Poluição, tabagismo e alimentação inadequada são algumas das causas do problema
Para muitas mulheres com problema de fertilidade, ter
um filho é uma realidade distante. Mas os vilões dessa frustração podem estar
bem mais próximos do que se imagina. Tabagismo, sedentarismo, obesidade e
estresse são apenas alguns dos fatores que atrapalham o sonho de ter um bebê.
"Qualquer fator que altere o funcionamento normal
do organismo da mulher pode provocar irregularidades reprodutivas, inclusive a
poluição e o estresse", explica Renato Fraietta, urologista do setor de
reprodução humana da Unifesp. Para Joji Ueno, especialista em reprodução
humana, a infertilidade feminina é resultante de uma série de fatores que fazem
parte do dia a dia: "Idade avançada e doenças como a endometriose ainda
são as principais causas do problema, mas agentes externos e hábitos de vida
são determinantes quando o assunto é reprodução", explica. No Dia
Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher (28 de maio), descubra os fatores
mais comuns:
Evite a poluição
Segundo o especialista da Unifesp, ainda não há comprovação científica sobre a interferência da poluição atmosférica na saúde feminina, o que não elimina a possibilidade de haver, de fato, uma relação próxima entre esses dois aspectos.
Tanto para Renato quanto para Joji, a poluição pode
alterar os níveis de hormônios femininos de modo a causar certo desequilíbrio,
proporcionado um aumento na possibilidade de ocorrer infertilidade. "A
relação entre poluição e infertilidade é bastante coerente com o que os médicos
pensam sobre a interferência de aspectos externos na saúde da mulher. Ela se
encontra em equilíbrio. Quando exposta à poluição sonora, do ar e até visual,
seu organismo tenta se adaptar à nova realidade e isso exige, obrigatoriamente,
uma alteração hormonal. Por isso que acreditamos que a infertilidade seja maior
em mulheres nas grandes cidades", explica Renato.
Joji acredita que tudo o que leva ao desequilíbrio
gera infertilidade: "A exposição a situações anormais de sobrevivência
alteram a quantidade e a qualidade da ovulação, podendo haver mais ou menos
ciclos menstruais férteis ao longo da vida da mulher", afirma.
Respire fundo e relaxe
Uma das principais armadilhas contra as futuras mamães é a ansiedade. Quanto maior a vontade de ser mãe, mais tensa pode ficar a mulher, que passa a criar expectativas, provocando um atraso maior na hora dos resultados: "A espera pela maternidade, muitas vezes, causa um estresse enorme na mulher que passa a fiscalizar o seu ciclo menstrual, criando expectativas e cobranças. Isso só atrasa o processo e gera culpas e traumas. O ideal é procurar atividades que relaxem e não focar tanto em resultados, e sim em tentativas", explica Renato.
Ajuste os ponteiros da balança
Alterações de peso provocam desequilíbrio na produção de óvulos e até dificuldade de ovulação. Para Joji Ueno, a obesidade traz conseqüências graves para quem tem dificuldades de engravidar porque causa doenças que impedem ou dificultam a reprodução: "Obesos geralmente têm pressão alta, colesterol elevado e são mais sedentários, o que dificulta um pouco mais o processo de engravidar", explica.
Tenha um cardápio equilibrado
Uma dieta rica em legumes, frutas e verduras - além de cálcio e magnésio, que regulam os hormônios - evita os males da obesidade e ajuda a manter o corpo e a mente em equilíbrio. Por isso, fique de olho no cardápio: "Refeições balanceadas ajudam a manter os hormônios em dia, o cansaço longe e o corpo funcionando em equilíbrio", explica Renato.
Fique de olho no relógio biológico
Embora a ciência tenha desenvolvido diversos métodos eficazes de fertilização, a idade ainda é um ponto fraco para a maternidade. Muitas mulheres preferem ter filhos mais tarde, por motivos profissionais ou pessoais, mas o que elas não levam em conta é que, após os 35 anos, há uma queda na qualidade dos óvulos produzidos. Isso diminui muito as chances de engravidar.
"Diferente do homem que repõem a quantidade de
espermatozoides ao longo da vida, as mulheres não renovam o número de óvulos
que possuem desde o seu nascimento. Depois dos 35 anos, há um envelhecimento
dos mesmos, diminuindo a capacidade reprodutiva", explica Renato. "O
ideal é ter filhos até os 35 anos e, ainda sim, já há riscos da mulher
encontrar certa dificuldade para engravidar", aconselha Joji Ueno.
Medicamentos só sobre prescrição médica
Alguns tipos de medicamentos de uso contínuo podem causar má formação no feto. Converse com o seu médico sobre esses riscos. "Antidepressivos, antibióticos e quimioterápicos em geral podem causar alterações na ovulação, provocando infertilidade. Por isso, use medicamentos apenas sob prescrição médica", alertam os especialistas.
Evite esses vícios
1. Fumo: o cigarro diminui o tempo fértil dos óvulos femininos, aumentando as taxas de aborto espontâneo e antecipando a chegada da menopausa.
2. Álcool em excesso: ele interfere no funcionamento
dos ovários, causando irregularidades na menstruação, ausência de ovulação e
aumento do risco de aborto. Isoladamente, não há nada comprovado sobre a sua
ação, mas, em conjunto com o cigarro e hábitos nada saudáveis, pode causar
danos no fígado e prejudicar o desenvolvimento do bebê.
3.Drogas: elas causam a redução da qualidade e da
quantidade dos óvulos, diminuição do tamanho dos seios e até aparecimento de
pelos faciais e mudanças na voz. ?As chances de sofrer um aborto ou de gerar um
bebê com má formação é muito maior em gestantes que consomem drogas?, alerta
Renato.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/galerias/13550-conheca-os-habitos-que-comprometem-a-fertilidade-da-mulher
- Escrito por Redação Minha Vida - Foto: Getty Images
Todas as vossas coisas sejam feitas com amor.
1 Coríntios 16:14
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