quinta-feira, 1 de agosto de 2019

17 ameaças ocultas para o coração


Muito além de pressão e colesterol altos, há um monte de perigos ao sistema cardiovascular escondidos por aí. Hora de desvendá-los

1. Bullying no trabalho
O European Heart Journal, uma das publicações de cardiologia mais influentes do mundo, acaba de dedicar uma edição especial a fatores e comportamentos inusitados que comprometem a saúde do coração. Um deles envolve o ambiente de trabalho.
“Vítimas de bullying nas empresas estão sujeitos a constantes maus-tratos, o que está relacionado a emoções negativas”, explica a epidemiologista Tianwei Xu, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, autora de um estudo que mostrou como essas agressões impactam pra valer o coração.
Tem solução?
O primeiro passo está em identificar essa violência e seus autores. “É importante que as pessoas saibam sobre esses comportamentos e busquem ajuda”, sugere Tianwei. Os departamentos de RH das companhias precisam ficar atentos para lidar com essas questões.

2. Poluição sonora
Buzinas, fábricas, sirenes, aviões… São tantos barulhos na cidade que nem prestamos mais atenção neles. O dilema é que essa sinfonia desajustada cobra seu preço. ]
Um levantamento do Instituto Suíço de Saúde Pública e Tropical analisou dados de 4,4 milhões de adultos e descobriu que o som de rodovias, ferrovias e aeroportos está ligado a uma maior mortalidade por infarto. “Existe uma relação entre a poluição sonora e o estresse crônico, que, por sua vez, aumenta a pressão arterial”, diz o epidemiologista Martin Röösli, que assina a pesquisa.
Tem solução?
O poder público precisa planejar o município de modo a reduzir os danos aos cidadãos. Aeroportos, por exemplo, devem ficar afastados dos bairros residenciais. Se você mora em regiões barulhentas, o jeito é investir em janelas e portas que limitam o ruído externo.

3. Sujeira pelo ar
Pelo jeito, viver nas metrópoles não é bom negócio para o coração. “Sabemos que mais de 40% das mortes por doença cardiovascular têm como uma de suas origens o ar que respiramos”, calcula a médica Evangelina Vormitagg, diretora do Instituto Saúde e Sustentabilidade, em São Paulo.

Já se sabe que partículas tóxicas muito finas entram pela respiração e caem na circulação sanguínea, onde provocam um estrago danado. Líderes e especialistas no tema são convocados a todo momento pela Organização Mundial da Saúde para elaborar saídas para esse problema global.

Tem solução?
Cobrar das autoridades políticas públicas mais sustentáveis e o cumprimento de leis já aprovadas é dever de todos nós. Do ponto de vista individual, dá pra apostar na bicicleta ou no transporte público (ônibus, metrô, trem…) e evitar o uso de combustíveis fósseis, especialmente o diesel.

4. Desastres naturais
Muito além do choque momentâneo, esses acidentes de larga escala comprometem o sistema cardiovascular dos sobreviventes. O exemplo mais recente ocorreu há poucos meses na cidade de Brumadinho, Minas Gerais, com o rompimento da barragem de minérios que vitimou 224 pessoas.
“Sabemos que o contato com metais pesados como níquel, chumbo e cádmio provoca lesões nos vasos sanguíneos e induz à hipertensão e ao aumento do colesterol”, conta o fisiologista Vitor Valenti, da Universidade Estadual Paulista, que acaba de conduzir uma revisão a respeito.
Tem solução?
O ideal mesmo é que esse tipo de desastre fosse evitado com estratégias preventivas. Em situações como a de Brumadinho, bombeiros e sobreviventes necessitam de cuidados redobrados. O acompanhamento deles com um cardiologista será mais frequente e cuidadoso.

5. Mudança no clima
“Uma redução de 3 graus na temperatura aumenta em até 30% as internações por insuficiência cardíaca ou infarto”, calcula o cardiologista Eduardo Pesaro, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O especialista chegou a esse número após tabular dados de 130 mil hospitalizações que ocorreram na capital paulista na transição do verão para o outono.
Períodos muito quentes também são danosos aos vasos sanguíneos. “Nos meses de calor, sobe o risco de desidratação e há uma tendência de a pressão arterial cair demais”, esclarece Pesaro.
E cabe destacar que o aquecimento global contribui tanto para dias muito quentes como para invernos rigorosos e desastres naturais.
Tem solução?
No inverno, agasalhe-se bem e isole as frestas por onde o vento gelado passa. Se você integrar um dos públicos-alvo das campanhas (idosos, crianças, gestantes…), tome a vacina contra a gripe. No calor, capriche na hidratação e converse com o cardiologista para fazer ajustes na dose dos anti-hipertensivos.

6. Problemas na gravidez
O período da gestação tem suas particularidades para o coração.
Nos nove meses que separam a concepção do parto, a saúde da mulher e do bebê é monitorada constantemente. Uma das maiores preocupações nesse período é a pré-eclâmpsia, caracterizada pelo aumento da pressão arterial materna.
Ainda bem que existem remédios que fazem o controle e evitam maiores danos, como o aborto espontâneo. Porém, uma pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, aponta que a mãe deve ficar atenta à hipertensão mesmo após o nascimento de seu filho. Não raro, o quadro se perpetua pelo resto da vida.
Tem solução?
“A chave está no diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia para iniciar o tratamento que minimiza seus desdobramentos”, conta Fernando da Costa, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Cortar o sal durante a gravidez é outra orientação dos médicos.
5% das mulheres com pré-eclâmpsia durante a gestação sofreram infarto ou AVC nos oito anos seguintes

7. Nascer prematuro
Quando a criança precisa vir ao mundo antes de completar 37 semanas na barriga da mamãe, seu coração carece de um acompanhamento mais criterioso – e não só na infância! Um trabalho da americana Universidade do Arkansas revela que a taxa de problemas cardíacos é mais alta nesses indivíduos quando comparados àqueles que nasceram no tempo ideal.
“Esses recém-nascidos ganham peso rapidamente nas primeiras semanas, o que abre alas para o descontrole de colesterol e diabetes”, completa o cardiologista Jawahar Mehta, líder da investigação.
Tem solução?
Experts defendem que os bebês prematuros sejam monitorados para evitar o excesso de peso logo cedo. “O limite no consumo de calorias, principalmente de açúcares, será mais rígido para eles”, vislumbra Mehta. O pediatra indicará exames para flagrar eventuais desajustes.

