Mostrando postagens com marcador Pandemia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pandemia. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

De férias na pandemia? Veja atividades para fazer com a família em casa


Devido às restrições da quarentena, muitos programas habituais do final do ano foram impossibilitados ou têm limitações; veja dicas de como se divertir com parentes sem sair de casa

 

De férias na pandemia? veja atividades para fazer com a família em casaAlém das brincadeiras tradicionais, pais e filhos podem compartilhar momentos com diversas atividades, como culinária, artes ou atividades físicas (Foto: Mateus Dantas em 29-04-2017)

 

Com o fim do ano, recessos nas empresas e férias escolares costumam trazer a opção de realizar atividades com a família, como passeios ou compras de Natal. Devido à pandemia de coronavírus, no entanto, muitas dessas alternativas ficaram impossíveis ou severamente limitadas. Projetos como o Viva o Parque, que oferecia atividades de esporte, cultura e lazer em áreas verdes, foram suspensos em atendimento ao Decreto especial de fim de ano. Cinemas, exposições e equipamentos culturais têm horário de funcionamento restrito e capacidade de público reduzida.

 

Uma opção é desenvolver programas para realizar em casa. Com a quarentena, pais que adotaram o home office e crianças se viram obrigadas ao ensino à distância. Esse novo arranjo tornou o convívio dentro do lar muito mais constante. Por isso, algumas das ideias apresentadas podem não ser novidade. No entanto, é possível trabalhar alternativas para garantir momentos de lazer e diversão em família e com segurança. Confira abaixo:

 

Que tal todo o mundo botar a mão na massa... Literalmente? Aproveite o tempo disponível para tirar do papel aquela receita que está há anos anotada no livro, testar novas variações de pratos conhecidos ou realizar experimentos como preparar pizza em casa do zero - inclusive massa e molho. Momentos culinários em família podem ser muito divertidos e com um final delicioso!

 

Exercícios físicos em família e dentro de casa

Manter a forma com academias fechadas e exercícios ao ar livre proibidos foi um desafio para muitas pessoas em 2020. Com a reabertura econômica, essas limitações se tornaram menores, mas muitas pessoas ainda têm receio de voltar a estes ambientes. Uma alternativa é realizar atividades físicas em casa - não por acaso, aplicativos com esta finalidade se tornaram muito populares desde o início da quarentena. Juntando a família inteira, é possível estimular a criação de hábitos saudáveis e, para as crianças mais ativas, os pais também podem se beneficiar com o gasto de energia promovido.

 

Para famílias que moram em apartamentos ou casas menores, as pedidas são atividades que exigem pouco espaço. Ioga, jogos de mímica, sessões de dança... Basta afastar um pouco os móveis e usar a imaginação. Quem tem casa com quintal ou mora em prédios com espaços comuns mais equipados, atividades como corrida/caminhada, jogos com bola, e até natação - se a estrutura existir - podem ser boas pedidas. Para todos os casos, aplicativos de exercícios, ou playlists no Youtube criadas por profissionais de educação física, também são alternativas viáveis.

 

Aprender algo novo em família na quarentena

Chegou a virar meme: a quantidade de brasileiros que se arriscaram na panificação caseira durante a quarentena foi imensa - "pão caseiro", "pão doce" e "pão recheado" estão entre as receitas mais pesquisadas no Google em 2020 no País. Mas há muitas outras coisas que podem ser aprendidas em família - mas sem desmerecer as receitas!

 

Uma é aprender um novo idioma. Diversos aplicativos, como Babbel, Duolingo ou Busuu auxiliam nas questões de gramática e conversação, enquanto serviços de streaming, tanto de filmes e séries quanto de músicas, podem ajudar na ambientação com a cultura de diferentes países. Para fechar, que tal reservar uma hora por semana em que toda a família deve falar somente no novo idioma, para que todos treinem juntos?

 

Atividades artísticas em família na quarentena

Outra realização muito comum na quarentena de várias pessoas foi trabalhar atividades artísticas. Além de servir como aprendizado e passatempo, as artes podem criar um momento lúdico em família e, quem sabe, descobrir um talento a ser lapidado entre pais e filhos.

 

Tocar música pode ser uma boa pedida. Para quem não pretende seguir carreira artística e quer apenas aprender o básico, há diversos vídeos no Youtube ensinando desde o princípio diversos instrumentos. A família pode se aventurar em formar uma banda amadora para animar os momentos tediosos, ou todos podem tentar aprender o mesmo instrumento e trocar experiências.

 

Outra atividade que pode gerar aprendizado, experimentação e momentos muito divertidos é aprender novas técnicas de fotografia. Há uma grande variedade de vídeos ensinando como utilizar desde as lentes mais simples de celular (que atualmente chegam a ter diversas lentes) até equipamentos profissionais - afinal, como se diz no jargão dos fotógrafos, a melhor câmera é a que está com você. É possível aprender também noções de composição, luz e sombra, enquadramento, e outros conteúdos do tema.

 

Para reunir a família, a sugestão é realizar exercícios como testar poses, experimentar novos arranjos de luz, ou mesmo brincar com elementos de casa - usar o fundo de um copo sobre a câmera pode dar uma distorção estilo "olho de peixe", enquanto enrolar um saco plástico ao redor da lente (mas não à frente dela) causa um desfoque interessante nas bordas da imagem. Uma pessoa pode ficar como fotógrafo e as outras como modelo, e depois trocar os papeis.

 

Desenho e pintura também são ótimas maneiras de desenvolver o olhar artístico. Seja em estilo livre, com lápis, pincel, tintas e papel, seja com técnicas mais profissionais e aulas por vídeo, desenhar e pintar podem ser atividades que reúnem a família para exercitar a criatividade e compartilhar bons momentos.

 

É possível, ainda, descobrir novos modos de explorar a leitura de livros. Para quem tem filhos menores, que tal dar uma turbinada naquela típica atividade de ler histórias de dormir e trabalhar encenações dos livros com objetos de casa? Uma toalha pode virar capa de herói, uma vassoura se tornar um cetro de mago, e um escorredor de macarrão se tornar uma coroa.

 

Quem tem filhos mais velhos pode trabalhar outras possibilidades. Que tal um clube do livro em casa? Com histórias curtas, é possível cada pessoa da família ler em um dia, e semanalmente se reunem para discutir a obra. Se as crianças tiverem muito interesse por literatura, é possível também estimulá-las a criar as próprias histórias e compartilhar com a família. Vai que surge um novo escritor nessa brincadeira?

 

Créditos :  O Povo Online

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/de-ferias-na-pandemia-veja-atividades-para-fazer-com-a-familia-em-casa - Rick SouzaRick Souza

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Com a flexibilização, o que posso e o que não posso fazer para diminuir o contágio?


