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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Fim do isolamento? O que vai mudar com a vacinação contra a covid-19


Especialistas afirmam que vacina tem papel de reduzir internações e mortes em cenário pandêmico e não de eliminar a doença

 

Com o início da vacinação no Brasil, a pandemia vai acabar? Especialistas afirmam que ainda não. "Vacina não significa o começo do fim da pandemia. Essa é uma expectativa, mas não se trata disso. A vacina é sim fantástica. Temos que comemorar porque vamos evitar casos graves e moderados e, assim, haverá a diminuição de mortes. Mas não vai acabar com a covid", afirmou a pediatra Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), em entrevista .

 

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, declarou durante um debate promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) Ceará, que a "a vacina é uma grande esperança, mas, por mais eficaz que seja, não vai interferir no curso da pandemia no curto prazo. Isso só deve acontecer a partir do segundo semestre de 2021".

 

Diante de uma pandemia, como a que se vive hoje, a vacina adquire a função de diminuir a quantidade de casos graves de uma doença. "Em situações normais, o objetivo da vacina é impedir que o vírus retorne. Mas, na pandemia, temos que ter uma vacina que seja capaz de reduzir a gravidade e, consequentemente, a mortalidade da doença", afirmou.

 

As medidas de segurança, como uso de máscara, lavagem constante das mãos ou uso de álcool em gel e distanciamento social, devem ser mantidas, por enquanto, porque ainda não se sabe se as pessoas vacinadas, além de protegidas da doença, vão deixar de transmitir o vírus

 

"O que se sabe é que ela não vai adoecer. Depois de licenciadas [as vacinas], será preciso acompanhar os voluntários para ver quanto tempo a imunidade dura e se ela impede a infecção", explica.

 

Além disso, o número limitado de doses de vacinas disponíveis no mundo também impede o relaxamento da prevenção. "Em um primeiro momento, não vai ter vacina nem para 20% da população", afirma Ballalai. "Nós teremos grupos alvos sendo vacinados, mas a vacinação em massa não vai acontecer da noite para o dia", diz a vice-presidente da SBIm.

 

Ana Karolina Barreto Marinho, especialista em alergia e imunopatologia e coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), ressaltou, em entrevista , que uma vacina contra a covid-19 poderá levar à superação do cenário pandêmico, mas não à eliminação da doença, que deve se tornar sazonal, como a gripe, típica de uma época do ano. "Por isso a importância de termos uma vacina e também tratamentos e remédios eficazes para aqueles que venham a adoecer", observa.

 

Com Informações - R7

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/fim-do-isolamento-o-que-vai-mudar-com-a-vacinacao-contra-a-covid-19 - Redação

domingo, 1 de novembro de 2020

Relaxamento do isolamento pode aumentar casos de COVID-19?


Liberação de algumas atividades pode gerar falsa sensação de segurança na pandemia

 

Desde a identificação do novo coronavírus na China, diversas cidades do mundo adotaram um regime de quarentena como forma de controle da transmissão do SARS-CoV-2 entre a população. No Brasil, a medida foi adotada por governos estaduais e municipais desde março, quando houve o diagnóstico do primeiro paciente com a doença em São Paulo.

 

Mais de seis meses depois que a pandemia de COVID-19 chegou ao país, várias cidades começaram a flexibilizar as regras de isolamento social. Consequentemente, houve a liberação de algumas atividades dentro das regras de distanciamento, como a reabertura de restaurantes, bares, academias e salões de beleza - que até então era proibida.

 

De acordo com Paula Massaroni Peçanha Pietrobom, infectologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, as medidas de flexibilização levam em conta diversos fatores, como a questão econômica do país, a necessidade da população de retomar sua vida social, mas, principalmente, as evidências que mostram mais segurança para iniciar essa retomada do isolamento rigoroso que estava sendo proposto.

 

"Hoje, temos uma taxa de transmissão do vírus menor no Brasil. Além disso, temos também uma queda no número de internações e óbitos - já conseguimos fechar hospitais de campanha sem ter um colapso ou desassistência no sistema de saúde", pontua a médica.

