sábado, 15 de agosto de 2020

Oito tratamentos complementares que ajudam a combater a insônia


Shiatsu e outras técnicas farão você relaxar e ter uma noite tranquila

A insônia é um problema nacional: 69% dos brasileiros avaliam o seu próprio sono como ruim ou insatisfatório, segundo um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM). Os remédios mais consumidos no país de 2007 a 2010, segundo a Anvisa, eram contra ansiedade e insônia.

A falta de um sono tranquilo por vários dias deve ser tratada por um médico e pode precisar tanto de medicamentos quanto de mudanças de hábitos. Mas, para acelerar os resultados, é possível aliar ao tratamento algumas técnicas. A insônia é vista como um problema que esconde outras doenças e complicações, como depressão e estresse. É possível combater sintomas dessas doenças e garantir um corpo mais relaxado para cair no sono profundo. Confira algumas técnicas e descubra como elas agem no seu corpo.

Reflexologia
Essa técnica parte do princípio de que os pés possuem diversos pontos que se relacionam com regiões do corpo humano. Por meio de uma massagem específica nessa parte do corpo, é possível estimular o bom funcionamento de órgãos, glândulas e outras estruturas do corpo.
"Conforme os pontos vão se libertando das toxinas, acontece um processo de limpeza e redução da tensão nas áreas do corpo, reativando a sensação de bem-estar e relaxamento", explica a massoterapeuta Thabata Martins, do Zahra Spa & Estética. Se a causa da insônia estiver relacionada a dores no corpo, ansiedade, estresse, dor de cabeça e outros problemas físicos ou emocionais, a reflexologia poderá ser uma grande aliada do tratamento. O número de sessões ecessárias varia de acordo com a gravidade do problema.

Acupuntura
Outra técnica famosa por estimular pontos, mas dessa vez no corpo todo. "A medicina tradicional chinesa entende que um distúrbio orgânico pode decorrer de um desequilíbrio dos chamados meridianos energéticos do corpo", explica a fisioterapeuta e especialista em acupuntura Tatiana Dumaresq, da clínica Fisio & Quality. A acupuntura usa instrumentos, como agulhas específicas, para fazer estímulos que recuperam o equilíbrio energético.
"Quando uma pessoa apresenta insônia associada a preocupações, estresse, emoções em desequilíbrio e outros problemas, pode recorrer à acupuntura como aliada do tratamento", conta a profissional. Será preciso passar por uma entrevista com o terapeuta para descobrir quais pontos deverão ser trabalhados. As sessões podem variar de uma a três vezes por semana, dependendo da gravidade da insônia.

Homeopatia
Reconhecida como especialidade médica no Brasil, a homeopatia prega que sintomas emocionais compõem o conjunto sintomático da doença e que precisam ser levados em conta para que o tratamento seja completo. A técnica, portanto, é ótima para combater a insônia que está ligada a problemas emocionais. O médico e homeopata Moisés Chencinski lembra, no entanto, que o remédio é usado para quem (paciente), e não para o quê (doença). "O medicamento homeopático é receitado após uma consulta médica específica, ou seja, ele é único para aquele quadro e para aquele momento da pessoa", explica o profissional.

Floral de Bach
A terapia com Floral de Bach trabalha com as causas da insônia e não exatamente com o problema e os efeitos que ela provoca. "É preciso identificar a causa da insônia e trabalhar em cima dessas emoções, de maneira a reequilibrá-las e, assim, trazer de volta o sono tranquilo", conta a psicóloga Maria Aparecida das Neves, especialista em florais de Bach no Brasil.
Após uma análise de uma pessoa, por exemplo, pode-se perceber que ela é perfeccionista e tem muito medo de ser julgada pelas pessoas. "O floral irá ajudar a combater esse medo e perfeccionismo, pois eles podem causar uma ansiedade que provoca a insônia", diz a terapeuta Patrícia Alves, autora do livro ABC dos Florais de Bach.

Terapia ortomolecular
Essa técnica consiste no tratamento dos desequilíbrios químicos do organismo por meio da ingestão de vitaminas e minerais. A nutróloga e especialista em prática ortomolecular Sylvana Braga, de São Paulo, conta que o excesso de cortisol - conhecido como o hormônio do estresse - pode ser um dos agravantes da falta de sono tranquilo. "A terapia ortomolecular irá ajudar a regular esse hormônio para que o organismo fique relaxado à noite", explica. Além disso, é possível regular neurotransmissores cerebrais relacionados ao bem-estar, como a serotonina, adrenalina e dopamina, que também favorecem o sono.

