sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Saúde high-tech: exames que podem ser feitos pelo celular ou smartwatch


Não é mais necessário ligar na pizzaria para pedir uma redonda, certo? Ou ir até o supermercado fazer as compras da semana. Hoje, atividades tão rotineiras como essas podem ser feitas pelo celular. E acredite: o mesmo vale para alguns daqueles exames de saúde que todo ano seu médico pede.

Imagine realizar pelo celular ou smartwatch procedimentos como eletrocardiograma e ultrassom. Ou poder conferir a glicemia de uma forma tão simples quanto o número de passos que você deu em um dia. Isso já é realidade.

É claro: não significa que qualquer um poderá fazer papel de médico. Mas esses avanços prometem tornar muito mais práticos e acessíveis os cuidados com a saúde. Saiba mais sobre eles:

1. Eletrocardiograma
Em setembro de 2018, a Apple anunciou que a quarta geração do Apple Watch, lançada em 21 de novembro, traria uma funcionalidade bem importante para quem precisa ficar de olho na saúde cardiovascular: agora o relógio inteligente também é capaz de fazer uma espécie de eletrocardiograma, exame que mede a atividade elétrica do coração e indica se há arritmia ou algum outro problema com os batimentos cardíacos.

Além de medir a frequência durante e logo após o exercício, o app do smartwatch também consegue aferir a pulsação quando você está em repouso – justamente como faz o eletro. O relógio conta com uma tecnologia que realiza a chamada fotopletismografia, que dispara luz infravermelha e/ou luz de LED verde para detectar a quantidade de sangue que está circulando. O líquido que corre em nossas veias e artérias é avermelhado porque reflete a luz infravermelha e absorve todas as outras.

Quando o ritmo cardíaco acelera, o fluxo sanguíneo aumenta e, portanto, uma quantidade maior de luz verde é absorvida. Os dispositivos luminosos atuam junto com condutores que convertem luz em corrente elétrica e monitoram, constantemente, quanto sangue está passando pelo pulso. A variação da frequência que os sensores do relógio são capazes de medir é de 30 a 210 batimentos por minuto.

O novo Apple Watch também traz eletrodos na parte traseira e na coroa (aquela rodinha na lateral), que identificam sinais elétricos do coração e calculam a pulsação. Basta abrir o app que mede os batimentos cardíacos e colocar o dedo por alguns segundos na coroa.

A má notícia é que, por questões regulatórias, essa função só está disponível nos Estados Unidos, por enquanto – ainda que o Apple Watch Série 4 já esteja à venda no Brasil. Também vale destacar que ele não substitui o exame feito por um médico. O grau de precisão das medidas feitas pelo relógio pode variar de pessoa para pessoa, e fatores como tatuagens e temperatura do corpo e do ambiente podem interferir na leitura dos batimentos.

2. Ultrassom
Um aparelho de ultrassom que se conecta com o celular, investiga com precisão várias partes do corpo e ainda permite que médicos em localidades diferentes analisem, pela internet, as imagens registradas. Ficção científica? Que nada!

Estamos falando do Butterfly IQ, criado pelo cientista e empresário americano Jonathan Rothberg, fundador da empresa de tecnologia Butterfly Network. O aparelho, disponível apenas para iPhone, funciona de uma forma bem simples: um pequeno transdutor se conecta com o smartphone por um fio e, via aplicativo, permite fazer 13 tipos diferentes de exames de ultrassom. Na lista estão procedimentos ginecológicos, musculoesqueléticos, de órgãos pequenos, como a tireoide, e até obstétricos.

O Butterlfy também conta com a Buttlerfly Cloud, um sistema que permite aos médicos – os únicos que podem adquirir o aparelho – cadastrar na nuvem as imagens que registram, além de compartilharem estudos científicos, de modo que todos os usuários do app tenham acesso a esse grande banco de dados online. Os uploads são ilimitados e podem ser compartilhados de forma anônima.

Por enquanto, o Buttfly IQ está disponível apenas no mercado americano, mas é possível fazer uma reserva pelo site porque, em breve, ele estará disponível em outros países.

3. Medição de glicose
Num futuro próximo, os diabéticos não vão mais precisar fazer picadas no próprio dedo para saber como está a glicemia ou andar para cima e para baixo com o aparelho medidor de glicose. Novos recursos estão sendo desenvolvidos para que esses pacientes possam monitorar o diabetes de uma forma muito mais precisa e prática – inclusive pelo smartphone.

