se dá por meio da terceirização, flexibilização das atividades e instabilidade dos postos de trabalho.
"As exigências das empresas são tamanhas que o indivíduo precisa de uma qualificação cada vez mais exigente. A maioria dos trabalhadores, hoje, não tem essa qualificação. Eles ficarão na periferia do sistema, em subempregos ou desempregados", disse.
Com informações do Jornal da Unicamp
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sindrome-esgotamento-profissional&id=7547&nl=nlds - Imagem: Wikimedia/Doryana02
terça-feira, 20 de março de 2012
Casamento pode ser o melhor remédio para o coração
Questão de sobrevivência
Pesquisas já haviam mostrado que o casamento é bom para o coração - fisiologicamente falando -, sobretudo para as mulheres.
E parece que isto é verdade também quando o coração está envolvido em situações muito críticas.
Adultos casados que passam por uma cirurgia cardíaca têm três vezes mais probabilidade de sobrevivência do que os solteiros.
"Esta é uma diferença dramática nas taxas de sobrevivência das pessoas solteiras, durante a parte mais crítica da recuperação pós-operatória," diz a Dra. Ellen Idler, da Universidade Emory (EUA), que liderou o estudo.
"Nós descobrimos que ser casado aumenta a chance de sobrevivência do paciente, seja ele um homem ou uma mulher," afirma.
Efeito protetor do casamento
Embora as diferenças mais marcantes estejam nos primeiros três da cirurgia - o período mais crítico e que pode determinar as chances de sobrevivência de longo prazo - o estudo confirmou que o forte efeito protetor do casamento continua por até cinco anos.
No período inicial de três meses após a cirurgia, o risco de que uma pessoa solteira morra é três vezes maior do que o risco de uma pessoa casada.
No geral, considerando o período todo, o risco de morte dos solteiros é duas vezes maior do que o risco de morte dos casados.
"Os resultados destacam a importância do papel das esposas como cuidadoras durante as crises de saúde. E os maridos são aparentemente tão bons em cuidar quanto as esposas," diz a médica.
Sobrevivência na crise
Colocar as alianças tem sido associado com uma vida mais longa desde 1858, quando William Farr observou que o casamento protegia contra a mortalidade precoce na França.
Os indícios vêm-se acumulando desde então de que viúvos, solteirões e divorciados têm menor expectativa de vida.
A maior parte dos estudos, contudo, observa grandes populações durante toda a vida.
Neste caso, os pesquisadores se concentraram em uma época definida, de uma crise grave de saúde. E os benefícios de ter alguém do lado se confirmaram também nestes casos.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=casamento-melhor-remedio-coracao&id=7546&nl=nlds
segunda-feira, 19 de março de 2012
Porque algumas pessoas bebem e esquecem o que fizeram?
Quem aqui nunca passou por uma situação em que bebeu muito, além da conta, e no outro dia não lembrava de nada ou da maioria das coisas?
Você não está só. Uma nova pesquisa sugere que algumas pessoas são mais suscetíveis a esquecimentos do que outras.
A diferença entre os que esquecem e os que não é visível no cérebro. Aqueles com tendência a esquecer as besteiras do dia anterior mostram respostas diferentes nas áreas relacionadas à memória e atenção, mesmo que a quantidade de álcool ingerida seja pequena.
A boa e velha desculpa
“Estamos estudando basicamente a perda parcial de memória após beber muito. Você consegue lembrar ‘pedaços’ das coisas, se tiver dicas sobre elas”, afirma o pesquisador Reagan Wetherill. “Às vezes, o cérebro não está necessariamente online, pegando a informação e registrando o que está acontecendo”.
E como todos nós sabemos, esses esquecimentos podem trazer consequências. Os especialistas ainda não estão estudando a total amnésia (esquecimento completo da noite anterior), mas sugerem que isso seria uma extensão do esquecimento parcial: quando mais álcool, maior o esquecimento.
Bêbado no laboratório
Os pesquisadores estudaram 24 amigos estudantes que costumam sair duas ou três vezes por semana, consumindo cerca de cinco bebidas por noite, uma quantidade considerada suficiente para ficar “alterado”.
Eles dividiram os bebedores em dois grupos: os que têm um histórico de esquecer as coisas após a noite, e os que não têm. Imagens cerebrais foram coletadas enquanto eles faziam testes de memória, estando sóbrios ou após alguns drinks.
