A conta do supermercado não está cabendo no
bolso? Os preços subiram, sim, mas será que você não está errando no jeito de
fazer as compras ou jogando
dinheiro fora?
Confira dicas para economizar na hora de encher o
carrinho. As sugestões são de Lélio Braga Calhau, promotor de Justiça de defesa
do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais e coordenador do
site Educação Financeira para Todos (educacaofinanceiraparatodos.com).
Defina seu limite
Estipule um valor máximo para gastar na sua compra.
Lembre-se de que é você quem prioriza as necessidades na sua vida, não as
"promoções" de um estabelecimento comercial. Ao atingir o limite que
você fixou, pare de comprar.
Faça uma lista de compras
Elabore uma lista prévia do que você realmente
precisa e, mais importante, siga-a com disciplina. Planejamento evita
desperdícios, como comprar produtos repetido, por impulso ou em quantidade
maior do que o necessário.
Organize a lista por seção do supermercado
Seja organizado já na lista de compras, agrupando
produtos que ficam próximos --por exemplo: produtos de limpeza, higiene
pessoal, enlatados etc.. O resultado: uma experiência mais rápida, objetiva e
fugindo das compras por impulso.
Pesquise os preços, inclusive em atacadões e
'atacarejos'
Faça uma pesquisa de preços antes de decidir onde
vai fazer as compras. Considere também comprar em atacadões e atacarejos, que
prestam um serviço mais simples e, em contrapartida, tendem a oferecer preços
finais menores para o consumidor. Se a família for grande, talvez compense
comprar nos atacados.
Prefira comprar na segunda quinzena do mês
A maioria dos consumidores compra no início do mês.
Na segunda quinzena há uma queda normal de vendas, e as empresas ficam mais
propícias a fazer promoções para melhorar o fluxo de caixa.
Evite ir ao supermercado lotado
O excesso de gente pode gerar um falso "senso
de urgência" no consumidor e fazê-lo comprar mais do que o necessário ou
sem pensar antes.
Nunca vá às compras com fome
A fome atrapalha na hora de calcular a quantidade de
produtos de que você realmente precisa. Resultado: acaba comprando coisas
demais. Ou, então, cai na tentação e compra alimentos que não estavam na lista.
Levar a(s) criança(s) ou não?
Se for sem a(s) criança(s), você evita a pressão
para comprar produtos supérfluos, já que os pequenos são alvos fáceis para o
marketing. Por outro lado, se levá-la(s), tem a chance de ensinar que não se
pode comprar tudo o que quer.
Não vá ao supermercado passear
Ficar andando com o carrinho pelos corredores é um
prato cheio para cair na armadilha das compras por impulso. Supermercado não é
lugar de passear. Só vá se precisa mesmo comprar alguma coisa. Entre, faça suas
compras e tchau.
Cuidado com os truques e 'armadilhas' de marketing
Tudo no supermercado é feito para você gastar mais:
a música, a claridade, os corredores longos, a posição dos produtos etc..
Chocolates e doces costumam ser colocados ao alcance das crianças. Produtos
essenciais costumam ficar no fundo para fazer o consumidor percorrer todos os
setores.
Leve uma calculadora
Leve sua calculadora e confira com cuidado se os
preços são bons para você. Além do preço, considere a quantidade. Por exemplo,
o produto X custa R$ 5 e o Y, R$ 8, mas o X tem 500 gramas e o Y, 1 quilo.
Fazendo as contas, o Y é mais vantajoso.
Não caia no conto do 'chamariz'
Às vezes, os supermercados baixam os preços de
alguns itens mais vendidos para dar a impressão de que tudo ali está barato e
atrair mais clientes. Na verdade, há preços altos "escondidos" no
meio de outros produtos.
Preços menores, só que não
Cuidado com os preços "quebrados",
geralmente terminados em 9. Eles tentam confundir o consumidor e dar a falsa
impressão de que são menores do que realmente são.
Fique de olho nos 'produtos da estação'
Se notar que alguns produtos tiveram queda de preço,
aproveite para comprá-los. Por outro lado, evite aqueles que subiram muito.
Nesse caso, vale até desrespeitar a lista de compras para aproveitar os preços
de ocasião.
Além do preço, avalie a qualidade
Nem sempre o mais caro é o melhor e o mais barato, o
pior. Também nem sempre vale a pena optar pelo mais barato para economizar se o
produto não for de qualidade. Fique de olho em notícias, redes sociais e fóruns
de consumidores. Evite produtos ou empresas com muitas queixas.
Cheque a validade e aproveite ofertas
Em geral, produtos perto de vencer ficam na parte da
frente das gôndolas e prateleiras. Se for levar quantidade maior ou demorar
para consumir, opte por prazos de validade maiores. Alguns lugares dão desconto
em produtos próximos ao vencimento; pode ser uma boa opção se você for consumir
logo.
Cuidado com a 'compra casada'
Queijo com goiabada, macarrão com queijo, pães e
frios. Supermercados tendem a colocar lado a lado produtos que se complementam
para estimular a compra. Você deve refletir se compensa ou não levar os dois,
se já tem em casa ou se há outras combinações mais baratas e até mais
apetitosas.
Use o carrinho com moderação
Pesquisas apontam uma tendência em comprar "até
tampar o carrinho" e eles até ficaram maiores nos últimos anos. Evite
carrinhos grandes demais e lembre-se de que não é preciso enchê-lo.
Confira os preços ao passar pelo caixa
É mais comum do que se imagina: o valor que estava
marcado na prateleira vira outro quando se chega ao caixa. Além de conferir a
etiqueta, confira pesos nas balanças e os preços ao passar a compra no caixa.
Pague no débito ou à vista
Prefira pagar no cartão de débito ou à vista e evite
jogar a despesa para frente. Isso evita a "surpresa" quanto a fatura
do cartão de crédito chega e o efeito bola-de-neve nas dívidas do consumidor.