domingo, 3 de fevereiro de 2019

Envelhecimento sustentável, um propósito de vida


Nossa colunista reflete sobre a importância de ter e renovar objetivos para ganhar mais saúde física e mental

Início de ano é um momento propício para fazer um balanço do período anterior e reavaliarmos nossas expectativas e projetos para a próxima temporada. Entre os idosos, então, esse momento costuma trazer consigo um convite para ressignificar a vida e encontrar novos sentidos à existência. Como se faz isso? Descobrindo novos propósitos.

Ter propósito(s) é um requisito obrigatório para que o indivíduo mais velho se sinta ativo e estimulado. Estabelecer objetivos norteia as razões pelas quais levantamos toda manhã, o porquê de ir e vir, de continuar respirando….

Além do aspecto existencial e filosófico, a ciência nos encoraja a buscar propósitos. Pesquisas mostram que isso é um instrumento capaz de melhorar a saúde mental e emocional durante o envelhecimento e inclusive aprimorar a capacidade física.

Em um estudo publicado no respeitado periódico médico JAMA Psychiatry, cientistas observaram, entre mais de 4 mil homens e mulheres acima de 50 anos, que aqueles com uma meta de vida estabelecida envelheciam melhor fisicamente: apresentavam maior força na marcha e vigor para caminhar e executar tarefas diárias.

Quando somos jovens, pouco pensamos na velhice, embora seja grande a perspectiva de podermos vivenciá-la. Dificilmente “ser idoso” entra nas resoluções de Ano Novo ou nos planos para o futuro. A maioria das pessoas se esquece de incluir o tópico “vou me preparar para envelhecer bem” entre seus projetos de vida. Se você já o faz, acredite: pertence a uma minoria.

É comum ver gente passando a vida focada na carreira ou no acúmulo de bens e riqueza. Ok, nada de errado em conquistar recursos e propriedades. Mas o que acontece quando isso “acaba”? Quando chega o momento de se aposentar? Soa desnorteador, não é mesmo?

Daí, mais do que nunca, vem a importância do propósito. De redirecionar as habilidades e perspectivas para o que pode ser um recomeço, com a oportunidade, inclusive, de usar aquilo que já sabemos fazer.

Propósito remete muitas vezes a aprender coisas novas. Dançar, cozinhar, falar outro idioma, adotar e cuidar de um animal de estimação, cultivar um jardim, ajudar outras pessoas… Quando nos sentimos parte ativa do universo ao qual pertencemos, nos sentimos mais úteis e inspirados a aproveitar o momento ao máximo.

O propósito é um grande mestre na arte de nos ensinar o que fazer com o tempo livre na velhice e a superar problemas e ausências.

Manter objetivos, independentemente da idade, traz fôlego para passar dos 70, 80, 90, 100 anos de idade. Porque ninguém é apenas um número anunciando uma projeção crescente na porcentagem de idosos da população brasileira. Cada um tem sua história… e seus sonhos.

Como bem disse o estadista inglês Winston Churchill (1874-1965): “Não é suficiente ter vivido. Devemos estar determinados a viver por algo.”

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/envelhecimento-sustentavel-um-proposito-de-vida/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital

sábado, 2 de fevereiro de 2019

O avanço de 2019 para o câncer – e 9 prioridades da ciência para tratá-lo


Entidade dos Estados Unidos aponta os progressos frente a tumores raros como a maior conquista da oncologia nos últimos meses

Todo ano, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês) elege o que considera ter sido o grande avanço contra o câncer. E, em 2019, quem levou essa honraria foram os progressos no tratamento de tumores raros.

Embora cada uma dessas doenças afete poucas pessoas, em conjunto elas se tornam um problema de saúde pública considerável. Veja: 20% de todos os tumores diagnosticados nos Estados Unidos são tidos como raros. Não é pouca coisa.

“É animador ver avanços substanciais ao longo de só um ano, particularmente contra os cânceres raros”, reforça Monica Bertagnolli, presidente da Asco.

Em um comunicado, essa entidade listou alguns exemplos de melhorias no tratamento desse subgrupo de tumor. Exemplos:

• O governo dos Estados Unidos aprovou o primeiro tratamento em 50 anos para o carcinoma anaplásico da tireoide. É uma combinação de dois remédios modernos – o dabrafenibe e o trametinibe – que conseguiu reduzir a doença em dois terços.

