sábado, 26 de outubro de 2019

Itabaiana sagrou-se campeã da 3ª Copinha O Saber de Futsal


No período de 30 de março a 26 de outubro, o Colégio O Saber realizou a 3ª Copinha de futsal masculino envolvendo os alunos do 4º ao 7º ano. Quatro equipes disputaram a competição em dois turnos: Itabaiana, Confiança, Sergipe e Lagarto. A equipe do Itabaiana venceu o 1º turno e a do Confiança venceu o 2º turno. Na grande final realizada neste sábado, a equipe do Itabaiana sagrou-se campeã ao vencer na final o Confiança pelo placar de 5 a 3. Na disputa do 3º e 4º lugar, a equipe do Lagarto venceu a do Sergipe por 8 a 5.

A equipe do Itabaiana venceu 5 jogos, perdeu 2 e empatou 2. Os campeões são: Sérgio, Luiz Fernando, Ismael, Guilherme, Neto, Antoni, Gustavo e Talisson.

Marcos Sergio, da equipe Itabaiana, foi o Artilheiro da copinha com 17 gols. Lucas, da equipe Confiança, foi o Goleiro Destaque da competição. A Copinha foi desenvolvida pelos professores John Brito e José Costa.

É por meio do esporte, que crianças e jovens na companhia de amigos e com a ajuda de professores qualificados, vão descobrir uma série de valores aplicáveis no dia a dia de suas vidas.

Por Professor José Costa

Manchas na pele: quais cores são preocupantes?


Especialistas explicam quais são as manchas na pele mais comuns e como identificar o câncer de pele

A pele é o maior órgão do corpo humano e, ao longo da vida, pode sofrer com o surgimento de diversas manchas ou até algum tumor pela intensa exposição ao sol. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil. Por isso, é necessário saber identificar as manchas e investir em um cuidado constante com a pele.

Segundo a dermatologista Patrícia Ormiga, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as manchas são qualquer alteração na cor da pele. Por isso, os diversos tipos de manchas são divididos por cores. Conheça cada uma delas:

Manchas marrons ou castanhas

Melanose solar
As mais comuns são as melanoses solares. Popularmente conhecidas como mancha senil, são aquelas manchinhas marrons que surgem no dorso das mãos e braços.
A dermatologista Eduarda Porello, do Duo+, explica que essas manchas aparecem mais em pacientes idosos, por isso ficou conhecida como mancha senil. Porém, esse termo caiu em desuso, já que foi comprovado que a mancha não tem relação com a idade e sim com a exposição ao sol de muitos anos.

Hiperpigmentação pós inflamatória
Esse tipo de mancha surge a partir de alguma lesão na pele.
"Assim, durante a cicatrização, pode ocorrer a hiperpigmentação e se desenvolver uma mancha no lugar onde havia aquela lesão. Isso pode piorar com a exposição solar", explica a dermatologista Patrícia Ormiga.

Melasma
Os melasmas estão relacionados a uma mistura de exposição solar com a influência do hormônio feminino. Por isso, estão mais associadas à gestação e ao uso de anticoncepcionais, além de algumas medicações.
São manchas que surgem também devido ao Sol, porém são maiores que a melanose solar e encontram-se nas regiões do colo, braço e, principalmente, rosto. Quando ela aparece na gravidez, é chamada de cloasma.
"Ele surge nas áreas convexas ou protuberantes da face: bochechas, testa, queixo e área do bigode", explica a dermatologista Tatiana Gabbi, membro das Sociedades Brasileiras de Dermatologia (SBD) e Cirurgia Dermatológica (SBCD).

Sardas
As sardas são manchas decorrentes da exposição solar que normalmente aparecem na infância e adolescência, sendo mais comum em pessoas de pele clara. No geral, elas não são perigosas, mas podem indicar que a pessoa está se expondo mais ao sol do que deveria.
"Se a pele absorvesse a energia solar uniformemente, ficaria bronzeada por igual, mas, nessas pessoas, alguns lugares têm maior poder de absorção que os outros, fazendo com que essas manchas apareçam", explica a dermatologista Tatiana Gabbi.

Manchas vermelhas ou arroxeadas
Essas manchas podem surgir por alguma lesão ou hematoma causados por traumas ou até algum tipo de doença no sangue como coagulopatia.

