sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Saiba como emagrecer com musculação


Thaís Emídia, professora da Smart Fit, diz que é muito importante praticar musculação quando o objetivo é perder gordura

Engana-se quem pensa que a musculação promove somente ganho de massa muscular e força. Esse é um tipo de exercício supercompleto e muito recomendado para quem deseja emagrecer e perder peso. Thaís Emídia, professora da Smart Fit, diz que é muito importante praticar musculação quando o objetivo é perder gordura. Isso porque ela promove o aumento da massa muscular, o que acelera o metabolismo e, consequentemente, contribuiu para a diminuição do percentual de gordura.

"A massa muscular gera o aumento do consumo de oxigênio pós exercício e isso leva ao aumento da taxa metabólica basal, ou seja, acelera o metabolismo e, como consequência, eleva o gasto calórico do corpo mesmo quando ele está em repouso", explica a professora. Quanto mais massa magra a pessoa tiver, mais o seu metabolismo ficará acelerado e vai promover mais facilmente a metabolização de gordura.

O treino na musculação mais recomendado para aumentar o gasto calórico e consequentemente diminuir o percentual de gordura e emagrecer é aquele em formato de circuito - realizar uma série de exercícios em cada equipamento, sem pausa entre eles. "Ou seja, ao finalizar um exercício, vá imediatamente ao seguinte, sem intervalo", comenta Thaís. Isso fará com que a sua frequência cardíaca eleve e o seu metabolismo acelere. "O recomendado é realizar esse tipo de treino 3 vezes por semana, em dias intercalados", sugere a professora da Smart Fit.

O ideal para quem quer emagrecer com a musculação é investir nos exercícios multi articulares, ou seja, os que trabalham mais de uma musculatura, pois possuem um gasto calórico maior. São eles, por exemplo, o leg press 45°, agachamento, supino, remada aberta, entre outros.

Confira outros benefícios promovidos pela musculação:
- Melhora a postura
- Fortalece os músculos, protegendo os ossos e as articulações
- Diminui as chances de problemas cardiovasculares
- Promove a sensação de bem-estar
- Melhora o sono
- Reduz o stress e a ansiedade
- Melhora a autoestima
- Melhora a síndrome metabólica (obesidade, pressão alta, alterações de colesterol, triglicérides, glicemia e diabetes).


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Pipoca desacelera envelhecimento e contribui para perda de peso!


Chegou a hora da gente acrescentar pipoca ao cardápio! Não só porque é deliciosa, mas também por trazer alguns benefícios à nossa saúde.

É verdade!
Pipoca não é só um gostoso lanche consumido durante as sessões de cinema.

Ela é um alimento cheio de virtudes:
1-Tem elevada quantidade de fibras. Ou seja, permite o funcionamento regular do intestino.
2-Contém grande quantidade de oxidantes – chega a ser o dobro da de frutas. Isso permite a prevenção de doenças degenerativas, como câncer e diabetes.
3-Desacelera o envelhecimento, pois tem antioxidantes que combatem os radicais livres que provocam a velhice.
4-Em quantidade moderada, pode contribuir para a perda de peso.

Esta é uma ótima notícia, não é mesmo?
Então, por que esperar uma sessão de cinema para aproveitar as maravilhas que a pipoca pode fornecer?
É só ter atenção para consumir moderadamente e assim, curtir o estouro de sabor e vantagens que o lanche oferece.
1 xícara de pipoca estourada equivale a meio pão francês ou uma fatia de pão de fôrma.

Mas fique atento!
Consumir pipocas de micro-ondas ou aquelas vendidas no cinema não é uma boa ideia.
Pipoca boa de verdade – saudável – é aquela feita na panela de casa, com pouco óleo e com sal e manteiga de forma moderada. E de milho não transgênico, que geralmente é encontrado em lojas de alimentos saudáveis.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

9 cuidados essenciais antes, durante e depois da academia para manter sua pele saudável

Além da preocupação com a saúde e beleza do corpo, quem faz academia ou pratica atividades físicas também precisa ter cuidados com a pele, para mantê-la saudável

