Tudo que você precisa saber sobre as frutas cítricas
para melhorar sua saúde
Apesar de a laranja ser a fruta cítrica mais popular
na mesa do brasileiro, ela não é a única que esbanja nutrientes nesse time.
Descubra mais sobre ela e mais quatro frutos desse tipo, assim como seus
principais benefícios – que vão muito além da vitamina C.
1) Laranja
Nativa das regiões tropicais da Ásia, ela foi
trazida para cá pelos portugueses e gostou do nosso solo. Tanto que o Brasil
ocupa o topo do ranking na produção mundial. Para os cientistas, é Citrus
sinensis. Para nós, seu nome deriva da palavra indiana narayan, que significa
perfume de dentro. De tão aromática, a laranjeira foi uma das árvores mais
assíduas nos bosques de Versalhes, na época em que os Luíses reinavam na
França.
Entre as variedades dessa espécie, há desde as mais
comuns, caso da laranja-pera, laranja-baía e laranja-lima, até tipos mais
raros, como a cara-cara, de polpa vermelha. Além de marcar presença em sucos, o
fruto cai bem em diversas preparações.
“Dá cor e sabor a saladas, bolos e molhos quentes ou
frios”, ensina a nutricionista e chef Flora Spolidoro, da Day by Diet, em São
Paulo. Sem esquecer o chazinho feito com a casca, bem-vindo para aquecer o
corpo e atenuar sintomas de gripe.
2) Limão
No reino dos limões, nem sempre aquilo que parece é.
O agrônomo Orlando Passos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), em Cruz das Almas, na Bahia, explica que o verdadeiro limão é aquele
conhecido como siciliano, o Citrus limon.
“O genuíno é amarelado, grande e tem casca grossa”,
descreve. Já o limão-taiti e o galego, com suas cascas verdes e que
protagonizam a caipirinha, são classificados pelos botânicos como limas ácidas.
Diferenças agronômicas, que para nós não são evidentes, é que levam à confusão.
Para aproveitar substâncias protetoras contra o
câncer, caso do limoneno, a sugestão é consumir inclusive a casca dos frutos,
batendo tudo no liquidificador. Mas tem que tomar rápido. “Se há demora,
enzimas entram em ação e só restará um desagradável amargor”, ensina a
nutricionista Vanderlí Marchiori, presidente da Associação Paulista de
Fitoterapia.
3) Tangerina
Estima-se que já era cultivada na Ásia há pelo menos
3 mil anos. Mexerica, poncã, bergamota, murcote, enfim… Não importa o apelido,
todas elas são variedades de uma espécie, a Citrus reticulada, que chegou à
Europa no século 19. Aliás, o limão-rosa também faz parte dessa família, mas
pertence ao grupo dos azedos, ou melhor, dos que têm suco mais ácido.
Quase todas as tangerinas têm um tipo de casca que
se desprende facilmente de seus gomos – isso quando comparadas às laranjas e
aos limões. A exceção é a murcote, que requer o auxílio de uma faca para ser
consumida. “São ótimas opções para os lanches intermediários”, recomenda a
nutricionista Renata Guirau, do Oba Hortifruti, em São Paulo.
“Na culinária, as cascas de tangerinas se prestam
para o preparo de tirinhas cristalizadas ou banhadas com chocolate, assim como
para decoração”, ensina Flora Spolidoro. Só é preciso caprichar na
higienização, por favor!
4) Lima-da-pérsia
Delicada, de casca fina, brilhante e amarela, com
uma polpa esbranquiçada, a fruta pode surpreender o paladar. Embora seja uma
variedade de lima doce, se for guardada por muito tempo após a manipulação,
costuma trazer à tona um gosto amargo.
Isso se dá pela ação de moléculas presentes nas
pequeninas bolsas que guardam seu suco. O farmacêutico Henry Okama, da capital
paulista, conta que o amargor é proveniente de um alcaloide chamado sinefrina.
Daí porque muita gente recomenda consumir logo.
Extremamente perfumada, imprime essa característica
a diversas preparações. A dica da nutricionista Renata Guirau é utilizar a
lima-da-pérsia no preparo de bebidas aromatizadas. “Coloque as rodelas da fruta
em uma jarra de água”, ensina. Também incrementa peixes e molhos.
Para constar, é originária do continente asiático e
pertence ao grupo da Citrus aurantiifolia, que, aliás, é o mesmo dos
limões-taiti e galego.
5) Toranja
Na gringa, é a grapefruit – ou Citrus paradisi, para
os mais técnicos. Sua polpa de coloração avermelhada denuncia os carotenoides,
especialmente o licopeno, poderoso antioxidante que se sobressai como protetor
da próstata.
Essa espécie, que, segundo relatos, é originária do
Caribe, concentra certos compostos fenólicos que lhe conferem um amargor
característico. Contém, ainda, algumas substâncias que podem interferir na ação
de remédios, ocasionando a chamada interação medicamentosa. Já foi constatado
que sua formulação atrapalha o efeito de anticoagulantes, por exemplo. Na
dúvida, é melhor consultar a bula e conversar com o médico.
Para quem está livre de medicações, a dica de Flora
Spolidoro é usar em saladas de folhas e queijos fortes, grelhada com mel ou um
pouco de açúcar. Ops, mas pode adicionar açúcar? “Nenhum ingrediente faz mal”,
responde a nutricionista. Desde que não haja excessos, fique claro.
Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/como-consumir-5-citricos-em-nome-da-saude/
- Por Regina Célia Pereira - Foto: Vladans/iStock
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