A Organização Mundial da Saúde listou as principais estratégias para garantir a autonomia dos mais velhos e preservar a qualidade de vida
Durante o Congresso Internacional de Osteoporose e
Doenças Osteometabólicas, a médica brasileira Islene Araujo de Carvalho
anunciou as medidas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para
preservar a chamada capacidade intrínseca das pessoas mais velhas. A meta é,
por meio de certas ações, reduzir em 15 milhões o número de idosos dependentes
de terceiros até 2025.
Mas o que define a capacidade intrínseca? “É o
conjunto de habilidades físicas e mentais das pessoas, que garante a autonomia
e o bem-estar”, disse Islene, que trabalha na OMS, em sua palestra na abertura
do congresso.
Ou seja, da audição à visão, passando pelo potencial
de os músculos garantirem a força para diversas atividades do dia a dia, tudo
faz parte da capacidade intrínseca. E manter essas funções em alta é sinônimo
de independência e qualidade de vida, não importa a idade.
O desafio é justamente alcançar a maturidade e
seguir por ela sem grandes perdas nesse sentido. E é aí que entram as seis
recomendações da OMS. Confira a lista:
1) Melhorar a função musculoesquelética, a
mobilidade e a vitalidade
Não tem segredo: para deixar músculos e ossos em
plena capacidade, a regra de ouro é fazer exercício físico – com orientação
profissional – e comer bem. Deficiências de nutrientes como cálcio, vitamina D
e proteínas devem ser contra-atacados.
Se não der para cobrir isso na alimentação (ou com
banhos de sol, no caso da vitamina D), a suplementação surge como opção. Só não
vale apelar para as cápsulas sem consultar um profissional.
2) Manter a capacidade de enxergar e ouvir direito
Diversas causas de perda de visão ou auditiva são,
sim, preveníveis. A retinopatia diabética, que causa cegueira, pode ser evitada
mantendo os níveis de glicose no sangue sob controle e realizando exames
regulares. E muitas infecções, como a toxoplasmose, afetam as estruturas que
ficam dentro da orelha.
E, se os olhos ou o ouvido não estão funcionando tão
bem, ainda há o que fazer. Óculos de grau e aparelhos auditivos costumam
melhorar bem a situação.
Com essas funções em ordem, fica mais fácil dar
conta das tarefas do dia a dia e evitar quedar ou tropeções que às vezes
provocam consequências sérias.
3) Evitar quedas
Principalmente diante da osteoporose, um tombo às
vezes resulta em ossos quebrados. E fraturas no quadril ou no fêmur, por
exemplo, estão entre as grandes causas de perda de dependência. Como se não
bastasse, muitas delas são associadas a maiores taxas de mortalidade.
4) Cuidar de problemas relacionados à idade, como a
incontinência urinária
Várias encrencas mais frequentes com o avançar dos anos
abalam a capacidade intrínseca. A OMS chega a mencionar diretamente a
incontinência urinária pelo fato de ela não raro isolar seus portadores em
casa. Acima disso, a perda de urina faz o indivíduo se apressar para ir ao
banheiro – o que facilita tropeções e, com isso, fraturas.
Ao tratar essa e outras doenças, o idoso consegue
seguir com sua vida mais tranquilamente.
5) Prevenir déficits cognitivos (ou demências) e
promover o bem-estar psicológico
Quando a cabeça não está legal, fica complicado
cumprir quaisquer afazeres. Demência, depressão e outras enfermidades do tipo
merecem um olhar cuidadoso. Não pense que a perda de memória e a melancolia são
naturais com a idade.
6) Dar apoio aos cuidadores
Um profissional treinado e disposto aumenta muito as
chances de restabelecer as forças de um idoso que passou por algum entrevero.
Do outro lado, um atendimento inadequado chega a agravar problemas.
Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/6-medidas-para-envelhecer-com-saude-e-manter-a-independencia/
- Por Theo Ruprecht - Ilustração: Joana Velozo/SAÚDE é Vital
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