Nos últimos tempos, o número de brasileiros praticantes de atividades físicas, como a musculação, tem aumentado significativamente. Porém, o que poucos sabem é que durante a prática de exercícios físicos não é só o corpo que precisa de atenção, mas a pele também. Isso porque, segundo a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD), apesar de ser normal e até saudável a pele transpirar durante qualquer atividade física, sem o cuidado adequado, esta transpiração pode prejudicar o tecido e causar alterações como desidratação, irritações e acne. Mas é possível evitar estes problemas através de alguns cuidados básicos que devem ser tomados antes, durante e depois da prática de exercícios físicos. Para ajudar a entender melhor, a especialista apontou cada um deles abaixo. Confira:

Antes

- Higienize sua pele. O mais importante antes dos exercícios é que a pele esteja limpa, pois, se os poros estiverem entupidos, o suor terá dificuldade em sair naturalmente, promovendo irritações e inflamações como acnes e cravos. “Para quem malha de manhã, usar um sabonete especifico para sua pele é o suficiente para remover a oleosidade produzida durante o sono. Já para quem malha à noite, recomendo o uso de demaquilante ou água micelar para remover a maquiagem, os cosméticos e as impurezas da pele”, explica a dermatologista.

- Tonificar e hidratar também é importante. Além da limpeza, é recomendado também o uso de um tônico, para realizar uma limpeza profunda, e de um hidratante fluído e leve, para proteger a pele durante os exercícios sem obstruir os poros. “Quem apresenta vermelhidão na pele ao malhar pode utilizar produtos com ativos calmantes ou anti-inflamatórios para relaxar o tecido e evitar irritações”, completa a especialista.

- Não esqueça o protetor solar. “Para quem vai praticar exercícios ao ar livre ou vai se expor ao sol em algum momento, o fotoprotetor é indispensável para prevenir os danos causados pela radiação ultravioleta, que incluem câncer de pele e envelhecimento precoce. O ideal então é que este produto tenha FPS de, no mínimo, 30 e seja resistente ao suor e reaplicado a cada duas horas.”

- Atenção na hora de escolher as roupas. De acordo com a Valéria, a escolha de roupas para malhar também é fundamental. Evitar calças muito justas e roupas de tecidos que retém o suor é o ideal, pois elas acabam dificultando que a pele respire de maneira adequada. “O corpo precisa transpirar de modo correto. Se isso não ocorre, as bactérias do tipo estafilococos da região se proliferam e acabam atingindo a estrutura que origina os pelos, causando assim um processo inflamatório que leva à foliculite”, afirma.

- Prenda os cabelos. “Não esqueça também de prender os cabelos, pois, se ficarem caídos sobre o rosto, o suor e a oleosidade produzidos pelos fios podem acabar obstruindo os poros da pele.”

Durante

- Hidrate-se. Enquanto pratica exercícios, o mais importante é manter-se hidratado. “Durante os exercícios perdemos mais água através do suor, o que leva à desidratação do organismo e, consequentemente, da pele, deixando-a desprotegida e com uma péssima aparência. Para evitar que isso ocorra, a ingestão de líquidos é obrigatória”, alerta a médica.

Depois

- Troque de roupa assim que acabar de se exercitar. Após a atividade física, o ideal é remover a roupa suada o quanto antes, pois utilizar a roupa dos exercícios por muito tempo impede que a pele respire, entupindo os poros e promovendo a formação de foliculite.

- Cuidado com a ducha pós-treino. De acordo com a dermatologista, é indicado também evitar banhos muito quentes e demorados, pois estes podem retirar a camada de proteção da pele, deixando-a ressecada. O ideal é apostar em uma ducha rápida e com a temperatura da água morna. “Quem sofre com irritação e vermelhidão pode molhar o rosto com água fria de duas a três vezes seguidas para acalmar a pele e fazer com que volte ao tom normal”, recomenda.

- Para finalizar, cuide de sua pele novamente. É importante também realizar uma limpeza profunda na pele após os exercícios para remover as impurezas, desobstruir os poros, controlar a oleosidade e normalizar o pH da pele, já que o suor tem um pH ácido, o que pode ser agressivo ao tecido. “Assim como antes do exercício, a limpeza deve começar com o uso de soluções micelares ou sabonetes específicos para o seu tipo de pele. Após a limpeza, utilize um tônico adstringente para reequilibrar o pH e um cosmético hidratante para que o tecido possa se recuperar. Por fim, aplique o protetor solar, que sempre deve ser o último a ser passado na pele”, diz Valéria Marcondes. E lembre-se: lave o cabelo. “É melhor lavar o cabelo todo dia, do que deixar o suor no couro cabeludo”, finaliza.