Quando sóbrios, os dois grupos mostraram resultados similares. Mas mesmo após quantidades pequenas de álcool, até duas cervejas ou taças de vinho, os pesquisadores observaram grandes diferenças na atividade cerebral.
Por exemplo, aqueles que costumam ser “esquecidos” mostram menos atividade nas partes responsáveis por transformar experiências em memórias, bem como nas partes responsáveis pela atenção e funções cognitivas.
“O que pode acontecer é que alguns indivíduos têm um cérebro que consegue compensar até o ponto em que você põe uma carga cognitiva muito grande, como o álcool, e ele fica sobrecarregado”, afirma Wetherill.
A máxima “Se eu não lembro, eu não fiz” não pode mais ser usada. De fato, é possível se esquecer do que fez, mas para se esquecer, você tem que ter feito algo, não? O seu cérebro apenas não registrou a sua ação (quem sabe até ele ficou com vergonha e preferiu “deixar pra lá”). [LiveScience]
Fonte: http://hypescience.com/porque-algumas-pessoas-bebem-e-esquecem-o-que-fizeram/ - Por Bernardo Staut
domingo, 18 de março de 2012
Risco de ataque cardíaco triplica após sexo ou exercícios físicos
Um aviso aos cardíacos que não costumam se exercitar com frequência. Praticar exercícios físicos ou fazer sexo triplica o risco de uma pessoa ter ataque cardíaco nas horas seguintes ao esforço. O alerta vale principalmente para quem não faz essas atividades de costume. Essa foi a conclusão à qual chegou a análise da Revista da Associação Médica Americana.
No entanto, pacientes com problemas no coração não devem se abster de sexo ou de exercícios físicos após os resultados da pesquisa. Embora o aumento de três vezes no risco de ataque do coração soe assustador, a probabilidade geral de efetivamente sofrer um enfarte após malhar ou ter relações sexuais ainda é muito baixa: na ordem de três em um milhão, em vez de um em um milhão.
“Definitivamente, não se deve interpretar os nossos resultados no sentido de que a atividade física ou sexual é perigosa ou nociva”, salientou Issa Dahabreh, um dos autores do estudo e investigador do Instituto Médico do Centro de Investigação Clínica, em Boston, Estados Unidos. “O efeito a nível individual é pequeno”.
Além disso, os participantes do estudo que eram mais fisicamente ativos parecem ser menos suscetíveis a um ataque cardíaco após uma relação sexual ou um treino. “Pessoas que se exercitam regularmente sofrem um aumento muito menor no risco, isso se realmente sofrerem”, conta Dahabreh.
Numerosos estudos têm sugerido que a atividade física, incluindo sexo, pode desencadear um ataque cardíaco ou parada cardíaca, mas a magnitude do risco tem sido pouco clara. Para chegar a uma estimativa, Dahabreh e seu colega de pesquisa reanalisaram dados de 14 estudos, que remonta à década de 1980.
Todos os estudos utilizaram o chamado cruzamento de caso, em que as atividades físicas dos participantes com duração de um a duas horas que antecederam enfartes foram comparados com suas rotinas habituais. Se a atividade física ou sexual foi mais comum durante o período anterior ao infarto do que em outros momentos, isso pode ter ocasionado o ataque.
Nas primeiras horas após o exercício, os pesquisadores descobriram que o risco de uma pessoa ter um ataque cardíaco é aumentado em cerca de 3,5 vezes. Nas duas horas seguintes ao sexo, o risco é de 2,7 vezes a mais. A atividade física também quintuplicou o risco de morte súbita por parada cardíaca.
Embora o risco de ataque cardíaco após o sexo ou exercício – seja em números brutos ou estatisticamente – é “muito, muito pequeno”, segundo Dahabreh, os resultados sugerem que pessoas sedentárias que querem ficar em forma devem aumentar seu nível de atividade física gradualmente para evitar sobrecarregar o coração desacostumado com o trabalho árduo. A Associação Americana do Coração faz a mesma recomendação. [CNN]
Fonte: http://hypescience.com/risco-de-ataque-cardiaco-triplica-apos-sexo-ou-exercicios-fisicos/ - Por Bruno Calzavara
Aumentam evidências de que a meditação fortalece o cérebro
Cérebro dobrado
A Universidade da Califórnia, em Los Angeles, possui um projeto continuado e aprofundado de pesquisas sobre a meditação.