Rosácea
Essa condição causa manchas vermelhas na na região do rosto, que podem confundidas com acne ou outros problemas de pele, e é mais frequente em mulheres acima dos trinta anos com peles e olhos mais claros.
O quadro decorre de um processo inflamatório associado a uma alteração vascular. A rosácea tem uma nítida predisposição familiar, mas a causa da doença permanece desconhecida.
Tratamentos como antibióticos ou medicamentos anti-acne podem controlar e reduzir os sintomas.

Manchas brancas
Popularmente conhecidas como sardas brancas, essas manchas surgem em áreas expostas ao sol e ocorrem pelo dano cumulativo, causado pelos raios ultravioleta ao longo da vida.

Vitiligo
Trata-se de uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. Devido à diminuição ou à ausência da célula responsável pela formação da melanina, os melanócitos, surgem manchas brancas na pele de tamanhos variados.
O tratamento do vitiligo varia de acordo com o quadro clínico de cada paciente, sendo necessária a orientação e acompanhamento de um dermatologista.

Manchas pretas
Nevos
Nevo é o termo médico para a mancha popularmente conhecida como pinta ou sinal. Essas manchas podem ser congênitas, observadas no momento do nascimento, ou também podem ser adquiridas no transcorrer da vida.
Geralmente, encontram-se em áreas do corpo mais expostas ao sol e são benignos, não havendo a necessidade de um tratamento.

Melanoma
Trata-se do câncer de pele mais agressivo. Um terço dos melanomas são originários de um nevo (pinta) pré-existente. A dermatologista Patrícia Ormiga explica um método para identificar um melanoma:

É a técnica do ABCDE, que considera as seguintes características:

A: a lesão é assimétrica?

B: tem bordas irregulares?

C: tem mais de uma cor?

D: tem de diâmetro maior que 6 milímetros?

E: tem evolução na mancha (como coceira, sangramento ou outro sintoma que não havia antes)?

"Se sua mancha possuir todas essas características, procure um dermatologista", recomenda a médica.

Como evitar
Nos casos das manchas que não são causadas por nenhuma doença e não apresentam grandes riscos, somente pela exposição ao sol, a dermatologista Patrícia Ormiga explica que é necessário sempre utilizar a fotoproteção.

"Use protetor solar indicado por um dermatologista, roupa com proteção UV, bonés e óculos. Além disso, sempre que tiver um machucado, evite exposição ao sol e procure um dermatologista", recomenda Patrícia.


sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Final da 3ª Copinha O Saber de futsal masculino 2019


Sábado, 26 de outubro, a partir das 8 horas, na Quadra Esportiva Emílio de Oliveira

- Decisão do 3º e 4º lugar
Lagarto         X        Sergipe

- Decisão do 1º e 2º lugar
Itabaiana (campeão do 1º turno)     x    Confiança (campeão do 2º turno)

- Premiação

     A criança pode começar a iniciação esportiva desde cedo, caso ela não se transforme em um atleta de alto nível, com certeza vai se tornar um bom cidadão, pela aquisição de valores que são aprendidos com o esporte.

Professor José Costa

O que comer para envelhecer bem


Uma das formas de garantir disposição e saúde lá na frente é olhar para o seu prato hoje mesmo. Conheça os alimentos e hábitos que ajudam nesse processo

“Para você, o que é um envelhecimento bem-sucedido?” Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revisaram 28 estudos para entender como as pessoas com mais de 60 anos respondiam a essa questão. Das 29 definições encontradas, a maior parte se referia à ideia de não encarar limitações físicas lá na frente.

No fundo, a verdade é que ninguém quer se tornar mais vulnerável e dependente para as atividades básicas do dia a dia. “Para um bom envelhecimento, nosso grande objetivo é de fato manter a capacidade funcional do indivíduo”, resume o geriatra Fábio Campos Leonel, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Durante o último Ganepão, um dos maiores congressos de nutrição da América Latina, ocorrido em junho na capital paulista, o especialista frisou que não adianta só conquistarmos anos extras de vida — algo que o avanço da tecnologia e da medicina vem nos proporcionando. “O mais importante é que eles sejam aproveitados com qualidade”, enfatiza.