Após mais de cinco meses em isolamento social, se tem alguma coisa que acabou é a ilusão de que a pandemia seria uma coisa passageira. As pessoas vão ter que conviver — não se sabe até quando — com a presença nada agradável do coronavírus. Para que isso aconteça com menos risco de contágio durante a flexibilização, infectologistas montaram um guia sobre o que pode e o que ainda não pode fazer enquanto a vacina não chega. CORREIO ouviu especialistas e montou um guia com respostas para 15 situações comuns na pandemia

Entre esses cuidados estão o uso indispensável da máscara e o hábito de evitar as aglomerações como sinaliza a professora da Escola Bahiana de Medicina, pós-doutora em Imunologia pela Fundação Oswaldo Cruz e pesquisadora da Rede CoVida, Fernanda Grassi.

“O momento exige cautela. É lavar as mãos, usar o álcool em gel. Tenho visto muita gente retirando a máscara para falar e isso não pode acontecer”.

Também vai ser preciso se preocupar não só com seu comportamento, mas também com o do outro. É o que considera o especialista em Infectologia, professor da Unifacs, médico e preceptor da residência médica e internato em Infectologia do Instituto Couto Maia, Fernando Badaró.

“Todo mundo já sabe qual é a maneira de se proteger. Não pode haver a quebra dos procedimentos, porque isso, consequentemente, vai voltar a elevar os casos”.

Segundo informações do boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) na sexta-feira, a Bahia soma 250.977 casos e 5.243 mortes desde o início da pandemia. A ocupação dos leitos de UTI para tratamento da covid-19 está em 57%. Em Salvador, a mesma taxa de ocupação está em 52% e a capital concentra 30,71% das infecções.

Os dados confirmam que não há mais espaço para a falsa sensação de segurança e a exposição desnecessária. A infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Melissa Falcão, concorda: “O risco ainda é real. Cada um se torna ainda mais importante para a redução da transmissão”.

PODE OU NÃO PODE? CONFIRA AS RESPOSTAS PARA 15 SITUAÇÕES COMUNS NA PANDEMIA

a) Ida a bares e restaurantes O comportamento individual mais importante é a consciência de não sair de casa se tem sintomas respiratórios ou se teve contato com algum caso positivo para covid-19. A infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Melissa Falcão, reforça que, quem decidir ir a um bar ou restaurante, não deixe de usar a máscara e dê preferência a mesas externas e lugares arejados. “Não deixe de obedecer a distância padronizada pelos estabelecimentos”.

b) Pegar táxi ou Uber O álcool em gel também é um companheiro indispensável nas viagens em táxis ou por aplicativos como o Uber. A professora da Escola Bahiana de Medicina, pós-doutora em Imunologia pela Fundação Oswaldo Cruz e pesquisadora da Rede CoVida, Fernanda Grassi, aconselha que o passageiro sente no banco de trás, use o álcool nas mãos ao entrar, tocar em qualquer parte do carro e também ao sair do veículo, além da máscara. “Evite conversar muito com o motorista. É importante ter esse distanciamento”, observa.

c) Visitar parentes, pais e avós que fazem parte do grupo de risco Para a Fernanda Grassi, o distanciamento deve ser mantido. “Evite o contato próximo porque a epidemia ainda não passou. Se tiver que ver, é melhor fazer isso ao ar livre. Festas e grandes reencontros devem esperar”.

d) Rever amigos Quem não está com saudade de juntar sua panelinha? A recomendação do especialista em Infectologia, professor de da Unifacs, médico e preceptor da residência médica e internato em Infectologia do Instituto Couto Maia, Fernando Badaró, é não se encontrar com pessoas que estão em casas diferentes e adiar por mais um tempo aquela saidinha com os amigos para o barzinho mais próximo. “Não se sabe como aquela pessoa está vivendo o isolamento social ou o tipo de risco que está se expondo com a flexibilização. Não podemos esquecer que temos os assintomáticos, que acabam saindo de casa sem saber que estão contaminados”, aconselha.

e) Circulação em shoppings Apesar de shoppings seguirem protocolos rígidos de prevenção, Melissa Falcão, pede que as pessoas analisem a real necessidade de frequentarem o local, por se tratar de um ambiente fechado que costuma ter uma grande circulação de pessoas. “Se for, faça uma lista dos itens que deseja comprar para otimizar o tempo de permanência no local, que deve ser o mais breve possível. Evite entrar em lojas visualmente cheias, dando preferência para horários de menor circulação de pessoas”, alerta. 

f) Domésticas e babás em casa Caso a doméstica ou a babá durma na residência, não há problema em manter o serviço. Porém, se ela precisar pegar algum transporte público, vale segurar esse retorno, como explica Fernando Badaró. “Por mais que a doméstica ou a babá se proteja na casa dela, a exposição no transporte público, sobretudo em um ônibus superlotado, aumenta todos os riscos de contaminação”. Outras medidas de segurança que não devem ser deixadas de lado são o banho ao chegar e o uso de máscara o tempo todo.

g) Prática de exercícios físicos ao ar livre O exercício físico é bom para a saúde e faz bem. Quanto mais aberto o local, menor o risco, como orienta Melissa Falcão. “Para que a flexibilização possa continuar sem retrocesso, é preciso ser utilizada com responsabilidade. Para autoproteção e proteção do próximo, a atividade deve ser realizada com uso de máscara facial e deve-se optar pelos horários com menor movimento. O importante é que as medidas de distanciamento social sejam mantidas, regras que devem nos acompanhar ainda por um longo período”, afirma.

h) Academias e piscinas Fernanda Grassi não recomenda o retorno às academias e piscinas agora. “As academias são locais com pouca ventilação e as piscinas também podem esperar. Não estamos ainda em um momento de abertura total. Embora tenha diminuído o número de casos na Bahia, ainda temos que manter a cautela e evitar esses locais por enquanto, principalmente quando têm pessoas idosas na família. A gente tem que proteger essas pessoas. Sabemos que os jovens têm uma possibilidade de estarem infectados e não apresentarem sintomas”, defende.

i) Reencontrar o namorado (a) ou ‘crush’? Só com testagem do casal. Para  Fernando Badaró, não dá para abrir mão do exame. “Se não tem como fazer o teste para a covid-19, não se encontre”.

j) Dentista, exames e consultas de rotina Não dá para adiar os cuidados com a saúde. Fernanda Grassi reforça que não é preciso chegar cedo demais aos consultórios e, com isso, acabar colaborando na geração de algum tipo de aglomeração na sala de espera. “Os profissionais devem usar máscaras de proteção, face shield e avental descartável. O que é importante é marcar o horário e respeitá-lo para que não haja muitas pessoas aguardando no mesmo momento. Lave sempre as mãos ou use o álcool em gel”.

