segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Longevidade: 5 coisas que estão te envelhecendo e você não percebe


Fatores já conhecidos aceleram o envelhecimento, mas alguns aspectos que passam despercebidos diminuem a longevidade

 

Qual o segredo da longevidade? Aliás, será que existe um segredo para entardecer o envelhecimento? Para a cirurgiã plástica especialista em rejuvenescimento Dra. Elodia Avila, existem diversos fatores que podem afetar a nossa longevidade saudável - e, quanto melhor conhecermos eles, mais controle podemos ter sobre esse processo.

 

Quando pensamos no que afeta nossa longevidade, é comum vir à mente coisas como o sol, tabagismo, genética etc. Porém, além dos fatores mais conhecidos, existem diversos outros aspectos que muitas vezes passam despercebidos, mas que podem influenciar fortemente no ritmo do envelhecimento.

 

De acordo com Elodia, são os fatores "invisíveis" os mais perigosos para a longevidade saudável. "Os fatores mais famosos geralmente são os que têm mais atenção e, portanto, as pessoas costumam ter mais cuidado com eles. Mas os fatores que não são tão conhecidos te envelhecem sem você perceber - e, por isso, a informação é a chave", destaca.

 

5 coisas que você não fazia ideia que afetam a sua longevidade

Pensando nisso, a especialista listou 5 coisas que aceleram nosso envelhecimento sem notarmos. Confira:

 

1 - Luz eletrônica: "Já existem estudos que indicam uma ação negativa da chamada luz azul na sua pele, isso, conforme os estudos forem sendo aprofundados, pode configurar um grande perigo pois as telas são parte do nosso dia a dia. Por isso, ter esse alerta ajuda a manter uma moderação no uso de aparelhos eletrônicos sempre que possível", conta a Dra. Elodia Avila.

 

2 - Estresse: "O estresse é um dos principais males da atualidade, e nossa sociedade possui inúmeros fatores que estimulam o estresse a um ponto excessivo. Esse excesso gera a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, que são bastante perigosos para a saúde da nossa pele", diz a médica.

 

3 - Banho com água muito quente: "Isso não significa que você deve banhar com água fria, mas quando banhar com água excessivamente quente com frequência afeta a barreira cutânea da pele, o que estimula a desidratação, um grande inimigo da pele, mas além disso, os impactos na barreira cutânea pode afetar também, por exemplo, a proteção a doenças e até o pH da pele", alerta.

 

4 - Tristeza: "Nada melhor que ser feliz. A felicidade ajuda com o bem-estar, disposição, equilíbrio emocional, mental e físico. Por isso, estar triste prejudica a sua saúde como um todo, o que afeta a sua longevidade", diz.

 

5 - Insônia: "A insônia tem se tornado cada vez mais comum e isso é um grande problema pois um sono de qualidade é importante para a pele. O famoso 'sono da beleza' não é um mito, dormir bem ajuda na manutenção dos tecidos cutâneos, da hidratação e até mesmo regula a produção de colágeno", explica Elodia.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/longevidade-5-coisas-que-estao-te-envelhecendo-e-voce-nao-percebe,4671a06488f7ac8d399552e1ba4132c4s13ryhor.html - Foto: Shutterstock

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Os alimentos mais perigosos do mundo: Alguns são populares no Brasil


Em todo o mundo, certos alimentos vêm com perigos ocultos. De plantas venenosas a animais tóxicos, esses tipos de comida podem causar doenças graves ou até mesmo a morte se não forem preparados corretamente. Embora muitos itens sejam usados ​​em culinárias tradicionais, a falta de conhecimento ou manuseio inadequado pode transformá-los em assassinos silenciosos.

 

Nesta galeria, exploramos alguns dos alimentos mais perigosos do mundo, esclarecendo seus riscos.

 

Caroços de cereja

Os caroços de cereja, junto com outras sementes de frutas de caroço, contêm amigdalina, um composto que libera cianeto quando metabolizado. Comer muitos deles pode causar envenenamento por cianeto.

 

Brotos de alfafa

Brotos de alfafa, embora nutritivos, são frequentemente contaminados com bactérias nocivas como E. coli ou Salmonella. Devido às suas condições de crescimento quentes e úmidas, eles representam um risco significativo de doenças transmitidas por alimentos.