8. Má higiene bucal
Não é de hoje que se fala da conexão entre a saúde da boca e a do coração. E uma pesquisa da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, acaba de descobrir que escovar os dentes uma vez ao dia já ajuda a baixar o risco de infarto e AVC em 9%, enquanto fazer uma consulta com o dentista a cada 12 meses está associado a uma redução de 14% na propensão a esses piripaques.
“Inflamações na gengiva e o acúmulo de bactérias na boca repercutem no corpo inteiro”, ressalta o periodontista Claudio Pannuti, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP).
Tem solução?
Não dá pra escapar: escova, creme e fio dental são itens obrigatórios após as refeições, antes de dormir e ao acordar. Além disso, visitar o dentista a cada seis meses permite fazer aquela limpeza profissional e detectar cáries ou gengivite logo no início.

9. Descongestionante nasal
Sabe esses remédios que prometem desobstruir o nariz a jato? Eles até fazem isso, só que o efeito é temporário e a passagem do ar fica bloqueada novamente após alguns minutos.
Para piorar, alguns produtos desse grupo carregam determinadas substâncias que contraem os vasos sanguíneos (pelo corpo todo). É aí que mora o perigo.
“O princípio ativo não se limita às vias aéreas: ele é absorvido e, em grandes quantidades, provoca espasmos nas artérias”, alerta o médico Luiz Antonio Machado, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Tem solução?
Não caia na pegadinha dos descongestionantes nasais. Para início de conversa, eles são diferentes daqueles produtos parecidos com soro fisiológico e concebidos para lavar o nariz – esses não trazem riscos. Só faça uso de um fármaco desses com o aval do médico.

10. Microbiota intestinal desbalanceada
As bactérias que habitam no nosso intestino interferem até no coração!
A população de bactérias que vivem em nosso aparelho digestivo é decisiva para o aproveitamento dos nutrientes que ingerimos nas refeições. Mas a influência dessa turma microscópica não para por aí: alguns micro-organismos, por exemplo, estão ligados à redução e outros ao aumento do colesterol circulante.
“Em 2018, foram publicadas 101 pesquisas sobre a relação entre a microbiota e o coração. Só até abril de 2019, já saíram outros 45 artigos”, dá uma ideia desse campo o médico Dan Waitzberg, do Ganep Nutrição Humana.
Tem solução?
Para manter a flora intestinal equilibrada, o mais indicado é ter uma dieta saudável e variada. Ingerir boas fontes de fibras presentes em frutas, verduras e legumes é outra sacada. Produtos probióticos, como alguns leites fermentados, iogurtes e queijos, dão uma mãozinha.

11. HPV e companhia
O papilomavírus humano, ou simplesmente HPV, sempre esteve relacionado a tumores de colo de útero, pênis, ânus e boca. Agora, um estudo pioneiro da Universidade Sungkyunkwan, na Coreia do Sul, descobriu que as mulheres infectadas por ele também estão mais sujeitas a doenças cardiovasculares.
O risco de infarto ou AVC era 22% maior naquelas que tiveram contato com esse vilão. E não é só ele: já se sabe há anos que o influenza, o agente por trás da gripe, é capaz de propiciar uma terrível descompensação cardíaca.
Tem solução?
Vacina neles! O imunizante contra o HPV está na rede pública para adolescentes e adultos jovens. “E pacientes com doenças cardiovasculares estão nos grupos que devem tomar a dose contra a gripe”, lembra a médica Cristiane Lamas, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

12. Dormir mal
É natural a gente ficar pilhado e não conseguir pregar os olhos uma noite ou outra. Na contramão, a insônia é uma coisa bem mais séria.
“Trata-se da dificuldade para iniciar e manter o sono ou despertar antes do desejado por três vezes na semana durante três meses”, define o biomédico Gabriel Pires, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
O ponto é que a falta de descanso anda de mãos dadas com o estresse e a ansiedade. Esses dois fatores, na sequência, induzem danos aos vasos e ao músculo cardíaco, até o ponto em que o sistema inteiro começa a pifar.
Tem solução?
Procure um médico se o encontro com o colchão e o travesseiro anda turbulento demais. Se o distúrbio for diagnosticado, há uma série de opções de tratamento. Só não vá se medicar por conta própria. Errar no tipo de remédio ou na dose traz sérias consequências, como o efeito rebote.
Pessoas que dormem menos de cinco horas por noite têm um risco de desenvolver hipertensão 520% maior!

13. Apneia do sono
De nada adianta passar a madrugada toda apagado se o repouso não é reparador. A apneia do sono, marcada por roncos e paradas na respiração ao longo da noite, abala pra valer o bem-estar do coração.
“A interrupção no fluxo respiratório chega a durar entre dez e 90 segundos e está associada a quedas na quantidade de oxigênio no sangue”, diz o fisiologista Ali Azarbazin, do Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos.
Além do sobe e desce na oxigenação, a doença leva a microdespertares, que não deixam o sono ficar profundo. Vários pontos negativos para o músculo cardíaco.
Tem solução?
A melhor saída contra a apneia é um dispositivo chamado CPAP. Por meio de uma máscara, ele joga um jato de ar na garganta, impedindo que ela se feche. Outras opções são o uso de aparelhos bucais, estimuladores elétricos e cirurgias para ajustes na posição da mandíbula.

14. Doenças autoimunes
Condições em que a imunidade se rebela e passa a atacar órgãos e tecidos têm sido cada vez mais diagnosticadas. Entre as representantes do grupo, estão artrite reumatoide, lúpus, hipotireoidismo, retocolite ulcerativa, e por aí vai.
E o que esse monte de encrencas tem a ver com o coração? “Elas estão relacionadas a um aumento da inflamação, que também vai lesar as paredes dos vasos sanguíneos e contribuir para a formação de trombos e coágulos”, aponta a médica Emília Inoue Sato, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Tem solução?
Manter a enfermidade sob controle é a regra número 1. Ora, quando o quadro fica estável, a inflamação acalma por tabela. Outro ponto é não abusar dos corticoides. Essa classe farmacêutica é ótima para aliviar as crises, mas seu uso constante não faz nenhum bem à saúde.

15. Pré-diabetes
O diabetes tipo 1 ou 2 é um dos protagonistas dos perrengues cardiovasculares. Mas o que dizer daquela zona cinzenta entre o normal e o patológico, em que o açúcar no sangue fica na casa dos 100 aos 125 miligramas por decilitro ou a hemoglobina glicada varia de 5,7 a 6,5%?
Má notícia: já existem evidências de que esse tímido descontrole da glicemia eleva o risco de infarto ou AVC. “Em geral, são pacientes que, além do pré-diabetes, trazem outros fatores de risco em conjunto, como excesso de peso, gordura abdominal e hipertensão”, descreve o quadro o cardiologista Fernando da Costa.
Tem solução?
Mudanças no estilo de vida, na alimentação e na prática de exercícios físicos já vão contribuir para uma queda no resultado dos exames. Alguns especialistas apostam que é necessário lançar mão de remédios nessa fase para cortar o mal pela raiz. Outros são mais reticentes a essa ideia.

