segunda-feira, 20 de maio de 2019

Novas recomendações de quantas horas dormir por idade


Recentemente se descobriu uma conexão inusitada entre a qualidade do sono e as noites de Lua Cheia. Mas o melhor ainda é ir dormir mais cedo.

Quanto tempo dormir

Ter uma boa noite de sono é importante, mas poucas pessoas passam oito ou mais horas debaixo dos lençóis.

Mas você sabe quantas horas de sono seriam mais saudáveis para você?

Embora reconheçam que o sono é especialmente afetado pelo estilo de vida e a saúde de cada indivíduo, um painel de especialistas da Fundação Nacional do Sono, um instituto de pesquisa sem fins lucrativos dos Estados Unidos, publicou recomendações gerais sobre quantas horas de descanso são necessárias de acordo com cada faixa etária.

Confira as recomendações:

Recém-nascidos (0-3 meses): o ideal é dormir entre 14 a 17 horas por dia, embora também seja aceitável um período entre 11 a 13 horas. Não é aconselhável dormir mais de 18 horas.
Bebês (4-11 meses): Recomenda-se que o sono dure entre 12 e 15 horas. Também é aceitável um período entre 11 e 13 horas, mas não mais do que 16 ou 18 horas.
Crianças pequenas (1-2): não é aconselhável dormir menos de 9 horas ou mais de 15 ou 16 horas. É recomendável que o descanso dure entre 11 e 14 horas.
Crianças em idade pré-escolar (3-5): 10-13 horas é o mais apropriado. Especialistas não recomendam dormir menos de 7 horas ou mais de 12 horas.
Crianças em idade escolar (6-13): o aconselhável é dormir entre 9 e 11 horas.
Adolescentes (14-17): Devem dormir em torno de 10 horas por dia.
Adultos jovens (18-25): 7-9 horas por dia. Não devem dormir menos de 6 horas ou mais do que 10 ou 11 horas.
Adultos (26-64): O ideal é dormir entre 7 e 9 horas, embora muitos não consigam.
Idosos (65 anos ou mais): o mais saudável é dormir 7 a 8 horas por dia.

Para complicar um pouco as coisas, estimulantes como café e bebidas energéticas, além de despertadores e luzes, incluindo as dos dispositivos eletrônicos, interferem com o chamado ritmo circadiano, ou relógio biológico, atrapalhando o sono.

Por isso, os especialistas deram também dicas sobre como obter um sono saudável.

Manter um horário para dormir, mesmo nos fins de semana.
Ter uma rotina para dormir relaxado.
Exercitar-se diariamente.
Garantir condições ideais de temperatura, ruído e luz no quarto.
Dormir em um colchão e travesseiros confortáveis.
Ter cuidado com a ingestão de álcool e cafeína.
Desligar aparelhos eletrônicos antes de dormir.


domingo, 19 de maio de 2019

Atenção: veja os potenciais danos que as telas de LED fazem aos seus olhos


Segundo um novo relatório da ANSES (Agência Francesa de Alimentos, Saúde e Segurança Ambiental e Ocupacional), a luz azul da iluminação LED, cada vez mais usada em nossas casas, pode danificar a retina do olho e perturbar nossos ritmos biológicos e sono.

Novas evidências científicas confirmam os “efeitos fototóxicos” da exposição de curto prazo à luz azul de alta intensidade, bem como um aumento do risco de degeneração macular relacionada à idade após exposição crônica a fontes de baixa intensidade.

LED

A tecnologia LED consiste em um chip semicondutor posicionado em uma superfície refletiva; quando a eletricidade passa pelo semicondutor, luz é produzida.

Também chamada de luz azul, a tecnologia não é nova, mas está passando por um rápido desenvolvimento tecnológico e econômico.

Por muitos anos, LEDs foram usados ​​apenas em eletrônicos, mas agora são encontrados como parte integrante dos sistemas de iluminação em todo o mundo, especialmente porque usam significativamente menos eletricidade por lúmen do que muitas tecnologias tradicionais de iluminação.

A ANSES diferencia tipos de luz azul em seu relatório. Por exemplo, a iluminação LED doméstica “branca quente” tem riscos de fototoxicidade fracos, semelhantes à iluminação tradicional. No entanto, outras fontes de iluminação LED, incluindo as lanternas mais recentes, faróis de automóveis e alguns brinquedos produzem uma luz azul mais branca e mais “fria” que também é mais prejudicial.