 

Feijão vermelho

Feijões crus contêm fitohemaglutinina, uma toxina que causa náuseas severas, vômitos e problemas digestivos. Para torná-los seguros, eles devem ser completamente cozidos em altas temperaturas para neutralizar a toxina.

 

Ackee

Ackee, a fruta nacional da Jamaica, contém hipoglicina A quando verde, uma toxina que pode causar vômitos. Se não for preparada corretamente, pode levar ao coma hipoglicêmico ou à morte.

 

Fugu (peixe-balão)

Também conhecido como peixe-balão, fugu é uma iguaria japonesa, mas contém tetrodotoxina, uma neurotoxina potente. Apenas chefs licenciados podem prepará-lo devido ao risco de envenenamento acidental, que pode ser fatal.

Embora os talos do ruibarbo sejam seguros para consumo, as folhas contêm ácido oxálico e glicosídeos de antraquinona, ambos compostos tóxicos.

 

Mandioca (macaxeira ou aipim)

A mandioca (também conhecida em partes do Brasil como macaxeira ou aipim) contém glicosídeos cianogênicos, que liberam cianeto quando processados ​​de forma inadequada. Sem a preparação adequada, esse vegetal de raiz pode causar envenenamento por cianeto, levando a náuseas, vômitos ou até mesmo à morte. 

 

Sannakji (polvo vivo)

Sannakji é um prato coreano com polvo vivo. Os tentáculos ainda podem se mover depois de cortados e representam um risco de asfixia se não forem mastigados completamente.

 

Hákarl (tubarão fermentado)

O Hákarl islandês, feito de tubarão da Groenlândia fermentado, contém altos níveis de amônia. Se não for fermentado corretamente, pode causar intoxicação alimentar, problemas respiratórios ou irritação estomacal devido à sua toxicidade.

 

Amêijoas de sangue

Amêijoas e sangue coletadas de águas contaminadas podem carregar bactérias perigosas como hepatite e tifoide, tornando-as um risco à saúde. O cozimento adequado é essencial para evitar doenças transmitidas por alimentos desses moluscos.

 

Castanha de caju crua

Castanhas de cajus cruas contêm urushiol, um óleo tóxico também encontrado na hera venenosa. Comer as castanhas sem torrá-las pode causar reações alérgicas, erupções cutâneas ou, em casos graves, problemas respiratórios.

 

Bagas de sabugueiro

As bagas, folhas, cascas e raízes cruas da planta do sabugueiro contêm lectina e cianeto, que podem causar náusea, vômito e diarreia. No entanto, cozinhar as bagas e sementes corretamente eliminará o cianeto.

 

Bafo de Dragão (pimenta)

Bafo de Dragão, a pimenta mais picante do mundo com 2,48 milhões de unidades Scoville, supera as pimentas fantasma e Carolina Reapers. Consumi-la pode causar queimaduras na garganta, fechamento das vias aéreas e até choque anafilático.

 

Mel cru

O mel cru contém esporos de botulismo, que podem ser mortais para bebês com menos de um ano de idade. Os esporos produzem uma neurotoxina que pode levar à paralisia e até à morte se consumidos por bebês.

 

Casu marzu (queijo de larva)

Casu Marzu é um queijo da Sardenha deliberadamente infestado com larvas vivas. Essas larvas sobrevivem à digestão, possivelmente causando infecções nos intestinos. Consumir esse queijo sem remover as larvas pode causar sérios problemas de saúde.

 

Mariscos

Mariscos como ostras e amêijoas podem abrigar algas nocivas, levando a intoxicação paralítica por mariscos (PSP) e outras doenças. Quando consumidos contaminados, os mariscos podem causar paralisia, insuficiência respiratória e morte.

 

Cérebros de macaco

Comer cérebros de macaco, frequentemente consumidos como uma iguaria em certas culturas, traz o risco de contrair doenças priônicas como a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), uma doença neurodegenerativa fatal.

 

Noz-moscada

Noz-moscada, quando consumida em grandes quantidades, contém miristicina, um composto que pode causar alucinações, náuseas e convulsões. Em casos extremos, overdoses podem resultar em morte devido a envenenamento ou falência de órgãos.

