sábado, 15 de fevereiro de 2020

Proteja a sua saúde no carnaval com essas nove dicas


Usar camisinha e evitar energéticos são alguns dos conselhos para quem vai cair na folia

Fevereiro já chegou e, com ele, o tão esperado carnaval. A preocupação com diversão é tanta que é fácil se esquecer dos cuidados mais básicos com a saúde. O infectologista da Unifesp, Paulo Olzon Monteiro da Silva, explica que a alimentação errada, o abuso do álcool e a ausência de sono causam um desgaste muito grande ao organismo. "Há também os perigos do sexo sem camisinha e até das doenças transmitidas pelo beijo", lembra o especialista. Você quer curtir todos os dias de folia com o pique lá em cima? Então siga os conselhos dos especialistas para manter a energia sem detonar a saúde.

Sexo? Só se for seguro
Muitas doenças podem ser transmitidas pelo sexo. Paulo explica que a contaminação pelo vírus da Aids, da gonorreia, da herpes e da sífilis pode acontecer numa única relação sexual. Mas a camisinha, por si só, já é eficaz para prevenir esses problemas. "O preservativo é sempre o melhor método para evitar Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a gravidez. Optar por métodos contraceptivos, como a pílula do dia seguinte, pode prejudicar o organismo, pois causam alterações hormonais e não previnem a contaminação de doenças", conta.

Não saia distribuindo beijos
Não é apenas o sexo que pode transmitir doenças. Existem alguns vírus que podem ser passados também pelo beijo. Paulo explica que a mononucleose infecciosa, conhecida como a "doença do beijo", é transmitida, principalmente, dessa forma. Ela pode causar febre, dor de garganta e até aumento do baço e do fígado.
A herpes labial também é adquirida através do beijo. Uma vez adquirida, ela será a sua companheira pela vida toda. Basta uma situação estressante ou alguma queda da imunidade para que as bolinhas avermelhadas apareçam na mucosa da boca. Mas fique tranquilo, ela só é transmissível enquanto estiver aparente.

Não abuse das substâncias energéticas
Algumas substâncias, como o pó de guaraná e as bebidas energéticas, dão mais pique para curtir o carnaval. Mas o infectologista faz a ressalva: essas substâncias são ricas em cafeína e, se consumidas em excesso, atrapalham o sono na hora de dormir, causam gastrite e sobrecarregam o organismo, podendo levar até à arritmia cardíaca.

O especialista explica ainda que a quantidade segura é variável, pois a concentração de cafeína em cada cápsula varia de fabricante para fabricante. Além disso, o corpo se acostuma com a cafeína, que passa a ter menos efeitos, e o organismo precisa, progressivamente, de mais remédio para conseguir o efeito desejado.

Modere no álcool
As bebidas alcoólicas são potencialmente diuréticas e, por isso, promovem uma eliminação de líquidos muito maior do que a ingestão em si e podem provocar desidratação. Paulo Olzon dá a dica: além de moderar no consumo de álcool, intercale um copo de bebida alcoólica com um de água. Dessa forma, os efeitos negativos, e até a ressaca, ficam mais brandos. Comer alguma coisa enquanto bebe também faz bem, pois mantém a glicose estável no sangue e evita que você passe mal.

Evite os remédios para ressaca
Paulo explica que o ácido acetilsalicílico pode provocar gastrite, principalmente durante a ressaca, quando o estômago já está comprometido. O paracetamol associado ao álcool pode levar a alterações de funcionamento do fígado.
Outros remédios para ressaca têm uma combinação de substâncias que ajudam a evitar os sintomas, mas não reparam os danos ao corpo. "O ideal é aproveitar a folia de maneira responsável, sem se esquecer de beber água, alimentar-se adequadamente e descansar o tempo suficiente para recuperação das energias", recomenda o especialista.

Descanse
O corpo precisa de seis a oito horas por dia para se regenerar. Caso ele não tenha esse o período de descanso, fica muito difícil manter o ritmo nos quatro dias. Em algum momento ele dará sinais de cansaço e esgotamento. Caso a folia vá até tarde, Paulo Olzon recomenda que seja feita uma compensação dormindo até mais tarde. Se não for possível, tirar um bom cochilo durante o dia já ajuda.

Cuidados com a alimentação
"Antes das festas, evite alimentos ricos em gorduras, que tornam a digestão mais lenta e causam a sensação de estufamento", adverte a nutricionista Roseli Rossi, especialista em nutrição clínica funcional. Ela recomendar fazer uma refeição ou um lanche reforçado com alimentos ricos em carboidratos (pão, arroz, batata, mandioca, milho, macarrão) antes de sair para a festa, para ter bastante energia.
Durante a folia, não fique mais do que quatro horas sem se alimentar. Escolha alimentos leves e que favoreçam uma rápida digestão, além de hidratação e nutrição, como barrinhas de cereais, frutas desidratadas, sanduíches naturais e sucos de frutas.
Passado o carnaval, a especialista recomenda uma dieta desintoxicante, com muita água, água de coco e sucos naturais, pobres em gorduras e carboidratos refinados. Isso ajudará a limpar e reequilibrar o organismo.

Hidrate-se
A nutricionista Roseli Rossi recomenda que a hidratação seja feita com antecedência. ?O carnaval coincide com a estação mais quente do ano. Para uma hidratação correta, é necessária a ingestão diária de dois a três litros de líquidos antes mesmo das festas?, explica.
Para prevenir a desidratação causada pelo excesso de transpiração durante a diversão, consuma muita água, sucos naturais de frutas, água de coco ou até mesmo bebidas isotônicas, que repõem os eletrólitos como sódio, potássio, magnésio e cloro perdidos. Os sucos de frutas são uma ótima opção, pois, além de hidratar, fornecem um açúcar natural (frutose) que repõe a energia gasta e impede a hipoglicemia.

Cuidado com o sol
Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, os cuidados com o sol devem ser redobrados. Se você vai curtir o carnaval durante o dia, não se esqueça de proteger a pele. A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda o uso de chapéus, camisetas e protetores solares, com Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo de 15, reaplicado de duas em duas horas. Também deve ser evitada a exposição entre as 10 e 16 horas.


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