segunda-feira, 15 de julho de 2019

Bactérias que aumentam a performance são encontradas em atletas


Talvez tudo que te falta para ser um atleta de alta performance ou um maratonista vencedor é uma simples bactéria: a Veillonella.

Um novo estudo do Joslin Diabetes Center (EUA) descobriu que essa bactéria existe em quantidade mais abundante no microbioma de atletas de elite e destilou o seu papel no metabolismo humano, ou seja, como ela ajuda os indivíduos a ter uma maior habilidade física.

O estudo
O estudo começou em 2015, quando o pesquisador Jonathan Scheiman, na época na Universidade de Harvard (EUA), coletou amostras fecais de atletas que participaram da Maratona de Boston, uma semana antes e depois do evento. Como grupo de controle, ele também coletou amostras de indivíduos sedentários.

Durante a análise dessas amostras, a Veillonella logo se destacou: era muito abundante no organismo dos atletas logo após a maratona, e no geral já existia em maior quantidade nestes indivíduos do que no grupo sedentário.

“Quando analisamos os detalhes da Veillonella, descobrimos que ela é relativamente única no microbioma humano, pois usa lactato ou ácido lático como sua única fonte de carbono”, explicou Scheiman.

Em um experimento com ratos, os pesquisadores confirmaram que a Veillonella era a responsável por melhorar a habilidade física: os animais tiveram um aumento acentuado na sua capacidade de corrida após a suplementação com a bactéria.

Ok, mas como funciona?
A primeira hipótese dos pesquisadores era de que a bactéria ajudava ao “consumir” o ácido lático produzido pelos músculos durante exercícios físicos desgastantes, o que poderia levar à fadiga. No entanto, o papel do acúmulo de ácido lático na fadiga ainda não é completamente aceito pelos cientistas.

Assim, a equipe decidiu realizar uma análise metagenômica no microbioma para determinar quais eventos foram desencadeados pelo metabolismo de ácido láctico da Veillonella.

Eles descobriram uma abundância de enzimas associadas à conversão de ácido láctico em propionato, um ácido graxo de cadeia curta, após o exercício físico. Em outras palavras, talvez a questão não fosse a remoção do ácido láctico, mas a geração de propionato.

Novos experimentos com ratos verificaram essa hipótese: a introdução de propionato nos animais foi suficiente para aumentar sua capacidade de corrida.

Nós e elas, um casamento de sucesso
As colônias de bactérias que vivem no nosso organismo têm um enorme impacto na nossa saúde.

“O microbioma é um mecanismo metabólico muito poderoso”, disse um dos autores do estudo, o Dr. Aleksandar D. Kostic.

Esta é uma das primeiras pesquisas a mostrar diretamente um forte exemplo de simbiose entre micróbios e seu hospedeiro, o ser humano.

“É muito claro. Cria um ciclo de feedback positivo. O hospedeiro está produzindo algo que esse micróbio em particular favorece. Então, em troca, o micróbio está criando algo que beneficia o hospedeiro. É um exemplo muito importante de como o microbioma evoluiu para se tornar essa presença simbiótica no hospedeiro humano”.

Implicações médicas
O próximo passo da pesquisa é investigar como o mecanismo do propionato afeta a capacidade de exercício nas pessoas.

Muitos indivíduos com distúrbios metabólicos não conseguem se exercitar muito bem, mas precisam desse benefício de saúde. Uma suplementação probiótica com Veillonella poderia ser o empurrãozinho necessário.

“Ter maior capacidade de exercício é um forte indicador de saúde geral e proteção contra doenças cardiovasculares, diabetes e longevidade geral. O que nós imaginamos é um suplemento probiótico que as pessoas possam tomar que aumentará sua capacidade de fazer exercícios significativos e, portanto, os protegerá contra doenças crônicas, incluindo diabetes”, resumiu o Dr. Kostic.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica Nature Medicine. [MedicalXpress]


domingo, 14 de julho de 2019

Estudo mostra que caminhar diariamente pode te fazer viver 15 anos a mais!