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Porque a frequência cardíaca máxima diminui com a idade


Você já deve ter ouvido de seu cardiologista ou percebido isso na esteira de sua academia: quanto mais jovem você for, maior é a frequência de batimentos cardíacos que seu coração consegue aguentar. Mas você sabe por que, exatamente, isso acontece?

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, oferecem uma nova visão sobre a velha questão do porquê a frequência cardíaca máxima (também conhecida internacionalmente como “maxHR”) diminui com a idade. Esta diminuição não só limita o desempenho de atletas à medida que o tempo passa, mas também é uma das principais causas de admissão de idosos em casas de repouso. Essas pessoas estariam completamente saudáveis se não fosse seus corações, que acabam limitando suas atividades e minando a capacidade física necessária para uma vida independente.

O que significa essa “desaceleração”?

Todo mundo sabe que a capacidade aeróbica diminui com a idade. Voltamos à tabelinha que indica a sua frequência cardíaca máxima diminuindo à medida que você envelhece. Os corações mais velhos simplesmente não podem bater tão rápido quanto os mais jovens – uma pessoa idosa cujo batimento cardíaco está em 120 por minuto provavelmente está se esforçando mais do que uma pessoa mais jovem, cujo coração está batendo 150 vezes por minuto.

Um novo estudo realizado por um grupo liderado pelos pesquisadores Catherine Proenza e Roger Bannister relata que um dos motivos para a redução da frequência cardíaca máxima em razão da idade é que o envelhecimento enfraquece a atividade elétrica espontânea do “marcapasso natural” do coração: o nó sinoatrial.

Cientistas criam coração funcional de rato com células humanas
A dissertação de Eric Larson, pós-graduando do laboratório de Proenza, no Departamento de Fisiologia e Biofísica, é citada no artigo. Larson descreve que utilizou uma espécie de exame de eletrocardiograma em ratos conscientes e descobriu que a frequência cardíaca máxima era menor nos animais mais velhos, assim como o é em pessoas idosas. “Este resultado não foi inesperado, mas fato completamente novo foi que o maxHR mais lento dos ratos velhos se justificava porque as células marcapasso dos indivíduos – chamadas de miócitos sinoatriais, ou “SAMs”, na sigla em inglês – simplesmente não conseguiam bater tão rápido quanto os SAMs de ratos jovens”, explica.

Os pesquisadores gravaram os minúsculos sinais elétricos das células isoladas e descobriram que os SAMs de ratos velhos realmente batem mais devagar, mesmo quando as células são diretamente estimuladas. O índice mais baixo dos batimentos cardíacos acontece devido a um conjunto limitado de modificações na forma de onda do potencial de ação – o sinal elétrico que é gerado pelas células.

As modificações são provocadas pela alteração do comportamento de alguns canais de íons nas membranas das células mais velhas. Canais de íons são proteínas que conduzem a eletricidade através da membrana celular. Imagine um balão com furos minúsculos que se abrem e se fecham para deixar o ar entrar e sair – os canais iônicos são como esses buraquinhos.

Como a maioria das descobertas iniciais em ciência básica, este estudo abre o caminho para outras perguntas e diversas novas pesquisas. No entanto, ele já indica a possibilidade de que os canais de íons sinoatriais e as moléculas de sinalização que os regulam se tornem novos alvos de remédios que visam retardar a perda de capacidade aeróbica com o decorrer da idade.

Por fim, Proenza ressalta que, embora a frequência cardíaca máxima diminua para todos de forma igual, independentemente de condicionamento físico, as pessoas podem melhorar e manter a sua capacidade aeróbica em todas as idades por meio de exercícios físicos. [Medical Xpress]


segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

10 mitos que você não deve acreditar sobre nutrição


Com tantas informações a respeito do assunto, muitas vezes contraditórias entre si, fica difícil saber no que confiar na hora de decidir que caminho seguir se você quer se alimentar de forma saudável. Para ajudar a tirar algumas dúvidas, o site Nutra Ingredients, que oferece “notícias e análises sobre suplementos, saúde e nutrição”, consultou diversos especialistas e criou uma lista com 10 mitos sobre saúde e nutrição, apresentando as informações a respeito de cada um deles.