Embora as informações contidas no DNA sejam importantes para definir se alguém chegará inteirão aos 100 anos, elas não seguram a bronca sozinhas. “Se observarmos irmãos gêmeos, com a mesma genética, mas em dois tipos de ambiente e seguindo comportamentos diferentes, notaremos que cada um envelhecerá de um jeito”, descreve Leonel.

Em outras palavras, nossa rotina desde a infância diz muito sobre o tipo de idoso que seremos. E entre os hábitos mais impactantes nesse aspecto está a alimentação.

O que vai no prato na juventude e na fase adulta é essencial para assegurar a capacidade física, tão cara na maturidade. Nossa maneira de comer influencia, por exemplo, a formação das massas óssea e muscular, determinantes para envelhecer com a mobilidade preservada. “Cabe lembrar que o declínio funcional começa ainda por volta dos 30, 40 anos”, pontua o geriatra.

Também é consenso que o perfil da dieta tem tudo a ver com o surgimento (ou a prevenção) de problemas de saúde como obesidade, colesterol alto, hipertensão e diabetes. Falamos de condições que sabotam a qualidade e a expectativa de vida.

“Quando essas doenças aparecem, é maior a chance de precisar tomar um monte de remédio”, avisa a nutricionista Simone Fiebrantz Pinto, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). E o pior é que uma porção de gente nem sequer vai fazer uso dos medicamentos direito.

A geriatra Maisa Kairalla, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pondera que algumas condições são até esperadas com o tempo — artrose, osteoporose e falhas na visão entram na lista. “Mas esses quadros podem demorar mais a surgir se pensarmos no envelhecimento desde cedo. O que não pode é deixar para fazer isso depois dos 60”, reforça.

Então que tal começar com uma nova atitude à mesa? Conheça, a seguir, recomendações e ingredientes indispensáveis para uma maturidade gostosa e vigorosa.

1) Fuja das dietas radicais
Na busca pelo emagrecimento, tem gente que embarca em dietas restritivas, baseadas na eliminação de certos grupos alimentares — carboidratos e lácteos costumam ser os alvos.
“Acontece que elas levam a importantes deficiências nutricionais, principalmente de minerais e vitaminas”, ensina a nutricionista Natália Lopes, pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e conferencista no Ganepão. “Uma prova disso é que há vários relatos de queda de cabelo e unhas fracas após os períodos de dieta.”
Lá por volta dos 40, os efeitos dessa tática tendem a ser preocupantes. É que nessa fase a regeneração óssea anda mais lenta e a perda de músculos já está em marcha. A carência de nutrientes pode, então, acelerar esses processos.
“O envelhecimento bacana é aquele sem desnutrição, o que mantém a quantidade certa de gordura e músculos no corpo para a realização de atividades como o caminhar”, ressalta a nutricionista Myrian Najas, professora da Unifesp. Mesmo se for preciso perder peso, ela garante que dá para comer de tudo — basta diminuir as quantidades.

Menos calorias para viver mais tempo?

Uma linha de pesquisa defende que é possível aumentar a longevidade ao fazer uma restrição calórica relevante — veja bem, fala-se em reduzir a porção de comida, mas sem déficit de nutrientes. “Só que são necessários estudos de longo prazo para provar esse benefício”, avalia Natália.

2) Garanta as proteínas
“Elas são fundamentais para a formação, a manutenção e a reposição de uma boa massa muscular”, resume a nutricionista Liliane Pacheco, coordenadora do Projeto de Promoção da Saúde e Envelhecimento da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Por isso, precisamos do nutriente desde que nascemos. Mas ele acaba assumindo papel-chave mesmo por volta dos 40 anos, quando os músculos começam a minguar. “E devemos manter uma reserva para, no futuro, ficarmos protegidos de doenças crônicas e quedas, muito prevalentes nos idosos”, informa Liliane.
Os alimentos de origem animal (carne, frango, peixes e ovo) são considerados as melhores fontes porque ofertam todos os aminoácidos que o corpo não fabrica. No reino vegetal dá para achar as proteínas em leguminosas como feijão, ervilha e lentilha.
Porém, Myrian avisa que os teores são menores. Por isso, caso você não coma alimentos de origem animal, vale a pena aprender as combinações mais adequadas. “Para formar músculo, o ideal é distribuir as fontes de proteína em todas as refeições”, aconselha a nutricionista especializada em gerontologia Maristela Strufaldi, de São Paulo.

