sexta-feira, 28 de junho de 2019

Descoberta peculiar: pança é mais sexy do que tanquinho


De acordo com um estudo encomendado pela franquia de academias americana Planet Fitness, o “corpinho de pai de família” não só é cada vez mais aceito, como é considerado até mais sexy do que um tanquinho para algumas pessoas.

Antes que você questione a “origem” deste estudo: a companhia pagou por uma pesquisa online conduzida pela Kelton Global que envolveu 2.217 americanos representativos do cenário nacional com 18 anos ou mais, com uma margem de erro de 2,1%.

E por que uma academia defenderia a famosa “pancinha de chope”? Porque o mundo está mudando e julgar as pessoas por sua aparência não é mais legal.

“Corpo de pai”
A Planet Fitness encomenda esta pesquisa há três anos.

De acordo com os resultados postados no website da empresa, mais homens com “corpo de pai” (isso seria uma pessoa que não é malhada, mas também não muito acima do peso) estão contentes com sua forma física este ano em comparação ao ano passado (79% versus 64%).

O que é mais importante é que os homens também responderam que ter esse tipo de corpo melhorou sua vida de alguma forma (72% versus 62%, em comparação com o ano passado) e que os deixou mais tranquilos (46% versus 37%).

Resultados
Entre os resultados mais interessantes, no entanto, estão aqueles sobre a “impressão” que a pança passa.

De acordo com a Planet Fitness, quase quatro a cada cinco homens e mulheres (78%) responderam que o “corpo de pai” era um sinal de um homem confiante em sua própria pele.

Mais surpreendentemente, talvez, 65% dos participantes disseram que o “corpo de pai” é atraente, 61% disseram que é sexy e 51% disseram que a pança é o novo tanquinho.

“Como sede da Zona Sem Julgamento, temos orgulho de oferecer um ambiente confortável para todos os nossos membros, independentemente do seu tipo de corpo”, disse Jamie Medeiros, vice-presidente de marketing da Planet Fitness ao Big Think. “A Planet Fitness está desafiando a todos, e não apenas aos pais, a ficarem confortáveis ​​em sua própria pele e aceitarem os outros por quem eles são”.

Saúde
Eu não participei da pesquisa, mas confirmo os resultados (se é que posso fazer isso): corpo de pai é ok, e em alguns casos é mais do que ok (se é que me entendem).

Vale lembrar, no entanto, que nem tudo é sobre aparência: o fator saúde precisa ser levado em conta.

Muitos estudos já mostraram que o formato do corpo, especificamente a quantidade de gordura na região da cintura, é um forte indicador do risco de mortalidade. Por exemplo, um estudo apontou que altos níveis de gordura na barriga, que é a gordura visceral, localizada entre os órgãos na cavidade abdominal, aumenta o risco de osteoporose.

Então, aceite-se e seja lindo como você é, mas lembre-se de consultar um médico e ter certeza de que tudo anda bem por debaixo de qualquer gordurinha que você tenha.


quinta-feira, 27 de junho de 2019

Saiba quantos centímetros de barriga você ganha ao dormir mal


A falta de sono já foi ligada ao ganho de peso. Mas esse estudo definiu o tamanho do impacto e reforçou como o descanso, por si só, é vital para emagrecer

Se você quiser atrair problemas, basta passar algumas noites sem dormir. E pode somar à lista de malefícios o ganho de peso e o possível desenvolvimento de doenças metabólicas que podem ser desencadeadas pelo excesso de peso, como o diabetes, por exemplo. Pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, sugerem que dormir pouco contribui para o aumento da circunferência abdominal – e o pouco não é tão pouco assim: seis horas, duas a menos do que a média recomendada para um adulto saudável. Alguém se identifica?

O estudo monitorou os hábitos de sono e a quantidade de comida ingerida por 1 615 adultos saudáveis. Além disso, os pesquisadores ficaram de olho em outros indicadores metabólicos, como colesterol, pressão, glicemia, funcionamento da tireoide e a circunferência abdominal de cada um deles.

Ao final do estudo, os voluntários que dormiram seis horas ou menos apresentaram 3 centímetros a mais na cintura do que aqueles que dormiram por nove horas. Pouco tempo de sono também foi relacionado a níveis reduzidos de HDL (colesterol bom).

