terça-feira, 25 de março de 2025

Ronco e apneia: como identificar e tratar distúrbios do sono?


Dr. Ordival Augusto Rosa, médico especialista em Medicina do Sono do IPO, maior hospital de otorrinolaringologista da América Latina, explica sobre dois dos principais distúrbios do sono


Noites mal dormidas, sensação constante de cansaço e dificuldade de concentração ao longo do dia podem ser sinais de um problema de saúde que vai muito além do simples desconforto. De acordo com uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de 2023, 72% dos brasileiros sofrem com distúrbios do sono, entre eles o ronco e a apneia do sono.

 

Segundo o Dr. Ordival Augusto Rosa, especialista em Medicina do Sono do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior hospital do segmento da América Latina, muitas pessoas subestimam os sinais desses distúrbios, acreditando que o ronco seja apenas um incômodo social. “O ronco frequente e intenso deve ser investigado, pois pode ser um alerta para a apneia do sono, uma condição em que há interrupções da respiração durante o descanso. Isso compromete a oxigenação do organismo e aumenta o risco de diversas doenças”, afirma.

 

Embora ambos os problemas afetem o sono e as vias respiratórias, suas causas e impactos são diferentes. O ronco ocorre devido à vibração das estruturas da garganta, gerando um ruído que pode variar de leve a intenso. Já a apneia do sono é mais grave, caracterizando-se por pausas temporárias na respiração por pelo menos 10 segundos, o que leva à queda dos níveis de oxigênio no sangue e a microdespertares ao longo da noite.

 

Além do barulho incômodo, a apneia do sono pode causar sonolência excessiva diurna, sensação de sufocamento ao dormir, fadiga ao acordar e até mesmo dificuldades cognitivas. De acordo com o Dr. Ordival, esses sintomas são um alerta para a necessidade de acompanhamento médico. “O sono deve ser restaurador. Se a pessoa acorda cansada e sente sonolência ao longo do dia, é essencial investigar a causa e buscar tratamento”, enfatiza o médico do IPO.

 

O diagnóstico é feito por meio de exames específicos, como a polissonografia, que monitora padrões respiratórios, níveis de oxigenação, frequência cardíaca e atividade cerebral durante o sono. “Esse exame pode ser realizado tanto em ambiente hospitalar quanto domiciliar, dependendo da necessidade do paciente e da avaliação médica”, explica.

 

O tratamento para a apneia do sono e ronco varia conforme a gravidade do quadro e das características individuais do paciente. Em muitos casos, medidas simples, como perda de peso, ajustes na posição ao dormir e a adoção de hábitos saudáveis, podem trazer melhorias significativas. “Pacientes com apneia não tratada têm maior risco de desenvolver complicações cardiovasculares e hipertensão arterial”, destaca o especialista.

 

Nos casos em que há alterações anatômicas que dificultam a respiração, pode ser necessária intervenção cirúrgica. “Podem ser realizadas cirurgias nasais, faríngeas ou esqueléticas, dependendo da necessidade do paciente. Em algumas situações, a correção cirúrgica pode amenizar ou até eliminar o distúrbio respiratório”, complementa o Dr. Ordival Augusto Rosa.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/2268758/ronco-e-apneia-como-identificar-e-tratar-disturbios-do-sono - Rafael Damas - © Shutterstock

segunda-feira, 24 de março de 2025

Câncer: 10 sinais silenciosos que podem salvar vidas se você agir logo


Lembre-se: o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento do câncer.

 

Câncer: a palavra que assusta e gera pânico. Mas, desde a década de 1970, a taxa de sobrevivência triplicou, principalmente devido ao diagnóstico precoce. A grande verdade é que a maioria dos tumores é tratável com sucesso quando detectada em fase inicial.

 

O problema? Ignoramos os sintomas. Medo de ir ao médico, falta de informação ou pura negligência podem ser fatais.

 

Um estudo da Cancer Research UK revela que mais da metade dos britânicos já apresentou sintomas de câncer, mas apenas 2% associaram-os à doença. Mais de um terço ignorou os sinais e não procurou ajuda médica.