Onde tem proteína

1 bife de filé-mignon: 32,8 g
1 ovo cozido: 5,9 g
1 coxa de frango: 10,7 g
1 concha de feijão-preto: 6,3 g
1 colher de sopa de lentilha: 1,1 g

3) Não exagere na carne vermelha
Apesar de ela carregar proteínas valiosíssimas, além de muito ferro, o abuso pode trazer repercussões desfavoráveis. Quem viu isso de perto foi o nutricionista Jyrki Virtanen, da Universidade da Finlândia Oriental.
Em estudo, ele calculou a ingestão proteica de 2 641 homens de 42 a 60 anos e percebeu, após quase duas décadas, que quem consumia mais de 200 gramas de carne por dia — coisa de dois bifes médios — exibia um risco 23% maior de morrer durante o período do que aqueles que não passavam dos 100 gramas.
“É provável que a explicação não tenha a ver com um único fator”, interpreta. Ele cita o tipo de gordura presente no alimento — a saturada, cujo excesso aumenta o risco cardiovascular — e substâncias formadas durante o preparo. Sem falar que quem se entope de carne costuma deixar de lado os vegetais, cheios de nutrientes.
Para uma vida longa, Virtanen sugere comer bife no máximo duas vezes por semana. “Priorize outras fontes proteicas, como peixes, ovos, lácteos, leguminosas e castanhas”, orienta. Na hora de se render à carne, a dica é optar por cortes magros cozidos, assados ou grelhados.

Na velhice é diferente

Problemas digestivos e de mastigação podem deixar o idoso carente de proteínas. Aí, o certo é individualizar o consumo de carne. Em geral, recomenda-se que o bife tenha o tamanho equivalente ao da palma da mão.

4) Tome cuidado com o refrigerante
Acredite: o que vai ao copo também tem a ver com a longevidade. Para a nutricionista Cindy Leung, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, seria ótimo evitar os refrigerantes. Ela descobriu que o consumo de cerca de 600 mililitros da bebida por dia deixa uma pessoa 4,6 anos mais velha do que sua idade real — impacto similar ao do cigarro.
Para chegar a essa conclusão, Cindy avaliou os hábitos de 5 309 indivíduos de 20 a 65 anos e mediu o comprimento de seus telômeros — a extremidade dos cromossomos, os pacotes onde estão contidas as fitas de DNA. Essas estruturas protegem o material genético e, com o tempo, ficam menores mesmo. O problema é quando o encurtamento ocorre precocemente.
“Acreditamos que a associação entre o refrigerante e o envelhecimento celular passa pela resistência à ação da insulina e por uma inflamação sistêmica”, diz Cindy. Esses mesmos fatores estão atrelados a obesidade, diabetes e problemas do coração.
Quem também oferta basicamente calorias são as bebidas alcoólicas. “O exagero culmina em doenças que se agravarão na velhice”, aponta Liliane.

Tomou água?

Segundo Simone, muita gente perde a percepção da sede com a idade. E tem quem troque a água por sucos, refris e afins. Mas nada bate o líquido natural em matéria de hidratação.

“Não bebê-lo pode levar a confusão mental e infecção urinária”, cita Simone. Até a pele fica mais envelhecida. “Não adianta passar creme no rosto e esquecer de beber água.”

5) Priorize as fontes de cálcio
A tão desejada capacidade funcional depende do binômio músculos mais ossos. E, para formar um esqueleto forte, não dá para ignorar o cálcio — maior constituinte desse tecido. Ainda mais na fase adulta, já que o pico de formação de massa óssea ocorre por volta dos 25, 30 anos. Esse momento tem que render porque lá pelos 45 anos começa uma perda gradativa mesmo.
Para chegar a essa fase com uma boa reserva, Maristela afirma que são indicados mil miligramas do mineral por dia. É possível encontrá-lo em vegetais, sobretudo os verde-escuros. Mas suas fontes primordiais são leite e derivados — itens que são jogados para escanteio em algumas dietas por causa da lactose.
Myrian esclarece que é natural, com o avançar dos anos, sentir estufamento ao consumi-los, porque há uma redução na produção da lactase, a enzima que quebra o açúcar do leite. “Mas não precisamos excluir esses produtos, só fazer ajustes”, pondera.
Para quem já partiu para as bebidas vegetais (de amêndoa, coco, arroz etc.), Simone indica priorizar as versões que são fortificadas com cálcio.