16. Depressão
A depressão provoca alterações dentro do corpo que favorecem problemas cardíacos.

Marcada por um desequilíbrio na química cerebral, a depressão não se limita à cabeça. “Ela aumenta fatores inflamatórios, mexe com a microbiota intestinal e está relacionada com menos cuidados e hábitos nada saudáveis, como o consumo de alimentos ruins e o uso de álcool e outras drogas”, lista o cardiologista Mauricio Wajngarten, da Faculdade de Medicina da USP.
Vários estudos demonstraram que o paciente deprimido apresenta níveis mais elevados de cortisol, o hormônio do estresse. Em excesso, ele também machuca os tubos sanguíneos.
Tem solução?
Buscar um psicólogo ou um psiquiatra é primordial para fazer uma análise aprofundada da situação. Na sequência, o contra-ataque terapêutico pode envolver psicoterapia, prescrição de antidepressivos e a própria atividade física, que ajuda no resgate do bem-estar.
Num estudo brasileiro, 20% dos pacientes que precisavam fazer uma cirurgia cardíaca tinham depressão

17. Solidão
Os sambistas Paulinho da Viola e Marisa Monte já cantavam: “Solidão é lava, que cobre tudo”. De forma poética, eles retrataram um dos grandes incômodos de nossa era: ficar só virou preocupação de saúde pública mundo afora.
“Permanecer fechado em casa, sem contatos e sem relacionamentos, é um sinal de que algo não vai bem”, observa o psiquiatra Kalil Duailibi, da Universidade de Santo Amaro, na capital paulista. A falta de contatos reais com outros seres humanos propicia ansiedade, depressão, distúrbios do sono e uma série de outros perigos.
Tem solução?
As redes sociais podem aproximar, mas, ao mesmo tempo, são um fator de isolamento. Procure grupos de apoio, faça cursos e trabalhe com coisas que lhe agradem. Na medida do possível, fique próximo daqueles familiares e amigos que o fazem se sentir bem e com o coração quentinho.

As ameaças de sempre
Hipertensão: números superiores a 120 por 80 milímetros de mercúrio (ou 12 por 8) são mau negócio.

Colesterol alto: fique esperto com o LDL, o colesterol ruim, e o HDL, a fração benéfica.

Diabetes: muito açúcar na circulação é sinônimo de lesão nos vasos sanguíneos.

Obesidade: os quilos extras trazem um extenso pacote de maldades ao coração.

Tabagismo: o cigarro é um gatilho para a inflamação em tudo que é órgão.

Sedentarismo: ficar sentado o dia inteiro é um perigo. Procure uma atividade que traga prazer.

Dieta ruim: sal, gordura e açúcar são os ingredientes mais prejudiciais. Seja bastante moderado.

Fonte: https://saude.abril.com.br/especiais/17-ameacas-ocultas-para-o-coracao/ - Por André Biernath - Ilustração: Otávio Silveira/SAÚDE é Vital

2º Passeio ciclístico do Colégio Dom Bosco


Em comemoração ao dia dos pais! 🚴‍♂🚴‍♂🚴‍♂🚴‍♂

Concentração às 07h na Praça Chiara Lubich e saída às 08h.

Percorrendo o seguinte roteiro de ruas:
Avenida Rinaldo Mota Santos;
Av. Dr. Luiz Magalhães;
Av. Ivo de Carvalho;
Rua Manoel Garangau;
Rua Quintino de Lacerda;
Rua Marechal Deodoro da Fonseca;
Rua José Mesquita da Silveira;
Rua Padre Felismino;
Praça General João Pereira;
Rua Boanerges Pinheiro.

Com chegada no Colégio Dom Bosco.

Mais que um colégio, um projeto de vida!

II Festival de línguas do Colégio Dom Bosco


quarta-feira, 31 de julho de 2019

Para dormir mais rápido e melhor, tome banho 1,5 hora antes


Tomar banho quente antes de dormir

Biomédicos podem ter encontrado uma maneira de as pessoas conseguirem dormir melhor mesmo após um dia tenso e cheio de compromissos.

Reunindo especialistas de três universidades norte-americanas, eles revisaram 5.322 estudos científicos envolvendo o sono e os banhos e o efeito do aquecimento corporal passivo - ficar numa banheira ou sob um chuveiro - e as várias condições relacionadas ao sono: latência no início do sono (o tempo necessário para pegar no sono), o tempo total de sono, a eficiência do sono e sua qualidade subjetiva.

"Quando analisamos todos os estudos conhecidos, percebemos disparidades significativas em termos de abordagens e resultados," conta o pesquisador Shahab Haghayegh, da Universidade do Texas em Austinf (EUA). "A única maneira de determinar com precisão se o sono pode de fato ser melhorado foi combinar todos os dados do passado e examiná-los através de uma nova lente".

A conclusão, após essa homogeneização de critérios, é que tomar banho de 1 a 2 horas antes de deitar, em água com temperatura entre cerca de 40 e 43 graus Celsius, pode melhorar significativamente a qualidade geral do sono e também acelerar a velocidade de adormecer - um ganho médio de 10 minutos para cair no sono.

Calor interno do corpo

Banhos quentes, de chuveiro ou imersão, estimulam o sistema termorregulador do corpo, gerando um aumento acentuado na circulação do sangue do núcleo interno do corpo para os locais periféricos das mãos e dos pés, resultando na remoção eficiente do calor corporal e no declínio da temperatura corporal, o que ajuda a relaxar e adormecer.

Esta pode ser também a razão pela qual dormimos melhor no inverno, quando o calor interno do corpo vem rapidamente para o exterior conforme nos deitamos - embora este estudo não tenha focado neste tema específico.

Com isto, se os banhos forem tomados no tempo biológico certo - de 1 a 2 horas antes de dormir - eles vão ajudar o processo circadiano natural e aumentar as chances não apenas de adormecer rapidamente, mas também de experimentar um sono de melhor qualidade, dizem os pesquisadores.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=como-dormir-mais-rapido&id=13569&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Cockrell/Universidade do Texas Austin

terça-feira, 30 de julho de 2019

Trabalho em excesso pode aumentar em 45% o risco de AVC, diz estudo


Os pesquisadores analisaram dados de 143.592 participantes voluntários com idade entre 18 e 69 anos

Trabalhar excessivamente pode trazer diversos problemas de saúde, como stress crônico, ansiedade e depressão. Agora, uma nova pesquisa, publicada na revista Stroke, indica que trabalhar demais aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC).