Vantagens x desvantagens
Um estudo americano também descreveu o uso da luz azul como “cada vez mais proeminente” no mundo de hoje. O principal autor da pesquisa, Gianluca Tosini, da Escola de Medicina Morehouse em Atlanta (EUA), disse que a luz pode realmente danificar os olhos, mas apenas se os comprimentos de onda estiverem abaixo de 455 nanômetros e a intensidade for bastante alta.

“Existem fotorreceptores de luz azul na retina que se comunicam diretamente com o relógio circadiano do cérebro”, contou Tosini à CNN. “É verdade que a exposição à luz à noite afeta o sono e os ritmos circadianos, principalmente inibindo a síntese do hormônio melatonina, promotor do sono”.

No entanto, ele também disse que alguns estudos mostraram que a exposição à luz azul no meio do dia pode ter efeitos benéficos na medida em que aumenta o estado de alerta.
Janet Sparrow, professora de ciências oftálmicas da Universidade de Columbia (EUA), concorda, afirmando que a luz azul ajuda os indivíduos a manter os ritmos diários que permitem o sono.

Por outro lado, a retina “acumula moléculas fluorescentes geralmente referidas como lipofuscina”, explicou Sparrow. “Estes compostos tornam-se mais abundantes com a idade e são sensíveis à luz azul”. Evidências iniciais sugerem que essa sensibilidade à luz pode levar a respostas ópticas doentias a longo prazo.

E agora?
No geral, os cientistas estão convencidos de que a exposição à luz azul LED na faixa de 470 a 480 nanômetros por um período curto a médio (dias a semanas) não deve aumentar significativamente o risco de doença ocular, mas o mesmo não é necessariamente verdade para um período de tempo muito longo (meses a anos).

“Acredito que mais estudos são necessários sobre este tema”, completou Tosini.
Em última análise, a ANSES acredita que o limite máximo recomendado para a exposição a curto prazo à luz azul deve ser revisado para baixo, mesmo que a maioria das pessoas raramente consiga atingir esse nível. Crianças e adolescentes, cujos olhos não filtram totalmente a luz azul, são particularmente sensíveis aos danos da luz LED fria.

A agência também recomendou que apenas dispositivos LED de baixo risco estejam disponíveis para os consumidores, e que a luminosidade dos faróis dos carros seja reduzida. [CNN]


sábado, 18 de maio de 2019

Por que o tempo passa mais rápido conforme envelhecemos? A física pode responder


Sensação de duração do tempo

Os cientistas acreditam ter encontrado uma explicação para a sensação de que nossos dias na infância pareciam infindáveis, enquanto os dias atuais parecem voar - esta explicação está na física, dizem Adrian Bejan e colegas da Universidade Duke (EUA).

De acordo com a nova teoria, essa aparente discrepância temporal pode ser atribuída à velocidade cada vez mais lenta na qual as imagens são obtidas e processadas pelo cérebro humano à medida que o corpo envelhece.

"As pessoas costumam se surpreender com o quanto se lembram de dias que pareciam durar para sempre na juventude. Não é que as experiências delas fossem muito mais profundas ou mais significativas, é que estavam sendo processadas em disparo rápido," disse Bejan.

O pesquisador atribui essa sensação do tempo passando mais rápido às mudanças físicas no envelhecimento do corpo humano. À medida que teias emaranhadas de nervos e neurônios amadurecem, elas crescem em tamanho e complexidade, levando a caminhos mais longos para os sinais atravessarem. À medida que esses caminhos começam a envelhecer, eles também se degradam, dando mais resistência ao fluxo de sinais elétricos.

Esses fenômenos fazem com que a velocidade na qual novas imagens mentais são adquiridas e processadas diminua com a idade. Isso é evidenciado pela frequência com que os olhos dos bebês se movem em comparação aos olhos dos adultos, observou Bejan - como os bebês processam imagens mais rapidamente do que os adultos, seus olhos se movem com mais frequência, adquirindo e integrando mais informações.

Interpretações do tempo

O resultado final na interpretação do pesquisador é que, como as pessoas mais velhas estão visualizando menos imagens novas no mesmo período de tempo real, parece que o tempo está passando mais rapidamente.