 

Atualmente, a taxa de transmissão do coronavírus (Rt) é de 0,93, segundo o Imperial College. O parâmetro utilizado para o índice é o número 1: quando a taxa fica acima de 1, a quantidade de pessoas doentes com potencial de transmissão aumenta exponencialmente; e quando a taxa fica abaixo de 1, ocorre o contrário. Na prática, isso significa que a cada 100 pessoas com COVID-19, outras 93 pessoas podem ser contaminadas com o vírus.

 

Em abril, o Brasil estava em situação pior. Com um Rt de 2,81, o país era o local com a maior taxa de transmissão de COVID-19 no mundo. Apesar da melhoria no cenário da doença no país, é importante que a população não se iluda com a falsa sensação de segurança.

 

Isso porque o coronavírus ainda é uma realidade e não deve ser negligenciado. "Estamos vivendo ainda em um momento de alerta, e isso deve perdurar até a garantia de uma imunização efetiva para grande parte da população ou, pelo menos, para grupos de maior risco. O problema ainda não está resolvido", alerta Paula.

 

Flexibilizar a quarentena aumenta a transmissão?

Com a flexibilização, uma das dúvidas que surgiram é sobre a possibilidade de haver um aumento de casos e da transmissão de COVID-19 entre a população. Segundo Paula, esta não é uma possibilidade a ser descartada.

 

"A flexibilização aumenta a possibilidade de transmissão, porque as pessoas estarão se encontrando mais. Porém, ao conviver, se a população respeitar o uso de máscara, o distanciamento social e a higiene correta das mãos, conseguiremos reduzir bastante este risco", afirma a médica.

Uma vez que a retomada das atividades é uma realidade, algumas práticas devem ser consideradas no dia a dia. De acordo com a infectologista, independente do ambiente que a pessoa for frequentar, a regra ainda é manter o distanciamento de, no mínimo, 1,5 metro entre as pessoas, usar máscaras durante todo o período de convivência, higienizar as mãos de forma adequada e evitar tocar a área do rosto, principalmente em ambientes públicos.

 

Veja a seguir como se adaptar ao momento de flexibilização e, ao mesmo tempo, manter-se seguro contra o coronavírus:

 

Momentos de lazer

Quando for aproveitar momentos de lazer durante a pandemia, a recomendação é priorizar atividades ao ar livre, principalmente em parques. "Isso porque há uma ventilação maior, o que diminui o risco de contaminação", explica Paula.

 

Restaurantes e bares

Quando a opção de lazer for em ambientes fechados, como restaurantes e bares, é importante seguir as medidas de segurança. Além disso, vale também observar se o estabelecimento mantém os espaços entre as mesas e capacidade reduzida.

"No momento da escolha da mesa, o ideal é optar por espaços abertos e ventilados. Por último, lembrar de tirar a máscara somente na hora de comer e higienizar as mãos sempre que possível", aconselha a médica.

 

Visitar amigos e parentes

Embora muitas pessoas tenham voltado a visitar parentes e amigos, essa atividade, assim como festas em casa, ainda não é indicada. "O cenário de ambiente fechado, com pessoas compartilhando o mesmo ar, é arriscado, pois é difícil o uso de máscara nestas situações", afirma a médica.

Outro ponto levantado pela infectologista é o risco de jovens disseminarem o vírus para pessoas mais velhas. "Atualmente, temos uma infecção maior entre jovens e, por mais que neste grupo as reações tendem a ser menos graves, permanece a possibilidade desta pessoa infectar outra com um quadro de saúde mais debilitado, que pode não reagir tão bem à doença", diz Paula.

 

Viagens

O conselho, no momento, é evitar viagens muito longas, especialmente aquelas feitas em ônibus e avião. "Esses meios de transporte não possuem circulação de ar adequada e há uma proximidade grande com outras pessoas - portanto, um cenário propício à infecção, ainda mais se for uma viagem longa. Caso seja uma necessidade, priorize locais mais próximos, em que o deslocamento possa ser feito de carro com as pessoas que já vivem na mesma casa - e, se possível, com as janelas abertas", orienta a médica.