Meditação
Quinze minutinhos de exercício diário de meditação podem fazer com que você, aos poucos, consiga atingir um estágio mental de profundo relaxamento. "A técnica, além de ajudar a enxergar o que precisa ser mudado, dá força interna pra encarar essas mudanças", explica a professora de Yoga Integral Wal Nunes, do Studio Yoga Integral. Ela também indica a yoga como arma para ajudar a combater a insônia: "Durante a prática, o corpo libera endorfina e aumenta a sua temperatura, o que irá provocar uma sonolência maior ao final do dia".

Microfisioterapia
É uma técnica francesa ainda pouco conhecida no Brasil, mas que age diretamente sobre a causa primária dos sintomas da insônia, como traumas emocionais, físicos, ambientais e tóxicos. "A microfisioterapia trabalha na reabilitação do sistema como um todo, agindo de dentro para fora e utilizando apenas microtoques ou palpações sutis no corpo do paciente", explica o fisioterapeuta Ricardo Hoffmann, especialista em Microfisioterapia, Decodificação Biológica e Terapia Manual. Ela é indicada para diversos problemas relacionados à insônia, como distúrbios do sono, além de depressão, pânico, fibromialgia e ansiedade.

Shiatsu
Segundo o fisioterapeuta Vitor Kenji, a massagem shiatsu é uma das formas mais eficazes de equilibrar o sistema nervoso. "Por meio da técnica de digitopressão, há uma liberação de encefalina, endorfina e serotonina que, além de serem analgésicos naturais, são neurotransmissores que reduzem o estresse e melhoram a qualidade do sono", afirma o profissional. Essa técnica oriental utiliza os dedos e a palma das mãos para fazer pressão na pele, atingindo os mesmos pontos trabalhados na acupuntura.


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Mascavo, demerara, de coco: saiba tudo sobre as opções mais saudáveis de açúcar


Nutricionista ensina as principais diferenças e lembra por que o açúcar refinado deve ser restringido em uma alimentação saudável

Um dos alimentos que mais gera dúvidas entre quem busca uma alimentação saudável é o açúcar. Posso utilizar? Devo banir totalmente? Açúcar mascavo ou açúcar de coco? Adoçante é cancerígeno?

Nos últimos tempos, surgiram novas maneiras de introduzir o sabor doce nos pratos e, com isso, é natural ficarmos um pouco perdidos. Vamos começar pelo básico: a forma mais saudável é dar preferência aos alimentos in natura. Seja em chás, cafés, sucos e shakes, o ideal é apreciar o real sabor de cada um.  É preciso adaptar o seu paladar para curtir o sabor doce do próprio alimento, sem adicionar açúcar ou adoçante. Para ajudar no processo, uma dica é utilizar frutas para rechear panquecas, bolos e muffins. Use a criatividade!

Mas, em uma ocasião ou outra, aquele docinho extra faz falta. É quando os diversos tipos de açúcares geram dúvidas sobre qual seria a melhor opção. Porém, seja o mascavo ou o de coco, continua sendo açúcar, certo?

Diferentemente do açúcar refinado, esses tipos possuem nutrientes - um ponto positivo. Lembre-se: quanto mais processado for o açúcar, menos nutrientes contém, tornando-se apenas calorias vazias.

De qualquer forma, todo tipo de açúcar deve ser consumidos com moderação. As melhores opções que encontramos no mercado e que são recomendadas para quem segue uma alimentação equilibrada são as seguintes:

Açúcar mascavo
É o açúcar em uma das formas mais brutas, extraído depois do cozimento do caldo de cana. Como não passa por nenhum tipo de refinamento, apresenta coloração mais escura e sabor mais encorpado, muito semelhante ao da cana-de-açúcar. Pelo mesmo motivo, são preservados nutrientes importantes como o cálcio, o ferro e sais minerais.

Açúcar demerara
Assim como o mascavo, também conserva os nutrientes da cana-de-açúcar. Entretanto, passa por um leve refinamento, mas não recebe nenhum aditivo químico.

