sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Como os exercícios ajudam no tratamento de doenças das articulações


Nova diretriz defende que a atividade física tem valor de remédio para quem sofre com rigidez, dor e inflamação nas juntas

Com 500 quilômetros de ciclovias, parques e praças por todos os lados e ruas planas e seguras, Amsterdã é um convite a céu aberto para a vida ativa. Não à toa, a capital holandesa foi a cidade escolhida pela Liga Europeia contra o Reumatismo (Eular) para divulgar suas novíssimas recomendações de exercícios a quem convive com artrite reumatoide, osteoartrite, lúpus, fibromialgia e outras condições crônicas que atingem as articulações do corpo.

“As diretrizes anteriores até incluíam a atividade física, mas, pela primeira vez, definimos os tipos mais indicados e a dose ideal”, destaca a fisioterapeuta Karin Niedermann, da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique, na Suíça, uma das autoras do documento.

Em resumo, a publicação chancela, de uma vez por todas, que o esporte é pilar primordial no tratamento dessas doenças e tem um papel tão decisivo quanto as medicações usadas de rotina – um avanço e tanto, se pensarmos que há poucas décadas a orientação médica era permanecer em repouso absoluto.

Para chegar a essa conclusão, os profissionais analisaram 44 pesquisas envolvendo mais de 3 600 participantes. “As evidências nos mostram que a prática de um exercício físico traz ganhos e afeta positivamente o quadro reumatológico em várias esferas”, informa a fisioterapeuta Anne-Kathrin Rausch, da mesma instituição suíça, que ficou responsável por apresentar os resultados para o público durante o congresso da Eular.


A lista de benefícios é vasta: mexer o corpo melhora a função das juntas, fortalece músculos que circundam essas estruturas, aprimora a flexibilidade e o equilíbrio, derruba o risco de piripaques cardiovasculares (uma das maiores causas de morte nesses sujeitos), afasta a depressão e a ansiedade e pode até mesmo diminuir o uso de fármacos como os analgésicos e os corticoides. Mas, para colher tanta coisa boa, é preciso seguir alguns passos básicos…

A diferença entre os principais problemas reumatológicos
Artrite reumatoide: Desordem autoimune marcada pela destruição da membrana sinovial, película que recobre as articulações.

Osteoartrite: Também conhecida como artrose, é o desgaste da cartilagem seguida de alterações ósseas principalmente nas mãos e nos joelhos.

Lúpus: Mais comum em mulheres jovens, essa inflamação ataca os rins, os pulmões, a pele e o esqueleto todo.

Fibromialgia: Síndrome que se manifesta por meio de dores em todo o corpo. Provoca fadiga extrema e impacta pra valer o sono.

O que diz a publicação
O recente documento europeu – que já inspira mudanças nas condutas médicas do mundo todo – sugere que o programa de exercícios englobe diversas aptidões físicas. Nesse sentido, vale investir na parte aeróbica (caminhada, corrida, bicicleta…) sem se esquecer dos treinamentos de força, como a musculação, e daqueles que foquem no equilíbrio e no alongamento, que podem ser realizados em sessões de pilates ou RPG, por exemplo.

“Estamos falando de pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada e duas visitas à academia por semana”, estima a médica Lícia Mota, coordenadora da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia e professora da Universidade de Brasília.

Repare: a recomendação é semelhante ao que a Organização Mundial da Saúde estabelece de maneira geral para qualquer pessoa. Porém, antes de fazer a matrícula em qualquer aula, é importante bater um papo com o médico para que ele faça uma avaliação do seu quadro e veja se você está pronto para o suadouro.

“O exercício ainda deve ser acompanhado por uma equipe multiprofissional, que envolva o fisioterapeuta e o educador físico”, ressalta o reumatologista Ricardo Xavier, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Essa rede de suporte entre as diversas especialidades garante segurança e bons resultados no longo prazo.

Mais um ponto: não deixe de considerar o gosto pessoal na hora de escolher a modalidade. Ora, de que adianta pular na piscina se você odeia natação?

O corpo foi feito para se mexer
Outra noção que está caindo por terra é a de que cidadãos com doenças reumatológicas só estão liberados para fazer atividades leves, com pouco impacto. Estudos comprovam que, dentro de certos limites, eles podem, sim, optar por esportes tidos como mais pesados. Os trabalhos que ganharam destaque por levantar essa bandeira durante o congresso da Eular vieram do Brasil.

Cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostraram que pessoas com fibromialgia cadastradas num treino de resistência ou funcional, tão em moda nas academias, aperfeiçoaram a força muscular e apresentaram melhoras na qualidade de vida quando comparadas a um grupo que apenas fez cursos de educação em saúde. “Nós temos que encarar o exercício como um remédio em todos os sentidos: existe uma dose e uma frequência a serem respeitadas”, afirma o médico Fabio Jennings, coordenador do Serviço de Reabilitação em Reumatologia da Unifesp e orientador da pesquisa.

O pulo do gato no experimento foi adaptar os movimentos para a realidade dos voluntários. “Criamos séries de repetições que imitavam situações rotineiras, como erguer uma caixa e puxar uma gaveta, para que essas tarefas ficassem mais fáceis e acessíveis no cotidiano deles”, revela a professora de educação física Giovana Fernandes, que participou do estudo. O contato próximo com um time multidisciplinar também faz toda a diferença nesses casos. “Juntos, conversamos para entender quando a dor vem da prática esportiva em si ou é a doença que está dando as caras”, relata Jennings.

Um conselho para aderir aos exercícios é organizar a agenda a fim de que determinado período do dia não fique muito atribulado. A fadiga é uma das queixas mais recorrentes nas artrites. Esse incômodo até desequilibra a enfermidade e leva a outros problemas, como ansiedade e depressão. “Temos que intercalar momentos de esforço, como o esporte, as tarefas domésticas e o trabalho, com intervalos de descanso”, aponta Lícia.

Além de ajudar no controle dos sintomas, essas orientações minimizam o risco de abandonar o tratamento – fato que, infelizmente, ainda é comum entre quem sente dores nas juntas. Chegou a hora de vestir a roupa de treino, pegar a garrafinha d’água e partir para a sua pílula diária de exercícios.

No que você deve prestar atenção antes do treino
1. Escolha: Na hora de definir a modalidade, dê preferência àquelas que você realmente gosta de fazer.

2. Pergunte: Converse com o reumatologista e certifique-se do aval dele para começar qualquer treino.

3. Contrate: Após o sinal verde, procure sempre o fisioterapeuta ou o professor de educação física.

4. Planeje: Arrume a agenda e os compromissos para que seu dia não fique agitado demais e isso aumente a fadiga.

5. Diferencie: Fique de olho nos sintomas e aprenda a distinguir as dores da doença do incômodo no pós-exercício.

6. Misture: Mescle diferentes tipos para trabalhar a parte aeróbica, a força, a flexibilidade e o equilíbrio.

7. Registre: Faça um diário e anote seus avanços a cada sessão. Compartilhe os dados com o doutor.

8. Diversifique: Uma dieta equilibrada e boas noites de sono também cooperam para manter o quadro sob controle.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/como-os-exercicios-ajudam-no-tratamento-de-doencas-das-articulacoes/ - Por André Biernath, de Amsterdã - Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Os 5 hábitos saudáveis que podem prolongar a vida por uma década ou mais


Nova pesquisa conclui que essas atitudes, em conjunto, promovem a longevidade – e diminuem o risco de morte por problemas cardiovasculares e câncer

Seguir uma rotina de exercícios regulares, manter o peso, comer de maneira equilibrada, não exagerar no álcool e fugir do cigarro podem aumentar a expectativa de vida em pelo menos dez anos. É o que conclui um estudo feito pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, publicado recentemente no site do Jornal Circulation. Além disso, essa rotina de dar inveja reduz em 82% o risco de morrer por acidentes cardiovasculares e em 65% o de falecer por câncer.

Para chegar a esses números, os pesquisadores estudaram os hábitos de 78 865 mulheres e 44 354 homens durante décadas. Eles consideraram como saudável: não fumar, ter um IMC (índice de massa corporal) entre 18,5 e 24.9 kg/m2, praticar atividades físicas por ao menos 30 minutos todos os dias, não ingerir bebidas alcoólicas em excesso (no máximo uma taça de vinho para mulheres e duas para homens diariamente) e manter uma alimentação saudável.

Ao final do estudo, estimou-se que as mulheres com 50 anos que não incorporam nenhuma dessas estratégias vivem, em média, mais 29 anos – chegando aos 79. Já os homens cinquentões atingem os 75. Por outro lado, os que seguem à risca todos aqueles itens salutares alcançavam os 93 anos (sexo feminino) e 88 anos (masculino).