Um exemplo são os aparelhos desenvolvidos pela Dexcom, empresa americana especializada em tecnologias para diabetes. Tanto o Dexcom G5 Mobile CGM System quanto a nova geração, o Dexcom G6 CGM, contam com um pequeno sensor que analisa os níveis de glicose pela superfície da pele e um transmissor que se acopla ao sensor e envia as informações via bluetooth para um aparelhinho da própria Dexcom ou para um celular ou smartwatch compatível (há opções tanto no sistema Android quanto no iOS).

A empresa foi pioneira em conseguir a aprovação da FDA (Food & Drug Administration, agência do governo americano que regula alimentos e bebidas) para um monitor contínuo de glicose que não exige picadas nos dedos. O sensor – que pode ser colocado na barriga ou na lombar – dura dez dias, é resistente à água e à movimentação intensa (dá para se exercitar tranquilamente, segundo o fabricante).

Ao contrário de um medidor comum de glicose, que faz a dosagem apenas quando utilizado, esse novo sistema monitora o açúcar no sangue a cada cinco minutos durante todo o período de uso. Para ter ideia, o número de aferições pode chegar a 288 em 24 horas. O sistema também permite criar alarmes para quando a glicose atinge níveis muito altos ou baixos. E o melhor de tudo: no mesmo aparelho que você usa para realizar todas as outras atividades do dia a dia.

Além dos Estados Unidos, os produtos da Dexcom estão disponíveis em diversos países da Europa e da Ásia. Não há previsão de chegada ao Brasil.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Doença cardiovascular: pra evitar, o que importa é alimento, não nutriente


Especialista mostra como não há um herói ou vilão na dieta. A proteção do coração depende de uma dieta balanceada, com certas características gerais

A nutrição desempenha papel importante tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças crônicas, em especial das cardiovasculares. Durante grande parte do século 20, as recomendações nutricionais eram baseadas na prevenção da desnutrição e das deficiências de nutrientes específicos. Foi apenas a partir de 1980 que elas mudaram o foco para as doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipertensão…

Veja o caso da diretriz norte americana de 1980, que, entre outras coisas, sugeria: “evite muita gordura, gordura saturada e colesterol; ingira alimentos com mais amido e fibras; evite muito açúcar e muito sal”. Entretanto, é interessante observarmos que esse guia ainda era baseado em restrição de determinados macro e micronutrientes, o que é bastante difícil de ser adotado pelas pessoas.

Além disso, novos estudos mostraram que, mais importante do que se concentrar em nutrientes específicos, era atentar para a ingestão de alimentos e a adoção de padrões alimentares específicos. Padrões alimentares caracterizam-se pela combinação de comidas habitualmente consumidas que, em conjunto, apresentam efeitos benéficos à saúde.

Exemplos desses padrões são a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) e a do mediterrâneo. Elas são ricas em alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, castanhas, vegetais, legumes, grãos integrais, peixes, iogurte e óleos vegetais. E são restritas em carnes processadas, carne vermelha, grãos refinados, amido e açúcar. Todas essas escolhas – não um ou outra isoladamente – conferem um alto teor de fibras, vitaminas, antioxidantes, minerais, compostos fenólicos, além de baixa quantidade de sal, açúcar e gordura trans.

Essa mudança do foco de nutrientes para alimentos específicos e o cardápio como um todo já era sugerida pelo estudo Women’s Health Initiative, publicado em 2006 no periódico científico JAMA. Nesse trabalho, 48 835 mulheres na pós-menopausa, entre 50 e 79 anos, foram divididas em dois grupos:

1) Um teria que reduzir a gordura na dieta para menos de 20% do total de calorias e aumentar a ingestão de frutas, vegetais e grãos.

2) O outro serviria como grupo controle, recebendo apenas materiais informativos relacionados a nutrição saudável.

Após uma média de acompanhamento de 8 anos, não houve diferença significativa na redução de doenças cardiovasculares e AVC entre os dois grupos. E apenas uma modesta queda no índice dos fatores de risco cardiovasculares (colesterol alto, por exemplo).

Uma hipótese para explicar esses resultados é que grande parte da gordura tirada do cardápio foi substituída, a longo prazo, por carboidratos refinados. E, em excesso, eles também podem provocar repercussões negativas.

Outro estudo interessante, veiculado no periódico The Lancet, mostrou que altas e baixas quantidades de carboidratos na dieta foram associadas com maior mortalidade. O menor risco foi encontrado justamente quando a concentração desse nutriente estava entre 50 e 55% da composição da dieta.

