Comer pimenta e outros alimentos com gosto
"quente" e picante pode ajudar a viver mais.
Dados da equipe do Dr. Lu Qi, um epidemiologista da
Universidade de Tulane (EUA) vêm dar suporte a estudos anteriores, que
mostraram que pimentas específicas, como a malagueta, podem ajudar a viver mais.
Acredita-se que alguns ingredientes ativos nas
pimentas, como a capsaicina, ajudam a proteger o corpo humano contra doenças,
ainda que haja riscos no consumo excessivo de pimenta.
Efeitos benéficos
"Mesmo entre aquelas [pessoas] que consumiram
alimentos picantes com menos frequência, os efeitos benéficos podem ser
observados," garante o Dr. Qi, que estudou mais de 500.000 adultos
chineses ao longo de sete anos.
Os resultados indicaram que os participantes que
ingerem alimentos condimentados com pimenta todos os dias reduzem seu risco de
morte prematura em 14% em comparação com as pessoas que comem pimenta menos de
uma vez por semana.
"Mesmo entre aquelas [pessoas] que consumiram
alimentos picantes com menos frequência [um ou dois dias por semana], os
efeitos benéficos podem ser observados. De fato, um aumento moderado dos
alimentos picantes pode beneficiar" a saúde, disse Qi.
Capsaicina
O principal ingrediente ativo das pimentas
identificado até agora pelos cientistas é a capsaicina.
Estudos mostram que capsaicina diminui o apetite,
podendo reduzir o risco de obesidade e oferecer propriedades antibacterianas -
a pimenta malagueta é a fonte de uma nova geração de analgésicos,
por exemplo.
A substância parece também ajudar a proteger contra
diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e outras condições, além de reduzir
as inflamações, a pressão arterial e o estresse oxidativo.
O estudo foi publicado no British Medical
Journal.
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