Os cientistas acreditam que a combinação dessas atitudes foi a responsável por tamanha diferença. Ou seja, isoladamente, aquelas medidas do bem não seriam tão potentes.

Frank Hu, presidente do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, afirmou, em comunicado à imprensa, que o estudo ressalta a importância de seguir uma rotina saudável para impulsionar a longevidade da população. “De qualquer forma, aderir a essas mudanças é algo que leva tempo”, acrescentou. Ele acredita que isso será alcançado através de políticas públicas para apoiar e promover um estilo de vida balanceado.


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

10 carboidratos que ajudam a emagrecer


Alimentos contribuem para aumentar a energia e dão aquela forcinha para quem quer reduzir medidas

Quando o ponteiro da balança sobe um pouquinho, é muito comum tomar atitudes mais radicais para tentar emagrecer. Uma das mais praticada é reduzir ou cortar totalmente o consumo de carboidratos da alimentação. Mas será que é realmente necessário ir de um extremo ao outro?

A resposta é não. Isso porque o carboidrato é a primeira fonte de que o nosso corpo dispõe para gerar energia. "A alimentação deficiente pode resultar em problemas físicos e mentais. Dietas restritas ou milagrosas devem ser avaliadas por profissionais da saúde e exigem cuidados", alerta a nutricionista Beatriz Botéquio. Por isso é importante fazer uma dieta que mantenha o equilíbrio dos grupos alimentares e nutrientes.

Sendo assim, ao invés de eliminar os carboidratos da alimentação, vale mais escolher os tipos que possam contribuir para o emagrecimento. Primeiro é importante saber que existem diferentes tipos de carboidratos: os simples e os compostos.

Os carboidratos simples têm um teor maior de glicose e são digeridos mais rapidamente. Resultado: você sente fome pouco depois de comer. Já os nutrientes considerados complexos têm digestão mais lenta, mantendo uma saciedade prolongada - pães, biscoitos, cereais, massas, arroz, grãos, vegetais e frutas são alguns exemplos. Na versão integral, esses alimentos são ainda mais indicados na luta contra a balança, pois as fibras contribuem para que você demore a sentir apetite novamente.

A seguir você confere uma lista de carboidratos que serão úteis para manter a energia e reduzir medidas.

Amaranto
O amaranto é um grão da família Amaranthaceae que se destaca por ser muito balanceado nutricionalmente. Ele é rico em proteínas, fibras, cálcio, ferro, fósforo e magnésio. O amaranto é um tipo de carboidrato que contribui indiretamente para a perda de peso. Isto porque ele é rico em fibras, nutriente que ao ser ingerido em boas quantidades proporciona a saciedade. Além disso, elas contribuem para o melhor funcionamento do intestino. Algumas pesquisas preliminares também observaram que o grão contribui para a melhora do sistema imunológico.

Painço
Pequeno, redondinho e amarelo, o painço também é chamado de milho alvo e tem sua origem na China. Apesar de ser muito usado para alimentar pássaros, a introdução desse cereal no nosso cardápio ajuda tanto na dieta para controlar do peso quanto na prevenção de diversas doenças. Segundo a nutricionista Joana Lucyk, da clínica Saúde Ativa, em Brasília, o painço pode ser consumido na forma de farinha, como ingrediente de sucos e bolos ou adicionado à comida, assim como se faz com a farinha de linhaça e de banana verde.

Batata-doce
Mesmo um pouco mais calórica, segundo pesquisa feita pelo College of Agriculture and Life Sciences, dos Estados Unidos, a batata-doce auxilia no emagrecimento, pois possui baixo índice glicêmico. É um carboidrato complexo e uma importante fonte de energia. Ela supera os outros tubérculos em vários nutrientes como retinol, vitamina B1, vitamina C e cálcio. Se comparada a batata-inglesa e a mandioquinha, outras opções de carboidrato para os praticantes de musculação, ela possui mais fibras, potássio, proteína e fósforo, que estimulam o intestino, e auxiliam no controle do diabetes e do colesterol.

Farinha de banana verde
A banana verde e sua farinha são ricas no tal do amido resistente, e é justamente esse composto que ajuda a controlar a fome. Isso porque eles retardam o processo de digestão, pois sua estrutura cristalina torna sua digestibilidade mais difícil. Dessa forma, ele fica mais tempo pelo estômago, melhorando a saciedade e reduzindo o consumo de alimentos nas refeições seguintes. O que ajuda a reduzir aquela fome que aparece fora de hora, auxiliando o emagrecimento.

