quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Exercício físico importa mais que ter bom colesterol

A atividade física neutralizaria os efeitos nocivos de baixos índices de HDL, a partícula que remove a gordura das artérias

O aumento na concentração da molécula que faz uma faxina nos vasos é uma das vantagens dos esportes. “Mas isso nem sempre ocorre”, lamenta Gary O’Donovan, epidemiologista da Universidade Loughborough, na Inglaterra. E aí? Nesses casos mais resistentes, nem adianta investir em pedaladas ou caminhadas? Nada disso.

Com base em dados de mais de 37 mil britânicos, O’Donovan só observou uma associação entre taxas reduzidas do colesterol bom e uma maior mortalidade nos sujeitos que se mexiam menos de 150 minutos por semana. “Mesmo sem elevar a taxa de HDL, uma vida ativa pode aprimorar sua função”, diz o expert. É como se você deixasse essa partícula mais ágil para varrer a gordura e, assim, evitar entupimentos por trás de infarto e AVC.

A relevância do HDL
Em comparação com quem se exercita, um sedentário com HDL normal corre um risco 37% maior de morrer precocemente. Já entre os sedentários com HDL baixo, esse risco sobe para 65%.

Além do colesterol
O trabalho inglês ainda reforça que a movimentação está ligada a quedas na pressão, no peso, na glicemia… Ou seja, ela supera vários oponentes do peito. Daí porque é dificílimo vislumbrar uma pílula que substitua o esporte.

Glossário cardiovascular

LDL
É o chamado colesterol ruim, que deposita a gordura nas artérias. O esforço físico reduz seus níveis.

HDL
Ele transporta substâncias que obstruem os vasos para o fígado. Malhar aumenta sua quantidade e eficiência.

Triglicérides
É uma gordura que, em excesso, trava o fluxo sanguíneo. Ao suar a camisa, você derruba esse índice em 20%.


Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/exercicio-importa-mais-que-ter-bom-colesterol/ - Por Theo Ruprecht - Ilustração: Pedro Hamdan//Exercício importa mais que ter bom colesterol/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O que acontece quando você para de se exercitar

Deixar o sedentarismo tomar conta da sua rotina pode prejudicar o corpo todo. Veja o que acontece em cada fase

Ao manter uma rotina de exercícios, é difícil encontrar alguém que nunca tenha sentido um pouco de desânimo ou desmotivação em alguns momentos. É aí que acabamos tirando um dia a mais de descanso, que acaba se estendendo para uma semana. Então, o trabalho fica um pouco mais puxado, a família demanda um pouco mais de tempo e, quando você percebe, passou um mês longe da academia.

Sorrateiramente o sedentarismo vai tomando conta do seu dia a dia e vai ficando cada vez mais difícil voltar a se movimentar. Quando isso acontece, o nosso corpo acaba sofrendo as consequências da falta de atividade física. Não acredita? Veja só o que acontece com o corpo em cada fase longe dos exercícios:

Uma semana sem exercícios
"Quando ficamos uma semana sem treinar, nossos músculos param de se movimentar e receber estímulos. Para entender os prejuízos, é preciso entender como você conduz essa semana", diz o educador físico Thiago Arias, de Santos, litoral de São Paulo. "Devemos levar alguns fatores em consideração (descanso, alimentação e estresse). O estresse libera um hormônio chamado cortisol, responsável por catabolismo (perda de massa muscular), portanto, se você conseguir equilibrar estes fatores possivelmente os danos serão menores", completa.

Entre um e seis meses sem exercícios
Neste período, os efeitos começam a piorar. "Precisamos entender que tudo o que o nosso corpo não utiliza, ele excreta ou acumula. No caso da massa muscular, muitas pessoas cometem o erro de achar que a massa muscular vai virar gordura, porém, são duas coisas completamente diferentes. O que acontece é que a partir do momento que eu tenho um volume muscular maior e não utilizo, a tendência é haver uma atrofia desta massa. Com o consumo de calorias e alimentos calóricos somados a isso, a tendência é aumentar o percentual de gordura. Por isso, muitas pessoas acham que o músculo virou gordura, quando na verdade a massa muscular atrofiou e a massa de gordura aumentou", explica o especialista.

Um ano sem exercícios
Pessoas que trabalham com atividades que não exigem muita movimentação ou que ficam longos períodos sentadas acabam apresentando um ganho de peso maior nessa fase, "além de terem também problemas posturais e desvios", conta o educador físico. "As chamadas síndromes metabólicas, como hipertensão, diabetes, doenças coronarianas e outras complicações são mais evidentes. Na parte estrutural, podemos desenvolver fraqueza e encurtamento nos músculos e, consequentemente, nas articulações. Fora a perda do condicionamento cardiorrespiratório muito importante em nosso dia a dia", alerta Arias.


terça-feira, 17 de outubro de 2017

Obesidade, mesmo com os exames em ordem, sobe o risco de infarto

Taxas normais de colesterol, pressão e açúcar no sangue não são suficientes para proteger o coração de pessoas acima do peso, aponta estudo

Nem todo obeso tem diabetes, hipertensão, colesterol alto ou outro indicador claro de risco cardiovascular. No entanto, um estudo publicado no periódico científico European Heart Journal contraria a ideia de que pessoas acima do peso e livres de doenças podem ser consideradas completamente saudáveis.