k) Transporte público (ônibus/ metrô) O transporte público é um dos locais onde pode acontecer o maior risco de transmissão por conta do contato muito próximo. Ainda de acordo com Grassi, é aconselhável utilizar os transportes públicos em horários alternativos. Se isso não for possível, redobre a atenção. “Máscara  e o álcool em gel ao entrar, sair e tocar as barras”.

l) Retorno ao trabalho presencial Muita gente saiu do isolamento social nas últimas semanas para retornar ao trabalho presencial. Além dos cuidados que passaram a fazer parte da rotina durante a pandemia, Badaró lembra o quanto é fundamental fazer a troca de máscaras a cada quatro horas. Álcool nos equipamentos e maçanetas, também. Outra orientação é envolver o celular em um plástico filme toda vez que sair de casa, descartar o plástico e fazer a higienização. “O rigor tem que ser muito maior”.

m) Visitas a bebês menores de 1 ano e recém-nascidos Não tocar, não abraçar, não beijar. É o que diz a pesquisadora Fernanda Grassi. “O vírus continua circulando, embora que em taxas menores do que antes. Use a máscara, lave as mãos e mantenha uma distância de dois metros”.

n) Crianças podem voltar a brincar no parquinho? Ainda é necessário evitar aquela bagunça boa no parquinho ou no play do prédio com crianças de famílias diferentes. Melissa Falcão orienta que só dá para voltar a brincar se for em um espaço ao ar livre, com distanciamento, uso de máscara para os maiores de 2 anos e supervisão extremamente atenta de adultos. “Muito monitoramento de quem for acompanhar e álcool em gel para evitar que as crianças coloquem brinquedos ou as mãos sujas na boca e olhos, o que pode ser uma fonte de infecção”.

o) Guarda compartilhada Cada situação deve ser avaliada com muito cuidado com relação a este assunto. Fernando Badaró destaca que a decisão vai depender do comportamento dos pais: “se um deles quebra rotineiramente esses cuidados, o compartilhamento não deve ser retomado. É um risco muito grande que se corre. Tem que estar em quarentena igual”, enfatiza o médico.

ENTREVISTA/ IGOR BRANDÃO: 'AINDA NÃO HÁ NENHUMA ATIVIDADE SEM RISCO'

A flexibilização das atividades está acontecendo, mas isso não quer dizer que é hora de abrir mão do uso de máscaras ou que a campanha de vacinação contra o coronavírus já vai começar no mês que vem. Na verdade, a vacina nem chegou ainda e nem se sabe ao certo quando ela vai estar disponível.
A retomada das atividades só aumenta a cautela na hora de adotar comportamentos para evitar os riscos ou, ao menos, tentar reduzi-los como assegura o infectologista referência do Hospital Aliança e Coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital da Bahia, Igor Brandão .

'Devemos nos cuidar e cuidar do próximo agora', destaca o infectologista

 “No momento atual, no contexto pandêmico da covid-19, não existe nenhuma atividade (com ou sem isolamento domiciliar) que podemos fazer ‘sem risco’. Até mesmo para indivíduos que já tiveram a doença, confirmada com exames, existe risco em menor taxa”, destaca.
Em entrevista ao CORREIO, o infectologista reforça que a queda no número de casos de contaminação não é o fim da pandemia e aconselha que as pessoas continuem cuidando uma das outras. Veja a seguir.
Já passou aquele momento de ilusão de que a pandemia seria uma coisa breve. Como as pessoas podem se adaptar a esta realidade até que haja uma vacina?
Na vida de todos, qualquer mudança é difícil. O que aconteceu no Brasil está acontecendo em todo mundo. Precisamos nos adaptar ao novo cenário como forma de sobrevivência. Para isso, é necessário disciplina na higiene das mãos, distanciamento social e uso das máscaras. Tendo estes quesitos como base, devemos desenvolver barreiras de acordo com nossa atividade: uso de tecnologias, sinalização visual do ambiente, proteção facial, por exemplo.
Essa esperança da vacina tem feito com que muitas pessoas relaxem nas regras de isolamento e de auto cuidado, inclusive, abrindo mão da máscara. O que isso pode ocasionar, não só a curto prazo, mas a longo prazo também?
Não é só a esperança na vacina que faz com que a população relaxe, mas sim, a falsa sensação de segurança pelos diversos meios que utilizamos para redução da transmissão do vírus, associado a percepção distorcida ou negação desta grave doença no nosso subconsciente.
Quem não conhece uma pessoa que já teve a covid-19 e não teve sequer uma febre? Por este motivo, acabamos subestimando o potencial da infecção, levando estas pessoas a se exporem. Com o passar do tempo, a população vai se adaptar as medidas de cuidado e banalizá-las, como já aconteceu com outras doenças.
Mas o futuro é algo incerto. O vírus pode passar por mudanças e, com isso, provocar mais infecções/reinfecções. Na dúvida, devemos pecar pelo excesso.

Que cuidados devem ser tomados ao sair de casa?

Não devemos esquecer que as principais medidas para prevenção desta doença  são a higiene correta das mãos, distanciamento social e uso correto das máscaras, cobrindo o nariz e o pescoço. É opcional o uso de proteção facial.
Se a pessoa tiver no grupo de risco deve evitar ao máximo se expor. Quero enfatizar, inclusive, que devemos ter um saco para máscaras sujas e outro para máscaras limpas. E, de preferência, manter o ambiente sempre bem ventilado naturalmente e iluminado.
Quais são os cuidados para quem mora com pessoas do grupo de risco e já retornou ao trabalho presencial ou, ainda,  voltou a frequentar locais como shoppings, bares ou restaurantes, por exemplo?
 O ideal seria evitar muito contato direto/físico com as pessoas do grupo de risco. Dormir em quartos separados, não fazer as refeições com muita proximidade. É fundamental conter a qualquer custo qualquer exposição sem necessidade. Devemos nos cuidar e cuidar do próximo agora.


segunda-feira, 8 de junho de 2020

Transtornos de ansiedade em tempos de Covid-19



Como está sua saúde mental e psicológica em meio a essa pandemia?

Um caos? Angustiante? Tranquila?

A próxima LIVE do Colégio O Saber traz para você, família, um tema bastante esclarecedor para esse momento: "Transtornos de ansiedade em tempos de Covid-19”.

Vivenciamos momentos de incertezas e dúvidas e nada mais esclarecedor que ouvir dos nossos convidados especiais relatos, vivências e até mesmo orientações de como lidarmos com tudo isso e ainda, preservarmos a nossa saúde mental.