• Estudos mostraram que o medicamento sorafenibe é o primeiro a aumentar o tempo de vida sem progressão de doença em tumores desmoides.

• Já o fármaco trastuzumabe freou o avanço de um dos tipos mais agressivos de câncer do endométrio, o carcinoma seroso uterino.

Por outro lado, recentemente tivemos uma má notícia. O olaratumabe, que havia sido aprovado para enfrentar o sarcoma de partes moles após décadas sem um tratamento específico, acabou indo mal em uma grande pesquisa que tentava provar sua eficácia.

Onde a ciência deve se concentrar para vencer o câncer
Além de apontar o maior avanço de ano, a Asco criou uma lista de nove prioridades dentro da oncologia. A ideia é oferecer uma espécie de guia para cientistas preencherem lacunas de conhecimento na área e, com isso, minimizarem o impacto do câncer em geral na vida das pessoas. Veja:

1. Identificar estratégias que predizem uma melhor resposta dos tratamentos com imunoterapia
2. Definir melhor os pacientes que mais se beneficiam de tratamentos depois da cirurgia
3. Trazer os avanços das terapias celulares para os tumores sólidos
4. Aumentar as pesquisas com remédios de última geração em cânceres pediátricos
5. Otimizar os cuidados com o paciente mais velho
6. Melhorar o acesso de voluntários aos tratamentos experimentais
7. Reduzir as consequências do tratamento contra o câncer no longo prazo
8. Diminuir a obesidade e seu impacto na incidência e nos desfechos contra o câncer
9. Identificar estratégias para detectar lesões pré-malignas (que, se não tratadas, podem virar um câncer)

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-avanco-de-2019-para-o-cancer-e-9-prioridades-da-ciencia-para-trata-lo/ - Por Da Redação - Ilustração: Eber Evangelista/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Como prevenir e remediar lesões no joelho


Vira e mexe a articulação é colocada à prova com a prática de exercícios físicos. Saiba como prevenir lesões e o que fazer quando um problema aparece

Difícil encontrar algum aficionado de esportes ou academia que não tenha passado qualquer perrengue com os joelhos pelo menos uma vez na vida. Mas se as articulações dessa região costumam estar na berlinda com certa frequência, isso não significa que a atividade física deva ser deixada de lado. Mexer o corpo e ter joelhos saudáveis são duas coisas conciliáveis, sim. E a confirmação vem de descobertas científicas recentes.

Um desses trabalhos foi conduzido por várias instituições americanas e acompanhou 2 637 pessoas durante dez anos – uma parte era amante de corrida e a outra nunca tinha experimentado a atividade. Resultado: aqueles que calçavam o tênis e davam uns piques por aí não demonstraram maior risco de desenvolver osteoartrite no joelho, uma doença dolorosa na qual a cartilagem das juntas se desgasta e piora ao longo do tempo.

Outro estudo que inocenta os exercícios físicos da acusação de detonar os joelhos vem da Universidade de Brigham Young, também nos Estados Unidos. Os pesquisadores analisaram sinais inflamatórios nessa articulação de homens e mulheres entre 18 e 35 anos, antes e depois da corrida. E adivinha? Os índices de inflamação na região caíram após 30 minutos de atividade.

Ficou animado para trotar no parque ou bater aquela pelada com os amigos? Para os joelhos colherem os benefícios dos exercícios sem passar por sufoco, algumas medidas são imprescindíveis. “Entre os principais fatores que provocam lesão na área estão baixo condicionamento físico e flexibilidade limitada”, contextualiza o ortopedista Marco Demange, chefe do Grupo de Joelho do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.


A melhor maneira de resolver tais questões é investir no aquecimento e no alongamento antes do suadouro. “A passagem do repouso para o ritmo de treino deve ser progressiva”, orienta o especialista em medicina esportiva Ricardo Munir Nahas, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. “E o alongamento precisa ser realizado com o corpo já aquecido”, pontua.