Seus grânulos são dourados e grandes e o sabor é levemente caramelado, se aproximando do sabor da cana-de-açúcar. Os nutrientes encontrados no açúcar demerara são muito similares ao açúcar mascavo, sendo uma melhor opção quando comparado ao açúcar refinado.

Açúcar de coco
É produzido a partir do fluído das flores da palma do coco. Não passa por processo de refinamento e adição de conservantes químicos, tem alto valor nutricional e é fonte de ferro e potássio, além das vitaminas B1, B2, B3 e B6.

Embora tenha a mesma quantidade de calorias do que o açúcar refinado, o índice glicêmico do açúcar de coco é mais baixo - por isso, se tornou o queridinho nos últimos anos.

Vale lembrar
O açúcar refinado, o orgânico e o cristal são as forma mais processadas, o que faz com que sejam pobres em nutrientes. Independentemente do tipo de açúcar escolhido por você, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de 25 gramas de açúcar por dia, o que equivale a  6 colheres de chá. Quem busca emagrecimento ou tem diabetes deve evitar qualquer tipo de açúcar.

Procure orientação com o profissional de saúde que acompanha você antes de inserir qualquer alimento à sua dieta.


quinta-feira, 13 de agosto de 2020

10 coisas que as mulheres não devem fazer na cama


Ok, todo mundo já sabe que sexo é bom e que deve ser livre, divertido e espontâneo. Mas isso não significa que a gente às vezes não tenha dúvidas sobre como se comportar na hora H. Pensando em te ajudar a ter uma experiência bem prazerosa, preparamos esta lista com 10 coisas que nós, mulheres, não devemos fazer na cama na hora do sexo.

Dentro do espaço de consentimento entre parceiros, a principal regra do sexo é não ter regras. Seguem então nossas dicas do que não fazer se você quer acordar no dia seguinte com gostinho de “quero mais”:

1. Não aproveitar o momento por inseguranças com o corpo
Sexo deve ser sempre um momento de liberdade – e isso também inclui liberdade com o próprio corpo. Às vezes a gente se preocupa muito com detalhes mínimos (e a depilação? e o cheiro? e a celulite? e aquela mancha? e aquela dobrinha?), mas essas preocupações, além de serem impostas pela sociedade (e não fazerem sentido!), só servem para podar nosso prazer na hora do sexo. Guarde isso: se a pessoa com quem você está se relacionando não curtir seu corpo do jeitinho que ele é, não era nem pra essa pessoa estar aí.

2. Não ter iniciativa
Desde pequenininha, a gente ouve que mulher tem que ser doce, bem-comportada e “se dar respeito” (oi? mulher deve ser respeitada sempre, não tem essa de se dar respeito). Isso faz com que muitas mulheres não se sintam à vontade para tomar a iniciativa, tanto para mostrar que estão a fim de sexo quanto para propor coisas diferentes. Mais uma vez: o sexo deve ser um espaço de liberdade. A melhor pessoa para se ter como parceiro(a) é aquela com quem você tem liberdade de mostrar o que e quando tem vontade. O importante é não ter medo de mostrar que está a fim. E se a outra pessoa não quiser naquela hora, tudo bem, fica para depois – afinal, quando um não quer, dois não… transam.

3. Ignorar as próprias vontades
Pelo mesmo motivo do tópico acima, muitas vezes a mulher esconde as próprias vontades por medo do que o parceiro vai pensar. Vamos fazer um cartaz? O SEXO DEVE SER UM ESPAÇO DE LIBERDADE. Então, permita-se. Seja criativa, aceite e assuma suas vontades. E, na hora do sexo, divida com o(a) parceiro(a).
Aliás, se você não se sente livre para falar sobre suas vontades com a pessoa com quem está transando, talvez essa pessoa não seja tão legal assim, já pensou nisso? Por outro lado, pode ser que seu(sua) parceiro(a) esteja querendo a mesma coisa que você, mas, por vergonha, nenhum dos dois fala nada. Só que se você não diz, a outra pessoa não consegue adivinhar, então é importante sempre falar o que você quer, o que você gosta. Tudo o que é conversadinho é mais gostoso.

4. Não conversar
Aproveitando o gancho do tópico anterior, vamos enfatizar: diálogo é MUITO importante no sexo. Seja para deixar claras as vontades e limites, seja para ensinar ao(à) parceiro(a) como te dar prazer. Isso mesmo: é importante mostrar como funciona o seu corpo, o seu prazer, para que a pessoa com quem você está se relacionando entenda melhor como agir. Nossos corpos são diferentes, nossas formas de prazer também. Não existe um manual que sirva para todas as mulheres (nem para todos os homens, claro), então conversar sobre isso é fundamental – além de ajudar a apimentar a relação.

