terça-feira, 18 de junho de 2019

O Telegram é realmente mais seguro que o WhatsApp?


A resposta é: depende. O aplicativo, que ganhou relevância após o vazamento de mensagens da Lava-Jato, tem um modo de "chat secreto", que oferece mais proteção - mas há indícios de que ele não foi acionado pelos procuradores do Ministério Público

O Telegram é um serviço de mensagens instantâneas que, no Brasil, ficou conhecido como uma alternativa para o WhatsApp quando, alguns anos atrás, o aplicativo do ícone verde era frequentemente tirado do ar por determinação da Justiça.

Desde o último domingo (9), com a divulgação pelo site Intercept de conversas entre o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procurador da República Deltan Dallagnol sobre o andamento da Operação Lava Jato, o Telegram ganhou novamente os holofotes.

Assim que as mensagens trocadas na plataforma vazaram, levantou-se a hipótese de um ataque hacker. A Polícia Federal está investigando essa possibilidade. O Telegram, por sua vez, negou ter sido alvo de uma invasão do tipo. Foi justamente pela promessa de oferecer maior privacidade aos usuários que o serviço ganhou notoriedade. Mas afinal, ele é mais seguro que o WhatsApp?

Breve história do Telegram

Criado em 2013, o Telegram foi desenvolvido pelos irmãos russos Nikolai e Pavel Durov, os inventores do VK, a maior rede social da Rússia. O sistema de mensagens nasceu com o dinheiro da venda do VK para um grupo de tecnologia ligado ao governo russo.

Mas a compra não foi muito amigável: em 2018, a Rússia foi à Justiça para proibir o Telegram no país. A justificativa era de que a empresa não quis abrir sua criptografia (codificação de dados) para o governo russo. Na época, a plataforma já contava com mais de 200 milhões de usuários pelo mundo. O WhatsApp, que pertence ao Facebook, possui mais de 1,5 bilhão – 120 milhões somente no Brasil.

Qual a diferença entre eles?

No quesito criptografia – tecnologia que transforma mensagens e arquivos em códigos, aumentando a segurança na comunicação – o Telegram saiu na frente do “zap”: desde o início, as mensagens trocadas no serviço russo passavam por um protocolo de encriptação. No caso do WhatsApp, a funcionalidade só foi incorporada em 2016, após críticas à respeito de constantes vazamentos.

No entanto, Telegram e WhatsApp diferem em duas características: o armazenamento das mensagens de cada usuário e a forma de acesso a elas. No WhatsApp, mensagens e arquivos ficam armazenados no celular – a empresa garante que nada do tipo fica salvo nos servidores da empresa. O app faz backup automático das mensagens, que são salvas no Google Drive (para quem usa o WhatsApp no Android) e iCloud (no caso do iPhone).

No Telegram, é diferente. Na versão “normal” do serviço (mais sobre ela daqui a pouco), as mensagens são guardadas na nuvem, em servidores da empresa espalhados pelo mundo. Isso está diretamente relacionado com a proposta do aplicativo, que é de ser multiplataforma: é possível acessar o Telegram de diversos dispositivos (tablet, smartphone, computador). Como as mensagens estão salvas na rede, você consegue manter mais de um canal de conversa. No caso do WhatsApp, tudo precisa necessariamente passar pelo celular. É por isso que o WhatsApp Web não funciona se o seu aparelho não estiver conectado à Internet. Apesar da fama que o Telegram tem de ser muito seguro, o modelo de funcionamento baseado em nuvem cria pontos vulneráveis.

Agora, acessar o Telegram de uma pessoa hackeando os sistemas da empresa é outra história. A empresa é tão confiante que oferece um prêmio de US$ 300 mil para quem conseguir quebrar suas medidas de segurança. Até agora, ninguém conseguiu.

Como se proteger?

Se compararmos o WhatsApp com a versão normal do Telegram, o primeiro leva a melhor na questão da segurança. Mas o aplicativo russo possui uma versão “turbinada” do seu serviço: o chat secreto. De acordo com a empresa, ela oferece máxima privacidade ao usuário. Nesse modo de funcionamento, as mensagens são protegidas por criptografia passo-a-passo, ou seja, desde que saem do remetente até chegarem ao interlocutor. Nessa modalidade, não é possível a criação de grupos – o que, presumivelmente, significa que os procuradores do Ministério Público cujas mensagens foram vazadas não a tenham utilizado.