No entanto, houve redução da mortalidade quando os carboidratos foram substituídos por fontes de proteínas e gorduras de origem vegetal, ao invés das animais (fonte: Seidelmann SB, et al. Dietary carbohydrate intake and mortality: a prospective cohort study and meta-analysis. Lancet Public Health. 2018;3:e419-428). Esses dados sugerem que a fonte dos macronutrientes pode influenciar na mortalidade. De novo, estamos falando de comida, e não de um ou outro nutriente.

Dicas simples para buscar uma vida mais saudável em 2019
O estudo PREDIMED veio reforçar a ideia de que padrões alimentares saudáveis são mais importantes. Na investigação, 7 447 pacientes com alto risco cardiovascular foram divididos em três grupos e acompanhados por 4,8 anos. O primeiro recebeu a dieta do mediterrâneo com 30 gramas de castanhas por dia. O segundo adotou a dieta do mediterrâneo suplementada com 1 litro de azeite de oliva extra-virgem por semana. Já o terceiro grupo foi orientado a fazer dieta com baixa quantidade de gordura.

Apesar das limitações da pesquisa, os dados finais indicaram que os dois grupos que receberam a dieta do mediterrâneo apresentaram redução do número de infarto, AVC e morte de origem cardiovascular (fonte: Estruch R. Primary prevention of cardiovascular disease with a mediterranean diet supplemented with extra-virgin olive oil or nuts. N Engl J Med. 2018;378:e34)

Logo, as recomendações nutricionais mais recentes enfatizam a importância de dietas saudáveis como estratégia contra as doenças crônicas não transmissíveis, em especial as cardiovasculares. Outros exemplos desses padrões alimentares podem ser encontrados no Guia Alimentar da População Brasileira e em iniciativas como o Meu Prato Saudável.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/alimente-se-com-ciencia/doenca-cardiovascular-pra-evitar-o-que-importa-e-alimento-nao-nutriente/ -  Por Dr. Marcos Ferreira Minicucci, médico - Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Por que não emagreci em 2018 e como finalmente cumprir essa meta em 2019?


Especialista ensina métodos para criar metas de perda de peso saudáveis que você realmente vai conseguir cumprir

Todo final de ano fazemos promessas para nós mesmos – como a de emagrecer. Mas os projetos e compromissos de Ano Novo, na maioria das vezes, não alcançam o carnaval. Por que isso acontece? Como fazer diferente?

Comecemos pelo problema. Nossas resoluções de Ano Novo, tomadas em ambiente de férias, descanso ou pausa da rotina diária, perdem o fôlego quando voltamos para a rotina normal. Digamos que elas disputam espaço com os compromissos diários.

Aquela lista de mudanças no estilo de vida para os próximos 12 meses é projetada em condições ideais – longe, bem longe da realidade. Quem de nós não presenciou um amigo sedentário que queria emagrecer dizendo: “Ano que vem vou caminhar e comer frutas todos os dias”.

Pois o ano começa e, na primeira semana, tudo vai como programado. Ele anda bastante e, no final do exercício, ainda dá um pulo na feira para encher a fruteira. Aí, na terceira semana, pula uma sessão de caminhada. “Ah, estou estressado e cansado. Hoje eu mereço”.

Quando chega fevereiro, a atividade física e as frutas perdem espaço para o chope e o salaminho: “O calor anda insuportável, estou cansado… e o carnaval está logo ali”.

Eis que, depois da folia, ele já abandonou por completo as promessas que fez na virada do ano. E lá se foi o projeto de mudança de hábitos. Até que, dali a dez meses, chega o Ano Novo e tudo se repete.

Esse padrão de comportamento é bem descrito na literatura científica e tem base nos chamados motivadores intrínsecos e extrínsecos. Falamos disso no livro O Fim das Dietas.

Quando os motivadores para um estilo de vida saudável são extrínsecos, ou seja, não possuem uma forte ligação com seus valores, você fica muito tentados às recompensas imediatas. Nesse cenário, é até injusta a competição entre um projeto de longo prazo (perder a gordurinha que saltava do biquíni ou da sunga e não voltar a tê-la) versus o prazer instantâneo de aproveitar o chocolate, o chope e o churrasco.

Cá entre nós, o vencedor dessa disputa está definido desde dezembro, antes do início do próximo ano. Nós já sabemos que, dentro do cérebro, esses prazeres mais imediatos favorecem a produção de neurotransmissores associados ao bem-estar, que estimulam a repetição desses comportamentos. Diante disso, a busca pela recompensa mais distante do “verão sem canga” fica sempre para outro momento.

