sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

9 remédios caseiros que você encontra na sua cozinha


É possível diminuir os sintomas de enjoo, febre e azia com alimentos fáceis de encontrar em casa e nos mercados

É sempre indicada consulta e recomendação de um médico especialista, mas também existem maneiras de aliviar diversos sintomas por meio de métodos mais naturais. E melhor: com alimentos que você encontra em casa.

Veja a seguir a lista de 9 alimentos que podem servir como remédios caseiros para o tratamento de condições menores, segundo a nutricionista Ana Paula Gava:

Remédios caseiros

1 - Maçã para azia
A maçã tem um forte potencial para quem sofre de azia, úlcera e gastrite por causa de seus agentes cicatrizantes, que ajudam a recuperar a mucosa estomacal. Outro ponto relevante do alimento é que também auxiliam o funcionamento do intestino, o que o torna indicado para diversos pontos da saúde do sistema digestório.

2 - Hibisco para febre
Os benefícios do hibisco vão muito além do auxílio no emagrecimento. O consumo de hibisco, assim como do gengibre, pode auxiliar no controle e redução da febre, já que tem efeito anti inflamatório.

No entanto, como explica a nutricionista Thais Conte, é indicado que se busque atendimento num pronto socorro médico, já que a febre é apenas um sintoma de uma infecção instalada. No caso de estados febris como uma gripe comum ou virose comum, já não existe grande problema, como explica a especialista.

3 - Gengibre para cólica menstrual
O gengibre leva substância chamada gingerol, responsável pelo sabor picante do alimento. O gingerol é um ótimo antimicrobiano, antioxidante e anti-inflamatório; justamente por conta do poder anti-inflamatório, essa substância é capaz de aliviar as dores advindas da cólica menstrual.

4 - Ameixa seca para constipação
A ameixa seca é rica em fibra solúveis e insolúveis, frutose e sorbitol, que aceleram os movimentos do intestino, facilitando a evacuação. Além disso, elas também são fontes de vitamina a, b e k, o que traz uma nutrição maior para as microbiotas intestinais, mantendo a saúde da flora intestinal.

5 - Alho para imunidade baixa
Dentro do alho existe uma substância chamada alicina, que tem diversos potenciais, como por exemplo, seu poder anti-inflamatório, antimicrobiano, antiviral e anticoagulante. Dessa forma, ela reforça de diversos pontos do sistema imunológico. "Como é muito potente, tende a ter resultados bem rápidos", explica a nutricionista Ana Paula Gava.

6 - Alimentos ricos em cálcio para TPM
Estudos que observaram os sintomas de quem sofre deficiência de cálcio constataram a semelhança desses impactos aos de quem sofre de TPM. Alguns dos alimentos ricos em cálcio que podem trazer benefícios nesses casos são: espinafre, chia, linhaça e brócolis.
A relação entre foi feita a partir de análises da suplementação de cálcio que duraram cerca de três meses. Ela o consumo do cálcio com a redução e amenização de até 54% dos sintomas da TPM, como irritabilidade, cólica, sintomas de depressão.

7 - Aveia para dermatite atópica
A aveia carrega uma substância chamada aveia coloidal, que é rica em ácidos graxos poli insaturados, além de conter silício e mucilagem. Por meio dessas substâncias, o indivíduo consegue cuidar melhor de uma pele sensível e seca, que são sintomas da dermatite atópica. Além disso, a aveia também consegue amenizar a coceira da pele.

8 - Sal marinho para pele seca
Para usufruir desse benefício é necessário o uso tópico do sal marinho, ou seja, do contato direto do alimento com a parte do corpo em que se deseja "tratar". Ele serve como uma forma de "água termal", por ser extremamente rico em minerais. O sal marinho também pode ter uma função esfoliante, livrando a pele de todas as células mortas e a renovando.

9 - Hortelã para enjoo
A associação da hortelã com o gengibre é indicado pelo estímulo maior das enzimas digestivas, dando suporte para a digestibilidade e, consequentemente, diminuindo o possíveis enjoos.