Os cientistas ficaram surpresos por não haver correlações entre o período reduzido de descanso a uma dieta pouco saudável, fato que já havia sido comprovado anteriormente. Veja: outras pesquisas mostraram que dormir pouco nos induzia a fazer más escolhas alimentares, preferindo comidas com baixos valores nutricionais a alimentos mais complexos. No entanto, o estudo em questão sugere que a privação de sono é, isoladamente, uma vilã da boa forma física.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/saiba-quantos-centimetros-de-barriga-voce-ganha-ao-dormir-mal/ - Por Pâmela Carbonari (da Superinteressante) - Foto: Alex Silva / Ilustração: Eder Redder/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Para emagrecer, durma bem!


O sono tem um papel fundamental na perda de peso. Ele influencia nos comportamentos alimentares e na forma como o corpo processa a comida

Sabe aquela noite maldormida, que você vira de um lado para o outro sem conseguir embalar o sono? Pois ela repercute no seu dia, nas suas escolhas e, claro, na sua alimentação. Há algumas semanas, quando estava chegando na USP para trabalhar, uma funcionária me perguntou assim que me encontrou: “Professor, tenho dormido mal e sinto que estou comendo mal também. O meu sono muda minha digestão?”

A pergunta dela tem razão de ser. Os estudos mostram que, quando dormimos pouco, tendemos a ser mais generosos conosco no dia seguinte. Nós fazemos escolhas que propiciam um prazer imediato. Ou seja, corremos um risco extra de optarmos por alimentos especialmente saborosos, em geral mais calóricos e gordurosos.

Um simples aroma de comida gostosa pode ser o suficiente para um insone perder o controle e enfiar o pé na jaca. Veja: ao longo da vida, estabelecemos uma relação dos sabores dos alimentos com a sensação de bem-estar que sentimos após ingeri-los. Essas respostas prazerosas ficam gravadas em uma região do cérebro chamada sistema límbico e são correlacionados com os aromas de cada comida.

Portanto, quando sentimos aquele cheiro, logo o associamos com o sabor do alimento. E resistir a tamanha tentação quando seu corpo cansado pede por energia é complicado.

Além disso, temos a necessidade de uma recompensa emocional que o alimento nos entrega. Com isso, escolhemos pratos mais gordurosos, que estimulam especialmente a produção de neurotransmissores associados à sensação de bem-estar. Comidas mais doces, que entregam o prazer imediato no paladar, também ganham prioridade nessas horas de esgotamento físico e mental.

Como se não fosse o suficiente, a falta de sono aumenta a concentração de grelina no organismo. Esse hormônio, secretado pelo estômago e intestino normalmente quando estão vazios, estimula a fome.

Juntando tudo isso, a consequência de uma noite em claro no cardápio do dia seguinte é: nós comeremos mais, optaremos por alimentos com mais gordura e, no fim das contas, teremos uma probabilidade maior de engordar.

Assim, toda vez que você dormir mal, redobre a atenção para as suas escolhas alimentares. Lembre-se de que, nesses dias, você será mais permissivo e glutão do que a sua versão descansada.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/o-fim-das-dietas/para-emagrecer-durma-bem/ - Por Antonio Lancha Jr. - Foto: Dercilio / Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital

terça-feira, 25 de junho de 2019

5 dicas para driblar a preguiça e malhar no inverno


Você costuma deixar de malhar o inverno? Veja dicas para não abandonar a academia nos dias mais frios!

Nos dias mais frios é comum que a disposição para se exercitar diminua e os quilinhos extras apareçam. “É no inverno que nos recolhemos mais e fazemos menos atividades ao ar livre, além de buscar alimentos mais calóricos, diminuindo o consumo de frutas e saladas”, explica Larissa Kussano, gerente técnica da Bio Ritmo.

O que pouca gente sabe é que as baixas temperaturas aumentam o gasto calórico. No frio o corpo tem que gastar mais energia para se manter aquecido, acelerando o metabolismo. “Essa é uma grande oportunidade para queimar os quilinhos extras e também manter a forma durante o inverno”, reforça a especialista.

Além disso, um estudo realizado por Paul Williams, do Departamento de Ciências da Vida do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, divulgado no American College of Sports Medicine, revelou que quem abandona e recomeça os exercícios com frequência tende a ganhar mais peso, comparado a pessoas que param e não voltam mais.

