terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

16 maneiras gratuitas de cuidar de si mesmo


O que você pensa quando ouve a palavra “autocuidado”?

Sim, estamos falando de cuidar de si mesmo. E não, não estamos falando de ir ao salão de beleza, fazer uma massagem, comprar uma máscara facial ou algum produto corporal caro, nem de planejar uma mega viagem em um resort para relaxar.

A era das redes sociais pode até lhe ter feito acreditar que autocuidado é isso, mas existem maneiras muito melhores (e que não custam quase nada) de sentir-se bem.

 “Todo o conceito de autocuidado realmente se desviou da intenção original e se tornou um meme. Quando falo com meus clientes sobre autocuidado, raramente incentivo práticas e hábitos que custam dinheiro. De fato, gastar dinheiro excessivamente ou fundos que não temos em nome do ‘autocuidado’ pode ser angustiante, destrutivo e trabalhar contra nosso bem-estar mental e emocional”, explicou a psicoterapeuta americana Kathleen Dahlen deVos.

Pensando nisso, o The Huffington Post pediu dicas de formas praticamente gratuitas de praticar o autocuidado a especialistas de bem-estar. Fique atento!

1 – Passe um tempo fora de casa
Não importa onde você mora, você pode facilmente passar um tempo ao ar livre. Sente-se na grama, tome alguns minutos de sol no seu quintal, dê uma volta em um parque ou mesmo faça uma caminhada em torno de seu quarteirão.
“Sair de casa e se afastar de nossos dispositivos acalma nosso sistema nervoso dos efeitos negativos dos estressores do cotidiano”, afirmou a médica Tiffany Lester, de São Francisco (EUA).

2 – Limpe e organize seus espaços
Quando sua casa ou seu escritório está bagunçado, isso pode afetar seu estado mental, fazendo você se sentir mais estressado e ansioso, por exemplo.
“Para alguns, um espaço bagunçado ou desorganizado pode ativar seu sistema nervoso e afetar o bem-estar mental. Se esse é o seu caso, reservar um tempo para limpar seu espaço pode ser um ato de autocuidado e amor próprio, e pode parecer uma terapia ao invés de uma tarefa que você não quer fazer”, disse o terapeuta Jesse Kahn, diretor do Centro de Terapia de Gênero e Sexualidade em Nova York (EUA).

3 – Reduza o tempo que você passa nas redes sociais
Além de te privar de realizar outras tarefas mais importantes ou satisfatórias, diversas pesquisas já mostraram que passar muito tempo nas redes sociais é um ato associado a baixa autoestima, problemas de sono e um medo irracional de estar “perdendo” alguma coisa extraordinária.
Claro, existem vantagens em se navegar pela internet e em conectar-se com amigos através de redes sociais, mas este também é um ambiente que muitas vezes estimula o consumo em excesso e a distração, além de agir como um “entorpecente” que nos faz esquecer o que realmente importa em nossas vidas, explica o nutricionista McKel Hill Kooienga, de Nashville (EUA).
Se você tem dificuldade em largar o celular, pode utilizar truques como as funções que os apps têm de te lembrar quanto tempo você já gastou neles, bem como desligar as notificações.

4 – Mantenha um diário
Mesmo que você não queira ter um diário, pode simplesmente pegar um papel e uma caneta e tentar escrever sobre seus pensamentos e emoções às vezes, bem como refletir sobre eventos de sua vida ou cultivar gratidão pelo que você tem.
“Às vezes, escrever ajuda tanto quanto terapia. Manter um diário nos auxilia a externalizar o que está se passando em nossas mentes, a olhar para nossos pensamentos com mais objetividade”, afirma Lauren Donelson, escritora e professora de yoga em Seattle (EUA).

5 – Durma melhor
A importância do sono já foi abordada por inúmeros estudos científicos. Fazer um esforço para dormir sete a nove horas por noite de forma consistente pode fazer toda a diferença em sua vida, inclusive melhorar seu humor e seu desempenho no trabalho.
“Talvez autocuidado seja dormir um número determinado de horas por noite, não exceder determinado número de horas, dormir em determinado horário para ser capaz de levantar-se em determinado horário ou criar um ritual que te ajuda a relaxar e acalmar seu corpo para dormir”, argumenta Kahn.