A ponderação é fruto de uma revisão de dados de aproximadamente 500 mil voluntários. Desses, 7 637 apresentaram problemas cardiovasculares ao longo dos 12 anos em que foram acompanhados por pesquisadores do Imperial College London e da Universidade de Cambridge, ambas na Inglaterra.

Cruzando as informações médicas desses participantes, os cientistas britânicos observaram que a turma com sobrepeso ou obesidade e sem hipertensão, níveis anormais de colesterol e açúcar no sangue ainda assim era mais propensa a panes no peito. Em comparação aos magros saudáveis, a obesidade, por si só, aumentou o risco de infarto e afins em 28%. Agora, O pior cenário segue sendo o de pacientes com gordura de sobra que já manifestam colesterol alto ou outro mal.

Na visão dos responsáveis pelo levantamento, tal conclusão indica que é uma questão de tempo para o organismo demonstrar sinais do efeito negativo do excesso de gordura corporal. Às vezes, o primeiro sintoma pode ser um ataque cardíaco. “Manter um bom peso é uma chave para preservar o coração”, reforçou, em comunicado à imprensa, o professor de cardiologia molecular Metin Avkiran, membro da Fundação Britânica do Coração, uma das financiadoras do trabalho.

Mas que fique bem claro: nenhum estudo justifica a discriminação de pessoas acima do peso.


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/obesidade-mesmo-com-os-exames-em-ordem-sobe-o-risco-de-infarto/ - Por Vand Vieira -    Ilustração: Estúdio Barlavento

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

8 novos hábitos anti-idade aprovados pelos dermatologistas

Conheça uma nova função para o protetor solar, o lado bom do colesterol, o treino que faz bem para a pele...

1. Dê chance ao colesterol 
Não, não é para devorar batata frita sem culpa. Apenas procurar a gordura nos cosméticos! “Apesar da fama de má, ela tem a função de manter as células unidas e firmes”, diz a dermatologista Ana Coutinho, do Rio de Janeiro.
Apostar em hidratantes que forneçam lipídeos similares aos produzidos naturalmente pela pele é fundamental para que a renovação celular e as reações antioxidantes contra o stress aconteçam – sobretudo se você já tiver passado dos 40 anos, quando a quantidade de gordura entre as células cai até 40%.
 “Com os anos, o nível de colesterol diminui e o ressecamento faz com que as rugas fiquem mais acentuadas”, explica a dermatologista Denise Lage, de São Paulo. Por isso, a pele madura tem maior necessidade de hidratação para manter a luminosidade, a maciez e o viço.
Uma dica para avaliar o grau de água no seu corpo: belisque o dorso da mão durante 15 segundos e solte. Agora, verifique o tempo que ela leva para retornar ao normal. “Se for na hora, é sinal de hidratação ok. Demorou alguns segundos? Aplique um creme”, diz Ana.

2. Capriche na malhação
Quer garantir o rostinho de bebê por mais tempo? Eleve seu batimento cardíaco com regularidade – os exercícios físicos diminuem os níveis de stress e ativam a circulação sanguínea, o que é bom para a pele. “Atividade física de alta intensidade por 20 a 30 minutos potencializa a ação dos antioxidantes que combatem os radicais livres”, diz Denise.
Não sabe por onde começar? O treino de musculação é uma boa pedida. “Ele induz a liberação do hormônio do crescimento, o GH, e também o L-glutamina, que mantém o rosto mais jovem”, acrescenta a médica. Mas fica o alerta: exercício físico praticado em excesso tem efeito contrário! “Exagerar na frequência pode causar stress muscular, aumento da enzima conhecida como CPK e do consumo de músculos (o que leva à flacidez)”, alerta o dermatologista Murilo Drummond, professor titular do Instituto de Pós-Graduação Carlos Chagas, no Rio de Janeiro.

3. Mantenha-se longe do calor
A gente achava que o sol era o grande inimigo do melasma – e ele é, mas não o único! A luz visível e o calor também estão ligados às manchas. Isso quer dizer que passar horas perto do fogão preparando sua marmita saudável, frequentar a sauna do prédio e até ser adepta da hot ioga causam inflamação e estimulam a pigmentação.
Plano de ação: além de apostar no FPS, use base com cor e algum produto que baixe a temperatura da pele. “Borrife água termal gelada nos intervalos do trabalho, por exemplo. Ela refresca e ajuda a repor a hidratação perdida pelo calor excessivo”, diz a dermatologista Carla Vidal, de São Paulo.