Para não desanimar e driblar a preguiça, listamos dicas para incentivar a malhação mesmo nos dias mais gelados. 

Repense o horário
Se costumava frequentar a academia muito cedo, mas tem dificuldades de sair da cama com o tempo frio, tente treinar na hora do almoço. O ideal é procurar um horário em que você fique mais disposta, evitando faltar ou desistir.

Tenha companhia
Quando a preguiça bater, convide uma amiga para treinar com você. Assim, uma incentiva a outra a não desistir. Também vale apostar nas atividades em grupo, que são mais motivadoras e animadas.

Monte uma playlist animada
Treinar com uma música que você gosta é uma boa estratégia para aumentar a disposição e realizar o treinamento até o fim. 

Não pense duas vezes
Passar em casa depois do trabalho ou faculdade antes de encarar a malhação não funciona. “Prepare a mochila na noite anterior e deixe no carro. Essa atitude pode facilitar na hora de você pensar duas vezes em ir à academia”, sugere.

Evite o modo “soneca” do despertador
Não enrole e saia da cama assim que acordar! “Assim, você tem menos chances de sabotar o treino da manhã, caso esse seja o seu único horário disponível”, diz ela.


segunda-feira, 24 de junho de 2019

Qual a intensidade de exercício físico ideal para você?


Acertar o ritmo da atividade física faz muita diferença para alcançar seus objetivos no treino e multiplicar os ganhos à saúde

O Colégio Americano de Medicina do Esporte, uma das entidades mais respeitadas na área, recomenda em suas últimas diretrizes 150 minutos de exercícios moderados ou 75 minutos de atividades vigorosas por semana a todo mundo que busca uma vida saudável. Esqueça a quantidade por um momento e repare nos termos “moderados” e “vigorosas”. Eles não aparecem em vão: a intensidade do exercício também influencia bastante nos seus efeitos pelo corpo e na sua cota de benefícios.

“O esforço dedicado à atividade física promove diversos ajustes metabólicos que tornam o organismo mais eficiente em vários sentidos”, explica o professor de educação física Paulo Gentil, da Universidade Federal de Goiás.

Do ponto de vista biológico, faz sentido que um treino comece tranquilo e se intensifique com os meses. Segundo o médico do esporte Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), como nosso corpo tenta se adaptar a novas condições, ao aumentarmos o ritmo na academia ou no parque trabalhamos o condicionamento cardiorrespiratório e a resistência, além de promover a queima de gordura e um melhor controle nas taxas de colesterol e açúcar no sangue.

É claro que ninguém deve sair por aí pegando pesado ou turbinando o treino da noite para o dia. Aumentar a intensidade exige tempo e dedicação, sob pena de aparecerem as lesões.

Mas dá pra dizer que exercícios leves já fazem bem à saúde? Ora, eles seriam a porta de entrada para qualquer pessoa, independentemente da idade, pisar no mundo esportivo. São mais fáceis de executar, não fazem o coração disparar, evitam machucados e, ainda que os resultados demorem a vir, ajudam a torrar calorias.

Um novo estudo da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, revela que as atividades leves já conferem proteção cardiovascular. Em análise com 5 861 mulheres mais velhas, a prática foi associada a um risco significativamente menor de infarto e morte por doenças do coração.

“Mas, para ter efeitos na prática, é indicado realizar acima de 40 minutos por dia”, orienta Zogaib. O professor de educação física Antonio Arruda, do Instituto Valorize, em Linhares, no Espírito Santo, conta que existem evidências de que exercícios leves colaboram para o equilíbrio da microbiota intestinal, o conjunto de micro-organismos do aparelho digestivo. E isso se reflete no melhor funcionamento e na proteção do órgão. Pois é, pense com carinho naquela caminhada pela vizinhança.

A atividade torna-se moderada quando passa a elevar a frequência de batimentos cardíacos e deixa a pessoa um tanto ofegante. Com isso salta o gasto calórico e se acentuam as vantagens cardiovasculares. Só que já é preciso ter certo preparo dos músculos e das articulações, bem como o acompanhamento de um profissional.

Uma pesquisa da Unifesp constatou que exercícios em solo ou água nessa intensidade são bem-vindos, por exemplo, na prevenção e no controle da osteoporose em mulheres após a menopausa.