Alimentos que trazem cálcio na medida

Leite: 2 copos (200 ml cada um) já fornecem 500 mg do mineral.
Iogurte: 1 pote (170 g) oferta cerca de 250 mg de cálcio.
Queijo: Uma fatia e meia do minas frescal traz 280 mg.

6) Pense na qualidade das gorduras
A membrana que reveste nossas células é constituída basicamente de gordura. Logo, não dá para dispensá-la do menu. Mas há gorduras e gorduras. Mantê-las em equilíbrio é um dos segredos para se tornar um verdadeiro superlongevo.
O primeiro passo é entender que, entre os tipos poli-insaturados, há um cujo consumo anda elevado demais. É o ômega-6, fornecido pelos óleos vegetais. Por outro lado, a ingestão de ômega-3 deixa a desejar — ele é ofertado por peixes de águas frias e sementes.
Tal desbalanço torna o organismo mais suscetível a inflamações. “Não precisamos trocar um pelo outro. Para promover o equilíbrio, basta aumentar o consumo de ômega-3”, prescreve Natália.
Além de estar associada à prevenção de inúmeras doenças, essa gordura parece evitar o tal encurtamento dos telômeros.
Agora, um tipo que exige parcimônia é a gordura saturada, de carnes, lácteos e itens industrializados. Perder a linha diante dela representa maior risco de enfrentar doenças crônicas, especialmente as cardiovasculares. Já a trans, ou parcialmente hidrogenada, não deve ter vez: ela sobe o colesterol ruim e faz o bom cair. Ainda está presente em alguns alimentos industrializados.

Invista no ômega-3

Sardinha (pode ser em lata)
Salmão
Atum
Semente de linhaça
Semente de chia
Maneire no ômega-6

Óleo de milho
Óleo de girassol
Óleo de soja
Óleo de cártamo

7) Não se esqueça da vitamina D
“Não é só de cálcio que se faz um osso”, repara Maristela. Sem vitamina D, o esqueleto padece, porque é ela que auxilia a fixação do cálcio na massa óssea. Aí, sim, o tecido fica duro na queda. A substância ainda contribui para a formação de músculos. “Não adianta dar um monte de proteínas se a vitamina D continuar baixa”, avisa Myrian.
Só que poucos alimentos são redutos do nutriente. A principal via para obtê-lo é se expondo ao sol. E, embora a gente viva em um país tropical, a deficiência da substância é notória por aqui.
Diante disso, muitas vezes a suplementação por meio de cápsulas e gotas se faz bem-vinda. Mas só compre com a indicação de um especialista. “A vitamina D é lipossolúvel, ou seja, não é eliminada pelo corpo. Por isso, tem que dosá-la e suplementar só o necessário”, recomenda Maristela.
Para adultos, o objetivo deve ser atingir pelo menos 20 nanogramas da vitamina por mililitro de sangue. Assim, a perda óssea tende a não ter impacto tão negativo. A partir dos 45 anos, estima-se que 0,5% de massa desapareça por ano. Nas mulheres, com a menopausa, o valor chega a 1%.

As fontes alimentares

Óleo de fígado de bacalhau
Salmão grelhado
Sardinha em lata
Ovo cozido
Shiitake cozido
Leite integral