"A mente humana sente o tempo mudar quando as imagens percebidas mudam," detalha Bejan. "O presente é diferente do passado porque a visão mental mudou, não porque seu relógio andou. Os dias pareciam durar mais em sua juventude porque a mente jovem recebe mais imagens durante um dia do que a mesma mente na velhice."

A teoria foi publicada na revista European Review e aguarda as opiniões de outros especialistas em busca de outras interpretações possíveis: Se processamos menos imagens conforme envelhecemos, não seria o caso de sentirmos o mundo cada vez mais em câmera lenta?


sexta-feira, 17 de maio de 2019

Raiva, frio, cansaço: 15 sensações e onde elas se manifestam no corpo


Cientistas finlandeses perguntaram a mil pessoas em qual parte do corpo elas "sentem" determinadas coisas. Veja as principais respostas.

Sentir “borboletas no estômago”, um “frio na espinha” ou “ficar de cabeça quente” são frases de efeito usadas em diferentes situações para traduzir o que sentimos por meio da linguagem. Pode parecer apenas força de expressão mas, nesse jogo de palavras, também há uma certa dose de ciência.

Em 2014, um estudo realizado na Finlândia e publicado na revista científica PNAS pediu a 1.026 pessoas que descrevessem quais as áreas de seus corpos mais ativadas em diferentes situações.

Eles tinham que ranquear o quanto aquele estímulo ou sentimento era absorvido pela mente ou por cada parte do corpo, o quão bem se sentiam em relação a eles e o quanto podiam controlar cada sensação.

Baseado nos relatos dos voluntários, representamos, nas imagens a seguir, onde 15 sentimentos diferentes se manifestam – e em qual intensidade acontecem.


É interessante notar que determinadas emoções, como raiva, medo e solidão, ficam concentradas na parte de cima do corpo. Faz sentido que seja assim: quem nunca, quando angustiado, sentiu um aperto no peito, por exemplo?


O orgasmo, como era de se esperar, ativa mais as áreas genitais. O frio pega mais nas extremidades e a ressaca coloca o estômago e a cabeça a mil por hora.


Fonte:  https://super.abril.com.br/comportamento/raiva-frio-cansaco-15-sensacoes-e-onde-elas-se-manifestam-no-corpo/ - Por Ana Carolina Leonardi  - Tainá Ceccato/Superinteressante

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Dieta irregular aumenta o risco de morte em vítimas de infarto, diz estudo


Quem não toma café da manhã e janta muito tarde tem muito mais chance de morrer após um ataque cardíaco. Entenda

Um estudo recente, realizado pelo médico Guilherme Neif Vieira Musse, da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), revelou que a dieta irregular aumenta o risco de morte em quem sofreu infarto. Hábitos como jantar tarde e não tomar o café da manhã aumentam de quatro a cinco vezes a probabilidade de morrer e de ter outro ataque cardíaco. Pelo menos no período durante a internação e 30 dias após a alta hospitalar, nas vítimas de infarto agudo.

“Dieta irregular aumenta o risco de morte ao passo que, geralmente, esses costumes estão associados aos hábitos de vida ruins. Por exemplo, acordar tarde ou mesmo comer em excesso no jantar e fora de hora. É uma questão comportamental que influencia no pior prognóstico para esses pacientes. O mais indicado é evitar açúcar, produtos industrializados em geral e adotar a chamada ‘dieta do mediterrâneo’. Ela é crucial na proteção contra doenças cardiovasculares”, aconselha o médico Guilherme.

Dados
A pesquisa analisou 113 pessoas, com idade média de 60 anos. Desses, 73% eram homens. Dentre aqueles que morreram após a internação, 58% não tomavam o café da manhã, 51% jantavam tarde e 41% adotavam os dois hábitos combinados. A pesquisa foi realizada com pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana (UTI-UCO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB), no período entre agosto de 2017 e agosto de 2018.

Marcos Ferreira Minicucci, professor-assistente da disciplina de Clínica Médica Geral da Unesp e orientador da pesquisa, recomenda esperar pelo menos 2 horas, depois do jantar, para ir dormir.  Ele ainda acrescenta que “a melhor maneira de viver é tomando café da manhã como um rei. Um bom café da manhã geralmente é composto de laticínios como leite desnatado ou semidesnatado, iogurte e queijo”.  O carboidrato de pães e cereais integrais, assim como as frutas, também são importantes. “Deve fornecer de 15% a 35% do total de calorias que precisamos por dia”, finaliza Marcos.