10 - Cúrcuma para dores articulares
A ação anti inflamatório e anti reumática da cúrcuma é extremamente benéfica para pessoas com muitos dores articulares ou com pouco lubrificação nas articulações. As propriedades da cúrcuma também ajudam a carrear o colágeno. Dessa maneira, a cúrcuma é uma grande aliada na diminuição da dor reumática articular.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Seis dicas para manter o peso e a saúde no carnaval


Beber muita água e comer de três em três horas são algumas atitudes que ajudam a curtir a folia sem quilos extras

Durante o carnaval é comum ocorrer o abuso de bebidas alcoólicas e das comidas calóricas e gordurosas o que leva ao ganho de peso e à ressaca. Porém, mudanças simples na alimentação podem evitar esses problemas.

Por isso, a nutricionista do programa de emagrecimento Dieta e Saúde, Priscila Riciardi, destacou seis atitudes simples que tornam possível aproveitar a folia sem engordar ou prejudicar a saúde.

Comer mais e em menores quantidades
Comer várias vezes ao dia pode passar a sensação de excesso. Porém, é um grande passo para o emagrecimento. Assim, evita-se a sensação ruim de estufamento e a moleza após a refeição, tornando possível se divertir com mais qualidade.
Faça pequenas refeições a cada 3 horas e não se preocupe em ficar totalmente satisfeito e com medo de passar fome, você vai comer novamente logo mais! Para colocar o plano em ação, mesmo na rua, uma opção prática é sempre carregar frutas, castanhas e sementes na bolsa.

Não olhe só as calorias
Vários estudos têm mostrado que dietas com a mesma quantidade de calorias, porém, compostas por diferentes tipos de alimentos, impactam de forma distinta na perda de peso.
Por isso, a melhor forma de fazer escolhas saudáveis não é olhar a quantidade de calorias, mas os nutrientes que o compõe. Alimentos com fibras, gorduras boas, as monoinsaturadas e poli-insaturadas, vitaminas e minerais devem ser priorizados. Já aqueles com gordura saturada, açúcar e nomes estranhos na lista de ingredientes devem ser evitados.

Nem tudo que é líquido limpa
Assim como não dá para lavar a roupa com água suja, não dá para limpar o corpo com bebida alcóolica, suco ou refrigerante, mesmo que sejam líquidos. A água é sempre a melhor opção e deve ser consumida preferencialmente entre as refeições ao longo do dia! Para facilitar a adesão deste hábito você pode fazer uso das águas aromatizadas. Deixe de molho na água gelada ingredientes como hortelã, gengibre e casca de maçã e pronto. Chás caseiros sem açúcar como os chás diuréticos de hibisco e cavalinha também são boas opções.

Mantenha o intestino em ordem
Para limpar o organismo de verdade você precisa estar com o intestino funcionando corretamente. Caso contrário, tudo que fica ali parado passa a produzir substâncias tóxicas que podem ser reabsorvidas pelo organismo. Então, mantenha um bom consumo de fibras, sem se esquecer da água. Boas fontes são as frutas, principalmente pera, maçã e ameixa, vegetais crus e cereais integras e seus farelos como farelo de aveia, quinoa e trigo em grãos. Se você não vai ter muito controle sobre sua alimentação uma boa pedida é carregar um pouco de sementes de chia, linhaça ou a fibra psyllium que podem facilmente ser adicionados a qualquer alimento.

Reponha as energias
Repor as energias não é necessariamente repor calorias, mas principalmente repor nutrientes. O consumo de álcool, a irregularidade no sono, e todas as mudanças de rotina que você passa no período de carnaval exigem maior quantidade de vitaminas e minerais para manter sua imunidade, seu metabolismo e seu bem estar em dia. Por isso, invista em alimentos muito rico em nutrientes, porém com menor teor de calorias. Para repor os nutrientes e antioxidantes invista em vegetais e frutas de cor verde escura, amarelos e roxos. Para completar combine com castanhas e sementes que são fontes de proteínas e gorduras boas e cereais integrais com maior valor de proteínas como a aveia, a quinoa e o amaranto. Uma boa sugestão é um suco de acerola com couve, farelo de aveia e semente de chia.

Proteja o seu fígado
O ideal é não consumirmos álcool, mas como no carnaval fica mais difícil resistir à tentação, o melhor é ajudar o fígado a se livrar logo dele. Para começar, nos dias depois do exagero é interessante reduzir ou evitar o consumo de carnes, principalmente as vermelhas, beber muito líquido e fazer uma atividade física para ajudar na eliminação pelo suor. Não realize uma dieta líquida. É muito importante comer alimentos de alta qualidade nutricional como folhas de cor verde escura, alimentos amarelos e arroxeados e cereais integrais. Boas alternativas são as brássicas, como o brócolis, a couve flor, a couve de Bruxelas e a couve. Alcachofra, gengibre, chá verde, cúrcuma e cebola também são ótimas opções.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Energéticos: por que é preciso tomar cuidado no Carnaval?