Fortalecimento muscular, postura e execução correta dos movimentos entram no combo em defesa dos joelhos. Até a escolha do calçado faz diferença. Mas a medida básica – e talvez mais importante – é não forçar a barra, como se fosse um atleta olímpico. Agora, para quem realiza esportes que envolvem contato com outros jogadores, como futebol e basquete, tem ainda a preciosa dica de escapar de encontrões perigosos. “Movimentos de rotação do joelho e, principalmente, mudanças bruscas de direção podem causar o rompimento do ligamento cruzado anterior”, informa Demange. “E, na maioria dos casos, esse tipo de lesão requer tratamento com cirurgia”, acrescenta.

Até aqui você aprendeu o que fazer para prevenir uma lesão. Mas como agir quando não consegue escapar dela? Primeiramente, não dá para abrir mão do acompanhamento profissional. “O tratamento de um joelho machucado depende da sua gravidade. Cabe a um médico avaliar o grau da lesão e indicar os procedimentos adequados para a sua recuperação”, esclarece o ortopedista Mário Lenza, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.

O assunto rende tanto pano para manga que, em 2015, cientistas de várias partes do mundo se reuniram no IV Congresso Internacional de Pesquisa de Dor Patelofemoral, em Manchester, na Inglaterra, para discutir as condutas mais corretas quando os joelhos sofrem. Ao fim do encontro surgiu uma espécie de guia com diversas recomendações.

A primeira delas é não negligenciar incômodos na região. “Dores na articulação do joelho são frequentes em quem pratica atividades físicas. Porém, apesar de sua alta incidência, elas não devem ser consideradas normais”, concorda o ortopedista e cirurgião de joelho Pedro Baches Jorge, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Por isso, nada de achar que a fisgada foi motivada por um treino supereficiente. Dor de início súbito e persistente, além de dificuldade de movimento ou inchaços nas articulações, é alerta de que algo não vai bem. De novo: tem que buscar um especialista para um panorama preciso da situação. Outra orientação levantada naquela reunião de experts é não se afundar no sofá após uma contusão.

O certo é apostar em uma reabilitação que inclua atividade física. “Enquanto sessões de fisioterapia auxiliam na cicatrização da lesão, os exercícios podem ser direcionados para o fortalecimento das áreas afetadas”, explica Lenza.

Aliás, fortalecimento é palavra de ordem nesse período. Tanto é que deve envolver outras regiões fora o joelho contundido. “Hoje sabemos que não basta olhar só para a musculatura ali ao redor. O equilíbrio se inicia nos quadris”, ensina Baches. “Essa estrutura é fundamental na absorção de impacto. Portanto, ele ajuda a não sobrecarregar a articulação dos joelhos”, explica o fisioterapeuta Thiago Fukuda, diretor clínico do Instituto Trata, em São Paulo. Definitivamente não dá para deixar essa parte do corpo de fora do treinamento.

E depois do bisturi?
Lembra do ligamento cruzado anterior, aquele que, se rompido, costuma exigir reconstrução cirúrgica? Pois uma equipe médica do Hospital Universitário de Oslo, na Noruega, acompanhou a recuperação de 106 pessoas submetidas a esse tipo de procedimento.

Entre outras coisas, os especialistas observaram que o tempo de reabilitação, o cuidado no retorno à prática de esportes (sobretudo os de alta intensidade), além de um trabalho de fortalecimento e equilíbrio muscular, podem contribuir para minimizar o risco de uma segunda chateação lá pras bandas dos joelhos. Veja: ainda que a lesão exija uma passagem pela mesa de cirurgia, é possível dar a volta por cima e continuar se exercitando. Mas, claro, o ideal mesmo é nunca se machucar. Para isso, vale ter bom senso. Até porque cair no sedentarismo está longe de ser a solução – aí, amigo, o corpo inteiro padece.

Sexo forte, joelho frágil?
A ala feminina tem uma particularidade que torna essa parte do corpo mais sensível: a anatomia. É que os quadris delas costumam ser mais largos, o que propicia os chamados joelhos do tipo valgo, isto é, ligeiramente voltados para dentro. E essa característica aumenta mesmo o risco de lesões, como a condromalacia. O nome estranho significa um desgaste na cartilagem da própria articulação. Mas, ainda bem, o fortalecimento da musculatura ajuda a espantar encrencas como essa.