5. Não se tocar
Me diz, amiga, como está a sua relação com sua PPK (sua xenin, sua bacurinha, sua cleide)? Uma das coisas mais importantes para ter prazer com outra pessoa é saber como ter prazer sozinha – até para poder ensinar como fazer. E isso não vale só para quando não estiver acompanhada: também na hora do sexo é legal você aproveitar o que você conhece do seu corpo com as suas mãos ou mesmo guiando o(a) parceiro(a) nos caminhos da felicidade.
E, falando nisso, você já pensou em experimentar alguns brinquedos, óleos e outras coisas do tipo? Às vezes não pensamos neles por algum bloqueio social, mas, já que estamos falando de liberdade, vale pensar a respeito. Sozinha ou acompanhada, esses recursos podem fazer toda a diferença na hora de buscar o prazer.

6. Fingir orgasmo
Quem nunca fingiu orgasmo, que atire a primeira pedra. Seja para agradar a outra pessoa, seja para terminar logo uma transa que não está assim tão boa, praticamente todas as mulheres já fingiram que chegaram lá… quando ainda estavam muito longe do pódium. O maior problema disso é que o sexo deve ser bom para todos os envolvidos e, se você precisa fingir, talvez esteja faltando alguma coisa para ser legal: diálogo, tesão, conforto, empenho, ou qualquer outra coisa. Independentemente do que seja, é importante analisar e mudar isso.
Não significa que o orgasmo precise ser o objetivo de toda relação sexual e que toda vez ele precise ser atingido – mas fingir indica que alguma coisa não está se conectando na relação, e indica que está na hora de ter uma conversinha com o(a) parceiro(a). De novo: tudo o que é conversado funciona melhor e, mesmo que uma pessoa ou a outra não chegue ao clímax em uma transa, se o diálogo entre parceiros é franco, isso não vai ser um problema.

7. Esquecer (ou deixar o(a) parceiro(a) esquecer) que o corpo tem muitas zonas erógenas fora dos órgãos sexuais
Muitos sexólogos já defenderam: nosso maior órgão sexual é a pele. E a pele cobre nosso corpo todinho, não apenas os órgãos genitais (e seios, nádegas e boca). É importante explorar outras partes do seu próprio corpo e do corpo da outra pessoa, e incentivar o(a) parceiro(a) a fazer o mesmo. Com certeza isso vai multiplicar – e muito! – o prazer da relação.

8. Aceitar posições ou atitudes que não foram combinadas
Lembra da história do consentimento? Então, ela não vale só para definir se o sexo vai ou não acontecer, mas também para definir o que pode ou não acontecer no momento da relação. O seu corpo é seu, é seu domínio, seu território. Então, nunca aceite que ninguém faça com ele nada que não tenha sido combinado, nada que você não curta. Não faça isso “para agradar”, nem por achar que tem obrigação, por ser namorada ou esposa da pessoa com quem você está transando. Ninguém é dono do seu corpo: a única pessoa que manda no seu corpo é você.

9. Sexo sem proteção
Mais ou menos na linha do tópico acima, não aceite sexo sem proteção – especialmente se você não quer isso. No sexo heterossexual, muitos homens insistem em não usar preservativo dizendo que é desconfortável ou qualquer coisa assim, mas, mais uma vez, você não está aqui para agradar homem nenhum.É importante você se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis (elas nem sempre são visíveis no corpo da outra pessoa) e também dar ao homem a parte dele de responsabilidade na contracepção. Para se ter uma relação sexual prazerosa, também é importante garantir que ela não ocasione uma gravidez indesejada – e isso não é só responsabilidade da mulher.
Lembrando também que coito interrompido não é uma forma eficiente de evitar a gravidez.

10. Qualquer coisa que te deixe desconfortável
Nada que te crie qualquer desconforto é aceitável na hora do sexo. Nadinha. E isso inclui lugares, situações, posições, fetiches e qualquer outra proposta. Não é porque a outra pessoa diz que quer que você tem que aceitar. Além disso, é sempre bom lembrar que, ainda que você tenha aceitado, você sempre pode voltar atrás e negar. Ainda que você já tenha feito sexo de jeito x ou y, você pode não querer repetir. Seu corpo é seu, e você é sempre soberana nas decisões em relação a ele. Repetindo, para decorar: quem manda no seu corpo é você.