Linhaça
Para quem precisa perder uns quilinhos, a linhaça pode ser mais do que uma aliada, como descobriu um estudo recente realizado pela Unicamp. De acordo com os pesquisadores, os ácidos graxos insaturados, ou seja, ômegas-3, 6 e 9, são capazes de interromper ou até mesmo reverter um processo inflamatório do hipotálamo, causada pela ingestão das gorduras saturadas que consumimos juntas com fast food, carnes vermelhas e derivados do leite.


Mas, o que o hipotálamo tem a ver com a dieta? Na verdade, muita coisa, já que uma das funções dessa região do cérebro é responsável por sinalizar ao corpo o quanto de comida tem no seu organismo. Em outras palavras, o hipotálamo - que liga o sistema nervoso ao sistema endócrino - controla o apetite. Quando a região está inflamada, parte dos neurônios morre, entre eles, os que estão ligados à sensação de saciedade, facilitando, portanto, o consumo de alimentos em excesso.

Centeio
O centeio também é um campeão em fibras para ajudar na saciedade. Ele costuma ser encontrado misturado a outros cereais e ajuda a fornecer proteínas, que dão mais energia para o corpo e ajudam você a ficar satisfeito. A quantidade deste e dos outros cereais pode ser maior do que as oleaginosas, por volta de duas colheres de sopa por dia. "Mas quem tem doença celíaca deve passar longe desse cereal, que contém glúten", adverte Bruna Pinheiro.

Müsli
Por ser um mix de cereais com frutos secos, o müsli (ou muesli) é ainda mais rico em nutrientes do que apenas os cereais puros. Sem contar que o sabor é agradável sem precisar aumentar demais as calorias, já que as frutas são naturalmente doces, sem adição de açúcar. Essa mistura também se diferencia da granola por conter alguns ingredientes crus, aumentando ainda mais o teor nutritivo.

Cevada em grãos
A cevada é um dos cereais que menos apresenta gorduras prejudiciais ao emagrecimento. "Além de fibras e carboidratos, a cevada também possui vitaminas do complexo B, selênio e magnésio", afirma a nutricionista Bruna Pinheiro.

Aveia
A aveia possui dois tipos de fibras: uma parte são fibras insolúveis, como a celulose, que as enzimas do nosso corpo não conseguem "quebrar". No entanto, o destaque do cereal são suas fibras solúveis, as beta-glucanas, que são parcialmente digeridas pelo intestino. Elas pegam a água que está no órgão e a "sugam". Dessa forma, elas crescem de tamanho e vão formando um gel que forra a parede do estômago e do intestino, retardando o esvaziamento gástrico e prolongando a saciedade. Sendo assim, o consumo de aveia é interessante para quem faz dieta.

Quinoa
As vitaminas do complexo B presentes na quinoa são parte essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso, manutenção muscular e síntese de hormônios. Além disso, as fibras presentes no grão dão a sensação de saciedade, podendo favorecer o emagrecimento


terça-feira, 25 de setembro de 2018

Conheça as doenças que ameaçam o cérebro antes da velhice


Elas costumam aparecer em idosos, mas às vezes podem surpreender também pessoas mais jovens. Saiba mais sobre as demências pré-senis.

Alzheimer
O que é
Essa é a demência (nome dado a alterações cognitivas, comportamentais e de personalidade) que mais atinge indivíduos com menos de 60 anos de idade. Trata-se de uma doença neurodegenerativa caracterizada por afetar, inicialmente, a memória e as funções executivas. “É comum o paciente esquecer, por exemplo, nomes de pessoas e onde colocou objetos”, explica o geriatra Salo Buksman, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. “Além disso, a pessoa pode apresentar dificuldade para realizar atividades cotidianas, como gerenciar sua conta bancária”, complementa.

As causas
A origem exata do mal de Alzheimer ainda está sendo estudada, mas sabe-se que fatores como doenças cardiovasculares, depressão e baixa escolaridade contribuem para que a doença dê as caras.

Como identificar
Repare se a pessoa sofrer frequentemente falhas de memória (principalmente em relação a fatos) ou se não conseguir gravar informações trocadas em uma conversa, por exemplo.

O tratamento
Não há cura para o Alzheimer. O que existe são medicamentos cuja função é apenas adiar a piora dos sintomas.

