domingo, 10 de novembro de 2013

Conheça a pirâmide alimentar de Harvard

Modelo prioriza exercícios e libera consumo moderado de vinho. Apesar de a população brasileira acreditar que se alimenta bem, nosso cardápio é muito pobre em vitaminas e minerais. Segundo The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS) [1], feito pela USP e pela Unifesp, os brasileiros sofrem com a chamada fome oculta, que é uma carência nutricional não aparente de um ou mais nutrientes em nosso corpo - ou seja, não existem sintomas muito claros para essa deficiência, mas isso pode refletir em diversas doenças com o passar do tempo. Muitos conhecem a pirâmide alimentar como inspiração para ter uma dieta saudável. Pensando nisso, a Escola de Saúde Pública de Harvard modernizou a pirâmide alimentar, utilizando as melhores e mais recentes evidências científicas disponíveis para oferecer à população uma ferramenta que facilite as escolhas alimentares proporcionando saúde e o bem-estar. Ela foi batizada de Healthy Eating Pyramid (Pirâmide da Alimentação Saudável) e suas recomendações são valiosas para iniciar um novo estilo de vida.
Adeus sedentarismo!

Ao contrário da pirâmide alimentar anterior, que tinha em sua base o consumo de carboidratos, o modelo de Harvard apresenta como pilares a prática de exercícios físicos e o controle do peso - recomendações que não existiam no esquema anterior. De acordo com a equipe de Harvard, esses dois elementos são essenciais para o corpo se manter saudável. Segundo os pesquisadores, fazer uma caminhada de 30 minutos em cinco dias da semana basta para manter o corpo ativo. Se você é adepto de uma atividade mais rigorosa, pode fazer 25 minutos de exercício aeróbico, musculação, dança ou um esporte três dias por semana - ou então combinar tudo da forma que preferir. Aqui, é regra é não ficar parado. Além da atividade física, é importante estar sempre dentro do peso ideal e evitar o acúmulo de gordura abdominal, lembrando que o IMC ideal deve estar entre 18,5 e 25 Kg/m², e a circunferência abdominal não deve passar de 102 cm nos homens e 88 cm para as mulheres.

Colorindo o prato

Fontes principalmente de vitaminas, as frutas e legumes são o carro chefe de toda a alimentação balanceada. Eles não só ajudam no emagrecimento, como também ajudam a reduzir a pressão arterial, o risco de doenças cardiovasculares, AVC e até mesmo de alguns tipos de câncer, além de ajudar o intestino a funcionar melhor. Nesse grupo é importante manter a variedade, pois cada tipo de fruta, verdura e legume oferece uma vitamina e mineral diferente. No antigo modelo, esses alimentos ocupavam todo o segundo nível da pirâmide. Algumas dicas para incluir mais alimentos desse grupo na sua dieta é ter sempre uma fruta a mão para os lanches e nunca se esquecer de incluir as verduras e legumes nas suas grandes refeições. Os pesquisadores de Harvard alertam ainda para o fato de que batatas não são a melhor escolha de vegetal, por conter um alto índice glicêmico. Em sua dieta, preencha metade do prato com legumes e frutas.

Nem toda gordura é vilã        

Enquanto a pirâmide anterior condenava todos os tipos de gordura e as colocava lá no topo do consumo, os pesquisadores de Harvard valorizaram as gorduras mono e poli-insaturadas presentes nos óleos vegetais, sendo a principal o ômega 6. Essas gorduras atuam controlando os níveis de colesterol no sangue e ajudando a proteger o coração de doenças, sendo que a estrela desse grupo é o azeite. Outro nutriente muito importante presente nesse grupo é a vitamina E, que está deficiente em 99,7% dos brasileiros, de acordo com o The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS). Esse nutriente é abundante nos óleos vegetais, ovos e sementes. De acordo com esse modelo, o consumo de óleos vegetais deve ser de 60 g por dia. Uma dica é usá-los para temperar a sua salada ou um sanduíche, tentando ao máximo consumir os óleos crus - isso porque, quando expostos a altas temperaturas, os óleos vegetais sofrem uma alteração em sua composição, podendo se transformar em gordura trans.

Cheio de energia!