Da dieta restritiva aos hábitos saudáveis


As dietas restritivas são saudáveis? Existem outras maneiras de perder peso? Talvez você não saiba, mas uma mudança adequada de hábitos no seu dia a dia poderá ajudá-lo mais do que você pensa.

Você vive na polaridade contínua de estar ou não de dieta? Sente que vive uma meia-vida e não consegue se sentir bem? Você inicia uma dieta restritiva e logo percebe que sentimentos negativos como culpa e frustração o inundam?

Aqui estão algumas ferramentas para entender o que está por trás da cultura da dieta e como distinguir as populares dietas milagrosas dos hábitos de vida saudáveis. Dizer adeus a dietas restritivas e optar por cuidar de si mesmo é o primeiro passo para quebrar esse ciclo interminável.

O que há por trás da cultura da dieta restritiva?
Etimologicamente, o significado da palavra “dieta” vem do grego dayta e pode ser definido como “o conjunto de alimentos que uma pessoa come regularmente”.

Ao longo dos anos, essa palavra foi muito além: tornou-se um conceito não apenas vinculado à nossa alimentação, mas a um modo de viver que, às vezes, nos afasta de uma vida saudável e impacta negativamente tanto a saúde física quanto a mental.

É fácil comprovar como a palavra “dieta” influencia diretamente o nosso estado emocional. Culturalmente, o seu significado foi construído na forma de polaridade: “se estou de dieta, me controlo, se não, como da maneira como me apetece”.

Essa polaridade, embora tenha sido imposta pela mídia e pela cultura da dieta, pode ter um impacto negativo em nossas emoções e qualidade de vida, impedindo-nos de mudar e manter bons hábitos alimentares, bem como um estilo de vida saudável. Mas, por quê?

Cuidar de si mesmo é muito mais do que escolher alimentos saudáveis

Cuidar de si mesmo não é apenas escolher alimentos saudáveis, mas também implica integridade, harmonia e a impossibilidade de separar aspectos físicos e emocionais como elementos independentes, tanto a nível geral quanto na mudança de hábitos alimentares.

Por exemplo, quando uma pessoa está acima do peso e quer emagrecer, instintivamente, a primeira coisa que ela faz é restringir a alimentação, porque acredita que quanto menor a quantidade, mais rápido alcançará o seu objetivo.

No entanto, seguir uma dieta restritiva, além de ser prejudicial à saúde, não leva em consideração aspectos importantes de si mesmo, como as emoções.

Vários estudos atuais mostram que, em casos de perda de peso, resultados melhores são obtidos quando elementos psicológicos são integrados a um padrão alimentar do que quando se trabalha única e exclusivamente com uma dieta restritiva.

Assim, os programas combinados mostram uma melhora não apenas na autoestima, mas também na percepção da imagem corporal e autoeficácia (Villalba, 2016), melhorando também os níveis de motivação e a adesão ao processo de mudança.

Características da mentalidade da dieta
Para acabar com essa crença equivocada que reduz a perda de peso à restrição alimentar, a primeira coisa que precisamos saber é como funciona a cultura da dieta, bem como o conjunto de pensamentos e emoções negativas que ela pode causar, ou seja, quais são as características da mentalidade da dieta. Aqui estão as mais gerais:

Apresenta datas de início e término.
Implica restringir, eliminar ou proibir o consumo de determinados alimentos, o que gera estados de ansiedade e sentimentos negativos, como culpa ou frustração.
Incompatibilidade com eventos sociais: o ser humano é um ser social. Qualquer plano alimentar que não seja compatível com a vida social será apenas temporário e não poderá ser mantido a longo prazo.
Promove uma rápida perda de peso, não equivalente a gordura corporal, mas a outros aspectos corporais, como a massa muscular.
Tem eficácia a curto prazo.
Em muitas ocasiões, a dieta realizada tem um efeito rebote.
O peso corporal é o único indicador de progresso.
Provoca sentimentos negativos e baixa autoeficácia quando não se consegue alcançar o objetivo imposto, geralmente um determinado peso em um curto intervalo de tempo.