Com muito carinho trouxemos para o nosso bate papo, os médicos, Dr.  Alisson Antônio – Clínico geral  e o Pós graduado em psiquiatria, Dr. Erick Oliveira.

Tenho certeza de que será um momento único em nossas vidas!

Você não pode perder!

Com informações do Colégio O Saber

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Cuide destes 5 fatores para manter a vida saudável no isolamento

Se prevenir contra a COVID-19 não deve ser motivo para descuidar de outros pilares

Diante do isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, muita gente tem partido para o bom humor com memes que brincam com o fato de que ficar em casa em quarentena aumenta nossa ansiedade, e consequentemente, a fome. Além disso, é fácil notar que a prática de atividades físicas, como caminhada e academia, está mais difícil.

Neste momento, descuidar da saúde fará com que a COVID-19 não seja o único problema que vai gerar preocupação. A mudança brusca no estilo de vida pode trazer doenças oportunistas e crônicas, por isso é importante o alerta sobre os cinco pilares do bem-estar para uma vida saudável: hábito alimentar, atividade física, controle do estresse, sono e espiritualidade.

Uma vida saudável não se resume apenas à ausência de doenças, mas um sentido mais global que envolve o bem-estar do ser humano. Neste momento crítico, a sobrecarga de informações, junto ao medo e à sensação de impotência, impossibilita que consigamos tomar o devido cuidado com a mente, e isto afeta todo o resto.

Entenda a importância de cada um destes pilares:


Hábito alimentar
Fortalecer o sistema imunológico em um período como este é mais do que necessário, e uma alimentação saudável é capaz de prevenir e até mesmo reverter doenças. Tenha uma dieta variada e rica em alimentos como frutas, legumes, verduras e grãos, evitando alimentos processados, com muita gordura e açúcar.
Além de reforçar o sistema imunológico, isso impede a ingestão de calorias em excesso enquanto a pessoa está impossibilitada de voltar a sua rotina normal.

Atividade física
É possível manter o corpo ativo durante um período de quarentena. Embora a carga e intensidade sejam amplamente reduzidas, isso não é prejudicial e nem fará o seu corpo se desacostumar com o que vem executando até agora nas academias. Faça flexões, agachamentos, abdominais e improvise halteres com objetos em casa.
A internet possui diversos tutoriais sobre como se exercitar sem ir a uma academia. Isso ajuda a manter o peso e libera substâncias benéficas ao cérebro que comprovadamente diminuem os efeitos da ansiedade.

Controle do estresse
Há quem diga que é impossível viver uma vida sem o estresse. Em partes, é verdade. No entanto, o importante é ter essa consciência e tentar controlá-lo. Quando o estresse se torna crônico, ou seja, quando a pessoa estressada se torna incapaz de retornar a sua estabilidade emocional inicial, ela acaba chegando esgotamento (burnout).
Isso desencadeia diversas doenças psicossomáticas como gastrite, colite, síndrome do pânico, diarreia, dores musculares e uma lista enorme de outras manifestações físicas.

Sono
A privação do sono também é um dos fatores responsáveis pela mudança brusca de estilo de vida, acarretando em problemas que afetam os hormônios responsáveis por regular a fome, fazendo com que ela surja de forma mais exagerada do que o comum.
É durante o sono que refazemos toda a bioquímica celular do nosso corpo. Por isso, é importante priorizar a hora de dormir, buscando alcançar um tempo de aproximadamente 7h30 de sono para o corpo conseguir completar todos os processos durante as 6 fases.

Espiritualidade
A espiritualidade também deve ser priorizada. Isso nada tem a ver com crenças pessoais ou religião, mas com uma ligação do indivíduo para consigo mesmo, com seus familiares, amigos e com o universo. Meditação, ioga e mindfulness são algumas das práticas que oferecem essa ligação íntima ao indivíduo


domingo, 19 de abril de 2020

17 coisas totalmente normais de se estar sentindo agora


Como você está se sentindo no meio de uma pandemia global de coronavírus? Triste, por estar em isolamento? Estressado, por conta do trabalho? Com medo, por sua família? Confuso, sem saber como proceder? Culpado, por não estar sendo tão produtivo? Desolado com o futuro da política? Tudo isso e mais um pouco?

É normal. Seus sentimentos são válidos. E, enquanto isso não resolve seus problemas, há um certo conforto em saber que outras pessoas também estão sentindo essa montanha-russa de emoções, não é mesmo?

Caso esteja se sentindo perdido sobre seus próprios anseios, dê uma olhada abaixo em dezessete coisas totalmente normais de estar sentindo neste momento – e saiba que você não está sozinho. A lista foi compilada com a ajuda de terapeutas e profissionais de saúde, sobre os tópicos que mais estavam surgindo em suas sessões com seus clientes.

1. Você está cansado/esgotado
Não importa se você não é um trabalhador da saúde, digamos, cujo trabalho é exigente e essencial neste momento. Mesmo as pessoas em posições relativamente seguras durante a pandemia podem se sentir muito cansadas.
Isso porque o esgotamento é uma consequência natural da pandemia. “O esgotamento é o resultado de liberar mais energia do que você absorve”, explica Ryan Howes, doutor em psicologia clínica, à SELF.
Ajustar a uma nova rotina exige muita energia, acompanhar as notícias exige energia, aprender a fazer seu trabalho de casa exige energia, tudo pode te consumir neste momento.
Por outro lado, seus momentos de “recarregar” as energias não são mais possíveis: ver os amigos, fazer um happy hour em um bar, ir a uma festa, ir à academia etc. “Há muito mais coisas drenando nossas energias do que coisas nos fortificando agora. Essa é uma receita perfeita para o burnout”, completa Howes.

2. Você está bravo/com raiva
Certamente, existem muitos motivos para se estar com raiva agora. Você pode estar frustrado com as pessoas que não estão levando a pandemia a sério, ou descontente com a forma como pessoas, governos e instituições estão lidando com ela estruturalmente.
Um grupo de pessoas que vem sentindo raiva, por exemplo, são os trabalhadores essenciais presos em situações impossíveis sem o apoio de que precisam.
“Enquanto muitos sabem que são necessários como trabalhadores da saúde e querem ajudar, também podem sentir raiva por não possuírem o equipamento apropriado para fazer seu trabalho de forma segura, ou recursos para seus clientes”, afirma a assistente social clínica Chante’ Gamby à SELF.