Esse grupo sim corresponde aos carboidratos, que agora não ocupam um lugar de tanto destaque nessa pirâmide. Outra mudança que podemos perceber nessa atualização está na diferenciação carboidratos simples (farinha branca), e os carboidratos complexos (massas e pães integrais, cereais integrais, etc), sendo que apenas os últimos ocupam esse lugar no novo modelo. Os carboidratos complexos são fontes de fibras e contém nutrientes importantes para mantermos a disposição durante o dia, além de melhorar o trânsito intestinal, controlar o colesterol, fortalecer a imunidade, beneficiar pacientes com diabetes e ainda proteger de doenças cardiovasculares. Os grãos integrais devem constituir um quarto do seu prato.

Lanchinho saudável

Nozes, sementes e leguminosas fazem parte desse time. As sementes e leguminosas - como feijão, soja e linhaça - são boas fontes de proteína vegetal e antioxidantes, além de turbinarem o nosso consumo de fibras, cálcio, ferro e zinco. Já as oleaginosas têm nutrientes que ajudam no bom funcionamento do cérebro, como o selênio, e são fontes de gorduras benéficas, principalmente os ômegas 3 e 6. Nesse grupo também entram os derivados da soja, como otofu - que são fontes de proteínas alternativas às carnes.

Reduzindo a carne vermelha

A equipe de Harvard priorizou as versões mais magras de carnes, enquanto a pirâmide anterior colocava todas em uma mesma recomendação. Os peixes são ricos em ômega 3, o frango e o peru boas fontes de proteína com baixos índices de gordura saturada. Apesar de demonizados, os ovos estão nesse grupo, por serem uma importante fonte de proteína e um lanche mais nutritivo do que uma carne frita ou um pão de farinha refinada - entretanto, esse alimento tem consumo mais restrito para quem já sofre de doenças cardiovasculares. Um quarto do prato na grande refeição deve conter uma fonte desse grupo.

Leite e derivados
Essa turma contém as fontes mais ricas em cálcio da nossa dieta - os laticínios. Apesar de o cálcio ser um nutriente com alto índice de deficiência na população, o consumo desses alimentos deve ser limitado, uma vez que eles podem conter uma grande quantidade de gordura saturada e sódio. E mesmo com o grande consumo desses alimentos, aproximadamente 90% dos brasileiros ingerem quantidades inadequadas de cálcio, chegando a consumir três vezes menos do que o recomendado, de acordo com o BRAZOS. Isso pode acontecer por conta do baixo consumo de alimentos fontes de cálcio e também porque o cálcio não é tão facilmente absorvido por nosso corpo e pelo fato de ele interagir com outras substâncias, como a cafeína, sódio e ferro, que dificultam seu aproveitamento pelo organismo. Se você gosta de laticínios, coma de uma a duas porções por dia e complemente o consumo de cálcio e vitamina D com suplementação. Se você não gosta de produtos lácteos, os multivitamínicos são uma maneira fácil de atender às suas necessidades para estes micronutrientes.

Alerta para a gordura saturada

Nele estão a carne vermelha, a carne processada e a manteiga - são o grupo do consumo com moderação. Isso porque eles contêm grande quantidade de gordura saturada e, no caso das carnes processadas, sódio. Comer muita carne vermelha e processada tem sido associado ao aumento do risco de doenças cardíacas, diabetes e câncer de cólon. Por isso, é melhor evitar carnes processadas e limitar o consumo de carne vermelha a no máximo duas vezes por semana, optando pelas outras fontes de proteínas. No caso da manteiga, ela pode ser substituída pelo azeite de oliva no preparo de alimentos ou pelo creme vegetal para acompanhar o pão integral no café da manhã.

Sinal vermelho!

Pães, arroz e massas brancos, batatas, bebidas açucaradas e doces - esses alimentos dividem o topo da pirâmide com as carnes gordurosas. Por quê? Seu excesso favorece ganho de peso, diabetes, doenças cardiovasculares e outras condições crônicas. Por serem absorvidos muito rapidamente pelo organismo, os carboidratos refinados criam picos de produção de insulina, levando o corpo a ter fome mais rapidamente. Sempre que possível devemos evitar alimentos desse grupo, substituindo por versões integrais, verduras, frutas e legumes. No topo da pirâmide também fica o sal, que deve ser usado com extrema moderação por conta do sódio, que em excesso aumenta o risco de hipertensão. Como esse nutriente já está presente em nossa alimentação nos queijos, carnes processadas e alimentos industrializados, é importante dispensar seu uso ao máximo.

Suplemente se necessário

Ingerir um multivitamínico diariamente oferece uma maior segurança nutricional, especialmente quando se inclui alguma dose extra de vitamina D - isso porque o nutriente não é consumido adequadamente por mais de 99% da população, sendo que alguns são ingeridos seis vezes menos que o recomendado, como afirma a pesquisa BRAZOS. Embora um multivitamínico não possa substituta uma alimentação saudável, ele preenche os buracos de nutrientes que não são ingeridos na alimentação diária. Além disso, os alimentos interagem uns com os outros e podem interferir na absorção de alguns nutrientes, diminuindo a biodisponibilidade deles em nosso organismo mesmo quando acreditamos estar ingerindo as quantidades recomendadas. Nesse cenário, os multivitamínicos podem preencher essas lacunas.

Álcool com moderação!

Dezenas de estudos sugerem que ingerir uma porção de bebida alcoólica por dia reduz o risco de doença cardíaca - principalmente o vinho tinto. A moderação é claramente importante, uma vez que o álcool em excesso traz muito prejuízos. Para os homens, um bom ponto de equilíbrio é de um a dois drinques por dia. Para as mulheres, o máximo é uma porção por dia, excluindo a gravidez. Entretanto, esse é um grupo opcional, que pode ou não ser adotado sem interferir na boa nutrição. Também é importante diminuir a frequência de consumo ao chegar na meia idade, afirma os pesquisadores de Harvard, pois a partir desse momento os riscos do consumo de álcool, mesmo com moderação, podem superar os benefícios.

Referências
[1] Medeiros Pinheiro et al. Antioxidant intake among brazilian adults - The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS): a cross-sectional study. Nutrition Journal 10:39, 2011;

Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009 : Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil / IBGE, Coordenação deTrabalho e Rendimento. - Rio de Janeiro : IBGE, 2011.150 p.

sábado, 9 de novembro de 2013

Alimentos que aumentam a gordura abdominal

Açúcar, gorduras saturada e trans e cereais refinados favorecem o acúmulo no tecido adiposo

A gordura abdominal é a inimiga número um da maioria das mulheres: ela não deixa a calça jeans fechar direito, faz com que aquele vestido lindo não caia tão bem e causa um grande mal estar. Mas, mais importante do que o fator estético, são outras complicações trazidas pela gordura visceral, que aumenta o risco de infarto, AVC, diabetes e obesidade.

Alguns grupos alimentares estão diretamente ligados à formação e ao aumento da gordura abdominal e, se não forem excluídos da deita, devem ser consumidos com moderação. Saiba quais são eles e adote em estilo de vida mais saudável.

Vilões da gordura abdominal 

Açúcar 

Quando em excesso, o açúcar se transforma em energia de reserva e é depositado principalmente na região abdominal. A nutricionista da Clínica Super Healthy, Paola Moreira, chama atenção para alguns produtos que são aparentemente naturais, mas que, na verdade, apresentam alto teor de açúcar. “Suco de caixinha industrializado utiliza néctar, ou seja, o açúcar concentrado da fruta (frutose), ao qual ainda é adicionado açúcar”, explica.

Gorduras saturadas e trans

A origem das gorduras saturadas é animal, por isso, estão presentes na carne vermelha, bacon e laticínios, principalmente os integrais. A ingestão exagerada destes alimentos diminui a sensibilidade do corpo à insulina, hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue. Quanto mais açúcar, maior a reserva de energia e gordura acumulada na região abdominal. Além disso, as gorduras saturadas também estão associadas aos altos níveis de colesterol.

A gordura vegetal hidrogenada, ou gordura trans, age de forma semelhante à gordura saturada, mas é mais agressiva. Desde de 2006, a indústria alimentícia passou reformular seus produtos a fim de eliminar a gordura trans, que é comumente utilizada em produtos como sorvetes e biscoitos, pois melhora a textura e o gosto dos alimentos.

Cereais refinados 

Os cereais refinados são aqueles que passarem pelo processo de industrialização e, com isso, perderam a maior parte de seus nutrientes. O processo de refinamento faz com que estes alimentos passem a ter um alto índice glicêmico, ou seja, liberam muito açúcar na corrente sanguínea. “Quando consumidos em grande quantidade, estes cereais serão transformados em gorduras e estocados no tecido adiposo”, explica a nutricionista.