Da dieta restritiva aos hábitos saudáveis
O conceito de saúde deixou de ser considerado a ausência de doença e se tornou um estado global de bem-estar, tanto físico quanto psicológico. Seguindo essa linha, podemos definir um hábito saudável como um padrão de comportamento que assumimos como nosso.

Além disso, se repetido ao longo do tempo, produz um efeito positivo em nossa saúde. Assim, as principais características que definem hábitos saudáveis ​​no campo alimentar são as seguintes:

Estão pautados por objetivos reais que ajudam a avaliar as pequenas realizações.
Envolvem mudanças graduais na alimentação e no estilo de vida.
Implicam uma perda progressiva de peso, sendo uma consequência a mais e não o único objetivo.
Não há restrições ou imposições de alimentos, mas é através da própria aprendizagem que, pouco a pouco, aumentam os critérios na escolha dos alimentos.
Permitem alcançar metas benéficas para a saúde que serão mantidas ao longo do tempo.
Os níveis de bem-estar físico e psicológico aumentam.
Os sentimentos de culpa ou frustração não são predominantes.
São compatíveis com a vida social.

Conclusão
Uma vez revisadas as principais diferenças entre as características da cultura da dieta e a mudança de hábitos alimentares, é comum que surjam dúvidas quanto ao tempo e ao imediatismo. É importante ter em mente que mudar hábitos leva tempo.

Por esse motivo, antes que a pressa ganhe força e a pessoa recomece qualquer dieta restritiva, é conveniente refletir sobre quantos anos investimos nesse ciclo de começar, parar e iniciar novamente.

É possível cuidar de nós, concentrando-nos apenas no que vemos, nos punindo com proibições e ciclos infinitos de dietas restritivas que não podem ser mantidas ao longo do tempo e afetam a nossa autoestima? A resposta é clara: não, pelo menos não de maneira saudável.

Agora, que tal mudarmos o foco? E se investirmos em algo diferente, como aprender a cuidar de nós mesmos sem dietas?


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Benefícios do vinho tinto para o coração, corpo e mente


Você já ouviu falar do paradoxo francês? É um fenômeno bem pesquisado que se refere a pessoas que vivem em certas partes da França, onde o vinho tinto é comumente consumido durante as refeições e tem menos casos de morte por doença coronariana, embora essas pessoas tenham um estilo de vida considerado que tem riscos maiores do que aqueles que vivem nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos. Estudos mostram que esse fenômeno pode ser devido aos muitos benefícios cardioprotetores do vinho tinto.

Aproveitar os benefícios do vinho tinto para a saúde não é uma prática nova. Uma pesquisa na Universidade de Harvard encontrou um frasco no túmulo do Rei Escorpião I, que remonta a 3150 aC, que contém vestígios de vinho junto com resíduos de ervas.

Com base nas descobertas, os pesquisadores testemunham a grande antiguidade dos vinhos de ervas egípcias como remédio e sua importância nos faraós durante a unificação inicial do país. Esses vinhos continham ervas dissolvidas, como bálsamo, hortelã, sálvia, tomilho, bagas de zimbro, mel e incenso, e eram consumidas para tratar vários problemas de saúde, desde problemas digestivos até herpes.

Além do conhecimento dos nossos antepassados, que usavam o vinho para tratar doenças e enfermidades, milhares de estudos publicados ao longo de várias décadas provaram que o vinho tinto, quando consumido com moderação, pode ter um efeito positivo na saúde do seu coração, melhorar a função cognitiva, reduzir o estresse oxidativo e até mesmo normalizar os níveis de açúcar no sangue.

Quando consumido em pequenas quantidades, o vinho tinto pode ser considerado um superalimento que fornece poderosos antioxidantes que curam o corpo a um nível celular, como a quercetina e o resveratrol. É por isso que os benefícios do vinho tinto são tão abundantes quando você consome com moderação.

