Os sintomas e riscos à saúde associados à menopausa
podem ser reduzidos por meio de uma reeducação nutricional associada aos
exercícios físicos
A menopausa é a interrupção permanente da
menstruação. Podendo ocorrer naturalmente ou de forma artificial, após
procedimentos clínicos ou cirúrgicos que levem à parada da produção hormonal
ovariana.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1996),
a menopausa natural é definida por 12 meses consecutivos de amenorréia, sem
outra causa patológica ou psicológica evidente, não existindo nenhum indicador
biológico independente e adequado para caracterizá-la. É relacionada à atresia
fisiológica dos folículos primordiais, ocorrendo geralmente entre 40 e 55 anos.
Sintomas e consequências
O período climatérico costuma se apresentar com uma
variedade de sintomas que afetam a qualidade de vida. Dentre eles, destacam-se
os vasomotores, como fogachos e sudorese, a atrofia genital, transtornos
psicológicos, alterações de humor, aumento da gordura abdominal e alterações
nos aspectos da pele, cabelo e unhas.
O déficit estrogênico também está associado à maior
incidência de doença coronariana, assim como a uma maior taxa de mortalidade
por doença cardiovascular. As mulheres na menopausa perdem a proteção relativa
às doenças coronárias, devido às modificações no perfil lipídico que ocorrem
com a deficiência estrogênica.
O hipoestrogenismo aumenta o colesterol total e a
LDL-colesterol, que é aterogênica (produz mudanças degenerativas nas paredes
arteriais), por diminuição dos receptores hepáticos. São observadas ainda
aumento no risco de osteoporose e fraturas osteoporóticas devido à diminuição
da densidade mineral óssea nesse período.
Uma boa dieta ajuda a minimizar as mudanças
Estes sintomas podem provocar prejuízo pessoal e
implicação social de grande importância. Essas mudanças podem ser prevenidas e
amenizadas com um melhor controle dietético:
A ingestão de isoflavonas demonstra um estímulo no
estrogênio (hormônio feminino) em mulheres no climatério, diminuindo assim os
sintomas de fogachos e alterações de humor. Boas fontes de isoflavona são soja
em grãos, proteína de soja texturizada, tofu e leite de soja. Mas nesse caso em
especial, a ingestão desses alimentos deve ser feita de forma individualizada,
de acordo com o histórico familiar de câncer de mama;
A gordura abdominal se localiza muito próxima das
vísceras, sendo danosa para a saúde. Para ajudar no controle e prevenção a
mulher pode incluir alimentos ricos em ácidos graxos insaturados, como ômega 3
(peixes de água fria) e ômega 6 (azeite de oliva);
O aumento da oxidação ocorre nessa fase,
caracterizando o envelhecimento acelerado, além das alterações nos aspectos da
pele, cabelo e unhas. E para minimizar, o uso de antioxidantes está relacionado
ao combate de radicais livres que causam essas alterações. Podem ser incluídos
na dieta alimentos ricos em vitamina C (frutas cítricas, tomate), betacaroteno
(folhas verde-escuras, cenoura, mamão, abóbora, melancia), vitamina E, zinco,
selênio e manganês;
A perda de cálcio é muito comum, portanto, ingerir
boas fontes desse micronutriente podem deixar os ossos mais resistentes.
Podendo ser encontrado no leite e derivados, sardinhas, brócolis e folhas de
mostarda, por exemplo. As recomendações de cálcio são de 1000 mg/dia na faixa
etária de 19 a 50 anos e de 1200 mg/dia na faixa etária de 51 a 70 anos.
Atingir estas recomendações é um desafio considerável, visto que a ingestão de
alimentos fontes pelas mulheres no climatério fica aquém do recomendado.
Atividade física é essencial
Portanto, mulheres no climatério e menopausa devem
procurar uma reeducação nutricional focada na prevenção dos fatores de riscos,
no entanto, nada disso terá um bom efeito se houver sedentarismo.
Aliada a nutrição e à alimentação correta, é de suma
importância, a pratica regular de atividade física, um misto da forma aeróbia,
corridas, caminhadas e bikes, com exercícios anaeróbios como cross fit,
musculação e pilates.