Caso a viagem seja inadiável, é recomendado verificar se o destino obedece as medidas de segurança, como a redução de pessoas no mesmo ambiente e a restrição de atividades que podem gerar aglomeração. E, se for passear por lá, é importante deixar para visitar apenas os espaços abertos.

 

Volta ao trabalho

Ao longo da pandemia, algumas atividades foram remanejadas para o lar do trabalhador (enquanto os serviços essenciais não interromperam seu funcionamento). Porém, com a flexibilização, o movimento de retorno aos escritórios tende a ser cada vez maior. "Por vezes, essa retomada não é uma escolha do trabalhador. Se existe a opção de home office, ela ainda é a mais adequada e segura", afirma Paula.

Quando o home office não é uma realidade, a infectologista recomenda algumas ações que podem diminuir o risco de contaminação. "A empresa precisa oferecer um ambiente com distanciamento social ou em esquema de turnos para evitar aglomeração, assim como materiais necessários para a higiene correta e, sem dúvidas, fiscalizar o uso de máscaras", indica.

Além disso, de acordo com a especialista, um momento crucial que deve ser pensado é o da refeição. "Isso porque é preciso evitar o costume de comer todos juntos, por ser um período que todos estarão sem máscara", considera a médica.

Paula também avalia a importância de haver uma comunicação entre trabalhadores e empresa para que haja a notificação de qualquer sintoma de COVID-19. "Assim, conseguimos uma avaliação rápida e minimiza a chance de contaminação de outros funcionários", esclarece.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36873-relaxamento-do-isolamento-pode-aumentar-casos-de-covid-19 - Escrito por Maria Beatriz Melero

terça-feira, 23 de junho de 2020

6 atividades prazerosas para fazer durante a quarentena


Aproveite o tempo livre para descansar, cozinhar algum prato gostoso e assistir a uma nova série na TV

É fato: ninguém gosta de ter de - obrigatoriamente - ficar recluso em casa, certo? No entanto, essa é uma atitude essencial para minimizar o contágio durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Que tal, então, aproveitar esse momento forçado em casa para fazer alguma coisa bacana? Abaixo, traremos dicas de algumas atividades prazerosas para fazer durante a quarentena.

Aprenda uma nova receita: muitas pessoas tinham o hábito de apenas comer fora, ou, quando em casa, preparar alguma coisa já semi-pronta ou fazer um lanche rápido. Durante a quarentena, porém, pode ser uma atividade relaxante aprender a preparar um prato diferente - ou até mesmo o favorito - e saborear uma boa refeição juntamente com o orgulho de ter sido o responsável por ela.

Para isso, conte com a ajuda da internet: há inúmeros sites e vídeos com as mais diversas instruções para fazer uma nova receita, e englobam desde conteúdos para principiantes como para aqueles que já têm mais experiência na cozinha. Se dê uma chance!

Ressignifique o seu olhar: você já ouviu falar do hygge (lê-se "ruga"), um conceito dinamarquês de felicidade em que um dos pilares contempla tornar a sua casa o mais aconchegante possível? Já que temos de ficar reclusos neste momento, é a oportunidade ideal para colocar esse estilo de vida em prática.

Por isso, procure sempre manter a sua casa organizada de um jeito confortável para você e aproveite o friozinho para tirar do armário aquelas mantas gostosas e o seu pijama mais aconchegante. Um chocolate quente, uma vela acesa à noite, a luz baixa e uma música confortável completam o clima que esse momento propõe.

Mexa seu corpo: maratonar séries é uma delícia, mas é preciso também fazer alguma atividade física. Que tal aprender e treinar uma coreografia de uma música que você sempre gostou? Outra ideia é combinar com seus amigos ou família de fazer uma videoconferência para praticar uma dança para que vocês possam realizar juntos depois que passar toda essa fase difícil. Assim, você movimenta o corpo, libera endorfinas que trazem sensação de bem-estar e se diverte muito!