 

A BBC compilou uma lista com 10 sinais gerais de câncer que, segundo a American Cancer Society, você jamais deve ignorar:

 

1. Perda de peso inexplicada: Emagrecer sem motivo aparente pode ser um sinal de alerta, principalmente se for mais de 5kg. Câncer de pâncreas, estômago, esôfago e pulmão são exemplos.

 

2. Febre: Frequente em pacientes com câncer, a febre pode ser um sintoma precoce de leucemia ou linfoma.

 

3. Cansaço extremo: Fadiga persistente que não melhora com o repouso pode indicar câncer, especialmente leucemia.

 

4. Alterações na pele: Manchas que crescem, doem ou sangram, além de escurecimento, vermelhidão, coceira e crescimento excessivo de pelos, podem ser sinais de diferentes tipos de câncer.

 

5. Mudanças na função miccional: Constipação, diarreia, sangue na urina ou alterações na frequência urinária podem estar relacionadas ao câncer de cólon, bexiga ou próstata.

 

6. Feridas que não cicatrizam: Pequenas feridas que não cicatrizam em mais de quatro semanas ou alterações na boca que persistem exigem atenção médica.

 

7. Sangramento: Tossir sangue (pulmão), sangue nas fezes (cólon ou reto), sangramento vaginal (cervical ou endometrial), sangue na urina (bexiga ou rim) e secreção sanguinolenta no mamilo (mama) são sinais que não devem ser ignorados.

 

8. Caroços ou rigidez: Nódulos nas mamas, testículos, gânglios linfáticos ou outros tecidos moles do corpo podem ser um sinal de câncer.

 

9. Dificuldade para engolir: Indigestão persistente ou dificuldade para engolir podem indicar câncer de esôfago, estômago ou faringe.

 

10. Tosse ou rouquidão persistente: Tosse por mais de três semanas ou rouquidão podem ser sinais de câncer de pulmão, laringe ou tireoide.

 

Lembre-se: o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento do câncer. Se você apresentar qualquer um desses sintomas, procure um médico o mais rápido possível.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/2256736/cancer-10-sinais-silenciosos-que-podem-salvar-vidas-se-voce-agir-logo#google_vignette - © Getty Images

domingo, 23 de março de 2025

4 mudanças no corpo ao excluir o açúcar da alimentação


Reduzir o seu consumo pode beneficiar a saúde, ajudando na prevenção de doenças

 

O açúcar refinado é um tipo de açúcar que passa por um processo industrial de purificação e branqueamento, resultando em cristais brancos e finos. Ele é amplamente utilizado na indústria alimentícia e está presente em diversos produtos, como bolos, biscoitos, refrigerantes, doces, molhos e até alimentos considerados saudáveis.

 

Apesar de seu sabor adocicado e popularidade, o consumo excessivo de açúcar refinado pode prejudicar a saúde, contribuindo para o desenvolvimento de doenças como obesidade, diabetes tipo 2, cáries dentárias e problemas cardiovasculares. Além disso, ele pode provocar picos de glicemia no sangue, aumentando a sensação de fome e estimulando o ganho de peso.

 

A retirada do açúcar refinado da alimentação pode causar diversas mudanças no organismo. Abaixo, Janaina Amaral, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera de Uberlândia, lista algumas delas!

 

1. Irritabilidade e ansiedade

Nos primeiros dias sem açúcar, é comum sentir irritabilidade e ansiedade. Isso ocorre porque ele estimula a produção de dopamina e endorfina, hormônios que geram a sensação de prazer. Ao retirar o açúcar, o corpo sente essa falta e aumenta a produção de cortisol, hormônio do estresse, causando irritabilidade. 

 

2. Dor de cabeça e irritabilidade

O carboidrato é a principal fonte de energia do corpo, e o cérebro utiliza a glicose como combustível. Ao reduzir drasticamente o consumo de açúcar, é comum sentir dor de cabeça e irritabilidade, sintomas que tendem a desaparecer em cerca de três dias, quando o corpo se adapta a outras fontes de carboidrato. 

