domingo, 23 de fevereiro de 2025

Entenda como o consumo de ultraprocessados pode aumentar risco de câncer


Veja dicas para incluir snacks saudáveis e práticos na rotina alimentar e diminuir a ingestão de alimentos ultraprocessados

 

Produtos industrializados com aditivos artificiais costumam ter alto teor de açúcar, gorduras e sódio, além de baixo valor nutricional

 

Biscoitos, refrigerantes e salgadinhos são alguns dos exemplos de alimentos ultraprocessados no mercado e que, quando consumidos em excesso, podem levar a consequências mais graves à saúde. De acordo com estudo realizado pela Fiocruz, 10% dos óbitos ocorridos no Brasil em 2019 tiveram relação direta com o consumo exagerado de ultraprocessados, totalizando 57 mil mortes anuais, que equivalem a seis mortes por hora ou 156 por dia. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, mantém uma lista em que atualiza frequentemente a classificação de alimentos ultraprocessados e o potencial cancerígeno.

 

A nutricionista Tayná Moura Santana, da rede de clínicas AmorSaúde, alerta que a presença de substância cancerígenas aliadas aos altos níveis de aditivos químicos, conservantes, corantes, estabilizantes e açúcar, gorduras e sódio, introduzidos industrialmente, aumentam os riscos de cânceres por estarem associados ao aumento de gordura e inflamação do organismo. O risco pode se agravar quando combinado com outras doenças, como a obesidade.

 

O que são alimentos ultraprocessados e por que são tão prejudiciais?

A nutricionista explica que os ultraprocessados são caracterizados como alimentos que têm múltiplos ingredientes industriais, incluindo substâncias artificiais como aromatizantes, corantes e emulsificantes. Além de possuírem alto teor de açúcar, gordura e sódio, com baixo valor nutricional, ainda são pobres em fibras, vitaminas e minerais essenciais. “Esses alimentos são formulados com ingredientes refinados e modificados, como xaropes, proteínas hidrolisadas e gorduras hidrogenadas”, complementa a nutricionista.

 

Exemplos comuns de ultraprocessados incluem:

• Refrigerantes e sucos artificiais;

• Salgadinhos de pacote;

• Bolachas recheadas e biscoitos industrializados;

• Embutidos (salsicha, presunto, mortadela, salame);

• Macarrão instantâneo;

• Cereais matinais açucarados;

• Pratos prontos congelados (lasanhas, nuggets, hambúrgueres industrializados).

 

Conheça as armadilhas

É comum ver nas gôndolas do mercado as inúmeras embalagens dos ultraprocessados que, segundo Tayná, em razão do marketing agressivo, “geralmente são promovidos como práticos, saborosos e acessíveis”. Contudo, é essencial que o consumidor esteja atento à composição descrita no rótulo, priorizando outros lanches, principalmente se o intuito é a praticidade do dia a dia.

 

“Ao escolher um snack saudável, é importante avaliar sua composição nutricional, evitando excessos de açúcar, sódio, gorduras ruins e aditivos artificiais. Leia a lista de ingredientes, verifique a quantidade de açúcar, sódio e o teor de gorduras”, recomenda a nutricionista.

 

Uma das armadilhas mais presentes nas embalagens de alimentos ultraprocessados está nas palavras “saudável”, “light”, “proteico”, “zero”. Esses termos podem induzir o consumidor a investir em um alimento que, em sua composição, muitas vezes, diz o contrário.

 

Dessa forma, a chave é a tabela nutricional e a lista de ingredientes. “Quanto menos ingredientes, melhor. Prefira aqueles com alimentos integrais (como castanhas, frutas secas, sementes e cereais integrais). Evite nomes difíceis: ingredientes como xarope de glicose, maltodextrina, glutamato monossódico, corantes artificiais e conservantes indicam alto nível de processamento”, elenca.

 

Como escolher opções mais saudáveis?

Apesar de parecer um desafio para a correria do dia a dia, é possível investir em escolhas mais saudáveis e práticas. “O consumo regular de snacks saudáveis pode ter um impacto significativo na saúde a longo prazo, ajudando a prevenir doenças crônicas e promovendo bem-estar geral. Esses lanches, quando equilibrados nutricionalmente, fornecem energia, nutrientes essenciais e contribuem para hábitos alimentares mais consistentes e saudáveis”, explica a profissional.