De acordo com o estudo, quem trabalha mais de 10 horas diárias por 50 dias durante o ano está 29% mais propenso a sofrer AVC. O risco é ainda maior para quem mantém a rotina cansativa ao longo de 10 anos, chegando a 45%.

Além disso, os pesquisadores descobriram que esse risco parece ser maior para indivíduos com menos de 50 anos de idade, o que é uma surpresa, já que a população com maior propensão a sofrer AVC está acima dos 65 anos. A equipe acredita que esse resultado mostra porque as pessoas estão desenvolvendo a doença cada vez mais cedo.

Foi o caso de Jeff Hiserodt, de 42 anos. “Eu tive um coágulo de sangue atrás do meu olho direito. Fiquei paralisado do lado esquerdo e cego”, contou à ABC News. Ele revelou que dedicava 60 a 65 horas por semana (cerca de 10 horas por dia) em seu trabalho.

Embora os pesquisadores não tenham encontrado uma relação direta entre trabalho excessivo e o risco de AVC, eles acreditam que a associação possa ser explicada pelo tipo de trabalho, como os muito estressantes ou trabalhos noturnos, e os maus hábitos que as pessoas adquirem ao passar mais tempo trabalhando, como alimentação inadequada e falta de exercício físico.

E por que o trabalho pode aumentar o risco de AVC? Isso acontece porque o trabalho feito à noite, por exemplo, interfere no relógio biológico, responsável por regular diversas funções do organismo. Outros trabalhos mais estressantes, que afetam o estilo de vida, podem despertar hábitos nocivos – como maior consumo de álcool e cigarro – além de poder provocar insônia.

“Há uma modificação do comportamento ligada ao trabalho, principalmente ao excesso de trabalho a longo prazo, o que pode justamente, acarretar a ocorrência de um acidente cardiovascular”, explicou Alexis Descatha, principal autor do estudo, à Rádio França Internacional (RFI).

Metodologia
Os pesquisadores analisaram dados de 143.592 participantes voluntários com idade entre 18 e 69 anos. Entre eles, 42.542 relataram trabalhar mais de 10 horas por dia, enquanto 14.481 afirmaram ter trabalhado em excesso por 10 anos ou mais.

O estudo começou em 2012 e, ao longo dos anos, 1.224 participantes sofreram AVC. Após serem excluídos fatores de risco para a doença, como sexo, idade e tabagismo, a equipe concluiu que trabalhar demais eleva o risco de acidente vascular cerebral.

Como evitar?
No entanto, não há motivo para pânico. “Todo mundo tem diferentes situações sociais. Você não pode simplesmente dizer para alguém não trabalhar em determinada área ou empresa porque é estressante, afinal, todo trabalho é estressante. Mas se você perceber que o stress chega a um ponto em que não é saudável, então é uma história diferente. Você deveria reconsiderar o que faz.”, comentou Arbi Ohanian, do Huntington Hospital, nos Estados Unidos, à revista People.

As recomendações médicas para evitar um AVC é comer de forma saudável, se exercitar por pelo 30 menos trinta minutos por dia e cuidar da saúde. “Certifique-se de ser cuidadoso com fatores de risco como pressão alta, colesterol alto ou qualquer problema cardíaco”, disse Ohanian.


segunda-feira, 29 de julho de 2019

Quanto mais nos exercitamos, mais sentimos vontade de comer, diz estudo


Saiba como driblar o problema

Você já sentiu aquela fome enorme depois do treino que parecia que não dava para controlar? Calma, não é só você: numa pesquisa publicada pelo American Journal of Clinical Nutrition no começo de junho, pesquisadores do Pennington Biomedical Research Center apontaram que quanto mais nos exercitamos, mais a necessidade de comer pode aparecer. Com isso, muitas pessoas podem exagerar na alimentação e engordar.

O estudo foi realizado com 171 homens e mulheres sedentários, com excesso de peso e idades entre 18 e 65 anos. Eles foram divididos em três grupos: um deles continuou com sua vida normal; o segundo fez um programa de exercícios supervisionados em esteiras e bicicletas três vezes por semana (com um gasto calórico de aproximadamente 700 calorias); enquanto o terceiro aumentou a rotina de atividades físicas para um gasto de até 1760 calorias por semana. Todos os grupos mantiveram os hábitos durante seis meses, e podiam comer o que quisessem.

Para a surpresa de todos, poucos participantes perderam alguns quilos, e a maioria dos que emagreceram faziam parte do treinamento mais curto. 90% dos que estavam no grupo de atividades mais intensa não atingiram o objetivo esperado. Todos compensaram a queima extra comendo mais.

Conclusão? “É possível afirmar que a prática de exercícios físicos, aliada a um acompanhamento nutricional, pode trazer resultados mais satisfatórios. Afinal, precisamos repor energia, mas não com uma fatia de bolo de chocolate”, afirma o endocrinologista Francisco Tostes, especialista em emagrecimento, atividade física e medicina do esporte, e sócio da Nutrindo Ideais, em São Paulo.

Mas afinal, malhar realmente dá mais fome?
“Sim, pode aumentar o apetite, uma vez que o exercício é um gasto energético extra no dia, e que vai determinar uma demanda diferente. Além da adaptação do corpo ao estímulo, que envolve, por exemplo, a síntese de proteína muscular, que ocorre com a ajuda da alimentação”, diz o nutrólogo Kaue Kranholdt, com enfoque em performance esportiva, emagrecimento e vegetarianismo, de São Paulo.

Mas isso não quer dizer que a fome deva aparecer sempre depois do treino. “Essa é uma característica bem individual e muitas pessoas vivenciam exatamente o contrário: não tem vontade nenhuma de comer nos momentos ou na hora logo depois do exercício, principalmente os de alta intensidade”, explica o nutrólogo.

Segundo o endocrinologista, os fatores que causam o apetite de leão que você pode estar tendo quando volta da academia são o tempo de duração da atividade, intensidade e qualidade da rotina alimentar. “Também vale observar se é hora de uma refeição. Neste caso, além de repor nutrientes, o corpo pede pela quantidade que está acostumado a receber”, diz Francisco.

O que comer para sentir-se satisfeita sem engordar?
De acordo com os dois especialistas, a pergunta não tem uma resposta única. Isso porque o que você vai incluir no cardápio depende de qual esporte resolveu praticar.  “Atividades aeróbicas, como pedalar forte, durante duas horas, por exemplo, geram a perda de líquido, sais minerais e carboidratos, logo, devemos repor estes nutrientes”, explica Francisco. O segredo, então, é não exagerar. “Alimentos ditos saudáveis como frutas inteiras, oleaginosas, carboidratos complexos são boas opções para essa finalidade, mas se as porções forem maiores que o necessário, podem ocasionar ganho de peso”, acrescenta Kaue.