4. Combata rugas com FPS
É o que você leu: descobriu-se que ele não só evita a formação de rugas como reverte a aparência delas! “Já se sabe que o filtro solar protege do envelhecimento ligado a radiação UV, luz visível e infravermelho, que levam à degradação do colágeno, à formação de linhas de expressão e à perda de firmeza”, afirma a dermatologista Anelise Guidetti, de São Paulo.
Agora, segundo um novo estudo clínico (da marca RoC, publicado na Dermatologic Surgery, feito com 33 mulheres brancas de 40 a 55 anos e expostas moderadamente ao sol), o uso contínuo de filtro solar FPS 30 foto estável também está ligado à suavização de sinais já instalados. Após um ano, as voluntárias apresentaram melhora de 52% em manchas, 40% na textura e 41% na clareza da pele.
Dica de expert: “Aposte em protetores com substâncias antienvelhecimento, vitaminas e complexos antirradicais livres que evitam a degeneração celular”, diz a dermatologista carioca Karla Assed.

5. Não esfregue os olhos
Coçar a pele engrossa a camada superficial dela, incluindo a da região das pálpebras”, alerta Carla Vidal. O gesto é entendido como uma agressão – e, para se proteger, a epiderme fica espessa. Pior: o excesso de atrito também pode levar ao escurecimento (a melanina é produzida como defesa).
Lógico que seu rosto não vai se transformar só porque você deu uma mexidinha nos olhos! Mas esfregar a área com frequência, como no caso de quem tem alergia respiratória, predispõe a pigmentação da região das olheiras – o que ninguém quer! O que fazer: ao sinal de coceira, ponha uma compressa gelada para aliviar o incômodo.

6. Customize a rotina de beuaté
Sabe aquela ideia de aplicar um corretivo colorido em cada parte do rosto, de acordo com a necessidade? Parece que ela pegou também quando o assunto são os cuidados diários. Para entrar na onda da customização tudo-ao-mesmo-tempo-agora, você pode usar, por exemplo, um antioleosidade na zona T, cremes mais nutritivos em volta dos lábios e dos olhos e produtos antivermelhidão ao redor do nariz e entre as sobrancelhas.
“Essa abordagem torna, sim, o tratamento mais eficiente”, diz a dermatologista Valéria Marcondes, de São Paulo. Só não vale fazer a combinação por conta própria, já que misturar produtos com diferentes tipos de ácido, por exemplo, causa sensibilidade, vermelhidão e ressecamento. Moral da história: procure um especialista para indicar o caminho das pedras.

7. Aposte na limpeza dupla do rosto
Um é pouco, dois é bom! Quando se fala na higienização da pele, repetir a dose pode ser o que você precisava para garantir um rosto limpo de verdade. Mas a regra não é lavar o rosto várias vezes ao dia (o que estimula o ressecamento), mas, sim, combinar dois produtos em uma só tacada: “Para limpar a pele no dia a dia, aplique demaquilante à base de óleo, que dissolve melhor o make, e, na sequência, lave com sabonete para seu tipo de pele”, indica a dermatologista Mônica Aribi, de São Paulo.
Isso evita a fricção excessiva e o consequente envelhecimento — ah, suas toalhas agradecem também, já que a máscara para cílios vai sair com facilidade. Finalize o processo com um tônico à base de água (que tal aderir à água micelar?) e depois hidrate como de costume.

8. Experimente o novo microagulhamento
“O tratamento com agulhas bem fininhas, que promovem pequenas fissuras no rosto, conduz a radiofrequência às camadas profundas”, explica o dermatologista Emerson Lima, de Recife. Isso provoca um aquecimento, de dentro para fora, que é bom por vários motivos: o colágeno suaviza rugas e cicatrizes de acne, clareia manchas e ainda turbina a firmeza.
A novidade: há um novo aparelho, o Agnis, que promete deixar o procedimento mais eficiente. “Agulhas penetram na pele, com a profundidade ajustada pelo dermatologista, e emitem uma radiofrequência por toda a sua extensão”, diz o médico. “Assim, a pele é aquecida de forma mais eficiente, proporcionando maior produção de colágeno.”


Fonte: https://boaforma.abril.com.br/beleza/8-novos-habitos-anti-idade-aprovados-pelos-dermatologistas/ - Por Karina Hollo e Gislene Pereira - Ridofranz/Thinkstock/Getty Images

domingo, 15 de outubro de 2017

Por que você não deve ingerir bebida alcoólica logo após fazer exercícios físicos

Além de causar diversos prejuízos à saúde, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas compromete a dieta por serem ricas em calorias, provocarem retenção de líquidos e até mesmo acúmulo de gordura abdominal. E beber logo após fazer exercícios pode ser um hábito ainda mais nocivo.

Bebida alcoólica após treino faz mal

De acordo com a nutricionista funcional Andrea Santa Rosa Garcia, ingerir álcool depois das atividades físicas faz mal à saúde porque, após os exercícios, o organismo fica mais exposto a vírus e bactérias que podem causar infecções. O ideal, segundo a especialista, é entrar em um estágio de recuperação plena por no mínimo 24h a 48h, dependendo do desgaste.

Além disso, um estudo feito pela Universidade do Norte de Texas, EUA, mostrou que consumir bebidas alcoólicas após o treino atrapalha os resultados da malhação, já que elas reduzem os sinais químicos que estimulam o crescimento e reparação muscular.