quarta-feira, 25 de março de 2020

Gripe: por que os idosos devem tomar a vacina


Embora o coronavírus seja o centro da preocupação, nossa colunista reforça o papel da vacinação na prevenção da gripe entre as pessoas mais velhas

Embora a bola da vez seja o coronavírus, causador da Covid-19, outro vírus preocupa nós, médicos que trabalhamos com os idosos. É o influenza, que está por trás da gripe.

A campanha de vacinação contra a doença em 2020 começa mais cedo, no dia 23 de março, um mês antes do que no ano anterior. Além da apreensão com o coronavírus, há indícios de que o influenza circula mais cedo este ano.

E, assim como estão no grupo de risco para a Covid-19, os idosos sofrem mais as consequências da gripe. A diferença crucial nessa história é que tem vacina contra a gripe.

E por que é indicado tomá-la todos os anos? Se você já se fez essa pergunta, saiba que não está sozinho. Só no Google podemos encontrar mais de 5,4 milhões de resultados relacionados ao questionamento.

Vou dar cinco razões médicas e científicas para os idosos, que estão na primeira chamada da campanha de imunização do Ministério da Saúde, receberem sua dose.

1. O primeiro ponto é que, após estudos e experiências na vida real, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera essa a estratégia mais eficaz para proteger os idosos contra o influenza.

2. Todos os anos, a OMS emite um novo indicativo das cepas de gripe circulantes (em linhas gerais, dos tipos de vírus). A vacina deve ser ajustada periodicamente, porque os vírus da gripe estão constantemente sofrendo mutações. Essa tática permite resguardar a população contra três ou quatro das cepas mais prováveis.

3. Estudos apontam que a vacinação é essencial para prevenir infecções graves, complicações, hospitalizações e mortes decorrentes da gripe. Isso é especialmente importante entre os grupos de alto risco, como os idosos.

4. Há, de forma natural, um declínio imunológico quando envelhecemos. Em decorrência disso, os idosos são mais vulneráveis à gripe e ao desenvolvimento de complicações como pneumonia bacteriana, além dos agravos em condições crônicas como diabetes, insuficiência cardíaca e renal, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)… A infecção por influenza pode resultar também no declínio funcional de idosos frágeis.

5. Não é preciso ter medo da imunização. As vacinas contra o influenza contêm vírus mortos, ou seja, eles não podem causar a doença. Geralmente são bem toleradas e seguras em idosos. Eventos adversos graves e clinicamente importantes são raros. As reações comuns à vacina incluem vermelhidão, dor ou inchaço onde foi dada a picada, e elas podem levar de um a dois dias para passar.

O momento ideal para a vacinação é antes que a temperatura baixe, período em que aumenta a circulação do vírus. A gripe é uma doença evitável por meio da vacina. Em tempos de coronavírus, manter o calendário de vacinação em dia é crucial para deixar o corpo protegido.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/gripe-por-que-os-idosos-devem-tomar-a-vacina-2/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Foto: Getty Images/SAÚDE é Vital

terça-feira, 24 de março de 2020

Exercícios ajudam a aumentar imunidade natural contra vírus


Veja como a atividade física ajuda a fortalecer o organismo na luta contra doenças, como a COVID-19

Dentre os inúmeros benefícios dos exercícios para a saúde, está o aumento da imunidade do organismo contra bactérias e vírus, que causam doenças como a COVID-19 (relacionada ao novo coronavírus) e outras infecções.

De acordo com a médica Mariela Silveira, diretora da Clínica Kurotel, a prática de atividades físicas é essencial para manter a qualidade de vida. Isso porque ela promove adaptações nos sistemas respiratório, cardiovascular, endócrino, digestivo e músculo-esquelético.

"Quando incorporadas como hábitos, essas adaptações melhoram as capacidades funcionais do organismo, fazendo com que o corpo tenha maior reserva energética, tolere mais desgaste físico diário e diminua o nível de estresse", aponta a educadora física Raquel Quartiero.

