Beber de forma descontrolada e exagerada pode trazer
inúmeros prejuízos à saúde
Estudos mostram que o consumo, moderado, de vinho
tinto pode auxiliar no tratamento de diversas doenças. Aliado ainda à
alimentação saudável e a prática de exercícios físicos contribui para o
perfeito funcionamento do corpo humano. Porém, muitas pessoas exageram na dose
e acabam tomando a bebida sem orientações médicas, o que pode ser perigoso.
“Exagerar na bebida pode comprometer o fígado,
pâncreas, estômago e muitos outros órgãos. Sem falar que possibilita também o
surgimento de doenças psicólogicas”, diz a personal trainer Karine Pereira.
Para o psiquiatra da Unidad de Conductas Adictivas
del Hospital de la Santa Creu I Sant Pau, de Barcelona, Josep Guardia, o
alcoolismo também possibilita o surgimento de infecções e transtornos como por
exemplo, a ansiedade, depressão, insônia e pode causar até 60 doenças. “Os
pacientes começam a beber acreditando que podem parar a qualquer momento, o que
não é verdade. Beber por muito tempo e de forma descontrolada pode também
ocasionar o AVC (acidente vascular cerebral)”, comenta a personal.
Em entrevista ao site do Dr. Dráusio Varella,
Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na
Escola Paulista de Medicina na Universidade Federal de São Paulo e com PhD em
dependência química na Inglaterra, conta que “Hoje está mais ou menos
estabelecido que a pessoa sem problemas, se for um homem saudável, pode beber o
equivalente a dois ou três copos de vinho, ou dois copos de chope, ou uma dose
pequena de destilado. Em se tratando de mulheres, as doses deverão ser um pouco
menores, já que elas são mais sensíveis aos danos biológicos provocados pela
bebida. Esse padrão de uso contido do álcool é o que a maioria das pessoas
desenvolve”.
Pesquisas
O consumo inconsciente também leva ao aumento da
mortalidade. As universidades alemãs de Greifswald e Lübeck revelaram através
de estudo que expectativa de vida das pessoas que consumem álcool por 20 anos é
menor em comparação com as pessoas que não bebem. A pesquisa ainda afirma que o
alcoolismo é responsável por causar mais mortes em comparação ao tabagismo.
Outro dado curioso revelado pelo levantamento
nacional de álcool divulgado pela Unifesp: as mulheres estão bebendo mais que
os homens. “Hoje, as mulheres saem com as amigas e vão em barzinhos ou em
baladas. Esse encontro permite que a bebida seja servida como happy hour”, diz
Karine.
É questão de personalidade?
Nos anos 60, acreditava-se que existia personalidade
específica para se tornar um alcóolatra. Nenhum estudo comprovou a teoria, mas
muitas pessoas optam por consumir a bebida para aliviar o estresse do dia a
dia, o que pode ser fator determinante para consumir mais e mais. “Quem bebe
uma vez para aliviar a tensão pode voltar a ter o mesmo hábito, acarretando na
dependência. Claro que existem as excessões”, diz Karine.
Por isso, beber consciente e moderadamente é
essencial. “As pessoas podem sim tomar uma cerveja ou qualquer outra bebida.
Mas que tenha consciência e beba com muita moderação!”, recomenda a personal.
Vale lembrar que realizar exames de rotina, além de praticar exercícios físicos
regularmente auxilia na prevenção de doenças.
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