Veja como fazer escolhas alimentares mais adequadas para melhorar sua qualidade de vida
O diabetes consiste em uma condição crônica que afeta
a maneira como o corpo metaboliza a glicose, essencial para fornecer energia às
células. As principais formas da doença são o tipo 1, o tipo 2 e o gestacional.
Cada um apresenta características próprias, mas todos têm em comum a
dificuldade em manter os níveis de açúcar no sangue dentro da normalidade.
Nesse cenário, uma boa alimentação influencia
positivamente o manejo da condição, ajudando a controlar a glicemia e prevenir
complicações a longo prazo. Optar por uma dieta balanceada e saudável, assim,
melhora a qualidade de vida e auxilia na manutenção de um peso adequado, por
conseguinte na prevenção de doenças associadas.
Por isso, veja oito alimentos que devem ser evitados
por quem tem diabetes!
1. Alimentos com farinha branca
A farinha branca, amplamente utilizada em alimentos
como pães, massas, bolos e biscoitos, passa por um processo de refinamento que
remove a maioria de suas fibras, vitaminas e minerais. Isso resulta em um
produto facilmente digerido pelo corpo, mas que provoca elevações rápidas nos
níveis de glicose no sangue. Para pessoas com diabetes, o consumo de alimentos
com esse ingrediente, como o pão branco, pode dificultar o controle glicêmico e
aumentar o risco de complicações associadas à condição.
“Para os diabéticos e para quem quer se prevenir da patologia, a dieta low carb é a mais indicada, diminuindo o consumo das maiores fontes de carboidrato, como o pão, macarrão, bolo e todos os alimentos que levam muita farinha na sua produção”, diz o médico Christian Aguiar, autoridade em saúde preventiva e natural.
2. Refrigerantes e sucos de caixinha
Refrigerantes e sucos de caixinha representam fontes
significativas de açúcares e calorias vazias sem fornecer nutrientes essenciais
ao corpo. Esses produtos causam elevações rápidas e significativas nos níveis
de açúcar no sangue. Ainda, a frutose presente em muitos desses produtos pode
levar à resistência à insulina e ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.
3. Cereais matinais açucarados
Cereais matinais açucarados, frequentemente
comercializados como opções saudáveis, são ricos em açúcares refinados e
carboidratos simples. Eles provocam um rápido aumento nos níveis de glicose no
sangue logo pela manhã, dificultando o controle glicêmico ao longo do dia.
Logo, prefira cereais integrais ou farelo de aveia, ricos em fibras.
Isso porque fibras podem diminuir a velocidade de
absorção de açúcar, beneficiando especialmente pessoas com diabetes ou
resistência à insulina. Segundo a nutricionista Fernanda Sobral, a liberação
mais lenta da glicose no sangue resulta em “uma menor liberação de insulina, um
hormônio que ‘leva’ a glicose para dentro das células para ser utilizada e
favorece o estoque de gordura quando em grandes quantidades”.
4. Alimentos em conserva com sal
Alimentos em conserva, como picles e vegetais
enlatados, frequentemente contêm grandes quantidades de sal. O consumo
excessivo de sal está associado a um aumento na pressão arterial e ao risco de
doenças cardiovasculares, complicações que afetam muitos diabéticos. Optar por
versões com baixo teor de sal ou preparar conservas caseiras pode ser mais
saudável.
5. Bebidas alcoólicas
As bebidas alcoólicas interferem na regulação da
glicose no sangue e no funcionamento do fígado. O álcool inicialmente causa um
aumento nos níveis de açúcar, seguido por uma queda acentuada, especialmente se
consumido sem alimentos.
“A bebida alcoólica também é transformada em glicose
(açúcar) depois de metabolizada no fígado. Sem contar que o produto da
metabolização é ainda mais tóxico, o que prejudica a função normal da
detoxificação, consequentemente aumentando a inflamação”, diz a nutricionista
funcional Fernanda Paulucci.
Ainda, bebidas como cerveja e coquetéis frequentemente
contêm açúcares adicionados. O consumo excessivo de álcool também leva a
complicações como a neuropatia diabética. Moderar o consumo e preferir bebidas
menos açucaradas, como o vinho seco, é uma escolha mais segura para diabéticos.
6. Alimentos processados e ultraprocessados
Alimentos processados e ultraprocessados, como
fast-food , salgadinhos e comidas congeladas, são ricos em gorduras trans,
sódio e açúcares adicionados. Estes componentes contribuem para a resistência à
insulina e o aumento dos níveis de glicose no sangue.
“Alimentos ultraprocessados são itens prontos para
consumo ou de fácil preparo, muitas vezes ricos em açúcar, sódio e gorduras,
além de baixos níveis de fibras, proteínas, vitaminas e minerais. São
industrializados e geralmente trazem uma grande lista de ingredientes na parte
posterior da embalagem, muitas vezes com elementos e siglas de difícil
compreensão pelo público geral, como carboximetilcelulose, açúcar invertido,
maltodextrina, frutose, xarope de milho, aromatizantes, emulsificantes,
espessantes, adoçantes, entre outros”, diz a endocrinologista Dra. Deborah
Beranger.
Além disso, a alta densidade calórica desses alimentos
pode levar ao ganho de peso, aumentando o risco de complicações relacionadas ao
diabetes. “A alta ingestão de ultraprocessados pode exacerbar os riscos à saúde
em pessoas com diabetes tipo 2, que já correm maior risco de mortalidade prematura,
principalmente devido a complicações relacionadas ao diabetes”, afirma a
médica.
7. Fontes de gorduras trans
Gorduras trans, encontradas em alimentos como
margarinas, biscoitos recheados e algumas frituras, prejudicam as pessoas com
diabetes. Elas não apenas aumentam os níveis de colesterol ruim (LDL) e reduzem
o colesterol bom (HDL), como também agravam a resistência à insulina.
A presença dessas gorduras está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, que já representam uma preocupação para diabéticos. Assim, escolher gorduras saudáveis, como as encontradas no azeite de oliva e no abacate, representa uma escolha mais benéfica para a saúde.
8. Carnes processadas
Incluídas frequentemente em dietas modernas, carnes
processadas, como salsichas, bacon, presunto, salame e mortadela, contêm
elevados níveis de sódio, conservantes e gorduras saturadas. Esses ingredientes
afetam negativamente a saúde cardiovascular e complicam a gestão dos níveis de
glicose no sangue. O alto teor de sódio, por exemplo, está diretamente ligado
ao aumento da pressão arterial, um fator de risco para doenças cardíacas,
enquanto as gorduras saturadas aumentam o colesterol ruim (LDL) e diminuem o
colesterol bom (HDL).
Ainda, conservantes e aditivos presentes nas carnes processadas provocam inflamações no organismo. Esse estado inflamatório é capaz de interferir na ação da insulina, levando à resistência à insulina e dificultando o controle glicêmico. Também, dietas ricas em carnes processadas elevam a probabilidade de desenvolver problemas cardiovasculares e renais, comuns em pessoas com dificuldades no controle da glicemia.
Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-06-24/8-alimentos-que-devem-ser-evitados-por-quem-tem-diabetes.html
- Imagem: pogonici | Shutterstock
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