As estruturas do joelho mais suscetíveis a lesões
Ossos
O que são – O joelho é o ponto de encontro de três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela.
Principal lesão – Fratura por estresse.
Como evitar – Não cometer excessos e controlar a intensidade dos movimentos, evoluindo aos poucos.

Tendão patelar
O que é – Estrutura fibrosa responsável pela extensão do joelho.
Principal lesão – Tendinite.
Como evitar – Escolher calçados que não atrapalhem a pisada e, novamente, maneirar na força dos gestos realizados.

Ligamento cruzado anterior
O que é – Assim como outros ligamentos, dá estabilidade à articulação.
Principal lesão – Rompimentos.
Como evitar – Aprimorar a musculatura e controlar o peso, que sobrecarrega os joelhos.

Menisco
O que é – Fica localizado no meio dos joelhos e tem a tarefa de absorver os impactos do dia a dia.
Principal lesão – Traumas durante a prática esportiva.
Como evitar – Investindo no fortalecimento muscular.

Manual de recuperação
Onde há fumaça
Dor, dificuldade de movimento e estalos são sinais de problema. Não ignore. Uma lesão simples pode evoluir para um baita estrago.

Dê tempo ao tempo
A recuperação depende da lesão e do tratamento adotado. O retorno ao esporte deve ocorrer gradualmente. Não pule etapas.

Mexa-se
Fale com um especialista sobre exercícios específicos para preservar a mobilidade e evitar o enfraquecimento da articulação enquanto está de molho.

De olho na vizinhança
Trabalhar os quadris – e não só o sofrido joelho – é crucial para manter o equilíbrio muscular e a saúde das articulações.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/como-prevenir-e-remediar-lesoes-no-joelho/ - Por Fernando Barros - Crédito: Ileine dos Santos/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Ciência da Felicidade dá 14 dicas de como ser feliz


Ciência da Felicidade

A ciência já pode ajudar a encontrar a felicidade, garante o professor Tim Bono, um psicólogo que ministra cursos sobre felicidade na Universidade de Washington em St. Louis (EUA).

Baseado em suas próprias pesquisas e nos estudos de outros cientistas, Bono coletou 14 dicas para se tornar feliz e, uma vez feliz, manter-se com essa felicidade.

Como o método típico das ciências é a experimentação, está em suas mãos validar ou não essa "Ciência da Felicidade".

14 dicas de como ser feliz

Saia e dê um passeio: Pesquisas confirmam que alguns minutos de exercícios na natureza podem melhorar os níveis de humor e energia. O exercício é também uma chave para a nossa saúde psicológica porque libera produtos químicos no cérebro ligados ao sentir-se bem.

Extraia mais felicidade do seu dinheiro: Os estudos mostram pouca conexão entre riqueza e felicidade, mas há duas maneiras de obter mais felicidade usando o dinheiro: comprar experiências em vez de coisas e gastar seu dinheiro com os outros. O gozo que você obtém de uma experiência como férias ou assistir a um show supera de longe a felicidade de adquirir mais um bem material. Fazer coisas boas para outras pessoas fortalece nossas conexões sociais, que são fundamentais para o nosso bem-estar.

Arranje tempo para ser feliz e então gaste-o nisso: As pessoas sonham em obter 30 minutos extras para fazer algo de bom, mas usar esse tempo para ajudar alguém é mais recompensador e realmente nos deixa capacitados para enfrentar o próximo desafio, ajudando-nos a ter mais controle sobre nossas vidas e até mesmo menos pressionados pelo tempo. Isso se traduz em níveis mais altos de felicidade e satisfação.

Faça o positivo durar mais; despache o negativo: A antecipação em si é prazerosa, e ansiar por uma experiência agradável pode tornar tudo muito mais doce. Espere alguns dias antes de ver um novo filme que acabou de estrear, planeje suas férias com mais antecedência e tente saborear cada pedaço da sobremesa. Por outro lado, livre-se das tarefas negativas o mais rápido possível - a exemplo do que acontece com a dor, a antecipação só fará com que pareçam piores.

Curta o "durante": As pessoas que se concentram mais no processo do que no resultado tendem a permanecer motivadas diante de contratempos. Elas são melhores em lidar com grandes dificuldades e preferem desafios do que o caminho mais fácil. Essa "mentalidade de crescimento" ajuda as pessoas a ficarem energizadas porque celebra as recompensas que vêm do próprio trabalho. Concentrar-se apenas no resultado pode levar a um esgotamento prematuro se as coisas não correrem bem.