Os resultados mais recentes haviam demonstrado que a meditação de certa forma "engrossa" o cérebro - de uma forma positiva - reforçando as conexões elétricas no cérebro inteiro.
Mas parece que não é apenas isso.
Segundo a Dra. Eileen Luders, especialista em neuroimagens, pessoas que praticam a meditação continuadamente têm grandes quantidades de girificação, as "dobraduras" do córtex, otimizando o funcionamento do cérebro.
Girificação
A girificação, ou dobragem cortical, é o processo pelo qual a superfície do cérebro - o chamado córtex cerebral - sofre alterações para criar fendas estreitas e dobras, chamado sulcos e giros.
O córtex cerebral está associado com processos como memória, atenção, pensamento e consciência. A formação de mais sulcos e giros otimiza o processamento neural.
O resultado da maior girificação é que o cérebro se torna capaz de processar informações mais rapidamente, além de um reforço na formação das memórias e melhoria na capacidade de tomar decisões.
Melhora com os anos
A pesquisadora encontrou ainda uma correlação direta entre o índice de girificação e o número de anos que as pessoas praticam meditação.
"Em vez de simplesmente comparar o cérebro dos meditadores e dos não-meditadores, nós queríamos ver se há uma ligação entre a intensidade da prática da meditação e a extensão das modificações no cérebro," disse Luders.
E as diferenças encontradas foram marcantes.
Isto, segundo ela, é uma comprovação adicional da neuroplasticidade, a capacidade do cérebro em se adaptar fisiologicamente em resposta a mudanças no ambiente.
A pesquisa foi publicada na revista Frontiers in Human Neuroscience.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=meditacao-fortalece-cerebro&id=7548&nl=nlds - Imagem: LONI/UCLA
A Universidade da Califórnia, em Los Angeles, possui um projeto continuado e aprofundado de pesquisas sobre a meditação.
Os resultados mais recentes haviam demonstrado que a meditação de certa forma "engrossa" o cérebro - de uma forma positiva - reforçando as conexões elétricas no cérebro inteiro.
Mas parece que não é apenas isso.
Segundo a Dra. Eileen Luders, especialista em neuroimagens, pessoas que praticam a meditação continuadamente têm grandes quantidades de girificação, as "dobraduras" do córtex, otimizando o funcionamento do cérebro.
Girificação
A girificação, ou dobragem cortical, é o processo pelo qual a superfície do cérebro - o chamado córtex cerebral - sofre alterações para criar fendas estreitas e dobras, chamado sulcos e giros.
O córtex cerebral está associado com processos como memória, atenção, pensamento e consciência. A formação de mais sulcos e giros otimiza o processamento neural.
O resultado da maior girificação é que o cérebro se torna capaz de processar informações mais rapidamente, além de um reforço na formação das memórias e melhoria na capacidade de tomar decisões.
Melhora com os anos
A pesquisadora encontrou ainda uma correlação direta entre o índice de girificação e o número de anos que as pessoas praticam meditação.
"Em vez de simplesmente comparar o cérebro dos meditadores e dos não-meditadores, nós queríamos ver se há uma ligação entre a intensidade da prática da meditação e a extensão das modificações no cérebro," disse Luders.
E as diferenças encontradas foram marcantes.
Isto, segundo ela, é uma comprovação adicional da neuroplasticidade, a capacidade do cérebro em se adaptar fisiologicamente em resposta a mudanças no ambiente.
A pesquisa foi publicada na revista Frontiers in Human Neuroscience.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=meditacao-fortalece-cerebro&id=7548&nl=nlds - Imagem: LONI/UCLA
sábado, 17 de março de 2012
Exercícios físicos alteram o DNA
Mutabilidade do DNA
Que os exercícios físicos ajudam a manter o corpo saudável já se sabe desde a Antiguidade.
Mas foi necessário um pouco mais de estudos para descobrir como os exercícios ativam o corpo para gerar esses benefícios.
E tudo parece começar em um lugar aparentemente insuspeito, normalmente tido como um código que nos torna o que somos, ao menos fisiologicamente - no DNA.
O fato é que fazer exercícios altera o DNA em poucos minutos.