Ok, já entendemos que precisamos buscar anseios intrínsecos profundos que justifiquem projetos de longo prazo, mudar de atitude e quebrar o círculo vicioso. Mas como?

O primeiro passo é identificar o padrão de desequilíbrio. Se você reconhecer o gatilho que promove o desvio do projeto FFNV (Fique em Forma No Verão) para o comportamento tradicional e imediatista, crie um lembrete que o traga de volta para a racionalidade.

Segundo, comece por mudanças sustentáveis e exequíveis. Nosso amigo fictício do começo da história já tentou caminhar todos os dias. Para quem não tem o hábito, esse desafio é imenso! Programe algo que se encaixe na sua agenda.

Terceiro, pense na tarefa inteira. Se você pretende comer frutas todos os dias, quem vai comprar essa frutas? Quando? Em qual mercado ou feira? O que você precisa para lembrar de levar a fruta consigo? Com uma programação prática, tudo fica mais fácil.

Quarto, lembre do prazer que essa nova experiência trouxe. Por exemplo: “Ao final da caminhada, me senti mais tranquilo”. Ou “depois de comer a fruta, fiquei com menos fome e mais atento às minhas tarefas profissionais”.

E quinto e último, reserve tempo para se alimentar com calma e se conecte ao momento da refeição. Falamos disso também no livro O Fim das Dietas. Em outras palavras, coma comendo.

Esses cuidados simples podem ajudá-lo a tirar o projeto FFNV dos sonhos e trazê-lo para sua realidade.


terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Dicas simples para buscar uma vida mais saudável em 2019


Preparar a lista de resoluções pouco antes do Réveillon é um ritual que ajuda a fazer o inventário do ano que passou e renovar a esperança e busca por conquistas e mudanças positivas no que está se iniciando.

Então, vá em frente, elabore a sua e acredite na importância de cada um dos itens. Só não se esqueça de que, para ter energia para buscar suas metas, vale incluir também atitudes para garantir sua saúde física e mental.

Aproveite aqui as dicas de especialistas e busque mais qualidade de vida e equilíbrio em 2019:

Em busca do sono perfeito
OK, não vai ser bem na festa da virada do ano que você vai se planejar para dormir, mas ir para a cama sempre no mesmo horário faz muita diferença na qualidade do sono, senão o cérebro fica em estado de alerta, dificultando emplacar uma sequência de noites repousantes. Experimente também desligar os aparelhos eletrônicos e evitar bebidas estimulantes uma ou duas horas antes de dormir. “A chamada higiene do sono inclui ainda atividades neutras e relaxantes no dia a dia. Seja fazer meditação, cantar no chuveiro, plantar uma horta ou interagir com alegria com a família e os amigos”, diz Monica Andersen, diretora do Instituto do Sono e professora de biologia do sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Dormir bem traz como consequência uma pele mais bonita, defesas mais aguçadas, peso em ordem e melhor desempenho sexual”, assegura. A saúde cardiovascular também agradece, uma vez que a privação de sono é responsável, por exemplo, pelo aumento na pressão arterial.

Busque o convívio social e os bons relacionamentos
O psiquiatra Alexandre Saadeh, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, sugere atitudes simples que têm o poder de transformar o dia e as emoções ao redor. “Ser educado, polido, cumprimentar as pessoas, dar bom dia, boa tarde, pedir licença e desculpas. Além de facilitarem o convívio social, essas ações predispõem as pessoas ao contato humanizado e mais gentil”, afirma. Saadeh sugere, ainda, cuidar da aparência: “Sentir-se atraente e envolvente facilita o contato humano e propicia relacionamentos”.

Busque o melhor da vida
“Tenho uma série de decisões que vão me ajudar a buscar um 2019 mais saudável”, conta Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista e pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. “Apesar de contar com todas elas, já adianto: eu faria exames de saúde frequentes, pois, mesmo com toda a prevenção, podemos ter algumas surpresas silenciosas, daquelas que o corpo não nos avisa – mas que os exames mostram.” Dado o conselho para não pular as consultas de rotina, anote aí, e adapte à sua vida, o plano de Barra Couri por um ano com mais bem-estar: “Eu teria mais momentos para mim mesmo, como leitura, exercícios, cinema. Pensaria muito antes de comer, promovendo uma boa discussão entre meu cérebro e meu estômago a cada refeição. Dormiria mais, beberia uma taça de vinho da Serra Gaúcha com minha esposa em vários dias da semana. Procuraria, enfim, ver o lado positivo e alegre das coisas”.