Encare as falhas: A maneira como pensamos sobre o fracasso determina se isso nos deixa felizes ou tristes. As pessoas que superam a adversidade saem-se melhor na vida porque aprendem a lidar com os desafios. O fracasso é um ótimo professor, ajudando-nos a perceber o que não funciona, para que possamos fazer mudanças para melhor. Como o presidente da IBM, Thomas Watson, disse certa vez: "Se você quiser aumentar sua taxa de sucesso, duplique sua taxa de falhas".

Tenha uma boa noite de sono regularmente: Nossos cérebros estão fazendo muito trabalho importante enquanto dormimos, incluindo o fortalecimento dos circuitos neurais que melhoram a acuidade mental e nos ajudam a regular nosso humor quando estamos acordados. A privação do sono pode levar a um comprometimento cognitivo semelhante ao da intoxicação, e muitas vezes é o prelúdio de um dia mal-humorado.

Fortaleça seus músculos da força de vontade: Assim como exercitar os músculos dos braços fortalece nossa capacidade de erguer coisas pesadas, exercitar os "músculos" da força de vontade em pequenos comportamentos cotidianos fortalece nossa capacidade de manter o foco no trabalho. Resista à tentação de checar seu telefone enquanto caminha, ou resista à tentação de pegar a barra de chocolate quando estiver na fila do supermercado. Isso permitirá que os "músculos" da força de vontade fiquem mais fortes e, por sua vez, resistentes a tentações que poderiam desviá-lo em outros aspectos de sua vida.

Introduza variedade em suas atividades do dia-a-dia: Os seres humanos são atraídos pela novidade, e podemos ficar entediados se tivermos que fazer a mesma coisa repetidamente. Mudar as coisas de vez em quando assumindo novos projetos, ou fazendo a mesma tarefa mas com música em segundo plano, ou interagindo com pessoas diferentes, pode ser uma maneira de introduzir variedade e permanecer motivado para concluir uma tarefa.

Pare de se comparar aos outros: É difícil evitar ver o que os outros estão fazendo, quem acabou de receber um aumento ou promoção, ou quem está se mudando para uma nova casa ou saindo de férias. Mas a comparação social é uma das maiores barreiras à nossa felicidade e motivação. Redirecionar a atenção para os nossos próprios padrões internos de sucesso e progredir com base no que é realista para nós - em vez de ficarmos presos a comparações com os outros - pode ser o caminho para a nossa saúde psicológica e uma maior produtividade.

Estenda a mão e conecte-se com alguém: Nada é mais importante para nossa saúde psicológica do que amizades de qualidade. Encontre uma atividade que permita que você se junte aos amigos regularmente. Uma happy hour semanal, uma noite de jogos ou mesmo uma sessão de filmes garante consistência e reforça suas interações sociais. Pessoas com relacionamentos de qualidade não apenas são mais felizes, como também mais saudáveis. Elas se recuperam de doenças mais rapidamente, vivem mais e desfrutam de vidas mais ricas.

Limite o tempo nas mídias sociais: Facebook, Instagram e assemelhados tipicamente mostram um lado idealizado dos outros, fazendo com que as pessoas sintam-se diminuídas frente àquelas fotos de sorrisos e felicidade aparentemente eternos. Um estudo após o outro tem mostrado que muito tempo nas redes sociais está associado a níveis mais baixos de autoestima, otimismo e motivação, além de deixar as pessoas sentindo-se - ironicamente - menos socialmente conectadas com os outros.

Use seu telefone da maneira antiga: Na próxima vez que você for tentado a usar seu telefone para rolar pelas postagens das redes sociais, role pela sua lista de contatos. Encontre alguém para quem ligar e conversar. A felicidade que você obtém de uma conexão autêntica com outra pessoa será muito maior do que qualquer comentário ou curtição que você tenha nas redes sociais.

