A prevenção contra a doença passa obrigatoriamente
pela vacina. Mas você pode adotar outras medidas básicas para minimizar o risco
de sofrer com o vírus
Atire o primeiro lenço sujo quem nunca sentiu os
sintomas de uma gripe: calafrios, dor do corpo, nariz entupido, febre, cansaço,
sono… Em pouco tempo, esse monte de problemas derruba qualquer um. Daí, é
preciso ficar de cama mesmo e tomar uma série de comprimidos para aliviar esses
incômodos. Mas será que é possível evitar a doença e passar pelo outono/inverno
sem sofrer com essas chateações?
Sim, existem maneiras cientificamente comprovadas de
reduzir a probabilidade de ser infectado pelo vírus influenza, o causador da
enfermidade. A primeira é tomar uma dose anual da vacina, disponível nos postos
de saúde para alguns públicos, como as gestantes, as crianças, os professores e
os profissionais da saúde (veja a lista completa aqui). O objetivo da vacinação
é proteger populações mais vulneráveis e, assim, abreviar o impacto da gripe em
toda a sociedade.
“Para os
grupos com imunização indicada, tomar a vacina não é apenas uma questão
individual, de proteger a si próprio, mas passa também por cumprir o papel de
cidadão, pois contribui para baixar a taxa de circulação do vírus em toda a
comunidade”, chama a atenção a pediatra Flávia Bravo, gerente médica do Centro
Brasileiro de Medicina do Viajante.
Outros jeitos de evitar a gripe
Vale a pena ainda colocar outras atitudes em
prática. Uma delas é lavar as mãos com regularidade, principalmente ao chegar
em casa, no trabalho ou na escola. Imagine em quantos lugares você passa a mão
ao longo do dia: maçanetas, barras do ônibus e do metrô, corrimões, botões de
elevadores… Quem garante que um sujeito gripado não passou ali antes e espalhou
um monte de vírus nessas superfícies?
Nossos dedos são um dos grandes veículos de infecção
pelo influenza. Se eles estão sujos, acabam levando à boca, ao nariz e aos
olhos um monte de agentes infecciosos, que atacam as células dessas regiões de
nosso corpo. Portanto, é bom ficar atento e, se possível, restringir o número
de vezes que você leva as mãos até a face para coçar ou cutucar a pele.
Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca de
preferência com o antebraço. Desse modo, você impede que aquelas pequenas
gotículas de saliva (outra forma relevante de contágio) fiquem suspensas no ar
e entrem no sistema respiratório de um indivíduo que dê o azar de passar por
ali nesse mesmo momento. E por que não usar as mãos? Ora, você a usa muito mais
do que o antebraço para cumprimentar pessoas, apoiar-se no ônibus…
Outra dica esperta é manter os ambientes bem
arejados: deixe as portas e janelas de sua casa abertas pelo maior tempo
possível. Nos meses mais frios do ano, tendemos a nos manter enclausurados e
próximos de outras pessoas, o que eleva o perigo de contrair uma gripe. Ao
permitir que o ar circule no quarto, na cozinha e na sala, o risco de o vírus
ser transmitido de um sujeito para o outro cai consideravelmente.
Células de defesa em forma
E como manter o sistema imunológico de prontidão
para rebater qualquer invasão microscópica? Não há muito segredo por aqui:
basta ter uma alimentação variada e equilibrada e uma rotina ativa, com a
prática regular de atividade física.
Compostos específicos, como a vitamina C dos frutos
cítricos e o selênio da castanha-do-pará, até ajudam e são importantes dentro
do contexto de uma dieta saudável. Mas que fique claro: eles não fazem milagres
como se divulga por aí.
Se, apesar de todas essas medidas, você ficar
gripado, é bom permanecer em casa mesmo. O repouso é essencial para se
recuperar com rapidez. Além disso, ao ficar de cama, você não vai passar o
vírus para os colegas de trabalho ou da escola. Se a situação piorar, com
aumento de febre, mudança na coloração do catarro e fortes dores pelo corpo,
chegou a hora de procurar o pronto-socorro e, assim, iniciar um tratamento
específico.
Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/gripe-como-evitar/
- Por André Biernath - Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital
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