6 – Medite
A meditação é comprovadamente uma das melhores formas de restauração e reconexão com a mente e o corpo.
“Há um valor muito grande em se dar tempo e espaço para trocar do modo ‘fazer’ para o modo ‘ser’. A meditação permite que as pessoas se reconectem com as necessidades de seu corpo e mente”, diz Tamara Levitt, instrutora de meditação em Toronto (Canadá).
Se você não é fã de meditar em silêncio, pode utilizar aplicativos (gratuitos ou pagos) para te guiar nesse processo.

7 – Questione-se sobre seu próprio bem-estar
Pelo menos uma vez por dia, separe um tempinho para ver como você está indo. Faça uma pausa para questionar-se se você está com fome, cansado, satisfeito, que emoções está sentindo e que partes de seu corpo precisam de atenção.
“Apenas fazer a si mesmo a pergunta: ‘como estou indo agora?’ é um lembrete gentil de cuidar de si mesmo”, opina Hill Kooienga.

8 – Mexa-se
Exercitar-se faz bem não só para a saúde física, mas também para a mental. Se você não tem dinheiro para ir à academia ou fazer aulas pagas, pode dançar sozinho em seu quarto ouvindo suas músicas preferidas, buscar por atividades gratuitas em sua cidade (como aulas comunitárias de ritmos musicais, lutas marciais, alongamento), correr em um parque e até assistir vídeos instrutivos na internet, como aulas de yoga.

9 – Conecte-se com pessoas queridas na vida real
Mandar um e-mail ou uma mensagem de texto é certamente muito conveniente e parece “diminuir” a distância entre as pessoas, ou conectá-las, por assim dizer.
Mas tirar um tempinho para realmente se encontrar com amigos e família é muito melhor no que diz respeito a satisfazer nossas necessidades de conexão interpessoal, de uma maneira que a internet não consegue fazer.
“Ligue para um amigo, faça uma caminhada com um colega ou prepare um jantar com um membro da família. Conectar-se com outras pessoas de quem gostamos nos ajuda a espairecer, regula o sistema nervoso e melhora o humor”, conta Dahlen deVos.

10 – Invista em um hobby
A vida não deve ser só trabalho e obrigações domésticas e familiares, certo? É preciso reservar um tempo para fazer aquilo que realmente apreciamos, para investir em um hobby.
“A maioria de nós é muito ocupada para separar um tempo para atividades que dão alegria e trazem conforto. Encontre tempo toda semana para se desligar dos eletrônicos e se engajar em um hobby que rejuvenesça seu espírito; toque um instrumento, escreva em um diário, faça uma aula de culinária. Enquanto os eletrônicos nos esgotam, nossas atividades favoritas nos nutrem”, explica Levitt.

11 – Respire fundo
Em períodos muito estressantes, podemos passar horas ou um dia inteiro sem respirar profunda e corretamente, a menos que façamos isso intencionalmente. E talvez você não tenha ideia do bem que isso pode te causar.
“Eu gosto de respirar profundamente de manhã e ao longo do dia porque me ajuda a me recentrar e me conectar mais com o momento presente. Uma estratégia que eu uso é me lembrar de fazer três respirações profundas toda vez que vou ao banheiro e lavo minhas mãos. É fácil, gratuito e faz uma enorme diferença nos meus níveis diários de estresse”, argumenta Jessica Jones, nutricionista em São Francisco (EUA).

12 – Seja voluntário               
Escolhe uma causa, uma organização ou uma ideia e voluntarie seu tempo a ela.
“Engajar-se em atos altruístas e ver suas ações tendo um impacto direto e positivo na vida de outras pessoas é uma forma certeira de melhorar o humor e sentir-se parte de algo maior do que si mesmo. Isso pode ajudar a colocar seus problemas em contexto, ou pelo menos te dar uma pausa dos estressores do dia a dia sem ser uma atividade entorpecente”, esclarece Dahlen deVos.