Para driblar esse problema, o ideal é que você beba uma boa quantidade de água. O nosso hipotálamo, região do cérebro responsável por indicar a necessidade de se alimentar ou não, muitas vezes nos confunde. Ou então apostar em um suplemento de shake proteico depois de gastar calorias. “Ele contém o aminoácido leucina, que sinaliza saciedade ao cérebro.  Isso permite um “ganho de tempo” para a próxima refeição sólida”, diz o nutrólogo.

E não adianta nada comer que nem uma leoa antes da academia, viu? As nossas reservas energéticas são repostas 3 horas depois da ingestão de alimentos. “Isso significa que a refeição mais importante para o treino foi feita nesse período de 3h antes do treino (ou no jantar da noite anterior ao treino quando feito logo ao acordar)”, explica Kaue. Antes do treino pode ser melhor escolher algo mais leve ou até líquido.


domingo, 28 de julho de 2019

Personal responde: esteira ou bicicleta — qual queima mais calorias?


Antes de começar a pensar em gasto calórico, que tal se proteger das lesões?

Para o educador físico Pedro Gorgulho, coordenador técnico da rede de academias Biofisic, de Minas Gerais, a resposta depende de alguns fatores. ‟Se formos considerar o mesmo período e intensidade dos treinos, a tendência é que a esteira gere um maior gasto calórico. Contudo, 20 minutos de caminhada queimam bem menos calorias do que 20 minutos de HIIT na bike, por exemplo”, ele afirma.

Então sim, a bicicleta pode até te fazer suar menos do que uma corridinha na esteira, mas isso não quer dizer que seja ruim. Afinal, o nosso objetivo não é somente eliminar calorias, não é mesmo? Ainda mais se quisermos ficar saudáveis sem desenvolver dores e lesões. ‟Quando a gente pensa na corrida, tem que levar em conta a mobilidade das articulações dos joelhos, tornozelos e quadril. Sem essa mobilidade, não é ideal correr pensando em um grande gasto energético”, explica Pedro.

Se quiser investir na corrida de uma vez, comece, então, com treinos funcionais que trabalhem a coordenação motora e o fortalecimento dos músculos. Só assim você terá estabilidade suficiente para se jogar na esteira sem medo. Ou então vá de bike: ela vai garantir condicionamento e não causa tanto impacto para as articulações. ‟Em todo caso, é preciso de uma avaliação profissional antes do início de qualquer atividade. Quando a pessoa se torna apta para correr, os benefícios do esporte vão desde o gasto calórico até a prevenção de doenças cardíacas”, diz o educador.

No caso da bike, é importante regular o aparelho de acordo com a sua altura. ‟Ao final do movimento de pedalada (quando o pé está próximo do chão), o joelho não pode ficar totalmente estendido, porque isso causa dores. O segredo, então, é regular o banco para que ele fique na direção do seu ossinho do quadril quando você estiver de pé”, ele explica. Lembre-se também de verificar banco e o guidão: eles precisam estar separados por uma distância igual ao tamanho do seu antebraço + palma da mão aberta.

Já com a esteira, não tem problema nenhum segurar nas alças que ficam na frente do painel enquanto você caminha, viu? Principalmente se você estiver começando e um pouco insegura em cima do aparelho. O que você não pode fazer é debruçar-se sobre o painel. ‟Ao aliviar o peso dos pés, sua coluna fica em uma posição inadequada, o que pode provocar dores”, diz Pedro. Quando for terminar o exercício, reduza a velocidade lentamente e não desça bruscamente da esteira. Desse modo, você evita tonturas.


Conheça o basquete 3×3, nova modalidade olímpica


Disputado em uma quadra de dimensões reduzidas, o "basquete de rua" possui várias diferenças em relação ao esporte convencional

O Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou uma série de novidades para os próximos Jogos, em Tóquio-2020. A que mais chamou a atenção foi inclusão do basquete 3×3 como modalidade olímpica. O jogo, disputado normalmente em quadras abertas, tem várias diferenças em relação ao basquete convencional, a começar pelo tamanho da quadra e o número de tabelas.

Apesar de pouco conhecido como esporte regularizado, o basquete 3 x 3 tem mais de 50.000 jogadores registrados pela Fiba (Federação Internacional de Basquete), e em torno de 250 milhões de adeptos por quadras ao redor do mundo. A modalidade, muito popular pela acessibilidade (em seu formado amador, pode ser jogada em praticamente qualquer quadra com uma cesta), começou a se tornar profissional no final da década de 80, com algumas pequenas competições.

O primeiro evento teste de 3×3 organizado pela Fiba aconteceu em 2007, durante os Asian Indoor Games (Jogos Asiáticos em Local Coberto, na tradução livre), em Macau, na China. Outros torneios foram organizados na sequência, na República Dominicana e na Indonésia. A estreia internacional ocorreu durante os Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010. Com o sucesso da modalidade, a federação internacional desenvolveu um programa de regras para que pudesse organizar torneios específicos e inseri-la oficialmente no contexto olímpico.

No Brasil, os competições do basquete 3×3 são organizadas pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete). Entretanto, entidades específicas, como a ANB (Associação Nacional de Basquete 3×3), criada em 2007 como Federação Paulista de Basquete de Rua, também montam campeonatos, sob a aprovação da Fiba.

Regras e particularidades
Diferente do basquete convencional, o 3×3 é disputado em uma quadra que possui metade do tamanho das oficiais, mantendo as demarcações originais, como uma linha de lance livre, uma de dois pontos, e um semicírculo abaixo da cesta. No lugar dos cinco jogadores, as equipes possuem três (como indicado pelo próprio nome), mais um substituto. Em quadra, ficam um ou dois oficiais de jogo, responsáveis por arbitrar a partida e marcar tempo e placar.

As partidas têm duração de 10 minutos ou são finalizadas quando uma das equipes atinge 21 ou mais pontos. Cada uma possui 12 segundos para executar suas jogadas e marcar sua pontuação, que pode variar entre lances de dois pontos (atrás da linha demarcada), e um ponto (dentro da linha ou lances livres, semelhantes ao do basquete convencional). Em caso de empate, a disputa vai para uma prorrogação, onde a primeira equipe a marcar dois pontos é a vencedora.


sábado, 27 de julho de 2019

Lembranças de quando estudei no Grupo Escolar Guilhermino Bezerra

Tive a satisfação de estudar no período de 1969 a 1972, da 1ª a 4ª série do ensino primário, no Grupo Escolar Guilhermino Bezerra, atualmente, Escola Estadual Guilhermino Bezerra, situada na Praça João Pessoa. A estrutura física da escola, que foi inaugurada em 1936, é quase a mesma comparando aos dias atuais mesmo tendo recebido algumas reformas. Além disso, é a escola mais antiga de Itabaiana.