 

Fesikh (peixe fermentado)

Fesikh é um prato tradicional egípcio feito de peixe fermentado. Se preparado de forma inadequada, pode abrigar bactérias perigosas que causam botulismo, uma doença potencialmente fatal que afeta o sistema nervoso.

 

Rã-touro africana

Na Namíbia, aventureiros podem comer até o sapo inteiro, mas sua pele e órgãos contêm toxinas que podem causar insuficiência renal se não forem preparados corretamente.

 

Batatas verdes

Batatas verdes contêm solanina, um composto tóxico que se desenvolve quando as batatas são expostas à luz. Consumir batatas verdes pode causar náusea, vômito e diarreia.

 

Leite não pasteurizado

Leite não pasteurizado pode conter bactérias nocivas como Salmonella, Listeria ou E. coli, levando a doenças transmitidas por alimentos. É especialmente arriscado para mulheres grávidas, crianças e idosos.

 

Cogumelo chapéu-da-morte

O cogumelo chapéu-da-morte (ou Death Cap) está entre os fungos mais mortais. Contendo toxinas potentes como amatoxinas, ele pode causar insuficiência hepática e renal. Os sintomas podem levar horas para aparecer, tornando-o mortal.

 

Queijo não pasteurizado

Assim como o leite não pasteurizado, o queijo não pasteurizado também carrega o risco de contaminação bacteriana. Mulheres grávidas e aquelas com sistemas imunológicos mais frágeis são particularmente vulneráveis ​​a esses riscos.

 

Blaasop com listras prateadas

Relacionado ao baiacu, o peixe blaasop de listras prateadas contém tetrodotoxina, uma substância altamente tóxica. Se preparado de forma inadequada, esse peixe pode causar paralisia, insuficiência respiratória e até mesmo morte por envenenamento.

 

Carambola

A carambola contém neurotoxinas que podem ser fatais para pessoas com doença renal. As toxinas podem causar confusão grave, convulsões ou até mesmo a morte. Indivíduos saudáveis ​​podem consumi-la com segurança, mas com moderação.

 

Carne crua e frutos do mar

Consumir peixe ou carne crua, como sushi ou steak tartare, aumenta o risco de infecções bacterianas e parasitas como E. coli ou salmonela, levando a doenças graves e infecções transmitidas por alimentos.

 

Lutefisk

Lutefisk é um prato escandinavo feito de peixe seco embebido em soda cáustica. Se não for enxaguado corretamente, os altos níveis de soda cáustica podem causar queimaduras químicas graves ou problemas digestivos, levando até mesmo à morte.

 

(Condé Nast Traveler) (BBC) (Business Insider)

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/2259190/os-alimentos-mais-perigosos-do-mundo-alguns-sao-populares-no-brasil - ©DR

sábado, 15 de fevereiro de 2025

A verdadeira dieta antinflamatória


A inflamação crônica é um problema de saúde silencioso, mas crescente, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora muitas vezes vista como uma resposta temporária do corpo a infecções ou lesões, a inflamação pode se tornar um inimigo persistente e invisível, alimentando uma série de doenças crônicas, incluindo problemas cardíacos, diabetes e até câncer. Em um momento em que dietas da moda e tendências de saúde estão mais acessíveis do que nunca, surge uma pergunta importante: como podemos lidar com a inflamação de maneira eficaz? Existe uma solução simples ou é necessário um esforço mais profundo e sustentável?

 

Nos últimos anos, pesquisadores e especialistas têm se debruçado sobre essa questão. A resposta, como frequentemente acontece no campo da saúde, não é simples e envolve uma combinação de fatores – do que comemos à quantidade de exercício que fazemos, sem esquecer da nossa saúde mental. Embora o conceito de inflamação crônica seja complexo, uma coisa é clara: encontrar formas eficazes de combatê-la pode melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco de doenças graves.

 

A Iniciação da inflamação crônica

A inflamação é uma resposta natural do corpo a lesões ou infecções, um mecanismo de defesa essencial para a nossa sobrevivência. Porém, quando o corpo entra em um estado de inflamação constante, sem a presença de uma ameaça direta, surgem complicações. A inflamação crônica pode ser silenciosa, mas é uma das principais responsáveis pelo avanço de várias doenças, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, e até mesmo alguns tipos de câncer.