13 – Coma mais vegetais
Tenha como meta diminuir o consumo de comidas ultraprocessadas e aumentar o de vegetais e outros lanchinhos saudáveis.
“A maioria de nós não consome alimentos integrais suficientes e muito menos vegetais, que nos mantêm de bom humor e satisfeitos por causa da saciedade prolongada oferecida pelas fibras. Os vegetais nutrem nosso corpo físico em um nível celular com fibras, minerais, vitaminas e antioxidantes, e podem ter um sabor delicioso também”, afirma Hill Kooienga.

14 – Abrace pessoas (e bichinhos) amados
Dormir de conchinha com a pessoa amada ou abraçar um amigo, um filho e até um cachorro pode ser muito importante para seu bem-estar. Entre outras coisas, pode aliviar a ansiedade e a depressão, bem como diminuir sentimentos de solidão.
 “O abraço libera ocitocina, um hormônio que nos faz nos sentirmos bem, e também ajuda a reduzir o estresse”, explica Lynsie Seely, terapeuta em São Francisco (EUA).

15 – Aprenda a dizer não
Autocuidado não é sempre sobre fazer algo “a mais” em sua rotina; às vezes, é sobre saber escolher aquilo que você não quer fazer.
“Muitos de nós gostam de agradar aos outros e passam muito tempo fazendo coisas por causa de sentimentos de culpa e obrigação, o que por sua vez deixa as pessoas sem energia e sem a capacidade de focar em si mesmas e em suas reais necessidades”, diz a nutricionista e terapeuta de hábitos alimentares Sara Groton, de São Francisco (EUA).
Sempre que você se pegar pensando “tenho que fazer isso”, “preciso fazer aquilo”, tire um momento para desafiar esse pensamento – tem mesmo? Precisa mesmo?

16 – Pratique autocompaixão
Nem mesmo todos os procedimentos de beleza, cirurgias plásticas e massagens do mundo poderiam consertar aquela voz interior que nos julga e critica o tempo todo.
Seja gentil consigo mesma; se perdoe, se ame, não se culpe. Isso é autocuidado da maior qualidade.
Se você não sabe por onde começar, pode aproveitar o conselho da terapeuta americana Allison Hart, colocar sua mão em seu coração e repetir: “Estou com dificuldades agora. Estou sofrendo, estou com raiva ou me sentindo fora do fluxo. Que eu seja gentil e flexível comigo mesma. Que eu seja bondosa comigo mesma e que eu faça uma pausa na resolução de problemas por um momento”. [HuffPostBrasil]


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Copa e Copinha O Saber de futsal masculino 2020


Sono da beleza repõe colágeno e atrasa envelhecimento


Uma noite de sono bem dormida pode trazer diversos benefícios para saúde da pele

Você já teve uma noite de sono bem dormida e acordou achando que a pele estava mais bonita e renovada? Era real. De acordo com estudo realizado por biólogos da Universidade de Manchester, o "sono da beleza" tem relação com a reposição de colágeno.

A pesquisa, publicada na revista científica Nature Cell Biology, conseguiu provar que dormir bem traz diversos benefícios estéticos. Isso porque o nosso organismo está abastecido com muitas fibras de colágeno - que são as proteínas que garantem a elasticidade e a força do tecido conjuntivo.

Ainda segundo o estudo, essas proteínas podem ser divididas em dois tipos: as grossas, produzidas até os 17 anos de idade e que ficam no corpo por toda a vida; e as finas, que se quebram durante o dia e são reabastecidas à noite.

Dessa forma, durante o sono, o relógio biológico trabalha para repor as fibras que foram quebradas e perdidas no dia, protegendo também as permanentes.

Como o estudo foi feito
O estudo foi realizado com ratos, que eram analisados a cada quatro horas, durante dois dias. Os biólogos notaram que ao retirar os genes ligados ao relógio biológico, as fibras eram misturadas.