Demência vascular cerebral
O que é
Esse é o segundo tipo mais comum de declínio cognitivo e costuma afetar adultos com idades entre 50 e 65 anos. Na maioria dos casos, ele é fruto de lesões vasculares (pequenos derrames) que ocorrem no cérebro e que, somadas, levam a um quadro de demência.

As causas
O acidente vascular cerebral (AVC) é decorrente, principalmente, de uma pressão arterial descontrolada e que vive nas alturas. O histórico familiar também aumenta o risco de ocorrer um AVC.

Como identificar
Uma pessoa com essa demência apresenta alterações importantes de humor, dificuldade para se locomover e também pode ter membros como braços e pernas paralisados.

O tratamento
Não há como reverter a situação, mas o paciente pode tentar uma reabilitação por meio de fisioterapia, por exemplo. É fundamental se proteger de novos episódios – daí a importância de controlar a pressão e o colesterol, parar de fumar, fazer atividade física e adotar uma alimentação balanceada.

Demência fronto temporal
O que é
Eis outra doença degenerativa que não acomete só idosos, mas também indivíduos na fase pré-senil . Ela altera a personalidade e o comportamento.

As causas
“Ocorre a morte de neurônios da região frontal do cérebro, responsável pelo comportamento, atenção, cálculo…”, esclarece o geriatra Alexandre Busse, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A origem disso pode ser falta de suprimento sanguíneo ou até acúmulo de substâncias nocivas às células nervosas.

Como identificar
Uma mudança de personalidade é o que mais chama a atenção na demência fronto temporal. A pessoa pode tanto se tornar apática quanto ficar mais desinibida do que o normal. “Ela pode começar a se engajar em causas que antes não tinha interesse, se vestir de forma diferente ou até se comportar de maneira bizarra”, exemplifica Busse.

O tratamento
É importante que o paciente se mantenha ativo, fazendo exercícios físicos e fisioterapia, por exemplo. O médico também pode prescrever remédios antidepressivos ou que previnam convulsões.


No dia 7 de Outubro, não esqueça o principal


“Conta à lenda que certa mulher com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia:
- Entre e apanhe tudo que você desejar, mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém de uma coisa; depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite da oportunidade, mas não se esqueça do principal.
A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas joias, colocou a criança no chão e começou a juntar ansiosamente tudo o que podia no seu avental.
A voz misteriosa falou novamente:
- Você só tem oito minutos. Esgotando os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou. Lembrou-se, então da criança que ficara lá dentro e a porta estava fechada para sempre.
A riqueza durou pouco e o desespero para sempre.”

No dia 7 de Outubro, você será chamado para votar nas eleições e terá alguns minutos para decidir o seu futuro e de todos os brasileiros. Vote com consciência e cidadania, escolhendo os futuros representantes no poder executivo e legislativo, mas antes de votar não esqueça o principal, pense em primeiro lugar no seu bem-estar e de sua família, porque o destino de todos está em suas mãos na hora de digitar o voto.

Procure antes conhecer os candidatos e suas propostas para o desenvolvimento do seu município, do estado e do Brasil, a história de vida e o comportamento ético de cada um.

A sua decisão será uma tarefa difícil, já que a classe política está desacreditada e desgastada, mas é possível fazer uma escolha criteriosa e acertada dentre os candidatos.

Não vote em candidato que: corrompe o eleitor através da compra de votos; trabalha para o seu próprio proveito em prejuízo do bem comum; seja corrupto com o dinheiro público; faz promessas e não as cumpre depois de eleito; gasta os recursos públicos para a sua autopromoção; está comprometido com os grandes grupos econômicos; não tem propostas; somente lembra-se do povo na época das eleições; não tem a Educação como prioridade; que não faz a defesa da vida, da família e da dignidade humana.

O voto, exercido de forma cidadã e consciente, tem o poder de mudar o que estar de errado na política, banindo os maus políticos e elegendo os poucos que ainda tem compromisso com o desenvolvimento do município, do estado e do país.

No dia 7 de outubro, não esqueça o mais importante, que através do seu voto, a felicidade e o bem-estar de sua família pode durar por muito tempo, porque se você fizer as escolhas erradas sofrerá para sempre, como aquela mulher, que esqueceu a sua maior riqueza, o seu filho, e o desespero foi por toda a vida.

Pense e reflita!

Por Professor José Costa