3. Você está inesperadamente calmo
Talvez você esteja calmo e se sentindo confuso ou culpado por isso. Saiba que a calma é uma reação comum neste momento.
Diversos terapeutas disseram que seus clientes estão calmos, seja por negação – o COVID-19 está longe de suas vistas, de seus conhecidos e de suas mentes – ou porque já estão equipados para lidar com uma crise.
“Clientes que já estavam lidando com grandes estressores antes ou já estavam fazendo terapia por fatores ligados à ansiedade estão utilizando as habilidades que aprenderam para se ajustar às mudanças”, argumentou a assistente social clínica LaQuista Erinna.
Suas experiências anteriores de vida também podem te ajudar a manter a calma em momentos difíceis.
“Alguns de meus clientes estão sentindo uma calma inesperada em meio ao caos, o que às vezes pode ser o resultado de experiências adversas na infância, onde os clientes se tornaram acostumados a ambientes instáveis”, disse a terapeuta e doutora em educação e supervisão de terapia Siobhan D. Flowers.

4. Você está enlouquecendo com medo do futuro
A pandemia traz muitas incertezas, especialmente sobre os impactos a longo prazo nas nossas vidas e no mundo como um todo.
Muitas pessoas estão preocupadas com isso, simplesmente porque há muita coisa que não podemos prever.
“A ansiedade nasce do medo do desconhecido e, agora, muitas coisas são desconhecidas. Pessoas estão com medo de ficar sem comida ou outros suprimentos. Estão com medo de perder suas casas e carros por ficar sem trabalho”, esclarece Myisha Jackson, terapeuta licenciada, à SELF.
A lista de medos é interminável – e é simplesmente normal se sentir aterrorizado com as incertezas.

5. Você está tendo dificuldades para trabalhar em casa
Se você está fazendo home office, ou seja, está trabalhando remotamente a partir de sua casa, pode ser que tenha dificuldades em se ajustar a esse novo ambiente. Sentimentos de estresse, angústia e frustração são comuns.
Talvez você não consiga focar tanto nas tarefas, o que causa nervosismo ou culpa por falta de produtividade, ou, ao contrário, você esteja trabalhando cada vez mais e se sentindo sobrecarregado.
“Clientes estão conectados aos seus computadores agora mais do que nunca, acompanhando notificações por e-mail e respondendo rapidamente a todas as perguntas, solicitações ou atribuições”, afirma a assistente social clínica Gena Golden. “Alguns me disseram ter anseio de fazer pausas para lanches ou ir ao banheiro, por medo de que seu supervisor os chame e eles não estejam lá para responder em questão de minutos”.

6. Você está lamentando eventos cancelados
A pandemia certamente mudou totalmente as nossas vidas, forçando as pessoas a perder vários eventos e experiências pelos quais elas esperavam com muita alegria e animação.
“Clientes estão lamentando eventos importantes cancelados, como aniversários, aposentadorias, casamentos, formaturas”, comenta Erinna.
Não há viagens, não há comemorações. E isso é chato, é irritante, é decepcionante e é triste – não se sinta culpado por lamentar essa consequência negativa do COVID-19, mesmo que haja outras muito piores.

7. Você parece um ioiô, alternando entre otimismo e pessimismo o tempo todo
No meio de uma pandemia, cada novo dia pode parecer uma semana inteira por conta de toda a informação que te bombeia, como atualizações, estatísticas e histórias diferentes.
“As pessoas estão se perguntando: ‘Devo me sentir bem ou devo me sentir mal? Sinto-me esperançoso ou sem esperança?’”, comenta Howes.
É natural sentir um monte de coisas diferentes e até opostas ao mesmo tempo ou em ciclos. Faz parte do momento.
Vale notar, no entanto, que ver muita notícia pode exacerbar essa reação, bem como várias outras nesta lista. Talvez seja interessante se desligar um pouco do noticiário e das redes sociais.

8. Você está precisando de um abraço
Muitas pessoas estão sentindo falta de contato físico. Muitos clientes estão mencionando a importância do toque para seus terapeutas.
“Sim, podemos usar o Zoom e o Facetime [para falar com pessoas amadas], mas há algo mais a ser dito sobre abraços e beijos, ou mesmo estar em proximidade física a uma pessoa. Estamos testemunhando a importância da comunidade e o poder da interação física em sua ausência”, disse Bianca Walker, terapeuta licenciada.

9. Você está inseguro
A pandemia está forçando as pessoas a “pararem no tempo”, em alguns aspectos. Pode ser que você tenha sido obrigado a dar uma pausa em alguma meta de longo prazo, ou uma busca de emprego, ou o início de um relacionamento.
E agora? O que você deveria fazer? Qualquer planejamento futuro parece inseguro.
“Muitos de nós estão querendo planejar nossas férias, aniversários, casamentos etc., mas nos sentimos presos ao não saber o que está por vir. Isso cria uma sensação terrível de não ter nada pelo que esperar, porque não temos certeza do que está por vir”, argumenta Vernessa Roberts, terapeuta de casamento e família, à SELF.

10. Você está se sentindo culpado por sua relativa segurança ou privilégio
Muitas pessoas estão se sentindo culpadas por estarem uma posição privilegiada e relativamente segura em comparação a outras, mais expostas aos impactos negativos da pandemia.
“Eu tenho visto ‘síndrome do sobrevivente’ em pessoas que possuem meios e trabalhos que podem ser feitos de casa, enquanto familiares, amigos ou até mesmo pessoas que eles veem no noticiário não”, explicou Cicely Horsham-Brathwaite, doutora em aconselhamento psicológico.
Coisas pelas quais você deveria estar grato – como estabilidade financeira, a companhia da família ou de um parceiro durante o isolamento, ou boa saúde que te deixa em menor risco de complicações – acabam sendo ofuscadas pela consciência de que nem todo mundo está em posição similar.
Se este é o seu caso, pense se você tem condições de ajudar outros, o que pode te deixar melhor.
“Aconselho as pessoas a lidarem com sua realidade e contexto, ajudando-as a pensar em maneiras de prestar serviços aos outros. Se elas estão abertas a isso, significa doar financeiramente, voluntariar-se, orar por si e pelos outros e, é claro, gerenciar sua ansiedade para apoiar seu próprio bem-estar, permitindo que sejam uma fonte de apoio emocional para os outros”, esclarece Horsham-Brathwaite.

11. Você está experimentando um arrependimento existencial profundo
Uma crise em larga escala como essa pandemia naturalmente traz à tona várias questões que podem te fazer pensar em escolhas anteriores, experiências e valores.
“Algumas pessoas estão analisando como ‘desperdiçaram’ seu tempo sofrendo ou ruminando sobre coisas que agora têm pouco valor”, afirma Golden.
Apesar de tudo, isso pode ter um efeito colateral positivo. “Elas estão começando a ver um novo significado nos seus vínculos, relacionamentos, conexões sociais, família e saúde”, disse.