Quando o relógio funcionava corretamente (acontece quando dormimos bem), as fibras finas morriam e as grossas permaneciam - a forma correta e natural para que a pele tenha elasticidade por mais tempo.


domingo, 23 de fevereiro de 2020

Descubra como caminhar pode emagrecer mais do que academia


Trinta minutos de caminhada rápida diariamente é mais eficaz do que malhar

Com a rotina agitada, a melhor forma de perder os quilinhos extra é buscar a prática que gaste menos tempo do seu dia e mais calorias. Nesse sentido, um estudo da Escola de Economia de Londres, no Reino Unido, apontou que caminhar de forma acelerada pelo menos 30 minutos por dia é mais eficaz na perda de peso do que malhar ou praticar outros esportes.

A médica Grace Lordan, responsável pelo estudo, analisou os relatórios da Pesquisa Anual de Saúde da Inglaterra dos últimos quatro anos, com o foco em atividades que aumentem o condicionamento físico da população. Assim, ela identificou um padrão entre as pessoas que praticavam caminhada rápida todos os dias por no mínimo meia hora: elas tinham o Índice de Massa Corporal (IMC) menor e a cintura mais fina, sem gorduras localizadas, especialmente entre as mulheres e pessoas acima de 50 anos em geral.

Se esses motivos ainda não convenceram você a começar a caminhar, veja abaixo mais algumas razões para incluir essa atividade na sua vida:

1. Melhora a circulação
Um estudo feito pela USP, de Ribeirão Preto, provou que caminhar durante aproximadamente 40 minutos é capaz de reduzir a pressão arterial durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão.

2. Aumenta a sensação de bem-estar
Uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins, pode melhorar significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para o humor e a autoestima, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Essex, no Reino Unido.

3. Diminui a sonolência
A caminhada durante o dia faz com que o nosso corpo tenha um pico na produção de substâncias estimulantes, como a adrenalina. Essa substância deixa o corpo mais disposto durante as horas subsequentes ao exercício. Somado a isso, a caminhada melhora a qualidade do sono de noite.

4. Controla a vontade de comer
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que fazer caminhadas pode conter o vício pelo chocolate. Durante a pesquisa, foram avaliadas 25 pessoas que consumiam uma quantidade de pelo menos 100 gramas por dia de chocolate. Os chocólatras tiveram que renunciar ao consumo do doce e foram divididos em dois grupos, sendo que um deles faria uma caminhada diária.
Os pesquisadores perceberam que não comer o chocolate, juntamente com o estresse provocado pelo dia a dia, aumentava a vontade de consumir o doce. Mas, uma caminhada de 15 minutos em uma esteira proporciona uma redução significativa da vontade pela guloseima.


sábado, 22 de fevereiro de 2020

10 coisas muito perigosas que você ainda pode comer


Você poderia pensar que, a essa altura do campeonato, seres humanos já sabem o que podem e o que não devem colocar na boca. Mas não é o caso. Comidas muito perigosas continuam populares no mundo todo, e são até consideradas iguarias em alguns locais.

Sim, as pessoas a consomem de propósito. Também não sei o que dizer disto.

10 – Marisco sanguinário
Comer marisco sempre traz riscos de saúde, especialmente porque esses animais são filtradores, ou seja, se alimentam por filtragem. Mas os sanguinários – apelido que vem do inglês “blood clam” – são particularmente perigosos. Um dos mais consumidos é o Tegillarca granosa.
O nome tem origem no fato de que eles possuem grandes quantidades de hemoglobina no sangue, o que lhes dá uma tonalidade vermelho escura. Outras espécies de marisco possuem sangue claro, então a diferença é bastante visível.
O problema em comer mariscos com sangue vermelho jorrando é que você provavelmente pegará hepatite A, E, disenteria ou febre tifoide. Isso se deve à habilidade do animal em filtrar até 40 litros de água por dia – enquanto se alimenta de organismos nessa água, também absorve vírus, bactéria e sabe-se lá mais o quê. Ou seja, em águas particularmente poluídas, os mariscos podem vir com presentes nada generosos. 
Em Xangai, na China, em 1988, cerca de 300.000 pessoas ficaram gravemente doentes ao comer mariscos sanguinários. 31 morreram. Estima-se que 15% de todos aqueles que comem esses animais ganham alguma infecção. E ainda assim eles são uma iguaria em muitas partes da região indo-pacífica. Ok, né…