 

Na prática, é possível prevenir doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesidade, além do próprio câncer, já que há um controle dos níveis de açúcar no sangue e a manutenção do peso corporal. A nutricionista recomenda que haja um tempo dedicado com antecedência para montar os snacks. Algumas opções podem ser:

 

🍎 Frutas frescas ou secas (sem açúcar adicionado);

🌰 Castanhas, amêndoas e nozes (sem sal ou temperos artificiais);

🥛 Iogurte natural (sem açúcar) com chia e granola caseira;

🍿 Pipoca feita em casa com pouco sal e azeite;

🥕 Palitinhos de cenoura, pepino ou tomate cereja com homus;

🥚 Ovos cozidos;

🍫 Chocolate amargo (mínimo 70% cacau, sem açúcar adicionado).

 

Na hora de comprar snacks prontos, alguns critérios podem ajudar a fazer escolhas mais saudáveis. O ideal é optar por opções com baixo teor de açúcar adicionado, preferencialmente com menos de 5g por porção, e evitar adoçantes artificiais. Além disso, a qualidade das gorduras presentes nos alimentos deve ser observada, priorizando aquelas naturais e evitando gorduras trans ou hidrogenadas.

 

O teor de sódio também merece atenção, sendo recomendável escolher produtos com menos de 200mg por porção. Já as fibras desempenham um papel essencial na saciedade e na saúde intestinal, e snacks com pelo menos 3g por porção são os mais indicados.

 

“Equilibrar praticidade com qualidade nutricional é totalmente possível, mesmo em uma rotina corrida. A chave é investir em planejamento, escolher alimentos minimamente processados e ter opções práticas sempre à mão”, finaliza a nutricionista.

 

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/bellamais/saudefeminina/entenda-como-o-consumo-de-ultraprocessados-pode-aumentar-risco-de-c%C3%A2ncer-1.1580332 - Foto: Freepik

sábado, 22 de fevereiro de 2025

5 dicas para vencer o sedentarismo e praticar atividade física


Especialista explica como os exercícios são importantes aliados na prevenção e tratamento de problemas cardiovasculares

 

A prática regular de atividades físicas desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar geral. Quando incorporada à rotina, ela traz inúmeros benefícios para a saúde, especialmente para o sistema cardiovascular. Por outro lado, segundo o cardiologista Dr. Rafael Marchetti, a falta de exercício físico pode contribuir significativamente para o aumento de doenças cardíacas.

 

"A aptidão cardiorrespiratória é um dos melhores indicadores de saúde cardiovascular. Avaliar o VO2 máximo, que mede a capacidade do corpo de utilizar oxigênio durante o exercício, é tão importante quanto checar a pressão arterial ou a frequência cardíaca", explica o médico.

 

Riscos do sedentarismo

A Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que a prática de atividade física poderia evitar cerca de 5,3 milhões de mortes no mundo. O cardiologista Rafael Marchetti alerta que pequenas mudanças de hábitos podem fazer diferença. "Começar com caminhadas diárias e atividades aeróbicas leves já melhora a circulação e reduz os riscos de problemas cardíacos. O importante é criar uma rotina e manter a regularidade", pontua.

 

Como os exercícios físicos protegem o coração?

De acordo com o estudo "Association of Sports Practice in Childhood and Adolescence with Cardiac Autonomic Modulation in Adulthood: A Retrospective Epidemiological Study", publicado na revista Sports Medicine Open, pessoas que praticam esportes desde a infância têm benefícios permanentes ao coração, como vantagens na modulação autonômica do coração.

 

As atividades físicas ajudam a controlar os principais fatores de risco da saúde cardiovascular, como hipertensão e diabetes e melhoram a função dos vasos sanguíneos, reduzindo o risco de entupimentos arteriais e infartos. "O exercício melhora a sensibilidade à insulina, regula o perfil lipídico e reduz o estresse, que são fatores fundamentais para proteger o coração a longo prazo", afirma o Dr. Rafael Marchetti.

 

Como incluir a atividade física na rotina?

A recomendação geral é de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, o que pode incluir caminhadas rápidas, natação ou ciclismo. "O melhor custo-benefício é encontrar um tipo de exercício que se encaixe na rotina e seja prazeroso, mas para quem é sedentário, nem sempre é tão fácil assim começar. Pequenos movimentos no dia a dia já trazem benefícios, como caminhar 10 minutos ou ficar mais tempo em pé no trabalho, o importante é iniciar e, com o tempo, buscar atingir os 150 minutos semanais", explica o especialista.