O processo de inflamação crônica pode ser comparado a um alarme que não para de disparar. O corpo, em sua tentativa de defender-se, continua a produzir substâncias químicas pró-inflamatórias que, com o tempo, podem prejudicar tecidos saudáveis e desencadear uma série de condições crônicas. Pesquisas indicam que essa inflamação prolongada está profundamente conectada ao envelhecimento celular e ao aumento do risco de doenças degenerativas.

 

Dieta e inflamação: o que deveríamos comer?

Nos últimos anos, a alimentação tem sido apontada como um dos principais fatores capazes de influenciar os níveis de inflamação no corpo. A relação entre dieta e inflamação não é nova, mas ela tem ganhado cada vez mais atenção à medida que mais estudos científicos demonstram como certos alimentos podem exacerbar ou, pelo contrário, reduzir a inflamação.

Uma das primeiras reações ao procurar uma solução dietética para a inflamação é a eliminação de alimentos considerados “inflamatórios”. Por exemplo, as chamadas nightshades (solanáceas), como tomates, batatas e berinjelas, têm sido acusadas de aumentar a inflamação devido a uma substância chamada solanina, que pode ser tóxica em grandes quantidades. No entanto, estudos mais recentes revelam que a evidência científica não sustenta essa alegação. Um estudo da Universidade da Califórnia, em São Francisco, constatou que não há pesquisas conclusivas demonstrando que a solanina tenha um efeito direto sobre a inflamação em seres humanos. Além disso, vegetais como tomates e berinjelas são ricos em nutrientes e compostos anti-inflamatórios, como os polifenóis e fibras, que ajudam a manter a saúde intestinal e reduzem a inflamação.

Em vez de cortar esses alimentos da dieta, especialistas recomendam uma abordagem mais balanceada, com foco em alimentos anti-inflamatórios comprovados cientificamente. Alimentos como frutas, vegetais, nozes e peixes ricos em ácidos graxos ômega-3 têm se mostrado eficazes na redução da inflamação. Um exemplo disso é o azeite de oliva, que contém compostos antioxidantes como os polifenóis, que podem proteger contra os danos causados pela inflamação crônica.

Mas, de longe, a dieta mais indicada para reduzir a inflamação não se resume a um único alimento. A Dieta Mediterrânea, amplamente estudada por suas propriedades anti-inflamatórias, tem sido constantemente associada à redução dos marcadores inflamatórios no sangue e à diminuição do risco de doenças cardíacas e outros distúrbios relacionados à inflamação.

 

A dieta mediterrânea: um estudo longo e concreto

O estudo PREDIMED, conduzido por mais de 20 anos, revela que a Dieta Mediterrânea é uma das abordagens mais eficazes para combater a inflamação crônica. O estudo envolveu mais de 7.000 pessoas com risco elevado de doenças cardíacas, mostrando que os participantes que seguiram a dieta mediterrânea – rica em peixe, azeite de oliva, frutas, legumes e grãos integrais – apresentaram uma redução significativa na inflamação e um risco 30% menor de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação com aqueles que seguiram uma dieta de baixo teor de gordura.

A explicação para os efeitos positivos dessa dieta é multifacetada. O consumo de peixes ricos em ômega-3, como o salmão, por exemplo, ajuda a reduzir a inflamação ao ser incorporado à camada lipídica das células, tornando-as menos suscetíveis à inflamação. Além disso, a alta ingestão de fibras presentes em vegetais e leguminosas também desempenha um papel crucial, ajudando a regular o microbioma intestinal, que tem sido identificado como um fator chave na modulação da inflamação no corpo.

 

O papel do exercício na inflamação crônica

Embora a alimentação tenha um impacto significativo na inflamação, a quantidade e o tipo de exercício que fazemos também são fatores cruciais. Existe uma ideia errônea amplamente divulgada de que o exercício de alta intensidade pode aumentar a inflamação crônica, especialmente os treinos mais intensos, como o HIIT (treinamento intervalado de alta intensidade). No entanto, pesquisas recentes desafiaram esse mito.