9 – Sabugueiros
Os frutos e bagas dos sabugueiros – árvores do gênero Sambucus – são em geral comestíveis. A baga de sabugueiro (Sambucus nigra), por exemplo, é frequentemente utilizada na preparação de doces e bebidas e comercialmente cultivada no centro e leste da Europa. Algumas espécies também são consideradas medicinais e cultivadas para o fabrico de remédios homeopáticos.
No entanto, encontrar esses frutos e comê-los na natureza pode ser perigoso. Isso porque as folhas, galhos, ramos, sementes e raízes dessas plantas contêm um glicosídeo cianogênico. Se as pessoas o ingerirem em quantidade suficiente, podem ter uma acumulação tóxica de cianeto no corpo. Claro, comer essas partes da planta não é proposital; o fruto em si não é venenoso, mas pode ser que algum pedaço indesejado seja consumido junto.
É por esse motivo que brinquedos feitos com madeira de sabugueiro são desencorajados, e chás feitos com folhas e outras partes da árvore devem ser tomados com cautela.

8 – Baiacu
Baiacus podem até parecer fofos, mas também são mortais. O que (aparentemente) não impede as pessoas de comê-los.
A arte japonesa de preparar o baiacu, chamado por lá de fugu, é perigosa e demorada. Qualquer chef que queira servi-lo precisa de uma licença que depende de um treinamento de pelo menos três anos.
Isso porque o baiacu contém tetrodotoxina, uma neurotoxina 200 vezes mais fatal que o cianeto. O veneno fica nos órgãos reprodutivos, fígado e intestino do peixe, partes que normalmente não são consumidas, mas é necessário confiar muito no fato de que o chef limpou o animal corretamente.
Se qualquer pingo de tetrodotoxina restou no baiacu, as chances de sobrevivência são mínimas. A morte pode ocorrer de 20 minutos até 24 horas depois da ingestão. Primeiro, você sentirá um formigamento na boca, seguido de paralisia e por fim morte – enquanto permanece consciente o tempo todo. Quer arriscar?

7 – Rã-touro-africana
Embora não sejam tão populares no Brasil, pernas de sapos e rãs são consumidas em diversas partes do mundo. Geralmente, comer esses anfíbios não é perigoso. Exceto no caso da rã-touro-africana, consumida inteira em algumas partes do continente africano, especialmente na Namíbia, onde a iguaria é chamada de “efuma”.
No leste do vale de Luangwa, o povo Nsenga chama a rã de “kanyama kaliye fupam”, o que significa “o animal sem ossos”. Ele pode até ser gostoso, mas a pele e outros órgãos desse anfíbio contêm toxinas prejudiciais que podem levar à insuficiência renal e até à morte. Ou seja, eu passaria.
Não que o povo Nsenga não tome nenhuma precaução – ao que tudo indica, rãs jovens que ainda não acasalaram são muito mais letais do que as mais velhas, de forma que é importante evitar comê-las antes do início da estação de acasalamento.

6 – Água-viva de Nomura
A água-viva de Nomura, conhecida também como Echizen Kurage, é uma espécie de água-viva que pode chegar a dois metros de comprimento e pesar até 200 kg. Não é um animal conhecido por dar uma bela refeição, mas é considerado uma iguaria no Japão.
Sei o que você está pensando: é uma água-viva, logo é tóxica. Sim e não. Tipicamente, carne de água-viva não é tóxica desde que você coma as partes certas. No caso da Echizen Kurage, no entanto, o problema é que ela precisa ser cozida apropriadamente. Jamais pode ser ingerida crua, e se não for corretamente preparada pode carregar níveis tóxicos de nematocistos, o veneno das águas-vivas.
Quando você é queimado por uma, pode sentir coceira, inchaço, dor e inflamação. Quando você ingere uma Echizen Kurage ainda venenosa, no entanto, pode morrer. Apesar disso, se bem cozida, ela é segura. Uma companhia japonesa até serve um sorvete de água-viva com baunilha feito da carne da Echizen Kurage.