E tudo isso é um efeito de vários sistemas trabalhando juntos, que melhoram a resposta autoimune. É por essa razão que a imunidade aumenta ao fazer exercício físico. Mas segundo Leonardo Sokolnik de Oliveira, professor de Biomedicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), ela precisa ser moderada e constante.

Além disso, manter um peso saudável é importante. Isso significa ter o IMC (Índice de Massa Corporal) e o percentual de gordura corporal controlados, para ter menor resistência insulínica e, consequentemente, mais imunidade.

Sem contar que esses hábitos estimulam o corpo a responder mais rápido quando em contato com vírus e bactérias. Também ajudam a evitar doenças cardiovasculares, câncer, doenças crônicas e até estresse, ansiedade e depressão. Por isso, devem ser incluídos na rotina sempre que possível.

Entretanto, "quem não tem este hábito, não deve iniciar com uma intensidade elevada, pois o efeito pode ser o contrário e diminuir a imunidade", alerta Leonardo. Por isso, é importante o acompanhamento de um profissional aliado à uma alimentação saudável.

Exercícios para imunidade
Fora do período de epidemias, como a do novo coronavírus, Mariela indica opções como caminhada, natação, ciclismo e até mesmo a musculação. Mas em tempos de distanciamento social, treinar em casa é a opção mais segura para si e para os outros.

"O recomendado agora é que realmente todo mundo siga os protocolos e os decretos do governo, por livre e espontânea vontade e consciência, e treine em casa. Há milhões de maneiras de praticar exercícios longe da academia, como vídeos nas redes sociais e aplicativos - e muitos deles, gratuitos!", aponta.

Além disso, treinar em casa não requer equipamento. É possível utilizar o peso do próprio corpo, assim como é feito no treino funcional. E os resultados são eficazes, às vezes até mais do que usando aparelhos de academia.

De acordo com a educadora física, a metodologia mais eficaz é o HIIT, que envolve exercícios de alta intensidade e curta duração, realizados num curto período de tempo, aliados ao treino de força - o treino muscular.

"Basicamente, você vai fazer isso: agachamento por 20 segundos, descansar 10 segundos. Durante mais 20 segundos, fazer um exercício abdominal e depois descansar por mais 10 segundos. Em seguida, por mais 20 segundos, fazer outro exercício como o burpee", explica Raquel.

Técnicas como essa economizam tempo, aumentam o GH (hormônio do crescimento), a testosterona, a resposta imune e o gasto calórico, e ainda reduzem a compulsão alimentar, dentre outros benefícios.

"Obviamente, ter um plano de ação é o que vai fazer com que as pessoas realmente consigam melhorar a saúde, ganhar massa muscular, reduzir gordura e ter, ao mesmo tempo, o corpo que desejam", completa.


Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio são oficialmente adiadas para 2021


Em nota divulgada nesta terça-feira, após conferência entre Thomas Bach e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, evento foi oficialmente adiado para acontecer, no mais tardar, no verão de 2021

As Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio 2020 foram oficialmente adiadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira por causa da pandemia de coronavírus. A decisão foi tomada após uma teleconferência entre Thomas Bach, presidente do COI, e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, para resguardar a segurança de atletas, técnicos e de todos que participariam diretamente ou indiretamente das competições. A nota oficial não informa uma nova data para as competições, mas diz que deverão ocorrer até o verão de 2021.

- Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada de Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020, mas o mais tardar no verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e na comunidade internacional - diz o comunicado do Comitê Olímpico Internacional divulgada nesta terça-feira.

O orçamento de todos os Jogos terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação. Há ainda a preocupação sobre como ficará a questão dos ingressos e devolução de dinheiro para quem não quiser mais ir aos Jogos. O evento, ainda que possa ser adiado para 2021, permanecerá com o mesmo nome: Tóquio 2020.