10. “Dietas detox”
O termo “Detox” se tornou muito popular no mundo das dietas. A ideia é que, em nome da nossa saúde, precisamos limpar qualquer coisa “tóxica” do nosso corpo. Excessos, como os cometidos nas festas de fim de ano, por exemplo, são os principais alvos de dietas “detox”. Dietas de desintoxicação podem envolver jejum, consumo exclusivo de frutas e legumes, corte de trigo e laticínios, consumo de uma gama limitada de alimentos, evitar cafeína e álcool. O problema é que o conceito de dietas de desintoxicação não é científico.
Segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido quando passamos fome, nosso corpo começa a acumular substâncias químicas chamadas cetonas. Esses produtos químicos podem resultar em náusea, desidratação, fraqueza, tonturas e irritabilidade. Ironicamente, ficar sem comer, como sugerem algumas dietas detox, intoxica o corpo. Além disso, uma falta prolongada de proteína faz com que o corpo destrua seus próprios músculos e comprometa seu sistema imunológico.
“Se você tem um fígado e um rim, está desintoxicando 24 horas por dia, 7 dias por semana. Verifique se você tem isso e, se tiver, não entre em pânico. Para ajudar, mantenha-se bem hidratado e não beba álcool em excesso”, sugere no texto da Nutra Ingredients a nutricionista esportiva Laura Clark.
 “As pessoas compram chá de desintoxicação especial ou bebem muita água de limão. Há também desintoxicantes smoothies. No entanto, nenhum desses produtos realmente desintoxica o corpo, pois ele mesmo é muito capaz de se livrar de produtos indesejados constantemente. Estes produtos podem ajudar na hidratação e encorajá-lo a, em geral, nutrir sua dieta comendo mais frutas e vegetais, por exemplo, o que pode fazer você se sentir melhor, mas eles não estão fazendo nada mais mágico do que isso”, explica a especialista.

9. “Testes de intolerância alimentar dirão se você tem intolerância a certos alimentos”
Testes de intolerância alimentar, que supostamente avaliam possíveis intolerâncias para ajudar no emagrecimento, não são científicos, nem precisos, nem baseados em evidências, e certamente não detectam nenhum tipo de intolerância alimentar. Quem afirma isso é Niamh O’Connor, nutricionista irlandês membro do Irish Nutrition & Dietetic Institute.
Oferecidos em lojas de alimentos saudáveis ​​e facilmente encontrados na internet, estes testes são baseados na medição de anticorpos Imunoglobulina G (IgG), um tipo de anticorpo que nosso organismo produz quando entra em contato com micro-organismos invasores.
“Somente um médico qualificado deve realizar investigações médicas e fazer um diagnóstico. Testes de intolerância alimentar são um desperdício de tempo, energia e de dinheiro. Como profissional de saúde (…), estou legalmente obrigado a fornecer apenas informações baseadas em evidências aos meus pacientes, então todos os nutricionistas são impedidos de realizar os chamados testes de intolerância alimentar, e podem ser excluídos do registro profissional por violação de código de ética. Qualquer pessoa que recomende estes testes de intolerância/sensibilidade alimentar declara falta de compreensão de imunologia básica, como alimentos individuais podem afetar a saúde e o impacto negativo que dietas restritivas têm sobre a saúde e o bem-estar”, finaliza O’Connor.

8. “Os BCAA’s são a melhor maneira de ingerir aminoácidos”
Os suplementos BCAA (Aminoácidos de Cadeia Ramificada) desempenham um papel importante na reidratação, síntese protéica e produção de energia, ajudando a reduzir a dor e a fadiga após um treino. No entanto, estudos mostram que os BCAAs, por si só, não conseguem sustentar um aumento na taxa de síntese protéica muscular.
Mark Gilbert, nutricionista esportivo, especialista europeu em nutrição esportiva, aponta que há uma maneira melhor de consumir aminoácidos úteis.
“Há algo chamado ‘aminoácidos essenciais’ e a razão pela qual eles são essenciais é que, se você não os tem em sua dieta, seu corpo não os terá. Os BCAAs são apenas três dos oito ou nove aminoácidos essenciais. Por que não tomar algo chamado suplemento EAA, um suplemento de aminoácidos essenciais que oferece todos os aminoácidos necessários?”, sugere.