As caminhadas são umas das maiores aliadas de uma boa saúde, disso todos sabemos. Mas você sabia que reservar um tempo todos os dias para explorar novos lugares a pé pode ajudá-lo a viver mais?

Foi isso que revelou um estudo realizado pela Universidade de Leicester, no Reino Unido.

A pesquisa analisou dados de 474.919 pessoas com idade média de 52 anos no Reino Unido entre 2006 e 2016, os resultados mostraram que as pessoas que costumam andar mais e mais rápido, independentemente do peso, costumam viver melhor e, consequentemente, ter uma expectativa de vida mais longa.

As mulheres que andavam mais e mais rápido tiveram uma expectativa de vida de 86,7 a 87,8 anos. Já aquelas que andavam em um ritmo mais lento tinham a expectativa reduzida a 72,4 anos. Os homens que andavam mais e mais rápido, viviam em média 85,2 anos e aqueles mais lentos tiveram a expectativa reduzida a 64,8 anos, uma diferença muito grande!

Tom Yates, professor e principal autor do estudo da Universidade de Leicester, relatou em um comunicado:

“Nossas descobertas podem ajudar a esclarecer a importância da aptidão física em comparação com o peso corporal na expectativa de vida dos indivíduos.”

Em outras palavras, os resultados sugerem que, talvez, a aptidão física seja um indicador melhor da expectativa de vida do que o índice de massa corporal (IMC), e que encorajar a população a se envolver em caminhadas rápidas pode acrescentar anos às suas vidas.

A pesquisa se baseou em dados do Reino Unido Biobank e foi analisada pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde, Leicester Hospitais e as Universidades de Leicester e Loughborough.

Dr. Francesco Zaccardi, epidemiologista clínico do Leicester Diabetes Center e coautor do estudo, afirmou:

Estudos publicados até agora mostraram o impacto do peso corporal e da aptidão física sobre a mortalidade em termos de risco relativo, por exemplo, um aumento de 20 por cento de risco de morte para cada 5 quilogramas por metro quadrado aumenta, comparado a um valor de referência de um IMC de 25 quilogramas por metro quadrado (o IMC limiar entre o peso normal e o excesso de peso).

No entanto, nem sempre é fácil interpretar um “risco relativo”. O relato em termos de expectativa de vida, por outro lado, é mais fácil de interpretar e dá uma ideia melhor da importância separada e conjunta do índice de massa corporal e da aptidão física.

Se você já tem o hábito de caminhar, ótimo, está no caminho certo, mas se ainda tem muita preguiça, encontre alguma pessoa ou um lugar que o incentive a se mover. Lugares a céu aberto costumam ser muito mais inspiradores!


sábado, 13 de julho de 2019

Programação da Festa de Nossa Senhora do Carmo em Itabaiana


Dia Festivo

14/07 – DOMINGO:

06h: Alvorada festiva

06h30: Oficio da Virgem do Carmo

10h: Missa solene presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom João José Costa. 15h30: Missa presidida pelo Pe. Paulo Moura.

16h30 - Procissão e bênção do Santíssimo Sacramento.

Por Professor José Costa – com informações da Paróquia Nossa Senhora do Carmo

O que é arritmia cardíaca: causas, sintomas e tratamentos


Esse problema – uma desbalanço no ritmo do coração – pode ser causa ou consequência de outras doenças. Veja como evitar, diagnosticar ou tratar a arritmia

A arritmia cardíaca é uma condição caracterizada pela falta de ritmo nos batimentos do coração. Ela pode ser sintoma de algum problema (físico ou psicológico) para o organismo ou fruto de um desequilíbrio do próprio órgão.

Dentro das arritmias, existem as taquicardias (quando o ritmo é acelerado) e as bradicardias (quando a cadência é lenta demais). Ambas podem se agravar e levar ao colapso do coração.

O quadro cobra investigação médica, porque compromete o bombeamento do sangue para o corpo e chega a levar, em casos extremos, à morte súbita. A arritmia cardíaca mais prevalente na população é a fibrilação atrial, marcada por uma falha na condução dos estímulos elétricos que fazem o músculo cardíaco bater.