 

3. Ajuste calórico e perda de peso

Se a retirada do açúcar não for acompanhada de um ajuste calórico, é possível haver perda de peso, já que o açúcar é um alimento rico em calorias e com baixo valor nutricional. 

 

4. Energia, pele, intestino e bem-estar geral

Após o período de adaptação, os benefícios de uma vida sem açúcar começam a surgir. É comum sentir mais energia, redução da acne e celulite e diminuição da gordura corporal. A retirada desse carboidrato melhora também o funcionamento intestinal, pois restaura a parede intestinal, onde ocorre a absorção de vitaminas e minerais. Além disso, fortalece a imunidade, uma vez que evita que o açúcar se alimente das bactérias ruins do intestino, que, em desequilíbrio, podem prejudicar as defesas do corpo.

 

Importância dos carboidratos de qualidade

O corpo humano não precisa de açúcar refinado, mas de carboidratos complexos, presentes em alimentos como frutas, verduras e grãos integrais. O açúcar refinado, por sua vez, pode causar diabetes, doenças cardíacas e diminuir a absorção de nutrientes, além de estar associado a quadros de depressão e ansiedade. Esse carboidrato cristalizado também é fonte de "calorias vazias", pois não contém nutrientes essenciais, por isso sua retirada da dieta não causa nenhuma perda nutricional. 

 

Estratégias para reduzir o consumo de açúcar

Para evitar o consumo excessivo de açúcar, é importante saber identificá-lo nos rótulos dos alimentos. Por isso, fique atento a ingredientes como glucose, açúcar invertido e xarope de milho, que são diferentes formas de açúcar adicionado. 

 

A redução do consumo de açúcar deve ser feita de forma gradual, para evitar crises de abstinência e outros efeitos colaterais. Uma boa estratégia é substituí-lo por adoçantes naturais, como stevia e xilitol, e priorizar o sabor natural dos alimentos, como frutas e leite integral. 

 

Outras práticas, segundo Janaina Amaral, incluem cozinhar mais em casa, utilizando ingredientes frescos e naturais, e buscar a orientação de um nutricionista. "Reduzir o açúcar aumenta a disposição, melhora o bem-estar e previne doenças, promovendo uma vida mais saudável", conclui a profissional.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/4-mudancas-no-corpo-ao-excluir-o-acucar-da-alimentacao,dc3fdb8d09a1a5e26ca0d7ba482254eb9up9gvwj.html?utm_source=clipboard - Por Nicholas Montini Pereira - Foto: everydayplus | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 22 de março de 2025

Campanha nacional de vacinação contra a gripe começa a partir de 7 de abril


Neste ano, a campanha nacional de vacinação contra a gripe começa a partir do dia 7 de abril. As doses já começaram a ser distribuídas por todo o país, segundo o Ministério da Saúde.

 

A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos, gestantes, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, profissionais de saúde e professores, dentre outros.

 

De acordo com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o imunizante irá proteger contra três vírus do tipo Influenza, causador da gripe, além de garantir a redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.

 

A previsão é que, até o fim de março, 35 milhões de doses tenham sido entregues aos Estados. Ainda segundo Padilha, a partir deste ano, a vacina passa a ficar disponível em unidades básicas de saúde de forma permanente.

 

É possível também que a vacinação contra a Influenza seja ampliada para o público geral, entretanto, ficará a critério de cada Estado e município, levando em consideração o status de cobertura dos grupos prioritários.

 

Fonte: https://www.cbnrecife.com/artigo/campanha-nacional-de-vacinacao-contra-a-gripe-comeca-a-partir-de-7-de-abril - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

9 hábitos para melhorar a saúde bucal


Veja atitudes para tornar o sorriso mais bonito e prevenir problemas nos dentes e na boca

 

O Dia da Saúde Bucal, celebrado mundialmente em 20 de março, é de extrema importância para a conscientização sobre a saúde da boca. A data é simbólica, mas a importância do tema é relevante o ano todo. A recente Pesquisa Nacional de Saúde Bucal - SB Brasil mostrou que aproximadamente metade dos adultos, entre 35 e 44 anos, no Brasil tem pelo menos um dente com cárie sem tratamento.