 

Ele também ressalta que "a avaliação médica é fundamental para exercícios moderados a intensos, mas isso não deve ser um impeditivo para começar com atividades leves no dia a dia". A seguir, o Dr. Rafael Marchetti elenca recomendações para iniciantes que desejam começar a se exercitar de forma segura e eficaz. Confira:

 

1. Escolha uma atividade prazerosa

Segundo o especialista, para criar o hábito de praticar exercício físico é preciso encontrar uma atividade que traga satisfação. "Quando o exercício é agradável, a chance de continuidade aumenta, tornando os benefícios de longo prazo mais fortes. Uma dica é escolher uma atividade ou esporte que praticou no passado e era prazeroso", afirma o Dr. Rafael Marchetti.

 

2. Comece de forma gradual

Para quem é sedentário, pequenas mudanças já fazem muita diferença. "Caminhar por curtos períodos, optar pelas escadas em vez de elevador ou manter-se mais tempo em pé durante o dia são formas simples de movimentar o corpo e iniciar uma rotina mais ativa, mas claro, com o tempo devem escalar para atividades que pedem mais movimento", explica o profissional.

 

3. Respeite os limites do seu corpo

Ao iniciar qualquer atividade física, é importante lembrar que a chave para o sucesso é a progressão gradual. "O progresso deve ser constante, mas sem exageros, o excesso de esforço pode causar lesões e levar à desmotivação, o ideal é aumentar a intensidade e a frequência observando os sinais do próprio corpo e sempre ter o suporte de um especialista em todo o processo".

 

4. Faça uma avaliação médica

O Dr. Rafael Marchetti afirma que, antes de iniciar atividades mais intensas, é fundamental uma avaliação médica, principalmente para pessoas sedentárias. "Mas isso não deve ser um obstáculo para começar com exercícios leves, que já trazem benefícios e podem ser incorporados à rotina sem riscos".

 

5. Associar a atividade física a outros hábitos saudáveis

Incorporar hábitos saudáveis à rotina de exercícios pode potencializar os benefícios tanto para o corpo quanto para a mente. Nesse sentido, o especialista sugere: "É interessante associar a prática do exercício com outros hábitos saudáveis, como beber um suco de frutas após o treino, ou praticar o exercício próximo à natureza para aproveitar o visual ou para relaxar, nesse caso a atividade física funciona como um 'gancho' para algo mais amplo, um estilo de vida saudável", finaliza Dr. Rafael Marchetti.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-dicas-para-vencer-o-sedentarismo-e-praticar-atividade-fisica,b8be2bbdc5bcad52f4ed770210be9fbb2pabz1u2.html?utm_source=clipboard - Por Tayanne Silva - Foto: Tint Media | Shutterstock / Portal EdiCase

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Pesquisa revela quais são as frutas e os vegetais mais nutritivos e poderosos para sua saúde


Três vegetais folhosos lideraram lista e três frutas não atingiram a pontuação necessária

 

Um estudo recente buscou definir quais frutas e vegetais oferecem os maiores benefícios nutricionais para a saúde, com base na concentração de nutrientes essenciais. A pesquisa, conduzida por Jennifer Di Noia, da William Paterson University, estabeleceu um critério claro para classificar os chamados "alimentos poderosos" (PFV, na sigla em inglês) e identificou itens que se destacam pela alta densidade nutricional.

 

O critério para classificação dos alimentos poderosos

A análise levou em conta 17 nutrientes fundamentais para a saúde pública, incluindo potássio, fibra, cálcio, ferro e diversas vitaminas. Para ser classificado como um PFV, o alimento precisava fornecer, em média, 10% ou mais do valor diário recomendado desses nutrientes por 100 kcal. Entre os 47 alimentos avaliados, 41 atingiram esse padrão e foram considerados mais densos em nutrientes do que aqueles que não se enquadraram na classificação.

 

Os destaques do estudo

Os vegetais folhosos, como agrião, espinafre e couve, lideraram a lista dos alimentos mais nutritivos. Outros grupos também se destacaram, incluindo vegetais crucíferos (repolho chinês, brócolis), vegetais amarelo-alaranjados (cenoura, abóbora), cítricos (laranja, limão) e frutas vermelhas (morango). 