Veja por que é indicado substituir os energéticos por opções mais saudáveis e a evitar riscos à saúde

Com a chegada de datas comemorativas e festas como o carnaval, as bebidas à base de taurina, conhecidas como "energéticos", se tornam um ponto de alerta. Querendo manter a disposição e aproveitar mais, é comum que as pessoas não se atentem aos riscos que o consumo excessivo de bebidas energéticas traz à saúde.

Aumentando ainda mais o perigo, há quem acredite que o efeito estimulante do energético combate as sensações de embriaguez do álcool, o que não é verdade. Segundo a nutricionista Ana Gava, o máximo que energéticos provocam é a perda da sonolência, mas não conseguem reduzir a conhecida "lerdeza de bêbado".

Na verdade, o energético possui em sua composição a cafeína e a taurina, dois estimulantes que disfarçam os efeitos do álcool. Ou seja, o indivíduo fica sem noção do quanto já bebeu, o que pode fazer com que ele beba mais e aumente o risco de intoxicação.

Entenda a seguir os riscos do consumo dessas bebidas para o corpo e aprenda quais alimentos podem servir como substitutos na hora de energia para os momentos festivos.


Energético faz mal?
O consumo de bebidas energética à base de taurina deve ser monitorado, já que se tratam de desreguladores endócrinos, que afetam as batidas do coração. Isso provoca riscos e consequências graves, como o aumento dos níveis da pressão arterial e da frequência cardíaca, mesmo em pessoas saudáveis.

Pode misturar com álcool?

Além disso, quando se mistura energéticos com bebidas alcoólicas é comum que o indivíduo cria a falsa impressão de que o estado de embriaguez não está alto. Dessa forma, contribui para que a pessoa continue ingerindo mais álcool, ultrapassando os limites recomendados.

Mortes por excesso de álcool, inclusive, podem ser mais comuns dada a mistura de bebidas alcoólicas com energéticos. É importante lembrar que o álcool promove uma "excitação" e, quando misturado com o energético, essa se potencializa, podendo provocar um problema cardíaco.

Por esses motivos, pessoas hipertensas e com problemas cardíacos devem evitar o consumo de energéticos, de acordo com a nutricionista Ana Gava. Já para quem não sofre dessas condições, o ideal é consumir apenas uma latinha, para que não ocorram reações adversas devido à superdosagem.

Alimentos energéticos
Se você visa mais energia e disposição, alguns alimentos podem lhe ajudar, fornecendo energia e disposição ao mesmo tempo em que são boas fontes de vitaminas e minerais. Dentre eles pode-se destacar:

oleaginosas (como nozes, pistache, amêndoas e castanhas)
chocolate
açaí
aveia
banana
água de coco
chá verde
guaraná


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Os 12 principais tipos de transtorno alimentar, de anorexia a compulsão



Alguns, como bulimia ou anorexia, são conhecidos. Já outros (vigorexia, pregorexia...) passam despercebidos. Veja como identificar transtornos alimentares

Hoje, não só aumenta o número de transtornos alimentares como o de suas vítimas. Tanto que o último Congresso Brasileiro de Psiquiatria (CBP), que aconteceu no Rio de Janeiro, contou com uma sessão especial para discutir as diferentes formas desse problema se manifestar.

Selecionamos os principais tipos para que você aprenda a identificá-los e saiba quando é hora de procurar ajuda:

Anorexia
Na sala do CBP onde se discutiu os diferentes tipos de transtorno alimentar, especialistas apresentaram doenças já conhecidas há séculos e outras que foram descritas nos últimos anos. A anorexia, claro, foi uma das mais citadas.
“Trata-se de uma condição mental com a mais alta taxa de mortalidade, pois provoca uma perda de peso muito rápida”, descreve a psiquiatra Christina de Almeida dos Santos, da Faculdade Pequeno Príncipe, em Curitiba, uma das palestrantes do evento.
Os pacientes começam a restringir o consumo de alimentos que eles consideram muito calóricos e esses cortes ficam cada vez maiores. Ao mesmo tempo, distorcem a própria imagem corporal e continuam a achar que estão gordos.