Arroz e trigo são os cereais que mais comumente passam pelo refinamento e estão presentes na mesa do brasileiro. Em vez de cortá-lo da dieta, opte pelas versões integrais, que além de serem ricas nutrientes essenciais, contêm fibras, aumentando a sensação de saciedade. A farinha de trigo também pode ser substituída pela farinha de chia que é rica em fibras, ômega 3, proteínas e vitaminas.
  
Glutamato monossódico

O glutamato monossódico é utilizado como intensificador de sabor nos produtos industrializado, como molhos prontos, congelados em geral, biscoitos e salgadinhos. “Este composto após ser ingerido inibe a liberação da substância responsável por estimular a sensação de saciedade. Por prejudicar esta sinalização, o glutamato também pode levar ao ganho de gordura da região abdominal”, afirma Paola. Para evitar este aditivo, fique de olho no rótulo dos produtos.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Descubra, finalmente, a diferença entre os astecas, maias, incas e olmecas

As civilizações olmeca, maia, inca e asteca são algumas das maiores civilizações antigas da história, e mesmo assim sabemos muito pouco sobre eles, em comparação com outras partes do mundo. Os olmecas, em especial, são frequentemente esquecidos por completo, enquanto o resto costuma ser aleatoriamente agrupado como se fizessem parte de um povo só – embora eles tenham sido grupos completamente distintos entre si.

Em suma, os maias surgiram primeiro e se estabeleceram na região que hoje corresponde ao México moderno. Em seguida, vieram os olmecas, que também habitaram o México. Eles não construíram nenhuma grande cidade (talvez por isso tenham caído em relativo esquecimento), mas dominaram a região e formaram um povo próspero. Eles foram seguidos pelos incas, no Peru moderno e, finalmente, surgiram os astecas, que também se estabeleceram no atual México.

Os maias foram a primeira civilização mesoamericana a aparecer, cujos primeiros relatos começam por volta de 2600 aC. Eles foram o povo mais duradouro de todas as civilizações da América Pré-Colombiana – além de serem muitas vezes vistos como o maior desses povos mesoamericanos. Os maias construíram a maioria de suas grandes cidades entre 250 dC e 900 dC. Apesar de terem sido os primeiros a surgirem, os maias só se tornaram realmente grandes em seus últimos anos, após a adoção de grande parte da cultura da civilização olmeca.

Os maias deixaram um longo e próspero legado, abrangendo partes do México, da Guatemala, de El Salvador, de Belize e de Honduras. Eles eram governados por reis e sacerdotes e, diferentemente de outras culturas, os maias não foram exterminados por um conquistador externo, e sim foram desaparecendo aos poucos. Sua relação exata com os olmecas, porém, permanece obscura.

Voltando aos olmecas, eles foram a primeira grande cultura mesoamericana, apesar de terem sido mais jovens que os maias. O nome “olmeca” certamente não era a maneira como eles chamavam a si mesmos, uma vez que o termo é derivado de escritos astecas. Os olmecas se estabeleceram por volta de 1400 aC e se mantiveram por cerca de mil anos, ocupando uma quantidade razoavelmente grande de terra. O povo olmeca era constituído por bons agricultores, além de talentosos artistas, matemáticos e astrônomos.

Eles utilizavam os hieróglifos como sistema de escrita, assim como a maioria das culturas que os seguiu. Os olmecas nunca edificaram nenhuma grande cidade – ao menos, da forma como nós conhecemos. Porém, há relatos de que o povo construiu uma enorme pirâmide antes de seus indivíduos desaparecerem gradativamente. Seu mais famoso legado é o mistério das cabeças olmecas: foram encontradas cabeças de 3 metros de altura, lembrando guerreiros africanos e feitas de pedra, com mais de 130 quilômetros de distância entre elas.

A civilização inca pode ser rastreada até cerca de 1200 dC. Eles viviam nas montanhas do Peru, longe dos olmecas, maias e astecas. No auge de seu poder, a civilização se estendia por cerca de 4.000 quilômetros e compreendia mais de 16 milhões de pessoas. Tratava-se de um povo extremamente avançado: eles possuíam exército, leis, estradas, pontes, túneis e um complexo sistema de irrigação muito à frente de seu tempo.