Na época em que eu era criança, os estudos começavam aos 7 anos na 1ª série do ensino primário, o que equivale hoje ao 2º ano do ensino fundamental. Comecei a estudar lá com 7 anos e meio. Sempre estudei a tarde.

Tive o privilégio de ter excelentes e dedicadas professoras nos 4 anos que estudei no Guilhermino Bezerra, foram elas: Estelita Maria Andrade Santana, Ascendina Souza, Maria Euza dos Santos e Suzaneide Noronha Moura. Infelizmente nesta época não tive professor de educação física.

No primeiro dia de aula, minha mãe me levou para a escola, que ficava cerca de 50 metros da minha casa, também situada na Praça João Pessoa. Fui chorando, pois não queria ir, para não me separar dela, e ao chegar à porta fomos recebidos pela graciosa Professora Estelita, que me acolheu com carinho e levou-me para sentar. Naquele tempo, os alunos sentavam em carteiras de dupla, não me lembro com quem sentei. Eu era muito tímido, e, aos poucos, com a atenção da professora, comecei a gostar de estudar e de ir à escola.

Na 2ª série, a Professora foi Ascendina, já senhora e muito carinhosa, tinha uma filha que a substituía quando ia ao médico ou faltava por algum motivo importante.

Na 3ª série, Maria Euza foi a Professora mais “exigente” que tive ao estudar o primário. Lembro-me de que ela tomava a tabuada quase todos os dias no final da aula. Os alunos que acertavam saiam no horário, ou às vezes, um pouco antes do término, mas os que erravam ficavam na sala com ela até concluir seu trabalho. Eu estudava bastante a tabuada para acertar e sair correndo para brincar a tempo no parque infantil, que ficava em frente à escola, pois ele fechava ao final da tarde. Também brincava de pelada com os colegas na Praça João Pessoa, entre o parque e a caixa d’água, que ainda existe, quase de frente ao Banese.

Na 4ª série, estudei com a professora Suzaneide, um amor de pessoa e bastante educada, que nos preparou muito bem para a prova de admissão do Colégio Estadual Murilo Braga. Dessa época, lembro-me dos colegas Zé Carlos, que conserta fogão, Vânia que trabalhou no Ipes de Itabaiana, Antônio Carlos, Tonho Crispim, Bernadete do Banese, Aimoré e Gilmar Carvalho.

A escola tinha poucos funcionários e, talvez por isso, lembro-me de todos. Seu Gentil Santana era o porteiro, uma pessoa simpática e divertida, Dona Iracema Andrade, uma das melhores amigas de minha mãe e minhas primas Nezilda Oliveira e Zefinha Oliveira, esta a merendeira da escola. Dona Zefinha, além de servir a merenda, também vendia picolé de João Babal do Bar Simpatia na hora do recreio. Às vezes, quando o funcionário do bar demorava a trazer os picolés, ela pedia a professora para deixar-me ir buscá-los e quando eu chegava ganhava um lanche extra. Naquela época, o lanche era um copo de leite ninho com chocolate quente, sonho, mingau de aveia e coscorão.

Apesar deste lanche gostoso no recreio, quando meus pais me davam algum dinheiro, eu passava na Bodega de Tonho Cacetinho e comprava bolachão, cocada e balas para merendar na escola, ou levava goiaba da minha casa quando era a época.

O recreio era realizado no pátio, uma parte era coberta e cimentada e a outra descoberta e de areia. Geralmente os meninos brincavam de bola e pega-pega, e foi nesta brincadeira que um dia eu sofri um corte profundo no pé por um caco de vidro e fui levado para casa por Seu Gentil. Imediatamente, minha mãe me levou ao hospital onde peguei alguns pontos e fiquei vários dias sem brincar no recreio.

O Guilhermino Bezerra foi a primeira escola de Itabaiana a receber o Gabinete móvel dentário do SESP onde todos os alunos da escola eram atendidos pelo dentista Dalton knust e pela auxiliar de higienização bucal, Cleide Costa, que faziam o tratamento dentário, higienização e aplicação do flúor.

Em algumas datas importantes, participei do hasteamento da Bandeira Nacional, onde os alunos ficavam enfileirados na rua em frente à escola que a separava da Praça João Pessoa. Na reforma da Praça em 1990, o trecho da rua que ficava entre o Grupo e a mesma foi transformada em um espaço de passeio com canteiros e bancos.

Recentemente, fiquei muito feliz e orgulhoso em saber que a escola onde estudei quando criança, obteve a maior nota do IDEB, (5,9) da rede estadual de ensino de Itabaiana. Uma vitória dos 133 alunos matriculados e dos 21 funcionários que se revezam em 2 turnos de trabalho para oferecer um ensino de qualidade às crianças itabaianenses.

Professor José Costa - Imagem de Shirley Lucena

sexta-feira, 26 de julho de 2019

As 7 atitudes que previnem o infarto


Programa desenvolvido por uma importante instituição de cardiologia reúne cuidados primordiais para dar vida longa ao músculo cardíaco.

Era um desses encontros pra entrar para a história: depois de horas de reunião, um grupo de renomados cardiologistas americanos chegava, enfim, à lista dos dez fatores que mais influenciavam a saúde cardiovascular. Desses, três são elementos imutáveis, ou seja, não há hábito ou remédio capaz de anular seus efeitos – falamos da idade, do sexo e da carga genética.

Os outros sete (e aí vem a boa notícia!) são passíveis de mudança. Isso significa que, ao atuar sobre eles, podemos minimizar nossa exposição a infartos e AVCs, dupla de males que são a principal causa de morte no Brasil. Entram nesse rol a alimentação, o grau de atividade física, o peso, a medida da pressão, o colesterol…

Surgia, assim, o Life’s Simple 7, conjunto de metas e medidas para prevenir sustos ao peito da Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês). A iniciativa é encarada com tanta seriedade nos Estados Unidos que virou uma das principais estratégias para atingir o objetivo da entidade: reduzir em 20% o número de eventos cardiovasculares até 2020. “A ideia é focar nas mudanças no estilo de vida e trazer benefícios de longo prazo à população”, defende a nutricionista Rachel Johnson, consultora da AHA.