Aí, em vez de contrair e relaxar, o órgão fibrila, ou seja, fica apenas tremendo.

Sintomas da arritmia cardíaca
Palpitações no coração, que duram de segundos a semanas
Queda de pressão
Fadiga
Falta de ar
Desmaios
Enjoos e vertigem
Fatores de risco
Tabagismo
Sedentarismo
Sobrepeso e obesidade
Apneia do sono
Exageros na ingestão de bebidas alcoólicas
Distúrbios de tireoide
Hipertensão
Diabetes
Estresse
Predisposição genética

A prevenção
Apesar de a genética influenciar a predisposição a arritmias, cortar alguns fatores de risco, caso do cigarro, do abuso de álcool e do ganho de peso, e controlar outros (como diabetes e hipertensão) diminui a probabilidade de o coração ficar com os batimentos desgovernados. O essencial, portanto, é manter uma rotina ativa e equilibrada, sem muitos exageros aos finais de semana.

A alimentação também pode interferir nesse contexto, já que o músculo cardíaco depende de minerais como potássio, magnésio e cálcio para bater na cadência ideal. Portanto, aconselha-se investir em um menu recheado de frutas, verduras, legumes, grãos e cereais, além de laticínios magros.

O diagnóstico
Um coração saudável bate entre 60 e 80 vezes por minuto. Se esse ritmo cai ou se eleva com muita frequência, ou se a pessoa apresenta sintomas significativos como enjoo e tontura, é hora de procurar um médico.

No consultório, o cardiologista investigará a história do paciente, fará o exame físico e poderá recorrer ao eletrocardiograma, exame focado na cadência dos batimentos do coração.

Se houver necessidade, outros exames, como o ecocardiograma (uma espécie de ultrassom do coração) e o teste ergométrico, que avalia o desempenho do órgão em uma prova de esforço físico na esteira, podem ser convocados.

O tratamento
Intervir na origem da arritmia costuma ser o ponto crucial para cessar a falta de ritmo nos batimentos cardíacos e os sintomas que surgem com ela.

Exemplo: se é um distúrbio de tireoide que faz o coração acelerar (ou ficar mais lento), resolver o problema costuma ser suficiente para devolver a cadência certa ao músculo cardíaco.

Em muitos casos, porém, um tratamento específico precisa entrar em cena. O cardiologista poderá receitar medicamentos antiarrítmicos para regular o baticum no peito.

No caso de doenças como a fibrilação atrial, outras drogas costumam ser indicados, como os anticoagulantes, já que essa condição pode fazer com que o sangue estacione em apêndices do coração, gerando coágulos que viajam pela circulação e entupem vasos — o estopim para acidentes vasculares cerebrais (AVCs), por exemplo.

Em algumas situações, cirurgias ou procedimentos mais invasivos como ablação são necessários para ajustar falhas na condução dos estímulos elétricos no músculo cardíaco. Por fim, eliminar fatores de risco como o tabagismo, manter uma rotina de exercícios físicos e adotar uma dieta balanceada compõem o plano terapêutico para evitar complicações da arritmia.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-arritmia-cardiaca-causas-sintomas-e-tratamentos/ - Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro - Ilustrações: Horácio Gama/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Cuidados dermatológicos que todo mundo que faz atividade física deve ter


Seja com o Crossfit, natação ou outro esporte. Saiba como prevenir e tratar problemas na pele e cabelo

Quem busca manter-se sempre ativa provavelmente já teve algum desses incômodos dermatológicos: os calos nas mãos de levantar peso, o cabelo ressecado depois da natação ou até o cheirinho nada agradável da meia depois da corrida. Calma, todos eles são completamente normais. Mas para quem deseja amenizar e evitar alguma dessas consequências da atividade física, o dermatologista Amilton Macedo, especialista em oxidologia, de São Paulo, ajuda. Confira:

Poros obstruídos
Não, não tem problema nenhum em usar maquiagem para treinar. Ainda mais se ela tiver algum aditivo benéfico para a pele e for removida adequadamente antes de dormir. “Muitos dos cosméticos, hoje em dia, possuem alta tecnologia e efeitos antioxidantes e antienvelhecimento. Ou seja, além do pigmento, são bons para a cútis e não obstruem os poros”, explica o dermatologista. Contudo, vale sempre tirar a base do rosto depois da sessão de suor com um produto específico. Amilton Macedo recomenda a água micelar, uma vez que tirar com água quente e sabonete do banho pode irritar a região e deixá-la sensível, principalmente no inverno.