O exercício, como o próprio corpo, reage à intensidade da atividade. É verdade que exercícios extenuantes, como maratonas, podem causar um aumento temporário nos marcadores inflamatórios devido ao estresse muscular e à microlesão nos tecidos. Contudo, essa inflamação é passageira e, com a recuperação adequada, o corpo tende a voltar a um estado equilibrado. Em estudos conduzidos por Grace Rose, da Universidade da Costa do Sol, na Austrália, foi demonstrado que, independentemente da intensidade do exercício, a prática regular não aumenta o risco de inflamação crônica. Na verdade, o exercício moderado e intenso é mais eficaz para reduzir a inflamação crônica ao melhorar a saúde cardiovascular e reduzir o estresse, dois fatores que estão intrinsecamente ligados ao aumento da inflamação.

 

O impacto do estresse e da qualidade do sono

A dieta e o exercício são fundamentais, mas um aspecto igualmente importante na luta contra a inflamação é a gestão do estresse e a obtenção de uma boa noite de sono. O estresse crônico ativa o sistema imunológico e aumenta os níveis de cortisol, um hormônio que, em excesso, pode favorecer a inflamação. Diversas estratégias para reduzir o estresse, como meditação, yoga ou simplesmente atividades de lazer, têm se mostrado eficazes.

Além disso, um sono de boa qualidade também é crucial para reduzir a inflamação. A falta de sono ou o sono de má qualidade aumentam os níveis de marcadores inflamatórios no corpo, tornando mais difícil combater a inflamação crônica.

 

Não existe cura mágica, mas há soluções

A inflamação crônica é um fenômeno complexo que não pode ser resolvido com uma solução rápida. Tomates ou tomar um shot de cúrcuma não são respostas mágicas. A verdadeira chave para reduzir a inflamação está em adotar um estilo de vida saudável que combine uma dieta equilibrada, exercício regular, boa qualidade de sono e técnicas de gerenciamento do estresse. A Dieta Mediterrânea, rica em alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, e a prática de exercícios moderados a intensos têm se mostrado extremamente eficazes na redução da inflamação crônica.

No entanto, é importante entender que combater a inflamação não é uma tarefa de um único passo, mas um esforço contínuo e holístico que envolve uma série de mudanças no estilo de vida. Em um mundo repleto de soluções rápidas e modismos, o verdadeiro caminho para uma vida mais saudável e menos inflamada está em escolhas conscientes e sustentáveis a longo prazo.

 

Fonte: https://hypescience.com/a-verdadeira-dieta-antinflamatoria/#google_vignette - Por Marcelo Ribeiro

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

A ciência confirma: estes simples exercícios que você pode fazer em casa trazem incríveis benefícios para a saúde


Nós todos sabemos que exercícios fazem bem para a saúde e diminuem muito o risco de uma morte prematura. Agora, um novo estudo descobriu que esses exercícios não precisam acontecer em uma aula de CrossFit, em um estúdio de artes marciais ou mesmo em uma academia.

 

Exercícios podem ajudar corpo a ficar mais jovem, mas não é qualquer exercício

Os exercícios de suporte corporal, como abdominais e flexões, impedem a morte tanto quanto outras formas de exercícios com peso. O estudo recrutou pouco mais de 80.000 adultos com mais de 30 anos na Inglaterra e Escócia entre 1994 e 2008, que foram acompanhados por uma média de nove anos.

 

No final do período de acompanhamento, foi calculado o risco de morte de acordo com o tipo e a quantidade de exercício.

 

Resultados parecidos

Aqueles que relataram a participação em qualquer exercício de promoção de força (incluindo exercícios de academia), passaram, em média, cerca de 60 minutos por semana fazendo isso, e aqueles que relataram qualquer exercício de peso corporal passaram, em média, 50 minutos por semana.

 

“A participação em exercícios de academia ou exercícios de peso corporal reduziram o risco de morte precoce em cerca de 20%. As mortes relacionadas ao câncer também diminuíram 24% a 27%, mas houve poucas evidências de que mais era melhor”, aponta Emmanuel Stamatakis, professor de atividades físicas, estilo de vida e comportamentos de saúde na Universidade de Sidney, na Austrália e autor do estudo.