Medite: é normal se sentir mais ansioso durante a quarentena, afinal, estamos atravessando um período de incertezas. No entanto, a meditação pode auxiliar a passar por esses momentos de dificuldade exatamente por ajudar a acalmar os pensamentos.

Por isso, separe um momento do dia - e pode ser o mais conveniente para você - para se sentar no local mais silencioso da sua casa e se concentrar apenas na sua respiração. Se preferir, coloque uma música calma de fundo, e permaneça inspirando e expirando calmamente, e com a atenção focada nesses movimentos, por pelo menos 15 minutos.

Se perder o foco, não desista. Volte a se concentrar na sua respiração quantas vezes forem necessárias. E, claro, repita a prática diariamente.

Tenha um dia de beleza: o uniforme da quarentena tem sido, para muitos, o pijama ou uma confortável calça de moletom. E isso é ótimo, pois não tem nada melhor do que ficar confortável dentro de casa. No entanto, que tal separar um tempo do seu dia para cuidar mais de você? Um dia de beleza cai como uma luva nos momentos mais difíceis, pois o autocuidado é capaz de elevar a autoestima e trazer o bem-estar.

Por isso, programe no dia anterior quais atividades você gostaria de fazer. Uma esfoliação caprichada na pele? Uma máscara para os cabelos e outra para o rosto? As unhas? Dar um trato nas sobrancelhas, caso isso seja importante para você? Um banho de banheira? Aromaterapia? Tenha um dia de beleza só seu e cuide-se para você. Um carinho faz um bem danado para a alma!


domingo, 19 de abril de 2020

17 coisas totalmente normais de se estar sentindo agora


Como você está se sentindo no meio de uma pandemia global de coronavírus? Triste, por estar em isolamento? Estressado, por conta do trabalho? Com medo, por sua família? Confuso, sem saber como proceder? Culpado, por não estar sendo tão produtivo? Desolado com o futuro da política? Tudo isso e mais um pouco?

É normal. Seus sentimentos são válidos. E, enquanto isso não resolve seus problemas, há um certo conforto em saber que outras pessoas também estão sentindo essa montanha-russa de emoções, não é mesmo?

Caso esteja se sentindo perdido sobre seus próprios anseios, dê uma olhada abaixo em dezessete coisas totalmente normais de estar sentindo neste momento – e saiba que você não está sozinho. A lista foi compilada com a ajuda de terapeutas e profissionais de saúde, sobre os tópicos que mais estavam surgindo em suas sessões com seus clientes.

1. Você está cansado/esgotado
Não importa se você não é um trabalhador da saúde, digamos, cujo trabalho é exigente e essencial neste momento. Mesmo as pessoas em posições relativamente seguras durante a pandemia podem se sentir muito cansadas.
Isso porque o esgotamento é uma consequência natural da pandemia. “O esgotamento é o resultado de liberar mais energia do que você absorve”, explica Ryan Howes, doutor em psicologia clínica, à SELF.
Ajustar a uma nova rotina exige muita energia, acompanhar as notícias exige energia, aprender a fazer seu trabalho de casa exige energia, tudo pode te consumir neste momento.
Por outro lado, seus momentos de “recarregar” as energias não são mais possíveis: ver os amigos, fazer um happy hour em um bar, ir a uma festa, ir à academia etc. “Há muito mais coisas drenando nossas energias do que coisas nos fortificando agora. Essa é uma receita perfeita para o burnout”, completa Howes.

2. Você está bravo/com raiva
Certamente, existem muitos motivos para se estar com raiva agora. Você pode estar frustrado com as pessoas que não estão levando a pandemia a sério, ou descontente com a forma como pessoas, governos e instituições estão lidando com ela estruturalmente.
Um grupo de pessoas que vem sentindo raiva, por exemplo, são os trabalhadores essenciais presos em situações impossíveis sem o apoio de que precisam.
“Enquanto muitos sabem que são necessários como trabalhadores da saúde e querem ajudar, também podem sentir raiva por não possuírem o equipamento apropriado para fazer seu trabalho de forma segura, ou recursos para seus clientes”, afirma a assistente social clínica Chante’ Gamby à SELF.

3. Você está inesperadamente calmo
Talvez você esteja calmo e se sentindo confuso ou culpado por isso. Saiba que a calma é uma reação comum neste momento.
Diversos terapeutas disseram que seus clientes estão calmos, seja por negação – o COVID-19 está longe de suas vistas, de seus conhecidos e de suas mentes – ou porque já estão equipados para lidar com uma crise.
“Clientes que já estavam lidando com grandes estressores antes ou já estavam fazendo terapia por fatores ligados à ansiedade estão utilizando as habilidades que aprenderam para se ajustar às mudanças”, argumentou a assistente social clínica LaQuista Erinna.
Suas experiências anteriores de vida também podem te ajudar a manter a calma em momentos difíceis.
“Alguns de meus clientes estão sentindo uma calma inesperada em meio ao caos, o que às vezes pode ser o resultado de experiências adversas na infância, onde os clientes se tornaram acostumados a ambientes instáveis”, disse a terapeuta e doutora em educação e supervisão de terapia Siobhan D. Flowers.

4. Você está enlouquecendo com medo do futuro
A pandemia traz muitas incertezas, especialmente sobre os impactos a longo prazo nas nossas vidas e no mundo como um todo.
Muitas pessoas estão preocupadas com isso, simplesmente porque há muita coisa que não podemos prever.
“A ansiedade nasce do medo do desconhecido e, agora, muitas coisas são desconhecidas. Pessoas estão com medo de ficar sem comida ou outros suprimentos. Estão com medo de perder suas casas e carros por ficar sem trabalho”, esclarece Myisha Jackson, terapeuta licenciada, à SELF.
A lista de medos é interminável – e é simplesmente normal se sentir aterrorizado com as incertezas.

5. Você está tendo dificuldades para trabalhar em casa
Se você está fazendo home office, ou seja, está trabalhando remotamente a partir de sua casa, pode ser que tenha dificuldades em se ajustar a esse novo ambiente. Sentimentos de estresse, angústia e frustração são comuns.
Talvez você não consiga focar tanto nas tarefas, o que causa nervosismo ou culpa por falta de produtividade, ou, ao contrário, você esteja trabalhando cada vez mais e se sentindo sobrecarregado.
“Clientes estão conectados aos seus computadores agora mais do que nunca, acompanhando notificações por e-mail e respondendo rapidamente a todas as perguntas, solicitações ou atribuições”, afirma a assistente social clínica Gena Golden. “Alguns me disseram ter anseio de fazer pausas para lanches ou ir ao banheiro, por medo de que seu supervisor os chame e eles não estejam lá para responder em questão de minutos”.

6. Você está lamentando eventos cancelados
A pandemia certamente mudou totalmente as nossas vidas, forçando as pessoas a perder vários eventos e experiências pelos quais elas esperavam com muita alegria e animação.
“Clientes estão lamentando eventos importantes cancelados, como aniversários, aposentadorias, casamentos, formaturas”, comenta Erinna.
Não há viagens, não há comemorações. E isso é chato, é irritante, é decepcionante e é triste – não se sinta culpado por lamentar essa consequência negativa do COVID-19, mesmo que haja outras muito piores.

7. Você parece um ioiô, alternando entre otimismo e pessimismo o tempo todo
No meio de uma pandemia, cada novo dia pode parecer uma semana inteira por conta de toda a informação que te bombeia, como atualizações, estatísticas e histórias diferentes.
“As pessoas estão se perguntando: ‘Devo me sentir bem ou devo me sentir mal? Sinto-me esperançoso ou sem esperança?’”, comenta Howes.
É natural sentir um monte de coisas diferentes e até opostas ao mesmo tempo ou em ciclos. Faz parte do momento.
Vale notar, no entanto, que ver muita notícia pode exacerbar essa reação, bem como várias outras nesta lista. Talvez seja interessante se desligar um pouco do noticiário e das redes sociais.

8. Você está precisando de um abraço
Muitas pessoas estão sentindo falta de contato físico. Muitos clientes estão mencionando a importância do toque para seus terapeutas.
“Sim, podemos usar o Zoom e o Facetime [para falar com pessoas amadas], mas há algo mais a ser dito sobre abraços e beijos, ou mesmo estar em proximidade física a uma pessoa. Estamos testemunhando a importância da comunidade e o poder da interação física em sua ausência”, disse Bianca Walker, terapeuta licenciada.

9. Você está inseguro
A pandemia está forçando as pessoas a “pararem no tempo”, em alguns aspectos. Pode ser que você tenha sido obrigado a dar uma pausa em alguma meta de longo prazo, ou uma busca de emprego, ou o início de um relacionamento.
E agora? O que você deveria fazer? Qualquer planejamento futuro parece inseguro.
“Muitos de nós estão querendo planejar nossas férias, aniversários, casamentos etc., mas nos sentimos presos ao não saber o que está por vir. Isso cria uma sensação terrível de não ter nada pelo que esperar, porque não temos certeza do que está por vir”, argumenta Vernessa Roberts, terapeuta de casamento e família, à SELF.

10. Você está se sentindo culpado por sua relativa segurança ou privilégio
Muitas pessoas estão se sentindo culpadas por estarem uma posição privilegiada e relativamente segura em comparação a outras, mais expostas aos impactos negativos da pandemia.
“Eu tenho visto ‘síndrome do sobrevivente’ em pessoas que possuem meios e trabalhos que podem ser feitos de casa, enquanto familiares, amigos ou até mesmo pessoas que eles veem no noticiário não”, explicou Cicely Horsham-Brathwaite, doutora em aconselhamento psicológico.
Coisas pelas quais você deveria estar grato – como estabilidade financeira, a companhia da família ou de um parceiro durante o isolamento, ou boa saúde que te deixa em menor risco de complicações – acabam sendo ofuscadas pela consciência de que nem todo mundo está em posição similar.
Se este é o seu caso, pense se você tem condições de ajudar outros, o que pode te deixar melhor.
“Aconselho as pessoas a lidarem com sua realidade e contexto, ajudando-as a pensar em maneiras de prestar serviços aos outros. Se elas estão abertas a isso, significa doar financeiramente, voluntariar-se, orar por si e pelos outros e, é claro, gerenciar sua ansiedade para apoiar seu próprio bem-estar, permitindo que sejam uma fonte de apoio emocional para os outros”, esclarece Horsham-Brathwaite.

11. Você está experimentando um arrependimento existencial profundo
Uma crise em larga escala como essa pandemia naturalmente traz à tona várias questões que podem te fazer pensar em escolhas anteriores, experiências e valores.
“Algumas pessoas estão analisando como ‘desperdiçaram’ seu tempo sofrendo ou ruminando sobre coisas que agora têm pouco valor”, afirma Golden.
Apesar de tudo, isso pode ter um efeito colateral positivo. “Elas estão começando a ver um novo significado nos seus vínculos, relacionamentos, conexões sociais, família e saúde”, disse.

12. Você está de luto
Algumas pessoas estão literalmente de luto, uma vez que perderam entes queridos para o COVID-19. No entanto, os terapeutas observam que as pessoas estão experimentando o luto de formas não tradicionais, também.
De acordo com Howes, muitos estão lidando com algum tipo de perda, seja a perda de um emprego, da liberdade, da sensação de segurança, da sua visão de como sua vida deveria estar indo. “As pessoas estão lutando com vários estágios do luto e não sabem por que se sentem assim. Mas você pode estar sofrendo com a perda de muitas coisas em sua vida agora”, sugeriu.
Você também pode estar lamentando a perda de vidas em larga escala, mesmo que não conheça pessoalmente ninguém que morreu. Isso pode ser verdade especialmente em comunidades mais afetadas pelo COVID-19.
“Entre meus clientes que são pessoas de cor, principalmente negros e pardos, há um sentimento de tristeza individual e coletiva, uma vez que relatórios recentes indicam que essas comunidades são desproporcionalmente impactadas pelo COVID-19 devido à desigualdade e discriminação estruturais”, afirmou Horsham -Brathwaite.

13. Você está se sentindo culpado por não ser mais produtivo
Sua irmã está treinando todos os dias em casa, seu vizinho está aprendendo uma nova língua, seu marido resolveu virar o novo Master Chef, seus amigos estão fazendo todo o tipo de curso online, e você está se sentindo totalmente inadequado em meio a tudo isso, com sentimentos mistos em relação a sua produtividade em tempos de quarentena.
 “Um problema que estou vendo é que as pessoas se sentem culpadas por não serem produtivas o suficiente enquanto estão em casa isoladas. Muitos clientes sentiram que estavam perdendo tempo e falhando miseravelmente na transição para trabalhar em casa. Também há pressão para aprender idiomas, fazer cursos, dominar finanças e fazer todo tipo de coisas. É a pornografia da produtividade em alta”, explica Kaity Rodriguez, assistente social clínica, à SELF.
Simplesmente permita-se não se sentir mal.

14. Você está no limite com seus filhos
Com escolas e creches fechadas, muitos pais estão tendo enormes dificuldades para se ajustar ao fato de ter os filhos em casa o dia todo, especialmente se precisam trabalhar remotamente.
Essa situação adiciona muito estresse à vida das pessoas.
“Elas sentem como se não estivessem fazendo o suficiente e estão falhando tanto com seus filhos quanto com seus empregos conforme não conseguem equilibrar tudo”, disse a assistente social clínica Kimberly Lee-Okonya à SELF.

15. Você está lidando com o reaparecimento de um trauma anterior
Você pode se ver consumido por pensamentos e sentimentos relacionados a algo do seu passado, de repente.
Isso é o seu cérebro funcionando como projetado. “Como nossos cérebros, e especialmente nossa resposta de luta ou fuga, devem nos lembrar do perigo para nos manter seguros, a pandemia está trazendo traumas do passado à tona”, explica o assistente social clínico Ryan M. Sheade à SELF.
Isso vale para qualquer experiência passada, não importa se você não a considera um trauma.
“Todos possuem traumas, seja um grande Trauma com T maiúsculo, um incidente traumático único ou pequenos traumas que são lembretes constantes de como não somos bons o suficiente, ou merecedores de amor, ou como somos insignificantes ou sem importância”, explica Sheade.
O que quer que seja que esteja te atormentando agora, tenha compaixão por si mesmo.

16. Você se sente anestesiado
Com tudo que anda acontecendo, você pode estar tão sobrecarregado que não sinta absolutamente nada.
E tudo bem. Mesmo em períodos caóticos como este, é impossível estar em alerta emocional 24 horas por dia, todos os dias.
“Eu penso nisso em termos de adrenalina. Você só pode ter adrenalina correndo por suas veias por tanto tempo até que o corpo precise se recompor e se acalmar. O mesmo vale para as emoções, especialmente quanto mais isso durar”, declara Howes.

17. Você está sentindo completamente outra coisa do que tudo nesta lista
As pessoas estão sentindo de tudo neste momento. A lista compilada pelo SELF é só a ponta do iceberg – de depressão a tédio a inadequação à excitação, muitos estão passando por um espectro maluco de emoções durante esta pandemia.
A questão que fica é: não importa como você se sinta, ainda é uma resposta válida a essa experiência complexa que estamos vivendo.
“É importante entender que todos estamos lidando com isso como uma unidade, mas essa unidade é impactada de maneiras diferentes. Lembre-se de que o impacto que isso tem sobre você ainda é válido e real. A decisão de escolher como passar esse tempo depende de você e não pode ser comparada à forma como os outros estão passando esse tempo. Lembremos de abraçar nossos próprios sentimentos e lutas e mostrar compaixão pelos sentimentos e lutas dos outros”, conclui Roberts. [Self]