5 – Castanha-de-caju
Eu sei, você come e não acontece nada. Mas isso é porque você só come castanhas-de-caju torradas, nunca cruas.
Se você quiser colher um caju e ingerir a castanha ali no mesmo, no pé, você pode. Mas não deveria. Isso porque essas sementes contêm urushiol, uma substância semelhante aos químicos encontrados em plantas como hera venenosa.
Fique tranquilo: uma castanha-de-caju crua não irá te matar. Mas, se você ingerir suficientes delas, isso pode acontecer. É difícil, uma vez que a irritação e a dor provavelmente lhe impediriam de continuar comendo.
Felizmente, o vapor retira a toxina das castanhas, e assim podemos comer um balde delas sem medo ou culpa. Até porque fazem muito bem para a saúde.

4 – Kæster Hákarl
Kæster Hákarl, ou simplesmente Hákarl, é um prato tradicional islandês feito da carne e da pele do tubarão-da-groenlândia.
Se você já não está achando muito apetitoso, espere até eu te contar que o tubarão não tem rim nem trato urinário. Logo, seus “resíduos”, que contêm níveis altos de ácido úrico e óxido de trimetilamina, são filtrados por sua pele.
Para tornar a coisa toda remotamente comestível e segura, ela precisa ser fermentada e pendurada para secar por seis meses. Menos que isso não impede o risco de transmissão de doenças derivadas da ingestão dos resíduos e da toxicidade natural do animal.
Hoje em dia, é muito difícil alguém ficar doente ou morrer por comer Hákarl, uma arte já dominada. Ainda assim, os estrangeiros que comem a iguaria costumam a descrever como a pior e mais nojenta refeição que já tiveram. Ou seja, o gosto de carne fermentada de tubarão coberto de xixi deve ser suficiente para te manter longe desse prato.

3 – Ackee
Ackee ou akee é a fruta nacional da Jamaica. É muito consumida, mas se você não a conhece bem, é melhor esperar por instruções antes de enfiá-la na boca.
Isso porque a fruta possui níveis altos de um veneno chamado hipoglicina. Para ingeri-la com segurança, é necessário esperar seu amadurecimento completo. Enquanto as sementes são sempre tóxicas, a carne da fruta pode ser apreciada quando ela se abre naturalmente.
Se você comer a polpa amarela antes do momento certo, contudo, será acometido pelo que é chamado de “doença jamaicana do vômito”. Sim, é tão ruim quanto parece. Além de vômitos severos, as pessoas podem sofrer de convulsões, delírio, hepatite tóxica, choque e coma.
Isso é raro, no entanto. Em 1988, a intoxicação por ackee resultou em morte 29 vezes, com mais de 50 ocorrendo em 2001.

2 – Polvo “vivo”
Esse prato, chamado de san-nakji e considerado uma iguaria na Coréia, consiste em um filhote de polvo recém-morto. Os tentáculos continuam a se contorcer após tal morte recente e, o que é pior, balançam violentamente quando entram em contato com óleo de gergelim.
Não sei qual é a graça de comer um animal bebê se contorcendo em sua garganta, mas tem gente (não posso atestar sobre sua saúde mental) que gosta.
Mesmo um polvo morto sabe se defender, no entanto. Aparentemente, muitas pessoas acabam morrendo quando suas vias aéreas são bloqueadas por um tentáculo sacolejante. Estima-se que até seis pessoas faleçam por ano ao tentar comer a “iguaria” (ou tortura, para o polvo e para o comedor).

1 – Mandioca
Mais um alimento muito consumido no Brasil, só que nunca cru. Isso porque contém níveis perigosos de uma toxina chamada linamarina, que por sua vez pode gerar cianeto no nosso organismo. É isso mesmo que você leu.
A preparação da mandioca exige várias etapas, incluindo descascamento, secagem ao sol e fervura, para livrá-la do veneno. Fique tranquilo – a maioria dos produtos à base de mandioca que você compra já vem processados e são seguros.
Dito isto, mandioca mal processada pode ocasionalmente levar à morte. Em 2005, 27 crianças de uma escola filipina faleceram devido à ingestão de mandioca tóxica. [Listverse]