A recomendação de segurança (e que vale para ambas as plataformas) é usar a verificação em duas etapas, disponível para ativação nas configurações dos aplicativos. Com ela, é possível criar uma senha extra, que será pedida toda vez que você (ou alguém) tentar se conectar. No fim, o bom e velho WhatsApp não é tão inseguro como se costuma pensar. Já a privacidade do Telegram irá depender das configurações que o usuário fizer.

Contudo, nenhum desses mecanismos de segurança é eficaz se o celular da vítima for invadido. Nesse caso, o hacker passa a ter acesso total ao dispositivo, podendo capturar tudo o que é digitado e visto na tela. Se isso for um risco intolerável para você, a única saída é dispensar qualquer meio de comunicação eletrônica – e recorrer às boas e velhas cartas de papel.


segunda-feira, 17 de junho de 2019

7 mitos e verdades sobre o uso da cadeirinha infantil no carro


Especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre dispositivos de segurança automotiva para crianças, do bebê conforto ao assento de elevação.

Eles salvam vidas: segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o uso de dispositivos de segurança infantis – bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação, dependendo da faixa etária (confira abaixo o detalhamento) – dentro de carros e caminhonetes reduz em até 60% o número de mortes de crianças e adolescentes em acidentes de trânsito.

No Brasil, desde que o uso desses equipamentos passou a ser obrigatório e passível de multa (R$ 293,47 – valor em junho de 2019), de perda de pontos na carteira de habilitação (infração gravíssima, 7 pontos) e de retenção do veículo até a situação ser regularizada, as hospitalizações infantis decorrentes de lesões de acidentes de trânsito diminuíram em 37%. Fazemos parte de um grupo de 84 países com legislação nacional de retenção para crianças, o que nos colocou no relatório para segurança viária da OMS de 2018.

Depois de o presidente Jair Bolsonaro enviar à Câmara dos Deputados um projeto de lei que, entre outros pontos, propõe o fim das multas para quem não utilizar esses dispositivos – a perda de pontos na carteira seria mantida –, o debate ficou acalorado. Afinal, é preciso ou não obrigar os adultos a proporcionar essa segurança às crianças?

Para o médico ortopedista Sandro Reginaldo, presidente da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), é preciso manter a obrigatoriedade, sim.

“É importante penalizar porque muitas pessoas, infelizmente, só sentem necessidade de fazer algo relacionado à segurança se houver ameaça ao bolso. Tem que ter consequências. O bebê e a criança, que não têm discernimento para saber o que é necessário para estarem seguros dentro do carro, não podem ser penalizados com lesões e até a morte por causa da irresponsabilidade de adultos”, diz o médico.

Os números mostram que ele está certo: mesmo com a multa, apenas 36% das crianças são transportadas nos equipamentos adequados de segunda a sexta-feira – o número aumenta para 56% nos finais de semana. Imagine se não houvesse o risco de perda financeira…

Conscientes da necessidade do uso de bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação, contamos com a ajuda de Sandro Reginaldo e de José Roberto da Silva, advogado especializado em direito do trânsito, para listar os principais mitos e verdades sobre o uso desses dispositivos.

Os pais podem decidir em que momento trocar do bebê conforto para a cadeirinha e dela para o assento de elevação
MITO. Existem parâmetros de segurança determinados por lei. De acordo com a resolução 277 do Conatran (Conselho Nacional de Trânsito), deve-se seguir o seguinte:

– Até um ano: bebê conforto (conhecido como “conversível” em alguns lugares)

– De um a quatro anos: cadeirinha

– De quatro a sete anos e meio: assento de elevação

– De sete anos e meio a dez anos: cinto de segurança, sempre no banco traseiro

– Dos dez anos em diante: pode ir no banco dianteiro, sempre com cinto de segurança.