7. “O carvão vegetal é um antioxidante saudável”
O carvão vegetal se tornou um ingrediente moderno adicionado a muitos alimentos e bebidas. Vídeos sobre os benefícios do carvão vegetal pipocam por toda a internet. Costuma-se dizer que o carvão vegetal ativado é bom para filtrar toxinas não digeridas no corpo, mas a nutricionista Laura Wyness diz que o carvão pode nos impedir de absorver vitaminas e nutrientes de que nosso corpo precisa.
 “O carvão vegetal pode ligar nutrientes e impedir a absorção desses no corpo. Na medicina, é usado para tratar overdoses de veneno ou drogas, mas partículas ativadas de carvão são grandes demais para serem absorvidas pela corrente sanguínea e podem reduzir a absorção de alguns nutrientes úteis”, alerta.

6. “Todos devem tomar probióticos diariamente”
Pesquisas sobre probióticos revelaram que eles oferecem vários benefícios para a saúde. Mas, ao contrário do que se pode pensar, isso não significa que todas as pessoas precisam tomar probióticos todos os dias,desde que estejam fazendo a dieta correta.
“Os probióticos são um ótimo recurso para restaurar a diversidade microbiana após um dano (por exemplo, após o uso de antibióticos ou inibidores da bomba de prótons [IBPs]) ou para aliviar os sintomas de algumas doenças (por exemplo, a Síndrome do Intestino Irritável). No entanto, uma pessoa saudável com uma dieta equilibrada e diversificada de alimentos integrais não deve ter necessidade de um probiótico”, esclarece Orla O’Sullivan, bióloga computacional do Teagasc Food Research Center, na Irlanda.

5. “Proteína em pó é para jovens que frequentam a academia”
Proteínas em pó são normalmente tomadas por frequentadores de academia, geralmente jovens entre seus 20 ou 30 anos. Mas talvez estes suplementos sejam recomendados para outra faixa etária. “Proteína suplementar adicional nas dietas de adultos mais velhos parece ser muito mal compreendida. A perda de músculo relacionada com a idade (sarcopenia) pode começar nos 40 anos e acelerar com a idade, o que significa que mais de 25% do músculo magro pode ser perdido antes dos 65 anos”, alerta Max Gowland, fundador da marca de suplementos para os maiores de 50 Prime Fifty.
“A verdadeira ciência mostrou, sem dúvida, que adultos mais velhos realmente precisam de mais proteína do que seus colegas mais jovens, em grande parte como resultado de uma maior propensão a perder massa muscular rapidamente quando sedentários. Os adultos mais velhos possuem uma certa ‘resistência anabólica’ que, combinada com o efeito catabólico de ser sedentário, pode levar à perda significativa de massa muscular, função muscular, força e equilíbrio crucial também. Cair é um acidente tão comum em adultos mais velhos e deve-se dizer que o resultado da cirurgia de fratura de quadril é, infelizmente, ruim”, complementa.
“Histórias na internet de que proteínas suplementares causam problemas nos rins e até mesmo removem cálcio de nossos ossos são mitos de acordo com os estudos. Os benefícios para a saúde das proteínas são enormes e ainda mais significativos à medida que envelhecemos”, aponta.

4. “A fase de carga da creatina causa saturação mais rápida dos músculos”
Uma ideia de nutrição esportiva que tem sido amplamente divulgada é que a fase de carga de creatina, que consiste em tomar 20 gramas do suplemento em doses divididas ao longo do dia por um período de tempo, ajuda a alcançar a saturação muscular ideal. Mas Tom Evans, diretor de desenvolvimento de novos produtos da Sci-MX, empresa britânica de suplementos, diz que isso só faz as pessoas gastarem mais dinheiro
“É muito raro ver isso nas instruções da embalagem hoje em dia, mas o mito continua circulando! Eu só posso supor que este era o melhor entendimento de suplementação com creatina que estava disponível no passado, ou que foi o trabalho de um departamento de marketing astuto! Mas, como todas as marcas responsáveis ​​agora descrevem, basta tomá-la diariamente. Nenhuma carga é necessária”, garante.
“Durante o período de carga de 5 a 7 dias proposto, não estou ciente de nenhum impacto físico. O único diferença negativa notável seria na sua carteira. Você precisaria beber muito mais água, mas, para ser justo, as instruções da embalagem sempre deixariam isso claro”, complementa o profissional.