No entanto, eles nunca chegaram a inventar um sistema de escrita. Em vez disso, usavam cordas com nós para a o registro de informações. Uma guerra civil acerca do legítimo herdeiro do trono foi o que precisou para ajudar a derrotar toda a civilização: quando os espanhóis invadiram as terras dos incas, eles foram facilmente derrotados. O império caiu em 1533.

Os astecas, por sua vez, fundaram sua maior cidade, Tenochtitlán, no ano de 1325 – ou seja, eles eram muito mais jovens do que qualquer um dos outros três povos. Tenochtitlan foi construída em uma ilha próxima a um lago mexicano chamado Texcoco. Os astecas gradualmente conquistaram o restante da área do lago, até que a civilização caiu nas mãos dos invasores espanhóis em 1521. Embora eles não fossem tão avançados quanto os incas, os astecas possuíam um calendário de 365 dias, assim como nós, além de usarem hieróglifos.

Apesar do fato de essas culturas apresentarem similaridades em diversos aspectos – tais como a construção de pirâmides, os sacrifícios humanos e o uso de hieróglifos (com exceção dos incas) -, os astecas, maias, incas e olmecas foram quatro culturas distintas que surgiram e desapareceram em diferentes momentos e por diferentes razões – embora praticamente no mesmo lugar.

Em resumo: os maias foram os primeiros das civilizações pré-colombianas mais conhecidas, mas aprenderam muito com os olmecas, que apareceram 1.200 anos mais tarde. Os astecas foram os próximos, cerca de 400 anos após a civilização maia começar a encolher. Os incas eram de uma área completamente diferente e duraram menos de 300 anos antes de serem eliminados, enquanto ainda tentavam se tornar mais avançados. [Knowledge Nuts]

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Reconheça os sintomas do infarto

Conhecer os sintomas do infarto é essencial para evitar o pior. Quanto antes você procurar um hospital, menores são os riscos

As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa principal. De acordo com o Datasus, agência de controle de dados do governo, foram registrados 2028 óbitos por doenças cardiovasculares no estado de São Paulo apenas no mês de agosto de 2013. A mortalidade hospitalar por infarto agudo na internação é alta, e maior quanto mais demorado o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento final. Os fatores de risco para o infarto são obesidade, hipertensão, colesterol alto, estresse, diabetes ou infartos anteriores. Homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema.

O infarto acontece quando parte do músculo cardíaco morreu por falta de oxigênio. A nutrição do músculo é feita pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes até o coração. Se uma artéria dessas "entupir" - que ocorre quando uma placa de gordura perto da parede interna do vaso rompe - o fluxo de sangue é interrompido e aquela área entra em sofrimento (causando dor) e se esse fluxo não for reestabelecido a tempo, o tecido morre.

Identificando o infarto

Hábitos ruins ao coração
A dor do IAM é uma sensação mal definida, surda, que pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. Ainda que a maioria das pessoas sinta dor no meio do peito, em aperto, espalhando para o braço direito, vemos com muita frequência apresentações menos características. Já vi pessoas com dor no queixo, dor nas costas. As características do infarto em mulheres são muito menos típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser investigada e considerada doença grave, especialmente se associada aos seguintes sintomas:

Vômitos
Suor frio
Fraqueza Intensa
Palpitações
Falta de ar.

Na presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no pronto socorro mais próximo em no máximo uma hora. Conforme o tempo passa a dor diminui, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível. Após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já morreu quase por completo.

Em municípios com disponibilidade de atendimento domiciliar rápido, como o excelente SAMU de São Paulo, vale a pena acioná-lo. Na ausência de uma ambulância, busque uma acompanhante que possa dirigir ou acompanhar até o medico (sempre em um hospital de emergência, para não transformar um consultório medico em uma UTI). Evite dirigir com suspeita de infarto, pois arritmias e desmaios são frequentes no inicio do quadro, colocando em risco você e os outros. Carregue consigo seus exames mais recentes, se estiverem acessíveis e não forem atrasar a sua viagem. Fique tranquilo e explique tudo ao seu acompanhante e médico, em especial a presença de alergias e doenças prévias.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

21 alimentos bons para a saúde dos olhos

Lembre-se de consumir com frequência alimentos ricos em vitaminas A e E, e ômega 3

A ideia de nos mantermos saudáveis envolve, certamente, uma dieta adequada às necessidades de cada pessoa, aliada a um estilo de vida ativo. Ao ouvirmos falar da união de uma boa alimentação associada a atividades físicas, logo pensamos em um coração funcionando corretamente, em ossos fortes e corpo na medida certa! Além de mais disposição para o dia a dia.