12. Você está de luto
Algumas pessoas estão literalmente de luto, uma vez que perderam entes queridos para o COVID-19. No entanto, os terapeutas observam que as pessoas estão experimentando o luto de formas não tradicionais, também.
De acordo com Howes, muitos estão lidando com algum tipo de perda, seja a perda de um emprego, da liberdade, da sensação de segurança, da sua visão de como sua vida deveria estar indo. “As pessoas estão lutando com vários estágios do luto e não sabem por que se sentem assim. Mas você pode estar sofrendo com a perda de muitas coisas em sua vida agora”, sugeriu.
Você também pode estar lamentando a perda de vidas em larga escala, mesmo que não conheça pessoalmente ninguém que morreu. Isso pode ser verdade especialmente em comunidades mais afetadas pelo COVID-19.
“Entre meus clientes que são pessoas de cor, principalmente negros e pardos, há um sentimento de tristeza individual e coletiva, uma vez que relatórios recentes indicam que essas comunidades são desproporcionalmente impactadas pelo COVID-19 devido à desigualdade e discriminação estruturais”, afirmou Horsham -Brathwaite.

13. Você está se sentindo culpado por não ser mais produtivo
Sua irmã está treinando todos os dias em casa, seu vizinho está aprendendo uma nova língua, seu marido resolveu virar o novo Master Chef, seus amigos estão fazendo todo o tipo de curso online, e você está se sentindo totalmente inadequado em meio a tudo isso, com sentimentos mistos em relação a sua produtividade em tempos de quarentena.
 “Um problema que estou vendo é que as pessoas se sentem culpadas por não serem produtivas o suficiente enquanto estão em casa isoladas. Muitos clientes sentiram que estavam perdendo tempo e falhando miseravelmente na transição para trabalhar em casa. Também há pressão para aprender idiomas, fazer cursos, dominar finanças e fazer todo tipo de coisas. É a pornografia da produtividade em alta”, explica Kaity Rodriguez, assistente social clínica, à SELF.
Simplesmente permita-se não se sentir mal.

14. Você está no limite com seus filhos
Com escolas e creches fechadas, muitos pais estão tendo enormes dificuldades para se ajustar ao fato de ter os filhos em casa o dia todo, especialmente se precisam trabalhar remotamente.
Essa situação adiciona muito estresse à vida das pessoas.
“Elas sentem como se não estivessem fazendo o suficiente e estão falhando tanto com seus filhos quanto com seus empregos conforme não conseguem equilibrar tudo”, disse a assistente social clínica Kimberly Lee-Okonya à SELF.

15. Você está lidando com o reaparecimento de um trauma anterior
Você pode se ver consumido por pensamentos e sentimentos relacionados a algo do seu passado, de repente.
Isso é o seu cérebro funcionando como projetado. “Como nossos cérebros, e especialmente nossa resposta de luta ou fuga, devem nos lembrar do perigo para nos manter seguros, a pandemia está trazendo traumas do passado à tona”, explica o assistente social clínico Ryan M. Sheade à SELF.
Isso vale para qualquer experiência passada, não importa se você não a considera um trauma.
“Todos possuem traumas, seja um grande Trauma com T maiúsculo, um incidente traumático único ou pequenos traumas que são lembretes constantes de como não somos bons o suficiente, ou merecedores de amor, ou como somos insignificantes ou sem importância”, explica Sheade.
O que quer que seja que esteja te atormentando agora, tenha compaixão por si mesmo.

16. Você se sente anestesiado
Com tudo que anda acontecendo, você pode estar tão sobrecarregado que não sinta absolutamente nada.
E tudo bem. Mesmo em períodos caóticos como este, é impossível estar em alerta emocional 24 horas por dia, todos os dias.
“Eu penso nisso em termos de adrenalina. Você só pode ter adrenalina correndo por suas veias por tanto tempo até que o corpo precise se recompor e se acalmar. O mesmo vale para as emoções, especialmente quanto mais isso durar”, declara Howes.

17. Você está sentindo completamente outra coisa do que tudo nesta lista
As pessoas estão sentindo de tudo neste momento. A lista compilada pelo SELF é só a ponta do iceberg – de depressão a tédio a inadequação à excitação, muitos estão passando por um espectro maluco de emoções durante esta pandemia.
A questão que fica é: não importa como você se sinta, ainda é uma resposta válida a essa experiência complexa que estamos vivendo.
“É importante entender que todos estamos lidando com isso como uma unidade, mas essa unidade é impactada de maneiras diferentes. Lembre-se de que o impacto que isso tem sobre você ainda é válido e real. A decisão de escolher como passar esse tempo depende de você e não pode ser comparada à forma como os outros estão passando esse tempo. Lembremos de abraçar nossos próprios sentimentos e lutas e mostrar compaixão pelos sentimentos e lutas dos outros”, conclui Roberts. [Self]


quinta-feira, 16 de abril de 2020

Perguntas e respostas sobre a Pandemia do Coronavírus


Com o intuito de tirar dúvidas da população sobre o Coronavirus, a Liga Acadêmica de Farmacologia Clínica da UFS-Lagarto em parceria com o Centro de Informações sobre Medicamentos da UFS-Lagarto e com a colaboração do Laboratório de Estudos e Cuidados Farmacêuticos (Lecfar), do Laboratório de Desenvolvimento Farmacêutico, do Departamento de Farmácia da UFS-Lagarto e do Conselho Regional de Farmácia (CRF-SE) criou um grupo no WhatsApp para toda a população e acadêmicos a fim de tornar acessível conteúdos confiáveis e esclarecer as Fake News sobre a pandemia COVID-19. Além disso, com parceria com a Liga Academia em Inclusão dos Deficientes Auditivos e Surdos na Saúde (LAIDASS) as informações também são disponibilizadas em LIBRAS.

O ministério da saúde falando agora que algumas pessoas podem utilizar máscara de pano, o que vocês acham sobre isso? Já que muitos materiais estão em falta?

A máscara caseira é mais uma alternativa para evitar a infecção por coronavírus (SARS-CoV-2) e contrair a COVID-19. Mas, é importante ressaltar que as recomendações de evitar aglomerações e contato físico (toque de mãos entre pessoas, beijos e abraços), manter a higienização das mãos com água e sabão, utilizar álcool a 70% para as mãos e superfície e, não compartilhar objetos pessoais devem ser mantidas!