Bulimia
Outro quadro bastante conhecido desse panteão de doenças. Ao contrário do que se pensa, os acometidos por ela não são magérrimos. Muitos ficam constantemente acima do peso e se incomodam bastante com esse fato.
“Na bulimia, há dois momentos: primeiro, um exagero no consumo de determinados produtos. Na sequência, o sujeito se sente culpado por ter ingerido tudo aquilo e encontra alguma maneira de expurgar aquelas calorias”, explica a médica Fátima Vasconcellos, diretora da Associação Brasileira de Psiquiatria.
O método mais utilizado para eliminar esse excesso costuma ser a indução do vômito. Mas existem outras maneiras encontradas para fazer essa compensação.
“Há quem tome remédios, como laxantes e diuréticos, enquanto outros apostam em exercícios físicos extenuantes”, acrescenta a especialista. Essas ações geralmente são feitas sem que familiares e amigos saibam.

Compulsão alimentar
Ao lado de anorexia e bulimia, a compulsão alimentar faz parte da tríade clássica dos transtornos alimentares. Nela, a questão é o exagero mesmo: a pessoa devora uma quantidade enorme de comida. Alguns chegam a ingerir de 4 mil a 15 mil calorias em poucos minutos — a média recomendada para um adulto saudável são 2 mil calorias por dia.
Aqui, não acontece nenhuma tentativa para eliminar esses alimentos, como vômitos ou remédios. Esses ataques súbitos de gulodice são motivados por dilemas emocionais, como ansiedade e estresse. “Falamos de um problema grave de saúde pública, pois muitos dos portadores desenvolvem obesidade grave”, ressalta Fátima.
É importante diferenciar também episódios isolados de algo mais crônico e preocupante: exagerar vez ou outra no rodízio de pizzas ou na churrascaria não é reflexo de uma doença psiquiátrica.

Tare
Sigla para transtorno alimentar restritivo evitativo. É o quadro típico de crianças que se recusam a comer um grupo alimentar específico por motivos que vão de aparência e cor a odor, textura, temperatura e paladar. Há quem não experimente nada que seja amarelo, outros fogem de purês e papas, um terceiro grupo evita frutas e verduras, e assim por diante.
Claro que todo mundo tem suas manias e preferências nos primeiros anos de vida, mas deve-se ligar um sinal de alerta quando essa restrição impede o consumo de nutrientes essenciais, que impactam o desenvolvimento infantil e podem levar a déficits importantes.
Recentemente, um jovem britânico de 17 anos vítima de Tare perdeu a visão porque só se alimentava de batata frita e pão branco. A ausência de vitaminas e minerais em sua dieta foi tão grave que lesou o nervo óptico, responsável por captar e transmitir os estímulos de luz do ambiente ao cérebro.

Ruminação
O sujeito regurgita um pouco do que comeu na última refeição e mastiga novamente. Parte dos portadores cospe o conteúdo, enquanto outra parcela engole uma segunda vez. Esse processo se repete praticamente todos os dias e não está relacionado a nenhuma outra condição médica, como o refluxo gastroesofágico.
Se comparado com o vômito provocado na bulimia, o volume de alimentos que volta à boca é pequeno, o que permite disfarçar a ruminação por meio de tosses e outras táticas. Esse quadro foi descrito em bebês, crianças, adolescentes e até adultos de 20 a 30 anos.
Além da saúde mental, o transtorno traz outras consequências ao organismo: a ida constante de ácidos estomacais para o esôfago, a garganta e a cavidade bucal provoca úlceras, mau hálito e cáries. Muitos sofrem uma perda de peso rápida e desenvolvem outros incômodos, caso de náuseas, constipação ou diarreia.

Pica
Em latim, pica é o nome de um pássaro muito comum em parte da Europa. Esse bicho come praticamente qualquer coisa. Os sujeitos com essa síndrome apresentam um comportamento parecido: eles ingerem itens que não são considerados alimentos de verdade, como moedas, terra, argila, carvão, tecidos… Além disso, entram na descrição os casos de quem engole ingredientes sem nenhum preparo, como farinhas e batatas cruas.
É normal que crianças pequenas levem à boca muitos desses objetos, pois estão explorando o mundo à sua volta. A situação fica séria quando isso vira um hábito e perdura por três meses ou mais.
O transtorno, também conhecido pelo nome de alotriofagia ou alotriogeusia, se distingue de costumes locais: alguns povos originários da África e das Américas experimentavam terra e outros elementos estranhos ao paladar em rituais e cerimônias religiosas.