Se um carro não tiver dispositivo de segurança, tudo bem colocar o cinto de segurança convencional em uma criança
MITO. O cinto de segurança foi projetado para o tamanho de adulto pequeno ou de uma criança já maior, a partir dos dez anos. Por causa das dimensões corporais das crianças menores, o cinto de segurança pode até enforcá-la em caso de freada brusca ou batida.

A altura é mais importante que o peso na hora de mudar para a cadeirinha ou para o assento de elevação
VERDADE. Embora a resolução do Conatran não fale nada sobre peso, muitos fabricantes de cadeirinhas fazem essa indicação. E aí começa o dilema: muitas crianças têm a altura necessária, mas são magrinhas e não atingiram o peso; outras são mais baixinhas, porém são robustas e têm o peso. O que fazer? De acordo com o ortopedista Sandro Reginaldo, a altura é o parâmetro mais importante. “Por uma questão de ajuste dos cintos e ergonomia, a altura deve ser preponderante. Principalmente na fase de passar do assento de elevação para o cinto de segurança: os joelhos têm que dobrar em 90° no banco para ser seguro”.

O bebê conforto sempre deve ficar virado de costas para o banco da frente do carro
VERDADE. Além de ser determinado por lei, desta forma o “chicote” no corpo do bebê é mais fraco em caso de batida e o risco de lesão na coluna e no pescoço, consideravelmente menor.

Cadeirinhas infantis para carro são todas iguais, a escolha pode ser estética
MITO. Tem muita cadeirinha fora dos padrões de segurança sendo vendida por aí. As cadeirinhas infantis para carro confiáveis têm selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Não tem problema levar a criança no colo em um passeio curto de carro
MITO. Em primeiro lugar, a lei não determina distâncias mínimas percorridas para que o dispositivo de segurança seja usado: quando o carro der a partida, a criança já deve estar presa nele. Além disso, um acidente pode ocorrer em qualquer lugar, e o fato de o passeio ser curto não diminui esse risco. Por fim, a criança tem que ser acostumada a estar sempre segura, sem exceções. A segurança também é um hábito.

Usar uma faixa para segurar a cabeça da criança erguida quando ela dormir no carro auxilia na segurança
VERDADE. Essa faixa faz bem, evita dores de pescoço (as crianças “caem” para a frente e para os lados quando dormem no carro, já notou?) e diminui o “chicote” em caso de batida ou freada brusca, reduzindo o risco de dores no pescoço posteriormente. Apenas fique atenta para que a faixa seja acolchoada e confortável.


domingo, 16 de junho de 2019

Cortar calorias retarda mesmo o envelhecimento?


Pesquisadora explica o que os estudos têm a dizer sobre os efeitos da restrição calórica na prevenção de doenças e na longevidade

Com o aumento na expectativa de vida da população, também estão em alta as pesquisas focadas no envelhecimento e em como evitar as doenças relacionadas ao avançar da idade. Apesar de sabermos que não existe uma fonte da juventude, a ciência vem mostrando que, sim, podemos frear em parte o processo do envelhecer e atrasar o aparecimento de problemas de saúde ligados a isso, caso do câncer e das doenças neurodegenerativas.

Embora já existam alguns medicamentos com efeitos comprovados na desaceleração dos efeitos negativos da idade — um dos remédios estudados nesse sentido é a metformina, receitada a pessoas com diabetes —, temos evidências de que algumas intervenções na alimentação também proporcionam esse impacto. É o caso da chamada restrição calórica.

De forma simplificada, restrição calórica significa reduzir o número de calorias consumidas, mas sem causar nenhum nível de desnutrição ou subnutrição. As pesquisas constatam que a diminuição no consumo energético, desde que se mantenha o nível de ingestão de nutrientes, beneficia a saúde e afasta doenças.

Se você se interessou por essa ideia, porém, não vá se aventurar com dietas restritivas pensando que elas são a mesma coisa testada pelos cientistas. A restrição calórica alvo de estudos é muito bem controlada e parte do pressuposto de que irá prover todos os nutrientes de que o organismo precisa. O que podemos encorajar, nesse contexto, é trocar o hambúrguer por uma salada completa, por exemplo. São menos calorias e mais substâncias bem-vindas.