As máscaras faciais são equipamentos de proteção individual (EPI) (Lei nº 13.969, de 06 de fevereiro de 2020 e a Portaria nº 327, de 24 de março de 2020), com impacto na proteção coletiva. Esses equipamentos funcionam como uma espécie de filtros que retêm partículas contaminadas por microorganismos.
Apesar das diversas ações realizadas pelo Ministério da Saúde para aquisição de EPIs, o cenário atual da pandemia de COVID-19, levou a escassez de das máscaras cirúrgicas e as N95/PFF2, em diversos países. Ficando seu uso priorizado aos profissionais nos serviços de saúde (Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 356, de 23 de março de 2020).

As máscaras caseiras, até o dia 02/04/2020 eram consideradas inadequadas pelos órgãos reguladores e sanitários. Contudo, elas vem se tornando uma necessidade neste momento, visando minimizar o aumento dos casos de COVID-19, em especial aqueles que são transmitidos por portadores assintomáticos. Sua utilização pode auxiliar no impedimento da disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, agindo como uma barreira física. Além de auxiliar na mudança de comportamento da população e diminuição de casos. Contudo, é importante salientar, novamente, que as demais medidas de higienização, das mãos, superfícies, roupas, calçados e utensílios, bem como da própria máscara DEVEM ser mantidas. Só o uso da máscara não garante proteção a infecção pelo coronavírus (SARS-CoV-2).

A sugestão do Ministério da Saúde, em nota Técnica publicada em 02/04/2020, é de que a população produza suas máscaras caseiras em tecido de algodão, tricoline, TNT, ou outros tecidos, que podem assegurar uma boa efetividade. Quanto mais espessa e fechada a trama do tecido, melhor barreira física ele se tornará enquanto máscara. O importante é que a máscara seja higienizada após cada uso, feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

            Existem diversos vídeos e sites orientando a forma de confeccionar sua própria máscara (https://www.youtube.com/watch?v=qNLne8CE8xM&feature=youtu.be), siga aquele que melhor atender suas possibilidades, e que esteja dentro das orientações citadas acima.

Sobre cuidados na utilização e higienização das máscaras caseiras:

●     A máscara caseira é individual. Não compartilhe com familiares, amigos e outros.

●     Coloque a máscara, segurando nas alças, levando-as até as orelhas de forma a cobrir a boca e nariz.

●     Evite tocar na máscara enquanto estiver utilizando ela, não fique ajustando a máscara. Ao tocar nela, você pode estar transmitindo vírus da sua mão.

●     Fique em casa, mas se for necessário sair para a rua, leve junto um saco plástico e outra máscara limpa, para o caso de acidentalmente contaminar a que estiver em uso e precisar trocar.

●     Se espirrar, tossir ou ao chegar em casa, lave as mãos com água e sabão, secando-as bem, e retire a máscara (remova a máscara pegando pela alça, evitando de tocar na parte da frente), coloque ela diretamente no saco plástico (você deve lavar ela assim que possível). Higienizar novamente as mãos e colocar outra máscara limpa. seguindo os cuidados já citados anteriormente. Por isso é importante que você tenha no mínimo 2 máscaras caseiras.

 Como lavar a máscara caseira?

 ●     Coloque a máscara em recipiente com água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%) e deixe “de molho” por 30 minutos.

●     Após o tempo de imersão (molho), realizar o enxágue em água corrente e lavar com água e sabão.

●     Após lavar a máscara, a pessoa deve higienizar as mãos com água e sabão. A máscara deve estar seca para sua reutilização.

●     Com a máscara seca, após a lavagem, utilize o ferro de passar quente e depois guarde em um saco plástico até a necessidade de usar.

ATENÇÃO: Jogue fora, na lixeira, a máscara que esteja estragada, com buracos ou rasgada.

Como preparo essa água sanitária?

●     O Ministério da Saúde orienta que você utilize 1 parte de água sanitária para 50 partes de água (Exemplo, pegue 10 ml de água sanitária para 500ml de água potável).

Referências:

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2). Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096. Acesso em: 02 Abr. 2020.

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 356, DE 23 DE MARÇO DE 2020. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/5809525/RDC_356_2020_COMP.pdf/fbe549f1-b74c-42e9-9979-2ab98cf55de2. Acesso em: 03 Abr. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Máscaras caseiras podem ajudar na prevenção contra o Coronavírus. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46645-mascaras-caseiras-podem-ajudar-na-prevencao-contra-o-coronavirus. Acesso em: 03 Abr. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Nota técnica sobre uso de máscara caseiras. 2020. Disponível em: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/02/Minist--rio-da-Sa--de---Nota-t--cnica-sobre-uso-de-m--scara-caseiras.pdf. Acesso em: 03 Abr. 2020.

KAMPF, G. et al. Persistence of coronaviruses on inanimate surfaces and their inactivation with biocidal agents. Journal of Hospital Infection, v. 104, n. 3, p. 246–251, 2020.

2.    Quem tem sinusite, rinite, imunidade baixa (com sintomas de falta de ar, devido às comorbidades), estão em grupos de risco?  Qual grupos de riscos?

A rinite não é uma das doenças que colocam indivíduos no grupo de risco da COVID-19 (coronavírus). Entretanto, se não tratada, ela pode aumentar as chances de infecções, incluindo pelo novo coronavírus, pois o quadro provoca uma inflamação. Além de inchaço, há mais secreção e o batimento ciliar (dos pelos do nariz) não fica tão coordenado, facilitando a entrada de um vírus, por exemplo, na região. O invasor tem mais tempo de contato com a mucosa e predispõe o indivíduo a doenças respiratórias.

Os grupos de risco são: Idosos e indivíduos com doenças crônicas, como os acometidos por problemas no coração, hipertensão, diabetes não controlada, problemas renais e pulmonares, apresentam deficiência no sistema imunológico (baixas defesas no organismo).

Referências:
UOL. Coronavírus: quem tem rinite está no grupo de risco? Sinais são diferentes? Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/25/coronavirus-quem-tem-rinite-esta-no-grupo-de-risco-sinais-sao-diferentes.htm. Acesso em: 27 mar. 2020.

DRAGER, L. Coronavírus pode ser mais grave em pessoas com doenças no coração. [S. l.], 3 mar. 2020. Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/coronavirus-pode-ser-mais-grave-em-pessoas-com-doencas-no-coracao/. Acesso em: 24 mar. 2020.

Alimento que comprei em supermercado, devo lavar a embalagem com sabão? Vai que alguém espirrou!
Sim, deve lavar as embalagens. O ideal é que as embalagens sejam limpas com álcool 70% ou hipoclorito 0,5% (que seria 200mL de água sanitária misturada a 800 mL de água). Caso não tenha álcool ou água sanitária em casa, pode lavar com água e sabão. No entanto, deve-se ter cautela durante a lavagem para que o sabão não entre em contato com o alimento.