O ritmo vigoroso, por sua vez, é aquele que depende de muito esforço — acelerando o coração e botando energia para queimar — e continua agindo sobre o corpo mesmo após o fim do treino. “O gasto calórico é maior durante a atividade e se mantém elevado na fase de recuperação, fazendo o corpo utilizar a própria gordura como combustível”, explica o educador físico Diego Barretti, do Laboratório de Adaptação ao Treinamento de Força da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. É por isso que essa intensidade é imbatível em termos de perda de peso.

Acontece que o ritmo vigoroso tem seu preço: demanda empenho extra, orientação de perto de um profissional da área e, obviamente, está ligado a uma maior exposição a lesões. “Os treinos intensos costumam ser mais curtos e exigem um bom preparo físico para evitar problemas. Mesmo assim, podem derrubar a imunidade se realizados em dias consecutivos”, avisa Arruda.

Prós e contras dos três tipos de intensidade

Atividades leves

Não exige preparo físico prévio
Possibilita conversar e interagir mais durante o exercício
Oferece baixíssimo risco de lesões
O gasto calórico é bem limitado
Exige mais tempo e treinos longos diários para dar resultados
Para algumas pessoas, pode ser desestimulante

Moderado

É tolerada pela maioria das pessoas
Tem um bom perfil de segurança
Queima calorias e melhora a capacidade cardiorrespiratória
Requer supervisão, e nem todo mundo gosta disso
Há um aumento no risco de lesões
Já demanda mais preparo físico

Vigoroso

A queima de calorias é alta e persiste após o treino
Resultados alcançados em menos tempo
Promove mudanças fisiológicas bem-vindas à saúde
Depende de bastante dedicação no dia a dia
Apresenta maior risco de lesões musculares e articulares
Pode abalar a imunidade

A evolução do treino
O ponto é que a maior parte dos benefícios terapêuticos da atividade física destrinchados pela ciência está relacionada aos exercícios moderados e intensos. De acordo com o professor de educação física Vandré Casagrande Figueiredo, pesquisador da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, eles atuam tanto na prevenção como no tratamento de condições crônicas como hipertensão, colesterol alto e diabetes. “Inclusive já fazem parte das recomendações da Associação Americana de Diabetes, uma vez que melhoram a resposta do corpo à insulina e ajudam a controlar o peso”, destaca.

Um fato unânime entre os experts é que alcançar um ritmo mais intenso sem colocar a saúde em risco não acontece num zás-trás. “Em geral, uma pessoa leva de três a seis meses para conseguir avançar de um treino leve para um vigoroso”, estima Barretti. “E ela deve passar por um checkup cardiológico para evitar qualquer susto”, lembra Zogaib. Sem paciência e sem supervisão para evoluir gradativamente, o corpo vai sofrer.

Uma ideia bacana para aumentar a intensidade sem impor sacrifícios demais ao organismo é mesclar os ritmos. Na esteira, por exemplo, vale alternar a caminhada, o trote e a corrida. “Essa é a proposta dos treinos intervalados de alta intensidade, conhecidos como HIIT na sigla em inglês, e que oferecem ótimos resultados”, nota Barretti. Essa mistura recorda o que acontece mais espontanemente em jogos como futebol e basquete.

A essa altura, você deve se perguntar: ok, mas como eu meço a intensidade do exercício? No dia a dia, há duas táticas mais usadas, tanto para atividades aeróbicas como treinamentos de força. A primeira é o Teste da Fala, que mensura o esforço avaliando se a pessoa consegue falar ou cantar enquanto sua a camisa. “Apesar de subjetivo, ele é prático e permite que o indivíduo se autoajuste no exercício”, diz Barretti. A outra é a Escala de Borg, em que se atribui uma nota de 0 a 10 a um esforço realizado — essa mais interessante para quem já treina há um tempo.

Para corrida, ciclismo e afins, ainda tem a fórmula da frequência cardíaca, que, a exemplo dos outros testes, você confere como fazer logo abaixo. Não são medidas milimetricamente precisas, mas já nos guiam para saber se estamos prontos a dar o próximo passo no treino.


(Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital)



(Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital)


(Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital)

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/qual-a-intensidade-de-exercicio-fisico-ideal-para-voce/ - Por Diana Cortez  - Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital