Especialistas afirmam que vacina tem papel de reduzir internações e mortes em cenário pandêmico e não de eliminar a doença
Com o início da vacinação no Brasil, a pandemia vai
acabar? Especialistas afirmam que ainda não. "Vacina não significa o
começo do fim da pandemia. Essa é uma expectativa, mas não se trata disso. A
vacina é sim fantástica. Temos que comemorar porque vamos evitar casos graves e
moderados e, assim, haverá a diminuição de mortes. Mas não vai acabar com a
covid", afirmou a pediatra Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm
(Sociedade Brasileira de Imunizações), em entrevista .
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas,
declarou durante um debate promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais)
Ceará, que a "a vacina é uma grande esperança, mas, por mais eficaz que
seja, não vai interferir no curso da pandemia no curto prazo. Isso só deve
acontecer a partir do segundo semestre de 2021".
Diante de uma pandemia, como a que se vive hoje, a
vacina adquire a função de diminuir a quantidade de casos graves de uma doença.
"Em situações normais, o objetivo da vacina é impedir que o vírus retorne.
Mas, na pandemia, temos que ter uma vacina que seja capaz de reduzir a
gravidade e, consequentemente, a mortalidade da doença", afirmou.
As medidas de segurança, como uso de máscara,
lavagem constante das mãos ou uso de álcool em gel e distanciamento social,
devem ser mantidas, por enquanto, porque ainda não se sabe se as pessoas
vacinadas, além de protegidas da doença, vão deixar de transmitir o vírus
"O que se sabe é que ela não vai adoecer.
Depois de licenciadas [as vacinas], será preciso acompanhar os voluntários para
ver quanto tempo a imunidade dura e se ela impede a infecção", explica.
Além disso, o número limitado de doses de vacinas
disponíveis no mundo também impede o relaxamento da prevenção. "Em um
primeiro momento, não vai ter vacina nem para 20% da população", afirma
Ballalai. "Nós teremos grupos alvos sendo vacinados, mas a vacinação em
massa não vai acontecer da noite para o dia", diz a vice-presidente da
SBIm.
Ana Karolina Barreto Marinho, especialista em
alergia e imunopatologia e coordenadora do Departamento Científico de
Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), ressaltou,
em entrevista , que uma vacina contra a covid-19 poderá levar à superação do
cenário pandêmico, mas não à eliminação da doença, que deve se tornar sazonal,
como a gripe, típica de uma época do ano. "Por isso a importância de
termos uma vacina e também tratamentos e remédios eficazes para aqueles que
venham a adoecer", observa.
Com Informações - R7
Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/fim-do-isolamento-o-que-vai-mudar-com-a-vacinacao-contra-a-covid-19
- Redação
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