3. “Dietas alcalinas”
A “dieta alcalina” é mais uma das dietas da moda que não têm nenhum embasamento científico. A ideia por trás disso é que o PH do nosso sangue pode mudar de acordo com a nossa dieta e é melhor comer alimentos alcalinos que o impedem de ficar muito ácido.
A nutricionista Laura Wyness explica que isso não faz nenhum sentido. “Se a comida que comemos afetasse nosso PH do sangue, então estaríamos com muitos problemas. Nosso sangue tem que permanecer entre um pH de 7,35 e 7,45 e se ele ficar abaixo ou acima disso, provavelmente morreríamos. Nossos corpos regulam o PH o tempo todo para garantir que ele permaneça constante. Os alimentos alcalinos são muitas vezes frutas e vegetais, por isso, uma dieta alcalina é saudável, mas não devido ao seu efeito sobre o PH no sangue”.

2. “Contar calorias”
Naturalmente, a ingestão de calorias é um elemento importante do controle de peso, mas contar as calorias que comemos não é necessariamente uma boa maneira de se manter saudável. Ilan Samish, cientista e pesquisador de proteínas que fundou a empresa de proteínas doces “Amai Protein”, diz que a contagem de calorias pode levar as pessoas a consumir os tipos errados de alimentos.
“A contagem de calorias é facilmente mensurável, mas muitas vezes não é o melhor guia nutricional. Primeiro, os adoçantes sem caloria podem engordar, mudando o microbioma e afetando o metabolismo geral – algo que foi comprovado em roedores e nos primeiros experimentos em humanos. Segundo, a maneira como se consome as calorias é talvez mais importante do que o número de calorias – há uma grande diferença entre a liberação lenta das calorias, como é o caso dos carboidratos complexos, em comparação com um pico acentuado de calorias, como é o caso do açúcar processado”, aponta.
“O pico de açúcar no sangue desencadeia uma resposta viciante para mais açúcar, assim como uma resposta metabólica ‘descendente’ depois que a ‘alta’ do açúcar termina. Por último e não menos importante, outros efeitos adversos, por exemplo, a toxicidade hepática ou a carcinogênese, devem orientar nossos hábitos alimentares”, sugere.

1. “Tomar vitaminas é uma perda de tempo”
Muitos estudos concluíram que tomar vitaminas não pode prevenir doenças crônicas, mas a nutricionista Carrie Ruxton diz que os suplementos vitamínicos existem para atender às recomendações de vitaminas e nutrientes, e que as pessoas nunca devem esperar que eles sejam drogas maravilhosas.
“Perdi a conta do número de estudos relatados na mídia que afirmam que suplementos vitamínicos e minerais são um desperdício de dinheiro porque não previnem câncer, doenças cardíacas, diabetes, demência, etc. Estou surpresa que os pesquisadores esperam encontrar benefícios tão significativos para a saúde, já que estamos falando de nutrientes, não de drogas. O objetivo dos suplementos vitamínicos e minerais é suplementar a dieta habitual, ajudando as pessoas a obter recomendações nutricionais – e isso é tudo o que devemos esperar .
“Claro, algumas pessoas dizem que você deve ser capaz de obter todos os nutrientes que você precisa de uma dieta equilibrada. Isso é verdade, mas a realidade é que milhões de pessoas na Europa não comem dietas balanceadas e, portanto, tendem a ser baixo em nutrientes essenciais, como vitamina D, cálcio, potássio, ácidos graxos ômega-3 e folato. É por isso que não é uma má ideia considerar um suplemento diário para completar a dieta”, defende. [Nutra Ingredients]

Fonte: https://hypescience.com/mitos-nutricao/ - Por Jéssica Maes