Ortorexia
Pizza sexta à noite? Nem pensar! Uma sobremesa no almoço de domingo? Pecado mortal. A ortorexia, que ainda não é um transtorno alimentar reconhecido por toda a comunidade científica, vem da junção dos termos gregos “orexis” (apetite) e “orthos” (correto). O que pega aqui é a obsessão por alimentos saudáveis, puros e naturais.
O quadro, descrito há 22 anos pelo médico americano Steven Bratman, costuma aparecer em mulheres de classes sociais mais abastadas, bem como em pessoas com traços de perfeccionismo e que se cobram muito. A questão não está nas calorias de cada prato, mas, sim, na pureza dos produtos.
O quadro pode gerar grande sofrimento emocional, pois o indivíduo geralmente se recusa a comer algo que não foi preparado por ele mesmo, e também leva a um isolamento social, já que muitos evitam refeições ou confraternizações e festas.

Vigorexia
“Esse não é um transtorno alimentar clássico, mas, sim, uma dismorfia corporal que tem uma ligação com as fobias”, define o psiquiatra Adriano Segal, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
A obsessão aqui está na ideia de um corpo perfeito, com músculos fortes e torneados. Diferentemente dos tipos sobre os quais já falamos, a vigorexia é mais comum em homens jovens que se submetem a uma rotina exaustiva e exagerada de exercícios físicos.
Em paralelo aos treinos na academia, muitos também criam neuras com a comida: só comem frango com batata-doce ou acham que suplementos proteicos são suficientes para se manterem de pé.
Há ainda um grupo que aposta pesado em anabolizantes e outras substâncias proibidas para alcançar o resultado — e eles nunca estão satisfeitos e querem sempre aumentar o tamanho do peitoral, dos braços e das pernas.

Diabulimia
Eis outra condição descrita nas últimas décadas que ainda não entrou oficialmente no grupo dos transtornos alimentares. A diabulimia é a junção de diabetes com bulimia.
Vamos voltar alguns passos para explicar direito essa história: diabéticos apresentam falhas na ação da insulina, um hormônio secretado pelo pâncreas. Por uma série de motivos, a substância não consegue mais fazer a glicose virar combustível para as células.
Resumo da ópera: sobra açúcar na circulação. Para equilibrar essa equação, alguns pacientes precisam aplicar todos os dias doses de insulina. “Mas quem tem a diabulimia deixa de tomar de propósito o medicamento com o objetivo de perder peso”, conceitua Christina de Almeida dos Santos.
Essa decisão, porém, é pra lá de arriscada: o desbalanço nas taxas de açúcar traz graves consequências, como hipoglicemias e comprometimentos nos rins, nos olhos, no coração…

Drunkorexia
Esse transtorno, divulgado pela primeira vez num artigo em 2008, já foi declarado um problema de saúde pública na Austrália, especialmente em mulheres universitárias jovens. Em inglês, “drunk” significa bêbado. A drunkorexia seria, então, o hábito de substituir a comida por bebidas como uma maneira de inibir o apetite e, assim, emagrecer. O consumo de doses é alto: são cinco ou seis drinques em menos de duas horas.
O álcool ainda tem outro papel por aqui: ele aplaca a ansiedade e o nervosismo, deixando o sujeito inebriado e sem focar em suas preocupações. Quem é acometido por essa condição desenvolve outros comportamentos típicos da anorexia ou da bulimia, como a indução de vômitos e o uso compulsivo de medicamentos.
O abuso etílico leva à dependência química, à falta crônica de nutrientes importantes obtidos por meio da dieta convencional e provoca lesões em órgãos como o fígado.