Em busca de mudanças de hábito
É possível, sim, driblar as dificuldades e se engajar no compromisso de comer melhor e fazer exercícios físicos regularmente. “A principal razão para não transformar os planos em ações é que, na maioria das vezes, a pessoa faz um planejamento de um mundo ideal. Quando parte para a vida real, as coisas dependem de etapas anteriores para que possam acontecer”, frisa Antonio Lancha Jr., profissional de educação física e expert em alimentação. “Um exemplo bem simples: você decide que no ano novo vai passar a comer três frutas por dia. Ótimo, mas precisa organizar quando comprar a fruta, estabelecer o horário em que vai consumir, deixar o alimento preparado para comer – e lembrar-se de fazer isso”, ele instrui. “Da mesma forma acontece quando o sujeito parte do sedentarismo direto para a resolução de correr todo dia. Diante de decisão tão desafiadora, o risco de insucesso é grande e ele pode retroceder na ideia”, analisa. Comece buscando metas exequíveis, vendo se é possível chegar mais tarde ao trabalho ou acordar mais cedo alguns dias por semana. E parta para a ação, deixando em ordem camiseta, tênis, bermuda… “Tudo de forma realizável e sustentável”, sugere Lancha Jr.

Em busca de boas escolhas
“Do ponto de vista nutricional, existem várias escolhas que permitem uma vida com menor risco de doenças, previnem complicações clínicas, resultam em maior longevidade e, ao mesmo tempo, trazem o prazer, o sabor, o apetite e a qualidade de vida”, reflete o nutrólogo Mauro Fisberg, coordenador do Centro de Nutrologia e Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi, em São Paulo. O médico elenca, então, suas principais dicas: “Seja equilibrado, coma de tudo, sem exageros. Consuma menos proteína de origem animal e mais lácteos. Menos açúcar e mais carboidrato complexo, de massas, cereais e grãos integrais. Doces, refrigerantes e gorduras não são proibidos, mas deveriam ser consumidos apenas ocasionalmente. Comida saudável não é comida sem sabor, ela sempre pode ser incrementada com temperos, combinações de alimentos e experimentação”. Por fim, Fisberg aconselha: “Reserve tempo para as refeições em família, divirta-se comendo, não creia em modismos e busque orientação com gente especializada”.

Busque alimentar o corpo e também a alma
A aproximação do fim de ano potencializa a preocupação em como manter os pilares de um estilo de vida com alimentação equilibrada, atividade física, controle do estresse, felicidade e sono. Para começo de conversa, diz a nutricionista Bianca Naves, de São Paulo, dá para aproveitar sem medo as festividades de fim de ano. “Se você quer obter peso saudável e saúde, os eventos sociais podem, sim, fazer parte da vida sem que haja nenhum prejuízo nos resultados finais”, garante. “Cozinhar é o que diferencia os seres humanos de outros seres vivos. Por isso, aproveitar as festas para preparar receitas de família ajuda a amenizar a ansiedade, contribuindo também para a nutrição do corpo e da alma”, ensina. “Procure comer devagar e saboreie o prato que montou, aproveite o momento e vivencie sem culpa as suas escolhas. Procure se reconectar com os alimentos e buscar equilíbrio e saúde todos os dias, e não só quando o calendário avisa que vai começar um novo ano.”

Busque exercitar-se. E boas companhias
Não é segredo: entre as mudanças possíveis em busca de mais energia, força e bem-estar, a adoção e manutenção de um estilo de vida ativo não ficam fora de nenhuma lista de propósitos. “Não existe atividade ideal. Diferentes combinações geram benefícios semelhantes”, já avisa Tony Meireles, coordenador do programa de pós-graduação em educação física da Universidade Federal de Pernambuco. Por isso, a recomendação é se entregar a um mix de práticas que estimulem os sistemas cardiovascular e muscular, com treinos de força e de potência. “Se elas forem feitas em grupo, em condições de baixo risco de lesão e alto nível de divertimento, é muito, mas muito, melhor. A dica é começar 2019 descobrindo que tipo de prática cabe no seu bolso e que pode ser compartilhado com pessoas legais”, propõe Meireles. E que não seja complexo demais, afinal, diversão faz parte da experiência.