Vermelhidão
Você já percebeu as bochechas bem vermelhas e sensíveis depois de suar muito? “Quando a gente transpira, o suor libera substâncias que irritam a pele, como a ureia”, diz o médico. As pessoas mais sensíveis podem desenvolver, então, dermatite de contato ou urticária. Nesses casos, é preciso ir ao dermatologista.

Suor em excesso
Sudorese é uma coisa que varia de acordo com o metabolismo de cada um. Se você tem tendência de suar demais e isso te incomoda, pode ser que precise maneirar no consumo de certos alimentos antes do treino. Aqueles que aceleram o metabolismo, como os condimentos (pimenta, curry, alho), devem ser evitados. “Já se a sudorese aparece em áreas localizadas como as axilas, vale fazer procedimentos como a aplicação da toxina botulínica, que reduz o suor neste local”, diz o dermatologista.

Cheiro ruim do suor
O famoso “cecê” não é nem um bicho de sete cabeças não, sabia? Ele nada mais é do que o cheiro que é produzido pelas bactérias que vivem na sua pele.  E dependendo da quantidade de suor, ele pode aparecer mais forte. Junto com as manchas amareladas (e nada agradáveis) nas roupas, conhecidas como cromidrose. “Em casos mais graves, o  tratamento é feito à base de desodorantes com antibióticos”, explica Amilton Macedo. Vale também ficar longe de alho e cebola antes da malhação, pois eles aceleram o metabolismo.

Chulé
“O chulé é o acúmulo de bactérias e fungos entre os dedos e é causado por um ambiente quente e úmido. Além de lavar o pé adequadamente, é preciso secar bem a área”, recomenda o médico. Se for possível, seque as extremidades com um secador frio. Troque sempre de meia e deixe seu tênis em ambientes abertos e ventilados sempre que conseguir. Atualmente, existem desodorantes que tem a ação bactericida e fungicida e podem ser utilizados para evitar o mau cheiro. 

Fios ressecados depois da natação
É praticamente inevitável: pular na piscina toda semana pode fazer com que seu cabelo fique mais quebradiço e ressecado. “É importante usar algum produto que seja protetor para o fio antes da prática. Existem vários no mercado, mas dá para optar por itens naturais, como o óleo de coco ou óleos essenciais, que evitam a penetração do cloro”, diz o dermatologista.

Depois que sair da água, lave o cabelo com um shampoo neutro, e aplique um condicionador reforçado na função hidratante para restaurar a fibra dos fios. Outra coisa que faz diferença é o uso das toucas de silicone — elas não deixam o cabelo entrar em contato com as substâncias que fazem mal.

Pele ressecada depois da natação
É, não tem como impermeabilizar toda a pele para deixar ela longe do cloro. Por isso, use e abuse do hidratante logo após sair do chuveiro — o vapor quentinho ajuda na penetração do produto. Se você tem a pele oleosa, aposte nas versões oil free para a área do rosto. E não esqueça dos lábios: eles também merecem atenção para não rachar, viu?

Calos nas mãos
Amilton diz que uma das questões mais frequentes de quem faz exercícios com levantamento de peso é a formação de calos nas mãos. “As áreas de dobras sofrem atrito com a carga e formam  calosidades. Recomendo o uso de luvas de musculação, ou espumas na região”, explica. Se os calos já estão presentes, aposte no hidratante.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/beleza/cuidados-dermatologicos-que-todo-mundo-que-faz-atividade-fisica-deve-ter/ - Por Amanda Panteri - Jacob Ammentorp Lund/Thinkstock/Getty Images