Após quatro anos da implementação do Life’s Simple 7, os cientistas (e a própria sociedade) começam a colher seus frutos. Uma revisão de estudos da Universidade Johns Hopkins constatou uma queda significativa nos índices de ataques cardíacos e derrames entre pessoas que adotaram as premissas do programa.

Outra investigação, assinada pela Universidade de Minnesota e baseada em dados de 13 mil pessoas ao longo de três décadas, registrou uma menor probabilidade de desenvolver insuficiência cardíaca entre os sujeitos que seguiam as recomendações depois reunidas pela AHA. “Isso só reforça a importância de adotar hábitos saudáveis mais cedo a fim de prevenir o problema”, diz o epidemiologista Aaron Folsom. Chegou a hora de os brasileiros conhecerem e botarem em prática os mandamentos em prol do coração.

Controlarás a pressão

“A hipertensão é a doença crônica que mais mata no globo”, sentencia o cardiologista Luiz Bortolotto, do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. A pressão alta causa um aperto nos vasos, o que exige esforço extra do músculo cardíaco para bombear o sangue. Se a situação persiste por anos a fio, ela cobra seu preço na forma de infarto, derrame, falência renal… Não à toa, conservar as medidas de pressão dentro dos parâmetros é um dos pilares do Life’s Simple 7.
Nesse sentido, o Instituto Nacional do Coração, dos Pulmões e do Sangue dos Estados Unidos testou até que ponto os valores deveriam baixar em 9 mil hipertensos. Metade tinha que reduzi-los para 13 por 9 – valor aceitável atualmente – enquanto a outra parcela passou por um tratamento agressivo a fim de derrubar a medição para 12 por 8. O estudo precisou ser interrompido no meio porque o grupo da terapia intensiva teve o risco de um ataque cardíaco ou um AVC subtraído em um terço – o mesmo efeito não foi visto nos outros voluntários. “Em pacientes mais velhos com problemas associados, limites mais rígidos de pressão também trazem benefício”, diz Bortolotto.

Metas
Valor ótimo:   Menor que 12 por 8
Valor normal:  Menor que 13 por 8,5
Hipertensão estágio 1 14 a 15,9 por 9 a 9,9
Hipertensão estágio 2 16 a 17,9 por 10 a 10,9
Hipertensão grave      maior que 18 por 11
O que fazer?

Ingerir menos sal e perder alguns quilos ajudam a domar a pressão. Se essas atitudes iniciais não forem suficientes, remédios são convocados.

Baixarás o colesterol

O colesterol que trafega pelo corpo é essencial para a membrana das células, a produção de vitamina D, a fabricação dos hormônios sexuais e uma série de outros processos cruciais ao organismo. O chato é quando ele se encontra em excesso. “Daí, pode se depositar nas artérias e dar início à formação de placas”, conta o médico André Faludi, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Se entupir, já viu… A tendência de endurecer as metas de colesterol chegou com tudo por aqui: um dos tópicos mais debatidos nos congressos da área é justamente até que ponto o LDL, o colesterol ruim, deve baixar. A orientação hoje é mantê-lo abaixo dos 100 mg/dl de sangue, ou 70 mg/dl para sujeitos com alto risco cardiovascular.
Porém, muitos especialistas já defendem que as próximas diretrizes sugiram níveis abaixo de 50 mg/dl para todo mundo! Isso se tornou possível com a chegada de novos medicamentos para os casos difíceis de tratar. “De acordo com evidências recentes, quanto mais baixo estiver o LDL, menor o índice de eventos cardiovasculares”, conta o cardiologista Marcio Miname, da Unidade Clínica de Lípides do InCor.

Metas – colesterol LDL (em mg/DL)
Ótimo: menor que 100 (70 para os de alto risco)
Desejável        entre 100 e 129
Limítrofe        entre 130 e 159
Alto     entre 160 e 189
Muito alto       maior ou igual a 190
Metas – Colesterol total (em mg/DL)

Desejável        menor que 200
Limítrofe        entre 200 e 239
Alto     maior ou igual a 240
O que fazer?

Manter uma dieta balanceada e praticar exercícios regularmente são pré-requisitos para controlar o colesterol total e suas frações. Se muitos familiares possuem níveis altos, vale verificar se não há um fundo genético. As estatinas são a principal classe de fármacos para baixar o LDL.

Colesterol do prato não para nos vasos?

A história é recente e ainda gera confusão. Mas, pelo que a ciência sabe até o momento, os teores de colesterol da comida não se convertem necessariamente em colesterol na corrente sanguínea. A quantidade de LDL circulando é determinada, em sua maioria, pela fabricação da molécula no próprio fígado. Quem incentiva o órgão a liberar a substância em demasia seria a gordura saturada, presente na coxa de frango com pele, no queijo amarelo, no bacon, na manteiga e na costela suína. A recomendação é não ultrapassar 20 gramas desse tipo por dia.

Domarás o diabetes

Uma edição do periódico científico The Lancet trouxe um enorme retrato do diabetes já realizado. Com a colaboração de pesquisadores de todo o mundo, a publicação analisou as informações de saúde de 4 milhões de pessoas de 146 países diferentes. Os resultados mostram que o número de adultos diabéticos pulou de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014. “O envelhecimento, a obesidade e o sedentarismo contribuem para esse agravamento”, afirma o endocrinologista João Eduardo Nunes Salles, da Sociedade Brasileira de Diabetes. Ter açúcar demais nos vasos promove um pacote de maldades ao coração. Primeiro, o sangue fica viscoso e transita com lentidão, o que facilita o surgimento de coágulos. Em segundo lugar, a insulina, responsável por colocar a glicose para dentro das células, também tem a função de relaxar as artérias. Como o hormônio não trabalha direito, a pressão tende a subir. Por fim, muitos diabéticos enfrentam dilemas com a balança. E o excesso de gordura no abdômen está relacionado à presença de substâncias inflamatórias que prejudicam a circulação.

Metas (em mg/DL)
Normal            menor que 100
Alterada          entre 100 e 126
Diabetes          maior que 126
O que fazer?

Fique de olho na glicemia e mantenha hábitos saudáveis, que auxiliam a conter essas taxas.