 

“Nós comparamos também o risco daqueles que cumpriram a recomendação de duas sessões de exercícios de promoção de força por semana, com aqueles que cumpriam a recomendação de 150 minutos de atividade física aeróbica, como andar (ou 75 minutos mais intensos, como correr) por semana. Comparadas com a inatividade, atender a qualquer dessas diretrizes esteve associada a uma redução de 16 a 18% no risco de morte precoce”, aponta.

 

Câncer e doenças cardíacas

Os resultados em relação ao risco de morte por câncer, entretanto, foram bem diferentes. Aqueles que seguiam apenas a diretriz de promoção de força fazendo exercícios de peso corporal tinham um risco 31% menor de morte por câncer. Já aqueles que seguiam apenas a orientação aeróbica não tiveram redução no risco de morte por câncer.

 

Por outro lado, reduzir o risco de morte por doença cardíaca só foi associado à atividade física aeróbica, uma redução de 21%.

 

Stamatakis reforça que, considerando que esta pesquisa é observacional, sempre há uma chance de que a relação entre exercício e morte precoce possa ser devido a outras causas. “Talvez as pessoas que se exercitavam mais também fossem geralmente mais saudáveis ​​de outras maneiras”, exemplifica. “Para reduzir a possibilidade de explicações alternativas, ajustamos nossos resultados para idade, sexo, estado de saúde, obesidade, outros comportamentos de estilo de vida (tabagismo, álcool, dieta), nível educacional, saúde mental e participação em outras atividades físicas, como atividades domésticas, exercício de caminhada e aeróbica”, explica Stamatakis.

 

Outros estudos examinaram a relação entre o exercício de promoção de força e a morte precoce. Um estudo americano descobriu que levantar pesos ou fazer exercícios de calistenia, ou aquecimento, estava associado a uma diminuição de 31% no risco de morte por qualquer causa, o que é consistente com os resultados do estudo mais recente.

 

Mas ao contrário destes resultados, o mesmo estudo não encontrou associação com o risco de morte por câncer. Outro estudo entre sobreviventes de câncer mostrou que levantar pesos, mas não atividades aeróbicas, estava associado a um risco 33% menor de morte por qualquer causa.

 

Significados

“Nosso estudo sugere que o exercício que promove a força muscular possui benefícios únicos para a saúde e é pelo menos tão importante para a saúde quanto a caminhada, ciclismo e outras atividades aeróbicas”, diz Stamatakis.

 

Ele afirma que o princípio mais importante para escolher uma atividade é poder incorporá-la na rotina e cumpri-la a longo prazo. “A simplicidade dos exercícios de peso corporal os torna uma opção muito atraente: são baratos e exigem pouca habilidade e nenhum equipamento. Além disso, agora sabemos que eles produzem benefícios comparáveis com atividades semelhantes em academia. Isso é importante porque as academias podem ser assustadoras ou muito caras ​​para muitas pessoas”, aponta.

 

Então, além de fazer atividades aeróbicas de moderada a vigorosa intensidade, flexões ou exercício com barras em casa, no parque, no quintal ou mesmo no escritório podem ser uma excelente opção. “Para a maioria das pessoas, duas a três sessões por semana seriam suficientes para a saúde geral”, garante o especialista. [Science Alert]

 

Fonte: https://hypescience.com/beneficios-exercicios-simples-saude/ - Por Jéssica Maes

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

O que é pior para a saúde: diabetes, doença cardíaca, sedentarismo ou fumar? A resposta vai te surpreender


“Faça exercícios regularmente”. Este é o conselho mais comum que você pode ouvir em um consultório médico. Todos sabemos, em algum nível, que exercícios fazem bem para a saúde e nos ajudam a viver mais, mas talvez isso soe muito abstrato. Pois um estudo publicado na semana passada tratou de deixar as coisas bem objetivas: segundo ele, um estilo de vida sedentário é pior para sua saúde do que o tabaco, a diabetes e doenças cardíacas.

 

Os pesquisadores estudaram os dados de 122.007 pacientes que se submeteram a testes de exercício em esteiras na Cleveland Clinic, centro de saúde nos EUA, entre 1 de janeiro de 1991 e 31 de dezembro de 2014. Depois dos testes, os cientistas registraram as taxas de mortalidade dos voluntários. Os pesquisadores descobriram uma conexão clara entre uma vida mais longa e saudável e altos níveis de exercício. O relatório pede que os profissionais de saúde encorajem os pacientes a ter uma rotina de exercícios.