Os 6 principais benefícios do vinho tinto
1. Aumenta a saúde do coração
Compostos ativos no vinho tinto, incluindo polifenóis, resveratrol e quercetina, provaram ter propriedades cardioprotetoras. Numerosos estudos transversais, observacionais e controlados mostram que beber quantidades moderadas de vinho tinto tem efeitos benéficos em muitos aspectos diferentes relacionados à doença cardiovascular.
Pesquisas mostram que os nutrientes antioxidantes do vinho tinto podem retardar a progressão da aterosclerose, um tipo de arteriosclerose que ocorre quando há acúmulo de gorduras, colesterol e placa nas paredes das artérias.
Um estudo, publicado no International Journal of Molecule Medicine, descobriu que a ingestão moderada de álcool, especialmente vinho tinto, diminuiu a mortalidade cardíaca devido à aterosclerose, mas pessoas que não beberam vinho tinto e pessoas que bebiam em demasiado estavam em maior risco de mortalidade cardíaca.
Há também muitas evidências que apoiam o papel benéfico do resveratrol, que protege as células cardíacas do dano tecidual após um acidente vascular cerebral, inibe o acúmulo de plaquetas e diminui o acúmulo de triglicérides e colesterol. O resveratrol também demonstrou relaxar as artérias coronárias, tornando-se, pelo menos parcialmente, responsável pelos benefícios do vinho tinto associados à doença cardiovascular.
A quercetina, um dos flavonoides mais importantes presentes no vinho tinto, também provou promover a saúde do coração, regulando os níveis de pressão arterial, reduzindo a inflamação e prevenindo o estresse oxidativo.

2. Melhora o Colesterol
De acordo com um estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition, o consumo de vinho foi associado a um aumento significativo do colesterol HDL, com os participantes vendo seus níveis melhorarem em 11% a 16%.
Outro estudo, conduzido na Universidade Curtin, na Austrália, descobriu que o consumo regular de vinho tinto reduz o risco de desenvolver doenças cardiovasculares ao diminuir os níveis de colesterol LDL em mulheres na pós-menopausa em 8% e aumentar os níveis de colesterol HDL em 17%.

3. Combate os danos dos radicais livres
A acumulação de radicais livres desempenha um papel importante no desenvolvimento de doenças crônicas e degenerativas, incluindo câncer, doenças auto-imunes, artrite reumatoide, doenças cardiovasculares e doenças neurodegenerativas. Os antioxidantes presentes no vinho tinto ajudam a neutralizar o estresse oxidativo ao agir como sequestradores de radicais livres que previnem e reparam os danos causados pela oxidação. Antioxidantes aumentam as defesas imunológicas do corpo e diminuem o risco de desenvolver várias condições de saúde graves.
Devido à sua capacidade de combater os danos dos radicais livres, o resveratrol encontrado no vinho tinto tem a capacidade de bloquear o processo de várias etapas da carcinogênese, incluindo os vários estágios de iniciação, promoção e progressão do tumor. O resveratrol está envolvido na regulação negativa das respostas inflamatórias do corpo.

4. Ajuda a gerenciar o diabetes
Pesquisadores da Universidade de Massachusetts Amherst descobriram que o vinho tinto pode retardar a passagem da glicose através do intestino delgado e, eventualmente, para a corrente sanguínea, ajudando a prevenir o aumento dos níveis de açúcar no sangue experimentado por pacientes com diabetes tipo 2. Esta pesquisa prova que, devido aos benefícios do vinho tinto, ele pode realmente fazer parte de um plano de dieta para diabéticos quando consumido com moderação.
Ambos os vinhos tintos e brancos foram testados para determinar quão bem eles poderiam inibir a atividade de uma enzima que é responsável por desencadear a absorção de glicose. Os pesquisadores descobriram que o vinho tinto era o vencedor, inibindo as enzimas em quase 100%, enquanto os valores para o vinho branco eram de cerca de 20%. A eficácia do vinho tinto foi tão significativa porque contém cerca de dez vezes mais polifenóis (um tipo de antioxidante) do que o vinho branco.
Além desses achados, o estudo encontrou outro benefício para o vinho tinto, que é o de não ter efeito sobre uma enzima pancreática que decompõe o amido e é necessária para evitar os efeitos colaterais dos medicamentos para o açúcar no sangue.