A pandemia de coronavírus já registrou mais de 390 mil casos e mais de 17 mil mortes por complicações da Covid-19 em todo o mundo. Um levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins apontou que até o último domingo, mais de 318 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus. A maior parte das mortes mundiais está concentrada na Itália, são mais de 5,4 mil até o momento. O país registrou no último sábado um aumento de quase 800 mortes em apenas um dia. A Itália tem mais de 59,1 mil infectados pelo vírus, atrás apenas da China, que desde o início do surto, em dezembro de 2019, acumulou mais de 81 mil casos de Covid-19.

Em sua 32ª edição, a previsão era de que 11 mil atletas, de pelo menos 204 países, disputassem os Jogos, distribuídos por 33 esportes. Se não bastasse esse contingente de pessoas, o COI e o Comitê Organizador do Japão tinha por estimativa que as provas recebessem até cinco milhões de espectadores de todo o mundo, nos 43 locais de disputas.

No total, 178 atletas brasileiros já estavam classificados para as Olimpíadas de Tóquio. A previsão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) era a de que o número de representantes do país ficasse entre 250 e 300 competidores.

Confira a nota oficial de adiamento:

"O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

A propagação sem precedentes e imprevisível do surto viu a situação no resto do mundo se deteriorar. Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a pandemia do COVID-19 está "acelerando". Atualmente, existem mais de 375.000 casos registrados em todo o mundo e em quase todos os países, e seu número está aumentando a cada hora.

Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que as Olimpíadas de Tóquio devem ser remarcadas para uma data posterior a 2020, mas não depois do verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e a comunidade internacional.

Os líderes concordaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio poderiam ser um farol de esperança para o mundo durante esses tempos difíceis e que a chama olímpica poderia se tornar a luz no fim do túnel em que o mundo se encontra atualmente. Portanto, foi acordado que a chama olímpica permanecerá no Japão. Também foi acordado que os Jogos manterão o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020".

Do lucro ao prejuízo
Antes do seu adiamento, os Jogos de Tóquio eram apontados como os mais lucrativos da história. Agora, a previsão é a de que haja um impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 1,4%. Somente em contratos celebrados com patrocinadores, o Japão arrecadou a impressionante cifra de US$ 3,1 bilhões (R$ 15,5 bilhões), ao estabelecer parcerias com 65 empresas. Esse valor supera em três vezes o recorde anterior, que era dos Jogos de Londres 2012. O orçamento, agora, porém, terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação.

Com a venda de ingressos, a previsão era a de arrecadar US$ 800 milhões (R$ 4 bilhões). Para se ter uma ideia do sucesso da comercialização das entradas, os Jogos Rio 2016 chegaram ao total de R$ 1,2 bilhão.

As Olimpíadas japonesas já tinham consumido um total de US$ 18,2 bilhões (R$ 91 bilhões). Deste montante, US$ 5,6 bilhões (R$ 28 bilhões) foram usados pelo Comitê Organizador e US$ 12,6 bilhões (R$ 63 bilhões) aplicados nas obras de infraestrutura e construção das instalações esportivas.

Com a não realização dos Jogos na data prevista, o Japão começará a contabilizar os prejuízos. Em um primeiro momento, o principal deles se refere ao turismo, que foi apontado por especialistas Nomura Holdings, empresa de serviços financeiros e que patrocina as Olimpíadas de Tóquio.

Sem os Jogos, o Japão deixa de arrecadar US$ 2,2 bilhões (R$ 11 bilhões) somente com receitas previstas para gastos estrangeiros. O governo japonês estimou que 600 mil turistas estariam no país durante a realização das Olimpíadas.

A perspectiva da Nomura Holdings é que não realização do evento faça com que o Produto Interno Bruto (PIB) do país sofra uma retração de até 1,4%. Os números são semelhantes a que técnicos do governo têm trabalhado extraoficialmente.

O cancelamento dos Jogos significaria um prejuízo de US$ 66 bilhões (R$ 330 bilhões), que equivalem a 1,4% do PIB japonês.