Fatorexia
A empresária britânica Sara Bird, de 53 anos, ficou assustada quando foi a um consultório e o médico fez o diagnóstico de obesidade. Sem se pesar havia muitos anos, não tinha notado que ganhara 30 quilos.
“Quando me olhava no espelho, via uma pessoa confiante, magra, mas na verdade estava obesa”, contou, numa entrevista à BBC Brasil em 2010. Foi daí que ela cunhou o termo fatorexia — “fat”, em inglês, significa gordura.
Desde então, Sara publicou livros, fez palestras e iniciou um movimento nas redes sociais para que o distúrbio fosse reconhecido pelos manuais de psiquiatria. Em suma, esse transtorno seria o inverso da anorexia.
“O sujeito não se enxerga gordo, mesmo com todas as mudanças no tamanho de roupas e medidas corporais”, observa Fátima Vasconcellos. Para piorar, ele persiste em hábitos nocivos à saúde e não vê motivos para procurar apoio profissional.

Pregorexia
Não é isso que você está pensando: ninguém está comendo pregos por aí para ficar com a barriga chapada — assim esperamos, pelo menos. “O ‘preg’ no início da palavra vem de ‘pregnancy’, ou gravidez, no bom português”, ensina Christina.
O conceito é super-recente e abrange qualquer transtorno alimentar que ocorra ao longo dos nove meses de gestação. Pode ser anorexia, bulimia, compulsão alimentar, ortorexia… “Muitas das mulheres ficam extremamente preocupadas com a questão do peso e da alimentação durante esse período e acabam caindo em armadilhas, como dietas restritivas, indução de vômitos ou atividades esportivas intensas”, complementa a expert.
A prática, claro, traz muitas encrencas: aborto espontâneo e dificuldades no desenvolvimento do bebê são algumas delas. Para evitar qualquer risco, tenha sempre uma conversa franca e tire todas as suas dúvidas com o obstetra.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/principais-tipos-transtorno-alimentar/ - Por André Biernath - Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

12 dicas para aproveitar o carnaval sem passar mal


Existem formas de evitar ressacas, vontade excessiva de ir ao banheiro, fome, lesões e desgastes físicos. Aprenda a preparar o seu corpo para o carnaval

Uma das épocas do ano mais festivas no Brasil é o carnaval. É tempo de pular, sair de casa, comemorar com os amigos e, para alguns, ir a algum dos famosos blocos carnavalescos. Pensando em quem quer aproveitar o carnaval de rua, o Minha Vida traz a recomendações de especialistas de educação física e nutrição para ajudar quem quiser curtir sem passar mal ou sofrer danos físicos durante nesse carnaval.

1 - Vai beber? Fortaleça o fígado
Como o consumo de bebidas alcoólicas costuma aumentar durante a época de carnaval, também é necessário preparar e proteger o fígado, responsável pela remoção das toxinas no corpo. Por isso, a indicação da nutricionista Ana Paula Gava são alimentos "hepáticos", sendo alguns exemplos:

Açafrão
Chá de boldo
Alcachofra
Alho

2 - Espere seu corpo acordar
Como explica o especialista em educação física Keko Rodrigues, começar a aproveitar o carnaval de forma gradativa. Ou seja, começar a se movimentar pouco a pouco ante de pular, correr e dançar é importante para evitar lesões.
Dessa forma, o seu corpo compreende o que será exigido fisicamente dele ao longo do dia e se evita forçar agrupamento musculares que já estejam muito cansados.

3 - Mistura de bebida
Apesar do mito, a mistura de bebidas destiladas e fermentadas não é prejudicial, como explica a nutricionista Ana Gava. Na verdade, o problema está no teor alcoólico diferente nas bebidas, pois ao tomar uma bebida com alto índice de álcool com a mesma velocidade que se tomou a com baixo índice, o nível alcoólico no sangue sobe mais rápido.

4 - Prepare-se para aguentar mais tempo
Segundo o personal trainer Luiz Guilherme, o "agachamento, mesmo livre e sem carga, pode contribuir para que o folião aguente mais tempo se divertindo". Isso porque essa atividade física melhora os níveis de resistência muscular das coxas, onde se encontra os principais músculos que fazem a sustentação do corpo quando ereto.
Outra musculatura importante para a sustentação corporal é a do core, ou seja, as musculaturas abdominais e lombar. Para estes, a prancha é um excelente exercício. A forma de realizar essa atividade é colocando as duas mãos paralelas no chão, assim como a ponta dos pés levemente separados, distribuindo o peso do corpo nesses apoios.