 

Por outro lado, frutas como framboesa, tangerina e mirtilo, assim como vegetais allium, como alho e cebola, não atingiram a pontuação mínima necessária.

 

Importância da densidade nutricional

A classificação proposta pelos pesquisadores pode ser uma ferramenta valiosa para educação nutricional e orientação alimentar. Ao enfatizar a densidade de nutrientes em relação ao valor energético dos alimentos, o estudo oferece um caminho para que consumidores tomem decisões mais informadas sobre sua alimentação.

 

Os resultados também reforçam a importância de uma dieta rica em frutas e vegetais variados, garantindo uma ingestão adequada de nutrientes essenciais para a prevenção de doenças crônicas. O próximo passo da pesquisa é aprofundar a relação entre o consumo de PFV e os impactos diretos na saúde a longo prazo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/degusta/alimentacao-com-saude/pesquisa-revela-quais-sao-as-frutas-e-os-vegetais-mais-nutritivos-e-poderosos-para-sua-saude,7b4b0d3dbe1e1780ae2450b6804cf397r59mx4iv.html?utm_source=clipboard - Foto: Lu Schievano - Flickr / Flipar

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

8 bebidas para tomar de manhã e fortalecer a imunidade


Aprenda receitas fáceis e nutritivas para reforçar suas defesas logo pela manhã

 

Com a rotina agitada, manter o sistema imunológico forte é essencial para evitar doenças e garantir mais disposição ao longo do dia. E um dos primeiros passos para isso pode começar logo ao acordar, com o consumo de bebidas ricas em nutrientes. Alimentos naturais como cúrcuma, gengibre, frutas cítricas e ervas medicinais podem oferecer um reforço extra para as defesas do organismo. Confira algumas opções de bebidas matinais que ajudam a fortalecer a imunidade, de acordo com a revista médica HealthShots.

 

1. Chá de cúrcuma e gengibre

A cúrcuma é conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, graças à curcumina, que auxilia na redução de processos inflamatórios e melhora a resposta imunológica. O gengibre, por sua vez, possui compostos bioativos que ajudam na digestão e combatem infecções.

Como fazer: Ferva água, adicione meia colher de chá de cúrcuma em pó e gengibre ralado. Se preferir, acrescente mel e limão para potencializar os benefícios.

 

2. Suco de amla (groselha indiana)

O amla é uma das fontes mais ricas de vitamina C, essencial para estimular a produção de células de defesa e melhorar a barreira contra infecções.

Como fazer: Bata duas a três frutas de amla com água e coe. Para um sabor mais suave, adicione mel.

 

3. Água com limão e canela

O limão é rico em vitamina C e ajuda na desintoxicação do organismo. A canela, por sua vez, tem propriedades antibacterianas e antifúngicas que auxiliam na prevenção de infecções.

Como fazer: Misture o suco de um limão com água morna e adicione ¼ de colher de chá de canela em pó.

 

4. Chá de tulsi (manjericão sagrado)

O tulsi é uma erva medicinal com antioxidantes, vitamina C e zinco, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico e melhorar a saúde respiratória.

Como fazer: Ferva água e adicione folhas frescas de tulsi. Para potencializar os efeitos, acrescente um toque de pimenta-do-reino e mel.

 

5. Smoothie verde

Os vegetais verdes contêm clorofila, vitaminas e antioxidantes que auxiliam no processo de detoxificação e no fortalecimento do sistema imunológico.

Como fazer: Bata espinafre, pepino, maçã verde, suco de limão e água para uma bebida nutritiva e refrescante.

 

6. Leite dourado (golden milk)

O leite dourado é uma bebida tradicional da Ayurveda que combina os benefícios anti-inflamatórios da cúrcuma com o cálcio e a proteína do leite.

Como fazer: Aqueça leite (ou leite vegetal) e adicione ½ colher de chá de cúrcuma e uma pitada de pimenta-do-reino.

 

7. Suco de aloe vera com hortelã

O aloe vera é conhecido por suas propriedades antioxidantes e por auxiliar na digestão, enquanto a hortelã tem efeito calmante e refrescante.

Como fazer: Extraia o gel da aloe vera e misture com folhas de hortelã, água e um toque de limão.