Em um experimento com camundongos publicado recentemente por um grupo de universidades americanas e europeias, foi demonstrado que a redução de 20 a 50% na ingestão de calorias não só aumenta o tempo de vida como também previne ou atrasa o aparecimento de doenças associadas à idade. A incidência de câncer nos animais, por exemplo, foi significativamente menor apenas com essa intervenção na dieta. Também foi observada uma queda na incidência de diabetes tipo 2 e de problemas cardíacos e neurológicos.

Em seres humanos, diferentes pesquisas têm chegado à mesma conclusão. Restrição calórica, sempre com o consumo adequado de vitaminas e minerais, oferece benefícios semelhantes: melhora em fatores de risco para tumores e doenças cardiovasculares. O efeito, aliás, não se limita a pessoas acima do peso. Mesmo quando pessoas com o peso ideal se submetem ao corte de calorias, as vantagens são observadas.

Outra forma de se obter os benefícios da restrição calórica — e que passa pelo olhar da ciência — é o jejum intermitente. Estudos com humanos vêm mostrando que, em um contexto regrado e controlado, ele reduz o peso e o nível de gordura corporal, além de diminuir a concentração de insulina no sangue, fenômenos relacionados à proteção frente ao envelhecimento.

Sabemos hoje que a dieta desbalanceada, o excesso de gordura corporal, o sedentarismo e o aumento de certos hormônios são fatores-chave no desenvolvimento das principais doenças crônicas que acometem a humanidade. O lado bom dos estudos de intervenção no estilo de vida, como restrição calórica, é que suas descobertas mostram que hábitos saudáveis têm um papel fundamental na prevenção desses males mais comuns com o avanço dos anos.

Para que estratégias como essas funcionem e não comprometam o equilíbrio nutricional, é importante procurar um profissional de saúde capacitado. E lembrar que não é preciso mudar drasticamente a alimentação. Escolhas saudáveis simples já são capazes de trazer enormes benefícios ao organismo.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/cortar-calorias-retarda-mesmo-o-envelhecimento/ - Por Tailise Souza, PhD em biologia molecular - Foto: Dulla/SAÚDE é Vital

sábado, 15 de junho de 2019

Educação e cidadania

  
      A criança desde os primeiros anos de escolaridade aprende com os professores algumas regras básicas de comportamentos e valores morais que devem norteá-la até a idade adulta como: respeitar o outro, ser justo com o colega, compartilhar tudo com os amigos, não bater nos outros, pedir desculpas quando machucar alguém, não mentir, não pegar as coisas alheias e se pegar, devolvê-las; mas parece que algumas autoridades brasileiras não passaram por esta etapa de aprendizagem na escola, porque o que mais vemos e ouvimos são essas pessoas desrespeitarem o povo a todo o momento com atos de corrupção, falcatruas, mentiras, subornos e fraudes.

     Mesmo com tantas operações da Polícia Federal, investigações da Controladoria Geral da União e do Ministério Público e denúncias através da imprensa, a impunidade no Brasil é gritante e revoltante, transparecendo ao cidadão comum que o errado é o certo; é a inversão dos valores morais e éticos de uma sociedade corrompida.

     Há mais de 500 anos que o Brasil vem sendo lesado. No início, pelos estrangeiros que levaram o nosso ouro e as madeiras de lei; e ao longo dos séculos, por algumas autoridades brasileiras antipatriotas que sugam e roubam o dinheiro suado do trabalhador honesto, que paga seus impostos em dia, para mantê-los no poder contra o próprio povo.

     O país vive uma crise de valores éticos e morais sem precedentes e o povo precisa mudar sua consciência política, exigindo das autoridades atitudes concretas que visem o bem-estar da sociedade e não apenas deles, e que tenham compromisso com o desenvolvimento do seu município, estado e país. Precisamos valorizar os políticos sérios e honestos em detrimento dos desonestos, mentirosos e corruptos, ficando a favor da ética e da decência nos poderes constituídos do Brasil.