E realmente esses são alguns dos benefícios de uma vida saudável. Mas você sabia que, ao optar por uma boa alimentação, você estará cuidando também da saúde dos seus olhos?!

A nutricionista Sabrina Lopes destaca que uma alimentação saudável e equilibrada ajuda a prevenir diversas doenças, inclusive as que atingem a região dos olhos. “As vitaminas e nutrientes antioxidantes, presentes em frutas e vegetais vermelhos ou amarelos, em óleos de peixes e outros alimentos, podem ajudar na prevenção de alguns problemas de visão”, diz.

E como todos nós estamos sujeitos a ter algum problema de visão, em qualquer período de nossas vidas, vale a pena se prevenir. “Para isso, prefira alimentos ricos em vitaminas A e E, e com ômega 3”, diz a nutricionista Sabrina.

“A falta das vitaminas citadas traz problemas como secura nos olhos, sensibilidade à luz, distúrbio de percepção de cores e cegueira noturna”, explica a nutricionista.

Abaixo, Sabrina Lopes cita uma lista de alimentos ajudam a prevenir certos problemas de visão e que, com certeza, só farão bem para a sua saúde. Vale a pena anotar:

Laranja: é fonte de uma substância chamada carotenoides, que previne a deterioração da mácula – responsável pela visão das cores.

Cenoura: assim como a laranja, é fonte de carotenoides.

Tangerina: como os itens anteriores, é fonte de carotenoides.

Mamão papaya: fonte de carotenoides.

Maça: mais uma fonte de carotenoides.

Couve: fonte de carotenoides.

Brócolis: assim como os itens anteriores, é fonte de carotenoides e previne a deterioração da mácula.

Morango: assim como outras frutas vermelhas e roxas, é fonte de vitamina C, alimento antioxidante que combate os radicais livres e, também, fonte de flavonoides. Com isso, ajuda a prevenir a degeneração da mácula e também a perda de visão.

Framboesa: oferece os mesmos benefícios citados acima.

Amora: como o morango e a framboesa, ajuda na prevenção da degeneração da mácula e perda de visão.

Mirtilo: oferece os mesmo benefícios das frutas citadas acima.

Cereja: assim como outras frutas vermelhas, apresenta os mesmos benefícios citados acima.

Alho: diminui a pressão arterial porque age como dilatador dos vasos sanguíneos. Isso ajuda na prevenção do glaucoma, já que a pressão intraocular é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

Cebola: assim como o alho, pelos mesmos motivos, ajuda na prevenção do glaucoma.

Sardinha: fonte de ômega 3, vitaminas A, B, D e E. Também estimula a circulação sanguínea, por isso, todas as estruturas oculares recebem oxigênio, o que contribui para a boa saúde dos olhos.

Bacalhau: peixe que oferece os mesmos benefícios citados acima.

Atum: outra opção de peixe, fonte de ômega 3, vitaminas A, B, D e E.

Salmão: como outros peixes, oferece os benefícios citados acima.

Ovos: a presença de substâncias foto-oxidantes, como luteína e zeaxantina, presentes na gema do ovo, ajudam a prevenir a degeneração macular.

Azeite Extra Virgem : muito bom na prevenção contra a degeneração macular, por ser rico em ômega 3.

Óleo de Linhaça: fonte de vitamina E e de ácidos graxos ômegas 3, 6 e 9, é um alimento muito bom para prevenir e tratar sintomas de ardência e coceira nos olhos e sensibilidade à luz.

Agora você tem mais alguns bons motivos para acrescentar frutas vermelhas e roxas, peixes, ovos, azeite, óleo de linhaça, além das outras frutas e legumes citados, à sua dieta! Entre outros benefícios, eles serão grandes aliados da saúde dos seus olhos!

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/21-alimentos-bons-para-a-saude-dos-olhos/ - Por Tais Romanelli - Foto: Thinkstock