Mutação instantânea
Embora o código genético básico permaneça o mesmo em reação às atividades físicas - você não sofrerá mutações anômalas por se exercitar -, as moléculas de DNA no interior das células musculares sofrem alterações não apenas químicas, mas também estruturais, de formas muito específicas.
Elas ganham ou perdem marcadores de grupos metil em sequências específicas e bem conhecidas do DNA.
As mutações no DNA induzidas pelos exercícios acontecem por meio das chamadas alterações epigenéticas.
E, segundo os pesquisadores, elas parecem estar na base de uma cadeia de eventos que responde pelos benefícios fisiológicos dos exercícios.
Metilação
Os experimentos mostraram que o DNA nas células musculares tem menos grupos metil - ou metilas - após os exercícios do que antes.
As alterações também envolvem áreas na superfície do DNA que funcionam como pontos de ancoragem para várias enzimas, os chamados fatores de transcrição.
"Já se sabia que os exercícios induzem alterações nos músculos, incluindo um incremento no metabolismo do açúcar e das gorduras. O que descobrimos é que a mudança na metilação vem primeiro," diz a Dra. Juleen Zierath, do Instituto Karolinska, na Suécia.
A metilação é um dos mecanismos da herança genética. As metilas funcionam como uma espécie de chave que ativa e desativa os genes.
As descobertas foram publicadas na revista Cell Metabolism.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=exercicios-fisicos-alteram-dna&id=7540&nl=nlds
sexta-feira, 16 de março de 2012
O que realmente está nos tornando gordos?
A sabedoria convencional nos diz que o ganho ou perda de peso está no modelo de “calorias para dentro, calorias para fora”, que geralmente se resume no refrão “coma menos, se exercite mais”. Mas uma nova pesquisa revela que a equação é muito mais complexa do que parece, e vários outros fatores estão em jogo.
Pesquisadores de um campo relativamente novo estão olhando para os químicos industriais e aspectos não calóricos das comidas que influenciam no ganho de peso. Os cientistas que estão conduzindo essa pesquisa acreditam que essas substâncias, presentes em muitas comidas, podem estar alterando a maneira como nossos corpos armazenam gordura e regulam nosso metabolismo. Mas nem todos concordam. Muitos cientistas, nutricionistas e médicos acreditam no modelo do equilíbrio energético.
Bruce Blumberg, professor de biologia na Universidade da Califórnia, estuda o efeito dos poluentes orgânicos que são altamente usados pela indústria dos agrotóxicos e nos sistemas de água. Os compostos organoestânicos “mudam a maneira como nosso corpo responde às calorias”, ele afirma. “Os que nós estudamos, o tributilestanho e o trifenilestanho, geram mais, e maiores, células de gordura nos animais expostos. Aqueles que tratamos com esses químicos não têm uma alimentação diferente do que aqueles que não engordam. Eles estão comendo comida comum, mas estão ficando mais gordos”.
Um estudo muito comentado de janeiro trouxe mais lenha para essa discussão: ele confirmaria a crença no modelo do equilíbrio energético, e foi citado por muitos pesquisadores que trabalham no campo. Quando o autor do estudo, George Bray, foi questionado a respeito dos aditivos e ingredientes industriais em nossa comida, ele afirmou que “não faz diferença alguma. As calorias contam. Não há dados que comprovem o contrário”.
Os participantes do estudo de Bray receberam quantidade baixa, normal e alta de proteína, além de mil calorias a mais do que o necessário. O estudo não levou em conta o conteúdo e a forma das calorias, como foram processadas, ou quais aditivos ou químicos industriais estavam presentes.
Bray não acredita que aditivos ou a maneira como os alimentos são processados pode afetar o resultado do estudo. De fato, ele completou uma pesquisa em 2007, que ele se refere como “o estudo Big Mac”, com os participantes recebendo três refeições por dia, durante três dias, com um grupo comendo apenas itens como o Big Mac, e outro comendo apenas “comida caseira”. Bryan diz que o resultados não revelam nenhuma diferença: “Pelo menos nos quesitos como tolerância à glicose, insulina, e outros, não houve diferença. Agora, se você os alimentar por um período maior, é claro que a quantidade vai influenciar muito”.
Outro estudo, realizado pela Universidade de Princeton, indica que o tipo da caloria importa. Os pesquisadores descobriram que ratos que bebiam xarope de milho, com muita frutose, ganhavam mais peso do que aqueles que bebiam água com açúcar, mesmo que o número de calorias fosse o mesmo. Os primeiros animais também exibiram sinais de síndrome metabólica, como ganho de peso anormal, especialmente gordura visceral ao redor da barriga, e aumento significativo dos triglicérideos.
Miriam Bocarsly, autora principal do estudo, afirmou: “A questão das calorias para dentro, calorias para fora, é muito boa e muito debatida no campo. Mas nós temos esse resultado que aconteceu com ratos. Algo é obviamente diferente entre o xarope e a água com açúcar, mas o que será?”.
Blumberg comenta que a frutose, por si só, já é um obesógeno. “A frutose cristalizada não existe na natureza, nós estamos fabricando isso”, afirma. “A frutose não é comida. As pessoas pensam que ela vem da fruta, mas não. A que comemos é sintetizada. Sim, é derivada da comida. Mas cianeto também vem da comida. Você chamaria ele de comida?”.
O neuroendocrinologista Robert H. Lustig também acredita que a frutose é um elemento relacionado à obesidade. “Eu pessoalmente coloco a frutose nos obesógenos. Como a frutose engana o cérebro para que coma mais, ela possui propriedades consistentes para a obesidade”, diz.
Lustig é outro, entre os pesquisadores e médicos, que enxerga o modelo do balanço calórico como falso. “Eu não acredito nesse modelo, centralizado nas calorias”, comenta. “Acredito no do depósito de gordura, que é centrado na insulina. A razão é que, ao alterar a dinâmica da insulina, você pode mudar o consumo calórico e o comportamento relacionado às atividades físicas. Isso tem sido minha pesquisa pelos últimos 16 anos”, conta. A ideia de Lustig é que, ao aumentar a circulação de insulina – geralmente um resultado do consumo exagerado de frutose – as pessoas ficam mais esfomeadas e cansadas, o que resulta em excesso de alimentação e falta de motivação para se exercitar.
Outro possível elemento obesógeno é o bisfenol A (BPA), encontrado em muitos alimentos e materiais de embalagens. O professor Frederick S. vom Saal, da Universidade de Columbia/Missouri, vem estudando isso.
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) divulgou que quase todos os americanos testados tinham BPA na urina, “o que indica que há grande exposição da população ao BPA”.
Algumas marcas já se pronunciaram, e planejam parar de usar o produto nas latas e embalagens dos alimentos.
Vom Saal acredita que o BPA é apenas o exemplo mais proeminente das várias substâncias presentes em nossa comida que podem nos deixar obesos. “Se as pessoas realmente querem resolver a obesidade, diabetes, e doenças cardiovasculares, não é inteligente ignorar um contribuinte como esse. E nós não estamos obesos apenas por causa do BPA. Também sei que a nicotina e outros químicos influenciam na diabetes e nas doenças metabólicas”.
Se a teoria dos “obesógenos” for aceita, a indústria da comida estará com problemas. Seria difícil promover alimentos diet e “saudáveis” que podem ter menos calorias, mas contém uma série de substâncias que podem contribuir para o aumento de peso.
A ênfase que a indústria coloca nas escolhas pessoais põe o ônus no individuo, e deixa o consumidor com difíceis decisões para fazer sobre os produtos e aditivos industriais. E os produtos não vêm com essas substâncias listadas, já que não é obrigatório.
“As pessoas dizem para mim o tempo todo: ‘O que eu faço?’”, comenta vom Saal. “E a resposta é, não há muito que fazer, porque a indústria não é obrigada a te contar sobre esses químicos. Como evitar algo que você não enxerga?”.
O modelo do equilíbrio energético também coloca a responsabilidade no consumidor, porque a sabedoria convencional é de que as pessoas comem demais.
Será que podemos continuar essa discussão simplesmente em termos de calorias ingeridas? Ou olhar apenas para as categorias tradicionais, como gorduras, proteínas e carboidratos, e lacticínios, carnes, grãos e vegetais? Como há uma proliferação de poluentes industriais nos alimentos ultraprocessados, muitos especialistas acreditam que não. [TheAtlantic]
Fonte: http://hypescience.com/o-que-realmente-esta-nos-tornando-gordos/ - Por Bernardo Staut
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