 

Entre as crianças a partir de 5 anos, a prevalência de um ou mais dentes com cárie não tratada foi de 41,18%. Já 36,85% entre os adolescentes com pelo menos 12 anos, possuem o problema. Das pessoas acima dos 65 anos, aproximadamente um terço possuía um ou mais dentes com cárie não tratada e 10,15% apresentaram uma ou mais consequências clínicas dessa falta de tratamento. O levantamento é realizado a cada 10 anos pelo Ministério da Saúde (MS) para avaliar as condições de saúde bucal da população brasileira. 

 

"Os números são preocupantes, principalmente por conta das complicações e efeitos negativos para a saúde das pessoas que a falta de cuidado bucal traz", explica a Dra. Monique Pimentel, dentista e secretária de saúde do município de Paracambi (RJ).

 

Consequências da falta de cuidados bucais

Mais do que uma questão estética, cuidar bem dos dentes e gengivas pode prevenir uma série de complicações que afetam não apenas a boca, mas todo o corpo. "A saúde oral vai além de ostentar um sorriso bonito; ela está diretamente relacionada ao bem-estar geral e à prevenção de doenças sistêmicas. Problemas mal tratados na região podem desencadear ou agravar doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e até complicações durante a gravidez", diz a Dra. Monique Pimentel.

 

Segundo ela, problemas bucais também impactam a alimentação. "Isso sem falar na própria nutrição da pessoa, pois quanto menos condições de mastigar, menos a pessoa consome alimentos com nutrientes necessários à composição do organismo, como carnes mais firmes, fontes de proteína", acrescenta a dentista.

 

Cuidados essenciais para uma boa saúde bucal

Além dos hábitos mais conhecidos, como escovar os dentes, usar fio dental e consultar-se com o dentista periodicamente (pelo menos duas vezes ao ano) para identificar qualquer problema antes que atinja uma gravidade maior, adotar algumas ações na rotina pode trazer muitos benefícios para a saúde da boca. Abaixo, a Dra. Monique Pimentel lista alguns deles:

 

1. Raspagem da língua

A língua pode acumular bactérias e restos de comida. Utilizar um raspador de língua diariamente é eficaz para remover essa camada, prevenindo o mau hálito e doenças nas gengivas.

 

2. Evitar tabaco e álcool

Abster-se do uso de tabaco e reduzir o consumo de álcool, pois ambos são fatores de risco para doenças bucais, como câncer de boca e doenças periodontais.

 

3. Massagem gengival

Massagear as gengivas com os dedos limpos ou uma escova macia ajuda a estimular a circulação sanguínea, fortalecendo as gengivas e prevenindo a gengivite.

 

4. Alimentos ricos em probióticos

Consumir alimentos como iogurte natural, kefir e outros probióticos auxilia no equilíbrio da flora bacteriana da boca, evitando o crescimento de bactérias prejudiciais.

 

5. Mastigar alimentos fibrosos

Alimentos como maçã, cenoura e pepino ajudam a limpar os dentes naturalmente, estimulando a produção de saliva e removendo resíduos alimentares.

 

6. Atenção aos medicamentos

Certos medicamentos podem causar ressecamento da boca, aumentando o risco de cáries. Consulte seu médico ou dentista para discutir possíveis efeitos colaterais e formas de mitigá-los.

 

7. Cuidado com piercings na boca

Piercings na língua ou nos lábios podem causar danos aos dentes e gengivas, além de aumentar a chance de infecções.

 

8. Gerenciar o estresse

O estresse pode levar a hábitos como o bruxismo (ranger os dentes), o que pode resultar em desgaste dental e dor na mandíbula. Técnicas de relaxamento podem ser úteis.

 

9. Limpeza profissional regular

Além das consultas de check-up, marque limpezas profissionais frequentes com seu dentista para remover tártaro e placa bacteriana que a escovação diária não consegue eliminar.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/9-habitos-para-melhorar-a-saude-bucal,ab5108f06057c26c7c1f9bbb53d5da50x99mmmvt.html?utm_source=clipboard - Por Mariana Paker - Foto: New Africa | Shutterstock / Portal EdiCase