Para organizar os Jogos de Tóquio, os japoneses construíram oito instalações permanentes, dez temporárias, além de terem reformado outras 25, como o Estádio Olímpico e o Ginásio Nacional de Yoyog, que foram utilizados em 1964, na primeira vez em que as Olimpíadas foram realizadas no país.

COI não resistiu à pressão
No início da pandemia de coronavírus, o COI se recusou a cogitar a possibilidade de cancelamento ou adiamento das Olimpíadas de Tóquio. Ao mesmo tempo em que a epidemia se alastrou pelo mundo, o presidente da entidade máxima do desporto olímpico, o alemão Thomas Bach, se esquivou das perguntas feitas sobre o futuro das competições.

Mas no início de março, em todo o mundo se intensificaram os cancelamentos das competições esportivas, classificatórias ou não para as Olimpíadas de Tóquio. E esse fato levou o COI a emitir uma nota oficial em 3 de março e, no dia seguinte, Bach teve de fazer um pronunciamento e reafirmar a realização dos Jogos.

Com a classificação a Tóquio 2020 prejudicada, por causa das provas canceladas, o COI convocou uma reunião no dia 17 de março com as federações esportivas para discutir o futuro das Olimpíadas. Ao término do encontro, Bach informou que a decisão que os Jogos estavam mantidos.

Ante a crescente pandemia de coronavírus, a decisão desagradou à comunidade esportiva. E, no dia seguinte ao anúncio, pela primeira, vez, atletas e Comitês Olímpicos Nacionais começaram a pedir pelo cancelamento ou adiamento dos Jogos.

- Não é sobre como as coisas serão em quatro meses. É sobre como as coisas estão agora. O COI está querendo que a gente se mantenha arriscando nossa saúde, a saúde da nossa família e a saúde pública treinando todos os dias? Estão nos colocando em perigo agora, hoje, não em quatro meses - escreveu a atual campeã olímpica do salto com vara, a grega Katerina Stefanidi, em um perfil de rede social.

Em uma videoconferência com outros presidentes de Comitês Olímpicos Nacionais, o comitê espanhol pediu pelo adiamento das Olimpíadas. O presidente da entidade Alejandro Blanco lembrou que a Espanha é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus e, por isso, teme que seus esportistas participem da competição em situação de desigualdade.

E até os membros do COI passaram a pedir pelo cancelamento dos Jogos. Integrante da Comissão de Atletas do COI, a canadense Hayley Wickenheiser, tetracampeã olímpica de hóquei no gelo, classificou como irresponsável a decisão de não adiar os Jogos, diante do avanço do coronavírus no mundo.

Na tentativa de conter o inconformismo dos atletas, ainda no dia 18 de março, o presidente do COI realizou uma reunião por videoconferência com 220 atletas classificados para Tóquio. Ao término da reunião, ele se mostrou satisfeito com o resultado.

- Todos perceberam que ainda temos mais quatro meses pela frente. Há muitas perguntas a serem respondidas sobre as restrições e dificuldades do sistema de classificação - disse, na ocasião, Bach.

A pressão por um adiamento cresceu a partir do dia 20 de março, quando dirigentes esportivos da Itália fizeram coro aos atletas se posicionando contra a realização dos Jogos em julho. No Brasil, o Comitê Paralímpico (CPB) foi a primeira instituição do país a pedir o adiamento. No dia 21 de março, foi a vez de o Comitê Olímpico do Brasil (COB) defender o adiamento e foi seguido por diversas confederações esportivas nacionais. Reforçaram os pedidos entidades dos Estados Unidos, o Comitê Olímpico da Colômbia, da Noruega, da Austrália e de diversos países. Mas foi o Canadá que fez a pressão mais forte, ameaçando não enviar atletas aos Jogos caso mantivesse a programação inicial.