Praticarás atividades físicas

Fazer algum exercício regular não só previne como é uma maneira reconhecida de controlar uma série de perrengues nos vasos. Por isso que muitos médicos preferem indicar nos casos menos severos um esporte (junto com uma dieta equilibrada) a fim de controlar a pressão, o colesterol e a glicose antes de partir para os remédios.
“Quanto melhor o preparo físico do indivíduo, menor é a mortalidade cardiovascular”, frisa o cardiologista Daniel Kopiler, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Quando mexemos o corpo, as câmaras cardíacas se contraem numa velocidade maior para levar oxigênio e nutrientes para os músculos. Isso aprimora a circulação sanguínea e deixa o coração preparado para ocasiões de estresse.
Além disso, a atividade física incentiva a liberação de óxido nítrico, que reduz a tensão dos vasos – boa pedida para quem é hipertenso. Até pacientes que se reabilitam de doenças da pesada, como insuficiência cardíaca, se beneficiam de uma prática esportiva mais intensa. “Desde que feito junto com um profissional, o treinamento tem um ótimo papel na recuperação”, observa Kopiler.

Metas
150 minutos de atividade física moderada por semana. Ou 75 minutos de exercício vigoroso por semana.

O que fazer?
Reserve algum momento do dia para praticar exercícios. Não vale gastar os 150 minutos de uma só vez! Outra boa dica é tomar atitudes contra o sedentarismo, como priorizar escadas fixas em vez das rolantes e dos elevadores.

Adotarás um cardápio saudável

Uma investigação da Universidade de Oxford, na Inglaterra, acompanhou 450 mil chineses por quatro anos para saber como era o consumo de frutas e hortaliças entre eles. Cerca de 18% dos participantes comiam esses alimentos frescos todos os dias. Quando comparados ao grupo de respondentes que afirmou não ingerir vegetais, eles apresentavam uma pressão arterial mais baixa e níveis de glicose sob rédeas curtas.
E olha que esses são apenas um dos itens da dieta ideal para a saúde do coração. “O ômega-3, encontrado em peixes de água fria como a sardinha e o salmão, e as fibras, presentes em grãos integrais, também atuam na prevenção das doenças cardiovasculares”, destaca a nutricionista Marcia Gowdak, diretora científica do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
O Life’s Simple 7 ainda pede para maneirar no sódio e nas bebidas açucaradas. “O abuso no sal leva à hipertensão e estimula o apetite, o que faz a gente exagerar nas refeições”, explica Marcia. O açúcar de refrigerantes e sucos, por sua vez, abre as portas para o ganho de peso.

Metas
5 porções de frutas e verduras todos os dias
2 porções de peixes na semana, especialmente os ricos em ômega-3
3 porções de grãos ou cereais integrais por dia
Menos de 1 500 miligramas de sódio por dia
Menos de 450 calorias de bebidas açucaradas por semana

O que fazer?
Capriche na feira e aproveite frutas e hortaliças para criar receitas saborosas e variadas. Não coloque saleiros à mesa (tempere tudo antes) e prefira sucos naturais feitos em casa.

Perderás (ou manterás o peso)

O pelotão de cientistas que fez um levantamento sobre diabetes achou que tinha pouco trabalho e resolveram pesquisar a obesidade nos quatro cantos do planeta. Para isso, foram tabulados dados de 19,2 milhões de adultos de 186 nações entre 1975 e 2014. Eles descobriram que a média do Índice de Massa Corporal (IMC), cálculo utilizado para avaliar a forma física, passou de 21 nos anos 1970 para 24 na atualidade – tendência clara de engorda.
O número de obesos pulou de 105 milhões para 641 nesse meio tempo. Os autores estimam que a chance de atingirmos as metas de redução do sobrepeso nas próximas décadas é igual a zero. “O excesso de peso propicia o acúmulo de gordura no coração, colesterol e pressão elevados, descontrole da glicose e liberação de substâncias inflamatórias”, lista a endocrinologista Maria Edna de Melo, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Ou seja, tudo o que faz mal ao peito.

Metas do IMC (peso/altura2)
Abaixo do peso          menos de 18,5
Peso ideal       entre 18,5 e 25
Sobrepeso       entre 25 e 30
Obesidade grau 1       entre 30 e 35
Obesidade grau 2       entre 35 e 40
Obesidade grau 3       mais que 40
O que fazer?

Não há nada melhor do que a velha fórmula exercício, alimentação saudável e dedicação para eliminar quilos extras. Nos casos graves, os médicos avaliam a indicação de remédios ou cirurgia.

Largarás o cigarro

O organismo de quem fuma vive num eterno estado de conflito, ou melhor, de inflamação. Não por menos, tabagistas sofrem de três a cinco vezes mais problemas cardíacos do que sujeitos que não possuem a dependência. Pra começar, a nicotina estreita veias e artérias.
“O cigarro contém uma enormidade de outros componentes que lesam o endotélio, a camada de revestimento interno dos vasos”, detalha o cardiologista Abrão José Cury Junior, do Hospital do Coração, na capital paulista. Esses machucados nos tubos que levam o sangue são o lugar perfeito para que a gordura se deposite e dê início à formação de placas e trombos. Isso sem contar que o tabaco atrapalha a ação dos remédios empregados no manejo da pressão, do colesterol, da glicemia… “Fumar é uma espécie de antídoto contra as medicações, o que é bastante perigoso”, compara Cury.

O que fazer?
Nunca é tarde para abandonar o vício. Familiares, grupos de apoio e tratamento médico são armas valiosas para vencer o cigarro.

Muito além do tabaco

Todo tipo de fumo é prejudicial para o peito. Isso vale para as versões eletrônicas, o charuto, o cachimbo e o narguilé (um cachimbo com água típico do Oriente que virou moda entre os jovens). O cigarro, por sua popularidade, acaba sendo objeto de muitos dos testes. Logo, suas ações malévolas são descritas com maior frequência.

O que não dá pra mudar
Três condições que impactam o bem-estar do coração não podem ser alteradas

Idade
O envelhecimento enfraquece o músculo cardíaco e favorece problemas que culminam em um maior risco ao órgão, como a pressão alta.

Genética
Mutações no DNA elevam a propensão a algumas doenças. É o caso da hipercolesterolemia familiar, quando o colesterol alto é culpa dos genes.

Sexo
Há diferenças estruturais entre o coração do homem e o da mulher. Além disso, o infarto, que afeta ambos, tem sintomas distintos neles e nelas.

Como medir a pressão?
Cinco dicas para utilizar corretamente os aparelhos domésticos – mas não vá entrar numa neura, hein?!

1. Escolha uma hora em que você esteja relaxado e fique sentado por um tempo.

2. Não tome café ou álcool nem fume ou converse antes ou durante a aferição.

3. Faça mais de uma tomada. Se os valores estiverem muito diferentes, o dispositivo pode estar com defeito.

4. Realize os testes sempre no mesmo horário do dia.

5. Se as taxas estiverem constantemente elevadas, procure um cardiologista quanto antes.