5 - Cuidado com energéticos
Outro ponto importante para ser observado é em relação aos energéticos. Durante os dias festivos é comum bebe-los para se manter acordado, porém, seu consumo deve ser monitorado. Isso porque essas bebidas se caracterizam como desreguladores endócrinos, ou seja, afeta as batidas do coração, gerando riscos de consequências graves, como desmaios e até paradas cardíacas.

6 - Escolha os melhores drinks
Misturar água de coco e bebidas isotônicas nos drinks alcoólicos pode ajudar a manter o equilíbrio de eletrólitos do corpo, responsáveis por transportar a água. Isso porque esses tipos de líquidos evitam a ressaca causada pela falta de água e minerais, provendo líquido para o cérebro.

7 - Evite comer vegetais antes da folia
Evite o consumo de vegetais antes da hora da folia, para não correr o risco de ter dor de barriga na melhor hora da festa. A movimentação toda que fazemos pulando nos bloquinhos ou na festa pode colaborar para aumentar o movimento de peristalse intestinal, aquele que vai te provocar maior vontade de ir no banheiro.

8 - Opte por alimentos leves antes de beber
A nutricionista Ana Paula Gava explica que uma maneira de regrar a alimentação é apostando nos carboidratos que não são provenientes de trigo antes de sair de casa, porque eles fornecem energia para festejar e ajudam o corpo a metabolizar o álcool. Alguns exemplos de carboidratos que podem auxiliar nisso são:

Batata doce
Inhame
Arroz
Mandioca
Macarrão de arroz

9 - Na folia, escolha lanches ricos em lipídios
Na hora H da folia, você pode apostar nas castanhas, essas são ricas em lipídios e vão te fornecer energia para aproveitar o dia inteiro e diminuir o ritmo de absorção do álcool, além de serem super práticas. "Pode apostar também em um chocolatinho, vai te ajudar também na energia e ainda, evitar a temida ressaca", explica a nutricionista Ana Gava.

10 - Fortaleça a imunidade
Durante os dias de festa e folia, fortalecer o sistema imunológico é ainda mais importante, para que o seu corpo esteja preparada para combater doenças. Alimentos ricos em vitamina c, como laranja, limão e acerola são aliados da imunidade. Carnes e ovos também são opções excelentes para a imunidade, por conta da presença de glutamina em suas composições.

11 - Pratique alongamento
O alongamento prepara o corpo para qualquer tipo de movimento, sendo um tipo de tensionamento necessário. A partir desse exercício de flexibilidade simples, o indivíduo prepara o corpo para o carnaval.
De acordo com o educador físico Ronaldo Freitas, os principais alongamentos para se preparar no carnaval são os alongamentos de perna e coluna lombar. Veja como fazer:

Alongamento para lombar
Com as costas no chão, levar um joelho até ao peito durante 30 a 60 segundos, repetindo depois com o outro joelho e finalizando com os dois.

Alongamento para as pernas
1) Com as costas retas e as pernas juntas, dobre uma das pernas para trás segurando no pé por 1 minuto. Repita com a outra perna. Se for necessário, se apoie em uma parede, por exemplo.
2) Com as pernas ligeiramente abertas,flexione o quadril projetando o corpo para a frente, tentando tocar com as pontas dos dedos nos pés. Mantenha a posição durante 1 minuto.

12 - Mantenha-se hidratado
Água e sucos são ótimas recomendações para quem deseja aproveitar a folia. Isso por conta do risco de desidratação que pode ocorrer por conta do alto gasto de energia que geralmente acontecem durante eventos como blocos de carnaval. Além disso, a perda de eletrólitos importantes na urina pelo consumo do álcool também faz com que se torne importante alternar entre alcoólicos e não alcoólicos.
De acordo com a nutricionista Ana Gava, apesar do consumo de álcool fazer você ir mais ao banheiro, ele ainda provoca a retenção de líquido no corpo. Por conta disso, também é indicado o consumo de sucos diuréticos. Confira duas opções de receita de suco diurético da especialista:

Suco diurético 1

Ingredientes
Suco de 1 unidade de limão
1 fatia de melão
3 lascas de gengibre (gengibre melhora gases e azia, te ajudando na digestão)
200 mL de água
Modo de preparo
Só é necessário bater tudo e ingerir sem coar.

Suco diurético 2

Ingredientes
1 fatia de melancia
200 mL de água de coco
Modo de preparo
Bata todos os ingredientes e tome sem coar.