5. Combate Obesidade e Ganho de Peso
Um estudo realizado na Purdue University descobriu que o vinho tinto pode ajudar a combater a obesidade. Isto é devido a um composto encontrado em uvas e outras frutas (como mirtilos e maracujá) chamado piceatannol, que tem uma estrutura química semelhante ao resveratrol. Segundo os pesquisadores, piceatannol bloqueia a capacidade de uma célula adiposa imatura de se desenvolver e crescer. Verificou-se também que altera o tempo de expressão dos genes, funções dos genes e funções da insulina durante o processo metabólico das células adiposas.
Quando o piceatannol está presente, há uma inibição completa da adipogênese, o processo de desenvolvimento celular. O Piceatannol é tão eficaz no combate à obesidade e ao ganho de peso porque é capaz de destruir as células adiposas no início do processo de desenvolvimento celular, prevenindo assim o acúmulo de células adiposas e, mais tarde, o ganho de massa corporal. Ele faz isso ligando-se a receptores de insulina encontrados em células adiposas e bloqueando a capacidade da insulina de controlar os ciclos celulares. Também bloqueia a atividade da insulina para ativar genes que são importantes nos últimos estágios da formação de gordura.

6. Pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer
Pesquisas indicam que as pessoas que comem uma dieta mediterrânea, composta de vinho tinto, vegetais, legumes, frutas, peixe e azeite, têm um risco 28 por cento menor de desenvolver transtorno cognitivo leve e um risco 48 por cento menor de progressão do comprometimento cognitivo leve para Doença de Alzheimer.
Há ainda mais pesquisas sobre o vinho tinto especificamente como medida preventiva e tratamento natural para o Alzheimer. De acordo com uma pesquisa publicada no Frontiers in Aging and Neuroscience, o resveratrol pode controlar as principais características da doença de Alzheimer e retardar a progressão da demência. Isso se deve à capacidade do resveratrol de reduzir o estresse oxidativo e a inflamação e trabalhar como neuroprotetor.

Ingredientes que tornam o vinho tinto benéfico

O vinho tinto é carregado com antioxidantes, especialmente flavonóides como quercetina e resveratrol. Esses antioxidantes impulsionam muitos dos processos do corpo, mas são particularmente reverenciados por melhorar a saúde do coração. Os bioflavonóides são uma grande família de compostos polifenólicos que desempenham funções-chave nas plantas, como combater as tensões ambientais e modular o crescimento celular. Um dos flavonóides mais conhecidos que está presente no vinho tinto é a quercetina.
A quercetina é um dos antioxidantes mais abundantes na dieta humana, e desempenha um papel importante na luta contra os danos dos radicais livres, os efeitos do envelhecimento e da inflamação. Pesquisas mostram que a quercetina pode ajudar a administrar uma série de condições inflamatórias de saúde, incluindo:

• Infecções
• Fadiga crônica
• Distúrbios autoimunes
• Artrite
• Alergias
• Problemas nos vasos sanguíneos
• Comprometimento cognitivo
• Distúrbios relacionados aos olhos
• Colesterol alto
• Doenças cardíacas
• Doenças de pele
• Câncer
• Úlceras estomacais
• Aterosclerose
• Diabetes
• Gota

A presença de quercetina é pelo menos parcialmente responsável pelos benefícios do vinho tinto. Outros flavonóides encontrados no vinho tinto são procianidinas, que também estão presentes em quantidades elevadas no chocolate e maçãs. Pesquisas mostram que as procianidinas têm uma potente atividade antioxidante e a capacidade de estimular a função imunológica.
O resveratrol é outro antioxidante bioflavonoide polifônico encontrado no vinho tinto. É classificado como um fitoestrógeno porque interage com os receptores de estrogênio de maneira positiva. Acredita-se que seja um dos polifenóis mais potentes e protetores mais fortes contra os danos dos radicais livres, declínio cognitivo, obesidade e doenças cardiovasculares. As plantas realmente produzem resveratrol em parte como um mecanismo de proteção e resposta a estressores em seus ambientes, como infecções por radiação, ferimentos e fungos.
O vinho tinto é provavelmente a fonte mais conhecida de resveratrol devido ao processo de fermentação que transforma o suco de uva em álcool. Quando o vinho tinto é produzido, as sementes de uva e as peles fermentam nos sucos da uva, o que tem um efeito positivo nos níveis e na disponibilidade do resveratrol.
É importante ter em mente que mais vinho não significa maiores benefícios para a saúde. Apesar das propriedades saudáveis do vinho tinto, o próprio álcool é, na verdade, uma neurotoxina, o que significa que pode envenenar o cérebro e afetar o fígado, entre outros sistemas corporais. Dito isto, é melhor beber pequenas quantidades de vinho de vez em quando. Não exceda cinco copos por semana e não mais do que dois em um dia. Esta é a melhor maneira de obter os benefícios do vinho tinto sem contrapor-se ao consumo excessivo de álcool.