Pratique gratidão: É fácil ficar atolado com os aborrecimentos inevitáveis da vida, então faça um esforço para direcionar a atenção para as coisas que estão indo bem. No caminho do trabalho para casa pense nas coisas que correram bem, em vez de ficar ruminando sobre o que deu errado. Um estudo após o outro indica que a gratidão é uma das maneiras mais simples, porém robustas, de aumentar o bem-estar psicológico.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

5 hábitos alimentares de outros países que podem beneficiar sua saúde


Que tal comer mais devagar, como os franceses, ou incluir mais frutas vermelhas nas refeições, como os escandinavos?

A tradição alimentar brasileira é bem representada pelo PF, o famoso prato feito dos restaurantes de todo o país: arroz, feijão, uma carne, ovo, batata frita ou cozida e uma salada (normalmente alface e tomate). Se der para colocar uma farofinha para acompanhar, então, fica perfeito!

Claro que no dia a dia outros alimentos são bem populares, como a massa, algumas frutas fáceis de levar para o trabalho (banana e maçã) e sanduíches. E está ótimo: de acordo com o endocrinologista Mario Kehdi Carra, membro da Abeso – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, o PF é uma das refeições mais equilibradas de que se tem notícia e só traz benefícios para a saúde.

Mas acrescentar alguns hábitos de outros países às nossas refeições pode beneficiar ainda mais a saúde. Buscamos em estudos os cinco mais fáceis de aplicar no Brasil.

Comer devagar e em porções pequenas, como os franceses
A pessoa francesa comum investe 2 horas e 22 minutos de seu dia comendo, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Instituto Crédoc de Estudos sobre o Consumidor. Considerando que na França o normal é fazer três refeições por dia, concluímos que são, em média, 47 minutos para cada café da manhã, almoço ou jantar. Já por aqui, segundo a Pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro, são no máximo 30 minutos para cada refeição.
É importante comer devagar e em porções pequenas para respeitar o ritmo da sensação de saciedade. O cérebro leva cerca de 20 minutos para entender que o corpo está sendo alimentado; se a pessoa come com pressa, colocando grandes porções de comida na boca por vez, vai ingerir mais do que o necessário, o que prejudica a digestão e pode aumentar a gordura corporal de forma perigosa.

Incluir frutas vermelhas nas refeições, como os escandinavos
Seja de forma avulsa no café da manhã ou no meio de receitas do almoço e do jantas, noruegueses e suecos têm o hábito de incluir frutas vermelhas em suas refeições. Mirtilos, framboesas e amoras sempre marcam presença nos pratos.
A vantagem destas frutas é a riqueza em polifenóis, o que as torna poderosas antioxidantes que evitam o envelhecimento precoce da pele e a ação de radicais livres no organismo – desta forma, diminuem o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer.

Mastigar bem os alimentos, como os japoneses
Nada de colocar a comida na boca, dar uma ou duas mastigadinhas e logo engolir. O melhor é fazer como os japoneses, que mastigam bastante e lentamente cada porção de alimento que levam à boca. Quanto mais tempo durar esse processo, melhor é a liberação e a absorção de nutrientes pelo organismo.

Usar temperos em vez de sal, como os indianos
A Índia é historicamente conhecida por ser origem de muitos dos temperos que o mundo usa até hoje. Não à toa, por lá se usa muito mais curry, açafrão e pimenta para incrementar as receitas do que o sal puro, como costumamos fazer por aqui.
Os indianos estão certinhos: a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a ingestão de no máximo 5 gramas de sal por dia – incluindo o que vem em produtos industrializados –, a fim de diminuir o risco de desenvolvimento de hipertensão, AVC e doenças nos rins.  Não precisa nem fazer muitas contas para perceber que, por hábito, comemos bem mais que o indicado, né? Sejamos mais como eles, pelo bem de nossa saúde.

Descansar após o almoço, como os espanhóis
A famosa “siesta” dos espanhóis faz um bem imenso à saúde. Para quem não sabe do que se trata: é um descanso de aproximadamente meia hora depois do almoço, todos os dias; por lá, os estabelecimentos comerciais são fechados na hora do almoço para respeitar esse intervalo.
Embora isso seja um hábito em boa parte do Rio Grande do Sul, no restante do Brasil não há nem sombra desse tipo de costume, seria uma boa adotá-lo: o repouso permite que o organismo concentre a circulação sanguínea na digestão, evitando gases e refluxos.

Fontes consultadas: Mario Kehdi Carra (endocrinologista) e Susana Kochmann (nutricionista clínica)