     As futuras autoridades estão, neste momento, estudando nas escolas espalhadas por todo o Brasil e cabe aos professores, independentemente da disciplina e do nível de ensino que estão atuando, terem a responsabilidade e até a obrigação de transmitir valores morais e éticos aos alunos, para que eles aprendam a respeitar a dignidade do outro e conheçam seus deveres e direitos civis e políticos. O professor deve ensinar valores fundamentais à sociedade como: a honestidade, decência, justiça, responsabilidade, respeito, gratidão e a generosidade; educando através de palavras, ações e bons exemplos e assim contribuir na formação integral do seu aluno e quem sabe de uma futura autoridade como cidadão.

     Os professores devem refletir sobre a importância de sua profissão para o bem do ser humano, desenvolvendo nos alunos o senso crítico, consciência moral, responsabilidade social e a inteligência, a favor da construção de uma sociedade mais humana, justa e igualitária. Os jovens precisam de modelos, mas se o professor, sendo ele um formador de opinião, ficar alienado as transformações sociais, políticas e econômicas do país e preocupado apenas em informar conteúdos e não formar cidadãos de bem, não merecerá o honroso título de educador, porque não teremos alunos críticos e conscientes de suas responsabilidades na sociedade, e sim, pessoas egoístas e individualistas que buscam o poder, a felicidade e o sucesso profissional em caminhos contaminados de desrespeito para com o próximo.

     É imprescindível a presença, participação, envolvimento e comprometimento dos pais na educação do seu filho em parceria com a escola e os professores, ensinando-o valores e princípios morais em casa, através de exemplos, cobranças e atitudes, com o objetivo de formá-lo um cidadão digno.

     Por ser, a profissão de educador tão magnífica, especial e decisiva para o futuro da humanidade, cabe em parte ao professor, a responsabilidade sobre o que a criança e o adolescente vão ser quando crescer: um homem íntegro ou um parasita da sociedade.

Por Professor José Costa

Entenda por que emagrecer pode ficar mais difícil com a idade


O metabolismo desacelera e perder peso vai ficando mais complicado com o passar do tempo.

Você sente (ou já ouviu alguém falar) que, conforme os anos vão passando, os números da balança demoram mais para descer? Pois saiba que isso pode ser verdade: a ideia de que perder peso vai ficando mais complicado com o passar do tempo tem embasamento científico. “Isso acontece porque o nosso metabolismo tende a desacelerar”, explica o médico nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo, de São Paulo.

Os hormônios, além de ficarem mais desregulados, têm suas produções diminuídas no organismo. O que inclui as substâncias que contribuem na manutenção do nosso peso ao longo da vida. “Um exemplo é o hormônio do crescimento. Bem como os sexuais masculinos e femininos, como a testosterona, o estrogênio e a progesterona. Com eles em menor quantidade, o metabolismo cai”, explica o nutrólogo.

O segundo grande causador do problema é um processo natural do organismo, a sarcopenia. Ela diz respeito à perda de massa muscular. “O que pode ser agravado se a pessoa não fortalece os músculos. Sabemos atualmente que o músculo é um gastador de energia, e um grande responsável por manter nossa taxa metabólica alta”, diz Alexander.

Mas o que fazer?
Se você não quer que isso aconteça com o seu metabolismo, não tem segredo. “É preciso aliar a prática regular de exercícios físicos com a boa alimentação”, afirma o médico. Vale a pena também manter os exames em dia — assim você garante que seus níveis hormonais estejam todos regulados.

Prestar atenção no sono também é uma estratégia para regular as substâncias no organismo. “Dormir bem é muito importante. É nesse momento que produzimos hormônios reguladores de peso importantes, como o do crescimento”, explica Alexander.

Segundo o nutrólogo, não existem alimentos milagrosos que irão aumentar seu metabolismo em um passe de mágica. “Contudo, comer boas quantidades de frutas, legumes e verduras ajuda. Eles contém fibras, e o corpo precisa de mais energia do que o normal para quebrá-las”.

Apesar de os treinos aeróbicos serem fundamentais para diminuir os riscos das doenças cardiovasculares, os de fortalecimento são os mais indicados para evitar a perda de massa magra com a idade. Alexander aconselha a musculação e a eletroestimulação na terceira idade. “A eletroestimulação é ainda melhor, uma vez que recruta a maior quantidade de fibras musculares possíveis em menos tempo e com menor demanda de esforço físico. Além de não sobrecarregar as articulações”, diz.