 

8. Shot de cenoura e laranja

As cenouras são ricas em betacaroteno, que fortalece a imunidade, enquanto as laranjas contêm vitamina C, essencial para a produção de células de defesa.

Como fazer: Bata suco de cenoura com suco de laranja e um pequeno pedaço de gengibre.

 

Dicas para preparar bebidas saudáveis

Evite açúcar refinado e prefira adoçantes naturais, como mel.

Utilize ingredientes frescos sempre que possível.

Para bebidas com cúrcuma, adicione pimenta-do-reino para melhorar a absorção da curcumina.

Modere o consumo de ingredientes ácidos, como limão e vinagre de maçã, para evitar problemas gastrointestinais.

 

O melhor horário para consumir bebidas imunológicas

O consumo dessas bebidas logo pela manhã, em jejum, pode potencializar a absorção dos nutrientes, ajudando o organismo a iniciar o dia com mais energia e defesa contra infecções. O ideal é sempre equilibrar essas bebidas com uma alimentação saudável e variada ao longo do dia.

 

Moderação é essencial

Embora essas bebidas tragam diversos benefícios, é importante evitar excessos. O consumo exagerado de ingredientes ácidos pode causar desconforto digestivo, enquanto algumas ervas podem interagir com medicamentos. Pessoas com condições de saúde específicas devem consultar um profissional antes de incluir essas bebidas na rotina.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/degusta/alimentacao-com-saude/8-bebidas-para-tomar-de-manha-e-fortalecer-a-imunidade,ca54964c7a34bc393e567261d2b9536bbm2xcb70.html?utm_source=clipboard - Foto: Freepik


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Quatro fatores podem influenciar a expectativa de vida


A expectativa de vida de uma pessoa parece estar ligada a quatro fatores sociais específicos: casamento, gênero, educação e raça. A interação entre esses quatro fatores ajuda a explicar as diferenças na expectativa de vida.


Para este estudo, pesquisadores da Universidade de Syddansk, na Dinamarca, se concentraram na expectativa de vida parcial, ou seja, os anos que uma pessoa pode esperar viver entre 30 e 80 anos. A equipe analisou dados federais sobre mortes e a população dos EUA entre 2015 e 2019, observando como todas as combinações dos quatro fatores poderiam influenciar o risco de morte precoce por uma das 11 principais causas de morte no país. Os resultados mostram que há uma diferença de 18 anos entre aqueles com a menor e a maior expectativa de vida parcial.

 

Homens brancos com diploma de ensino médio ou menos que nunca se casaram tiveram a menor expectativa de vida parcial, em torno de 37 anos a partir dos 30 anos. No outro extremo, mulheres brancas casadas com diploma universitário podem esperar ter mais 55 anos a partir dos 30 anos. Características individuais puxam a expectativa de vida para frente e para trás, e alguns fatores aumentam os anos extras de uma pessoa, enquanto outros os encurtam.

 

Por exemplo, ter diploma de ensino médio ou menos reduz a expectativa de vida parcial em quase quatro anos, mas ser casada e mulher aumenta a expectativa de vida parcial em cinco anos. Então, pode-se esperar que uma mulher casada com diploma de ensino médio tenha uma expectativa de vida melhor que a média.

 

Em outro exemplo, um diploma universitário aumenta a expectativa de vida parcial em quase quatro anos, mas nunca ter se casado e ser homem diminui em quase cinco anos. Assim, um homem solteiro bem-educado pode esperar uma expectativa de vida menor do que a média. Eles descobriram que casamento e ensino superior sempre reduzem o risco de morte prematura.

 

E as mulheres geralmente têm uma vantagem de sobrevivência sobre os homens em todas as causas de morte, exceto em alguns tipos de câncer e na doença de Alzheimer. No entanto, a raça tem um papel mais complexo na expectativa de vida. Algumas causas específicas de morte afetam mais pessoas brancas, como suicídio, ferimentos, doença pulmonar crônica e câncer de pulmão. Outras, como a doença hepática, afetam mais pessoas hispânicas, enquanto a maioria das causas de morte afeta mais pessoas negras em geral.

 

BMJ Open. DOI: 10.1136/bmjopen-2023-079534.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/20466/quatro-fatores-podem-influenciar-a-expectativa-de-vida.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral#google_vignette