 

“Não se sair bem em uma esteira ou em um teste de esforço físico tem um pior prognóstico do que ser hipertenso, ser diabético ou mesmo ser fumante. Nunca vimos algo tão pronunciado e objetivo quanto isto”, diz em matéria da rede de tv americana CNN Wael Jaber, cardiologista da Cleveland Clinic e autor sênior do estudo, para quem os resultados são extremamente surpreendentes.

 

Jaber afirma que é papel dos pesquisadores agora transmitir os riscos à população em geral. “Não fazer exercícios deve ser considerado um fator de risco tão forte quanto a hipertensão, a diabetes e o tabagismo – se não for mais forte do que todos eles. Isso (o sedentarismo) deve ser tratado quase como uma doença que tem uma receita médica, chamada exercício físico”, aponta ele.

 

Intensidade também é positiva

Ainda na matéria da CNN, Jaber disse que a outra grande revelação da pesquisa é que os exercícios físicos levam a uma vida mais longa sem eventuais limites proporcionados pelos exercícios aeróbicos.

 

Os pesquisadores sempre se preocuparam com o fato de que os praticantes mais intensos poderiam estar em maior risco de morte, mas o estudo descobriu que isso não acontece. “Não há nenhum nível de exercício que expõe ao risco. Podemos ver pelo estudo que os “ultra-fit” ainda têm menor mortalidade”, garante.

 

Como os exercícios afetam seu corpo e como escolher a rotina adequada para você

Jordan Metzl, médico de medicina esportiva do Hospital for Special Surgery e autor do livro “The Exercise Cure”, outro especialista consultado pela CNN, afirma que o novo estudo deve mudar a forma como lidamos com a saúde. “Em vez de pagar somas enormes pelo tratamento de doenças, devemos incentivar nossos pacientes e comunidades a serem ativos e exercitarem-se diariamente”, aponta.

 

Todos os gêneros e idades

Os benefícios do exercício físico foram vistos em todas as idades e em homens e mulheres – de forma apenas um pouco mais evidente nas mulheres, segundo os pesquisadores. “Seja nos seus 40 ou 80 anos, você se beneficiará da mesma maneira”, diz Jasper.

 

“A aptidão cardiorrespiratória está inversamente associada à mortalidade a longo prazo, sem limite superior de benefício observado. A aptidão aeróbica extremamente alta foi associada com a maior sobrevida e foi associada ao benefício em pacientes idosos e naqueles com hipertensão”, diz o estudo.

 

Jaber se diz surpreso que o sedentarismo supere até fatores de risco tão fortes quanto o fumo, a diabetes ou até doença renal crônica. “As pessoas que não se saem muito bem em um teste de esteira têm quase o dobro do risco de pessoas com insuficiência renal”, espanta-se.

 

O melhor exercício

Outra característica importante do estudo é que os pesquisadores não dependeram das respostas que os pacientes davam sobre sua rotina – eles mesmos verificaram os exercícios ou a falta deles para chegarem a seus resultados. “Não são os pacientes que nos dizem o que fazem. Estamos testando-os e descobrindo objetivamente a medida real do que eles fazem”, explica Jaber.

 

Três vezes pior que o tabagismo

Os resultados são realmente assustadores para quem leva um estilo de vida sedentário. Segundo Jaber, estas pessoas, se comparadas aos mais assíduos praticantes de exercício, possuem um risco associado à morte 500% maior. “Se você comparar ficar sentado versus o mais alto desempenho no teste de exercício, o risco é cerca de três vezes maior do que o tabagismo”, explica o especialista.

 

O segredo, porém, está na regularidade. Alguém que não se exercita muito, quando comparado com alguém que se exercita regularmente, ainda apresenta um risco 390% maior de morrer.

 

A boa notícia é que não há muito segredo. A cura para a doença do sedentarismo é bem simples. “Você deve exigir uma receita de exercícios de seu médico”, aconselha Jaber. [CNN, Time, World Health]

 

Fonte: https://hypescience.com/sedentarismo-e-mais-perigoso-que-tabagismo-e-diabetes-diz-estudo/ - Por Jéssica Maes