O COI reagiu com uma mudança de tom. Antes não havia data-limite para definir sobre adiar ou não as Olimpíadas. No dia 22 de março, o COI estabeleceu um prazo de quatro semanas para tomar uma decisão.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/rj/olimpiadas/noticia/olimpiadas-e-paralimpiadas-de-toquio-2020-sao-adiadas.ghtml  - Por GloboEsporte.com — Tóquio, Japão - Foto: Athit Perawongmetha/Reuters

segunda-feira, 23 de março de 2020

Você já encontrou o sentido da vida? A resposta determina sua saúde e bem-estar


Quem encontrou o sentido da vida tem melhor saúde e bem-estar. Outra informação importante é que ter objetivos de vida garante os anos adicionais para realizá-los.

Sentido da vida

Você já encontrou o significado da sua vida? Se não, é melhor dedicar-se à tarefa, porque a resposta a essa questão está não apenas intimamente ligada, como também determina sua saúde e bem-estar.

Ao longo das três últimas décadas, o sentido da vida emergiu como uma questão importante na pesquisa médica e psicológica devido ao contexto de uma população em envelhecimento.

E parece que as relações entre o significado da vida, a saúde e o bem-estar são diferentes entre os adultos mais jovens e aqueles com mais de 60 anos de idade.

"Muitos pensam sobre o sentido e o objetivo da vida de uma perspectiva filosófica, mas o significado na vida está associado a uma melhor saúde, bem-estar e talvez longevidade. Aqueles com sentido na vida são mais felizes e saudáveis do que aqueles sem ele," disse o professor Dilip Jeste, da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA).

O Dr. Dilip Jeste e seus colegas descobriram que ter noção de um sentido da vida está associado a um melhor bem-estar físico e mental, enquanto aqueles que continuam buscando o sentido da vida apresentam níveis mais baixos de bem-estar mental e funcionamento cognitivo.

"Quando você encontra mais significado na vida, fica mais contente, enquanto se você não tem um objetivo na vida e o procura sem sucesso, se sente muito mais estressado," justificou o pesquisador, cuja equipe já havia demonstrado recentemente que uma melhor saúde física e mental está associada com otimismo e sabedoria.

Fronteira dos 60 anos

Os resultados também mostraram que o ter sentido na vida, quando comparado com a idade, apresenta uma relação em forma de U invertido, enquanto a busca por sentido na vida apresenta uma relação em forma de U normal. Os pesquisadores verificaram que os 60 anos servem como uma fronteira, quando a presença de significado na vida atinge o pico, e a busca pelo significado da vida está no seu ponto mais baixo.

Isto é compatível com o resultado de pesquisas anteriores, que mostraram que a inteligência emocional atinge o pico aos 60 anos.

"Quando você é jovem, como na casa dos vinte anos, não tem certeza sobre sua carreira, um parceiro de vida e quem você é como pessoa. Você está procurando um significado na vida," disse Jeste. "Quando você começa a entrar nos seus trinta, quarenta e cinquenta, você tem um relacionamento mais estabelecido, talvez você seja casado e tenha uma família e esteja estabelecido em uma carreira. A busca diminui e o sentido da vida aumenta".

Mas, como tudo na vida, o sentido que a vida de cada um tem muda com o tempo.

"Depois dos 60 anos, as coisas começam a mudar. As pessoas se aposentam do emprego e começam a perder a identidade. Elas começam a desenvolver problemas de saúde e alguns de seus amigos e familiares começam a falecer. Elas começam a procurar o significado da vida novamente, porque o significado que elas tinham mudou," finalizou Jeste.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quem-encontrou-sentido-vida-tem-melhor-saude-bem-estar&id=13864  - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

domingo, 22 de março de 2020

10 cursos grátis que você pode fazer durante a quarentena do coronavírus


Em época de coronavírus, a recomendação é para sair de casa o mínimo possível. Mas isso não significa que você precisa ficar sem fazer nada, não é mesmo?

Uma opção é aproveitar esse tempo – que geralmente nunca temos – para nos aperfeiçoarmos em algum assunto interessante. Existem diversos cursos bons e grátis online, das mais variadas disciplinas.