Em busca da ida ao dentista sem sofrimento
Visitas frequentes ao dentista podem salvar muito mais do que apenas os dentes. Afinal, não param de sair estudos mostrando o elo entre a higiene bucal e a saúde como um todo. Então, para se preparar para um ano longe de encrencas no organismo, não dá para menosprezar a importância da escova e do fio dental. “Sem os devidos cuidados, as bactérias tomam conta da boca, e elas não vão apenas causar gengivite e periodontite. O produtos dessas inflamações passeiam pela corrente sanguínea e podem prejudicar o controle de problemas cardíacos e diabetes”, diz Giuseppe Romito, professor de periodontia da Universidade de São Paulo. Se não der para abrir sua agenda de 2019 com uma visita ao dentista, pelo menos reserve um espaço para o checkup bucal assim que for possível. Afinal, a ideia é também sorrir mais ao longo do ano, certo?

Busque os seus propósitos
“Perceber que sua vida tem sentido faz toda diferença para a saúde física e mental”, diz a bióloga Elisa Harumi Kozasa, pesquisadora do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Há estudos comprovando uma maior longevidade entre pessoas que se sentem participativas, seja numa carreira bem-sucedida ou se envolvendo na educação dos filhos ou netos. Outro ponto importante é “apagar os incêndios emocionais”. Kozasa explica: “Por exemplo, se dermos atenção aos sinais que antecedem uma explosão de raiva, poderemos mudá-la para um rumo mais construtivo, escolhendo como reagir e melhorar significativamente nossa qualidade de vida emocional”.

Acalme sua mente e busque o controle do estresse
O ideal é colocar o plano em ação já antes da virada: “Procure minimizar as exigências que esteja se impondo. As expectativas, por um lado, são nossa força motora, mas, por outro, podem causar ansiedade e afetar o bem-estar”, analisa a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil. Para engrenar um bom início de ano e estender a energia física e emocional ao longo dos meses, preste menos atenção naquilo que deixou de cumprir e foque sua mente no aqui e agora, para as coisas que de fato dependam de você. “Práticas meditativas e atividades como ioga são bem-vindas para relaxar e acalmar a mente nos momentos em que as cobranças exageradas desencadeiam o estresse. Com elas, é possível focar no que temos e no que somos, e não no que nos sentimos obrigados a ter. E isso se reflete em empoderamento, autoestima, prazer e felicidade”, orienta a psicóloga.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/dicas-simples-para-buscar-uma-vida-mais-saudavel-em-2019/ - Por Abril Branded Content - iStock/Abril Branded Content

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Com esta mensagem, desejo Feliz Natal aos amigos e leitores de todos os dias


E se todos os dias do ano fossem Natal?

A maior festa dos cristãos em todo o mundo é comemorada no dia 25 de Dezembro, o nascimento de Jesus Cristo, o Natal. Durante o mês de dezembro, as pessoas começam a se preparar para este grande dia montando árvores, enfeites e presépios; enviando cartões de natal e mensagens natalinas por telefone, email, facebook, instagram ou whatsapp; declarações de Feliz Natal com abraços e apertos de mãos e troca de presentes. O espírito natalino contagia a todos e em toda parte, porque o Natal é celebração, comemoração, magia, alegria e festa.

Nesta época, as pessoas desejam amor, paz e saúde a familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e até aos desconhecidos. As atitudes de solidariedade, boa vizinhança, caridade, bondade, cumprimentos são bem atenuantes neste período mais do que em qualquer outro. Ficamos mais humanos, felizes, solidários, unidos, amigos e mudamos a nossa maneira de ser do restante do ano.

Alguns dias após o Natal vêm o início de um ano novo e as esperanças florescem em todos com a perspectiva de dias melhores com saúde, paz, amor e dinheiro no bolso. Passado as festas, tudo volta ao normal, à correria do dia a dia, o trabalho estafante, o estudo puxado, as discussões normais, o estresse e, aos poucos, o espírito natalino vai sendo esquecido e voltamos a ser os humanos normais.

Agora, imagine se em todos os dias do ano as pessoas vivessem o espírito natalino, como o mundo seria diferente. Teríamos mais paz, solidariedade, amor, esperança e assim poderíamos afirmar que Jesus vive em nossos corações todos os dias e não apenas no Natal.

Sei que é um sonho, mas se este sonho for compartilhado por muitos, estaremos dando um grande passo para transformar a humanidade para melhor, menos individualista, egocêntrica e hipócrita.

Que o espírito de Natal esteja sempre conosco em todos os dias do próximo ano e com certeza, a nossa passagem por este mundo será mais agradável, feliz e harmoniosa.

Feliz Natal em todos os dias do ano vindouro para você e sua família!

Professor José Costa