Já as frutas e verduras devem ser lavadas com água corrente e colocadas em um recipiente com água e hipoclorito (água sanitária), utilizando a seguinte medida: para cada 1 litro de água, acrescente 1 colher de sopa (15mL) de água sanitária. Deixar as frutas e verduras nessa solução por no mínimo 10 minutos e no máximo 15 minutos e, em seguida, lavar bem em água corrente e deixar secar naturalmente.

Lembrar também que sempre antes de preparar os alimentos e comidas, deve-se higienizar as mãos.

Referência:

CONTIJO, J. Manipular e higienizar corretamente os alimentos é essencial para conter o coronavírus. [S. l.], 22 mar. 2020. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2020/03/22/interna_bem_viver,1130896/manipular-e-higienizar-corretamente-os-alimentos-e-essencial-para-cont.shtml. Acesso em: 24 mar. 2020.

4.    Vocês acreditam que abrir o comércio por períodos de serviços alternados ou reduzidos seria melhor opção que abrir tudo de uma vez?

            Não há como nos posicionarmos a respeito de decretos ou leis. É necessário conhecimento e permissão jurídica para isso. O que podemos dizer é que atualmente o isolamento/distanciamento social é, juntamente com as medidas de higiene a única forma de prevenção de infecção pelo novo coronavírus e de colapso do sistema de saúde, que levaria a muitos óbitos por falta de suprimentos e estrutura física e de pessoal.

Em Sergipe, o Decreto Nº 40.570 de 03 de abril de 2020 mantém, até o dia 17 de abril de 2020, a proibição  “das atividades e dos serviços públicos e privados não essenciais, com necessário fechamento, a exemplo de academias, shopping centers, galerias, boutiques, clubes, boates, casas de espetáculos, salão de beleza, clínicas de estética, clínicas de saúde bucal/odontológica, clínicas de fisioterapia, ressalvadas aquelas de atendimento de urgência e emergências, além do comércio em geral”, atualizando a informação descrita no art. 2º do Decreto Nº 40.567 de 24 de março de 2020. Após esse período, o governo estadual deverá seguir as orientações do Ministério da Saúde do Brasil, que irão, a depender da situação dessa pandemia, tomar novas decisões. Ou seja, ainda não sabemos como será feita a reabertura do comércio e de outros serviços.

Tendo isso em vista, destacamos que o cumprimento da lei é obrigatório e de extrema importância, para a redução da circulação de pessoas e diminuição do risco de possíveis contaminações. 

 Qual a importância do distanciamento social?

As medidas de distanciamento social visam, principalmente, reduzir a velocidade da transmissão do vírus. Ela não impede a transmissão, no entanto, ela ocorrerá de modo controlado em pequenos grupos dentro dos domicílios, evitando assim o colapso nas unidades de atendimento. Com isso, o sistema de saúde terá tempo para reforçar a estrutura com equipamentos e profissionais capacitados. É importante destacar que há um déficit de 6 milhões de profissionais de enfermagem no mundo e, sabendo que estão na linha de frente nessa pandemia, o distanciamento social é um motivo para a organização do sistema de saúde, pois se os novos casos aumentarem descontroladamente, além da falta da estrutura física das unidades de atendimento, também haverá profissionais capacitados em quantidade insuficiente.

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico 7 – COE Coronavírus. 6 abr. 2020. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/2020-04-06---BE7---Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf. Acesso em: 08 abr. 2020

ESTADO DE SERGIPE. DECRETO Nº 40.570 DE 03 DE ABRIL DE 2020. [S. l.], 3 abr. 2020. Disponível em: https://www.se.gov.br/uploads/download/midia/16/5cd83b2c0dc4545e4d0e43180ca4e65d.pdf. Acesso em: 8 abr. 2020.

ESTADO DE SERGIPE. DECRETO Nº 40.567 DE 24 DE MARÇO DE 2020. [S. l.], 3 abr. 2020. Disponível em: https://www.se.gov.br/uploads/download/midia/12/8e27be55ccfddfd7c243b7d57000211c.pdf. Acesso em: 8 abr. 2020.

  Como a pessoa é curada da COVID-19? Segundo vejo na mídia, a doença não tem cura!

Para responder essa pergunta, é preciso esclarecer algumas coisas:

Cura, de uma forma geral e, em acordo com as definições de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da ausência dos sinais e sintomas da doença e está associada a utilização de medidas farmacológicas como a vacinação ou a utilização de fármacos. Então, quando se fala que alguém “se curou” da doença COVID-19, causada pelo coronavírus humano (SARS-CoV-2), significa que esta pessoa não tem mais sinais e sintomas da doença e o vírus não pode mais ser detectado no organismo.

Como não existe tratamento farmacológico comprovadamente eficaz tampouco vacina para doença, costuma-se afirmar que não há cura para COVID-19. Isso não quer dizer que todos os infectados padecerão da doença. A grande maioria dos infectados consegue montar uma resposta imunológica capaz de tornar o vírus indetectável no organismo e que os sintomas desapareçam.

A grande maioria dos cientistas defendem que a infecção pelo SARS-CoV-2 gera imunidade protetora contra a infecção pelo mesmo vírus. Isso quer dizer que ao se recuperarem da doença os indivíduos infectados tornam-se imunes ao SARS-CoV-2.

O que tem confundido um pouco a mídia são alguns casos onde a infecção reaparece em alguns pacientes após o desaparecimento dos sintomas e do vírus não ser mais detectado no organismo. Esse fato e normalmente está ligado a quantidades indetectáveis do vírus que voltam a se multiplicar no organismo ou a falhas na testagem que podem diminuir a sensibilidade dos testes laboratoriais

Brasil. Ministério da Saúde - Secretaria de Atenção Primária à Saúde. PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO DO CORONAVÍRUS (COVID-19) NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. Versão 5. Março 2020. Página 5. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/20200323-ProtocoloManejo-ver05.pdf acesso em 30/03/2020.
Li Q, Guan X, Wu P, et al. Early transmission dynamics in Wuhan, China, of novel coronavirus-infected pneumonia. N Engl J Med 29 Jan. 2020. doi: 10.1056/NEJMoa2001316.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. O que é coronavírus?. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#definicaodecaso. Acesso em: 31 mar. 2020.

OMS, OPAS. Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização PanAmericana da Saúde (OPAS). INDICADORES DE SAÚDE: Elementos Conceituais e Práticos (Capítulo 1). Disponívem em https://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=14401:health-indicators-conceptual-and-operational-considerations-section-1&Itemid=0&limitstart=1&lang=pt acesso em 30/03/2020.

Salomão, R. Infectologia - Bases Clínicas e Tratamento/ Reinaldo Salomão. 1° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.