Vale notar que a maioria deles, enquanto disponibiliza todo o conteúdo sem custo algum, cobra para enviar um certificado de conclusão. Os preços são normalmente populares, no entanto.

Conheça dez sites que reúnem aulas gratuitas:

1. Coursera
Essa é uma das mais famosas plataformas de cursos grátis. O Coursera oferece um conteúdo vasto com aulas ministradas em várias línguas, inclusive português.
O foco do site são as áreas de Negócios, Ciência e Tecnologia da Informação, mas também é possível encontrar aulas de Linguagens, Música e Ciências Humanas.
Você pode assistir as aulas na web ou fazer o download do aplicativo para iOS e Android.
O certificado de conclusão de cada curso custa a partir de US$ 29.

2. Khan Academy
A Khan Academy é uma organização sem fins lucrativos que oferece educação gratuita e de alta qualidade para todos.
O site oferece diversos cursos divididos nas seguintes categorias: Matemática, Matemática Avançada, Economia e Finanças, Ciências Humanas, Ciências e Engenharia, Computação, Ciências por ano, Português por ano, Matemática por ano e Khan Academy para Educadores.
O conteúdo inclui exercícios, vídeos e artigos, e há opção de baixar aplicativos para iOS e Android.

3. Veduca
O Veduca reúne cursos cujas aulas são ministradas por muitos professores formados pela USP.
O conteúdo é vasto e muito diversificado, de comunicação a engenharia a design sustentável e muito mais.
Semelhante ao do Coursera, possui cursos grátis, embora a maioria tenha um custo a ser pago no final, de cerca de R$ 97 (alguns menos, outros mais).

4. FBV Cursos
O FBV Cursos é uma empresa voltada especificamente para a Formação e Capacitação Continuada através da Educação Online. Seus cursos são grátis, com certificados pagos.
São mais de 20 áreas, incluindo administração, agricultura, artes, direito, gestão de pessoas, informática, moda e logística, com mais de 150 opções de cursos.

5. Fundação Getúlio Vargas
A FGV Online oferece cursos gratuitos abertos a todos, sem pré-requisitos, e em diferentes áreas do conhecimento.
A fundação possui parceria com diversas instituições de ensino renomadas do Brasil e tem como foco as áreas de Direito, Economia, Gestão Empresarial e Marketing.

6. Fundação Bradesco
A Fundação Bradesco também possui uma rede de ensino muito completa, com cursos gratuitos e 100% online sobre quase todos os conteúdos possíveis, incluindo Fotografia, Programação, Escrita, Redação e Web Design.
A plataforma também conta com emissão de certificados, que podem ser validados no próprio site a partir de um código de autenticidade.

7. SESI
O SESI é outra instituição que oferece cursos online. Suas principais áreas são Administração, Matemática, Redação, Comunicação, Finanças e Saúde.
As aulas têm o formato de slides e costumam ficar disponíveis por cerca de 1 mês. O certificado é gratuito.

8. LearnCafe
A LearnCafe é uma plataforma que oferece mais de 2 mil cursos gratuitos ou pagos, geralmente a valores populares, que vão de R$ 20 a R$ 120.
Os assuntos variam bastante e incluem História, Filosofia, Saúde, Linguagens, Psicologia, Direito e até Tarot.

9. Prime Cursos
Esta plataforma oferece cursos em mais de 20 áreas, incluindo Gastronomia, Administração, Linguagens, Direito, Moda, Saúde e outras.
As aulas são disponibilizadas somente em textos e imagens. O certificado é pago e custa em torno de R$ 49,90.

10. Escola Educação
Esta plataforma possui uma variedade de cursos gratuitos, em áreas como segurança no trabalho, saúde e bem estar, informática, idiomas, comunicação e vendas e outras.
O certificado é pago. O digital tem o valor de R$ 39,90 e o impresso custa R$ 44,90 + frete.
Neste link, você pode ver 100 plataformas que oferecem cursos gratuitos, incluindo várias não mencionadas neste artigo, como o eduK e o Curso Online Educa.