O novo coronavírus penetra na célula da mucosa da orofaringe e se multiplica; de um vírus, resultam trinta, destruindo esta célula.
As medidas recomendadas para a prevenção da
COVID-19, como o uso de máscaras e o distanciamento social, são necessárias.
Porém, uma medida tão importante quanto ou até mais é a preservação e
integridade do epitélio da orofaringe, onde habita o novo coronavírus
preferencialmente.
No relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde)
de 2003, intitulado “Dieta, Nutrição e Prevenção de Doenças Crônicas”, página
116, está escrito que os ácidos cítrico, fosfórico, carbônico e málico
encontrados nos sucos de frutas e refrigerantes causam erosões dentárias,
destruindo o esmalte dos dentes e provocando sua queda. Por outro lado, refluxo
ácido do estômago na doença do refluxo gastroesofágico provoca faringite
química não bacteriana. Líquidos ácidos capazes de destruir os dentes, sendo
lançados pela deglutição na mucosa da orofaringe podem plausivelmente causar
microerosões, lesões inflamatórias no epitélio da orofaringe, facilitando a
penetração e invasão na corrente circulatória pelo novo coronavírus.
Recomendamos, portanto, a ingestão somente de água.
A água limpa o epitélio, mantendo sua integridade e condições de defesa contra
o novo coronavírus. É como jogar cara ou coroa. Se der cara, você ganha; se der
coroa, você não perde. Bebidas alcoólicas também são lesivas e inflamatórias no
epitélio da orofaringe. Lembramos uma doença clássica denominada gastrite
alcoólica para exemplificar.
O novo coronavírus penetra na célula da mucosa da
orofaringe e se multiplica; de um vírus, resultam trinta, destruindo esta
célula. Porém, ele é bloqueado e destruído pelos linfócitos no estado TH2. Se
os linfócitos estiverem no estado TH1, são inoperantes. Para que os linfócitos
estejam no estado TH2, são necessários nutrientes essenciais, como selênio,
vitamina E, betacaroteno, vitaminas do complexo B, ômega 3. Esses nutrientes
essenciais são encontrados em uma alimentação composta de arroz integral,
milho, aveia, feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, legumes e verduras,
frutas inteiras, sementes de gergelim e linhaça e nozes, consumindo-se também
pães e similares feitos com farinha de trigo integral, complementados com
pequena quantidade de produtos de origem animal. Esta alimentação aumenta a
imunidade, possibilitando ao linfócito destruir os vírus que tentam invadir o
corpo.
Todavia, se o epitélio da orofaringe estiver
inflamado com ferimentos causados pelos líquidos ácidos, haverá uma facilitação
na penetração do vírus com uma alta carga viral e os linfócitos podem não
conseguir bloqueá-los.
Portanto, devemos ter uma alimentação integral
prevalentemente vegetariana, pois os produtos animais têm excessos de gorduras,
que também reduzem a imunidade. Não devemos tomar líquidos ácidos: sucos de
frutas, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Essa atitude, associada às demais
recomendações, deverá evitar eficientemente os casos novos e as mortes por
COVID-19.
Frutas inteiras não ácidas (não azedas) podem ser
consumidas à vontade. Um pouco de acidez é neutralizada pela saliva produzida
na mastigação. Porém, os sucos não são mastigáveis, lançando-se o líquido
corrosivo diretamente de encontro à mucosa da orofaringe.
Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/o-que-esta-faltando-para-a-prevencao-da-covid-19-1128
= Sidney Federmann, CRMSP 17901, título de especialista em cirurgia pediátrica,
pós-graduação em nutrologia e ex-diretor clínico do Hospital São Camilo
Santana, São Paulo (SP). Médico aposentado do Ministério da Saúde.- Imagem :
Pixabay
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