8) Consuma menos alimentos industrializados
Passamos uma considerável parte da vida adulta correndo para vencer uma rotina maluca de trabalho, trânsito e cuidados com a casa. No meio disso, alimentos ultraprocessados, fáceis de comer, nos seduzem — falamos de salgadinhos, congelados, macarrão instantâneo e companhia. Mas a rapidez pode se traduzir em menos aniversários adiante.
Uma equipe da Universidade de Navarra, na Espanha, acompanhou 19 899 adultos por 15 anos e detectou que um alto consumo desses itens (mais de quatro porções ao dia) resultava em uma probabilidade 62% maior de morrer mais precocemente por qualquer causa.
A nutricionista Erica Fernanda, do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, explica que eles são ricos em gorduras, açúcar, carboidratos simples, sódio e aditivos químicos. “Além disso, têm déficit de vitaminas, minerais e fibras.” Ou seja, um balanço pra lá de nocivo.
Não por acaso, esses produtos já são acusados de patrocinar o ganho de peso e males como diabetes e doenças cardiovasculares. “Eles devem ser evitados sempre”, avalia Liliane. “Precisamos incentivar o consumo de comida de verdade, com ingredientes naturais ou minimamente processados”, orienta a nutricionista da Uerj.

Identificando um ultraprocessado

Leva cinco ou mais ingredientes.
Carrega aditivos conhecidos como cosméticos, já que têm como função alterar aroma e cor, por exemplo.
Reúne ingredientes que não estão disponíveis para usarmos na cozinha de casa — só aparecem na indústria.

9) Valorize o magnésio
É difícil alguém apresentar carência desse mineral, que está distribuído em uma legião de alimentos — sobretudo as oleaginosas, caso de amêndoas e castanhas. Mesmo assim, ele merece ter suas habilidades reconhecidas.
Myrian Najas acha incrível como o pouco que ingerimos dele tem participação decisiva no desenvolvimento da massa muscular. “O magnésio ainda é fundamental para a contração dos músculos”, descreve Simone.
A nutricionista da SBGG ainda lembra que o mineral, assim como a vitamina D, atua em favor da fixação do cálcio nos ossos, o que garante o fortalecimento do esqueleto. E, por falar em vitamina D, investigações recentes têm mostrado que a presença de magnésio é imprescindível para que ela atue no organismo como manda o figurino. Ao que tudo indica, o mineral participa de reações responsáveis por ativar a vitamina obtida por meio do sol.
Enquanto homens adultos precisam de 420 miligramas de magnésio por dia, o valor é de 320 para as mulheres.

Onde ele aparece

30 g de amêndoas (um punhado): 66 mg
30 g de linhaça (2 col. de sopa): 104 mg
2 conchas de feijão-carioca: 84 mg
1 unidade de banana-nanica: 39,2 mg
1 copo (200 ml) de leite: 20 mg

10) Bote em ação os antioxidantes
Todo santo dia nosso corpo produz moléculas instáveis chamadas radicais livres — trata-se de um processo natural. Só que o caldo pode desandar. É que fatores como poluição, estresse e (olha ela aí!) má alimentação levam à fabricação exagerada dessas substâncias.
Moral da história: elas agridem nossas células e nos deixam a caminho de um envelhecimento precoce. Sem falar no aumento da inflamação e no perigo de encarar doenças.
Segundo a nutricionista Isabel Jereissati, do Rio de Janeiro, um dos melhores recursos para neutralizar os radicais livres é apostar em antioxidantes. “Essas substâncias estão principalmente em verduras, legumes e frutas”, relata. Ela explica que os alimentos as produzem enquanto crescem para se defender de insetos, vento, chuva…
“Ao comê-los, nós também saímos ganhando”, afirma. “Eles combatem o excesso de radicais livres e previnem o encurtamento dos telômeros”, descreve Natália. Ou seja, até os genes saem resguardados.
Para tirar proveito de diversos tipos de antioxidante, a dica é colorir o menu com os vegetais — cada tom entrega ingredientes específicos e protetores.

Não se esqueça destes cinco tons nas refeições

Branco: maçã, pera, couve-flor, banana
Roxo: uva, açaí, amora, berinjela, ameixa
Verde: brócolis, espinafre, couve, rúcula, alface
Laranja: cenoura, damasco, laranja, manga, abóbora
Vermelho: tomate, goiaba, melancia, pimentão, morango

Outros lembretes importantes para envelhecer bem
Exercício é decisivo: para ser aquele idoso firme e ágil, tem que praticar atividade física ao longo da vida. “Não precisa ser exercício de alta intensidade”, avisa Paulo Farinatti, educador físico da Uerj.

Segundo o professor, o primordial é focar na regularidade. Manter-se ativo assegura, mais tarde, maior eficácia e segurança para realizar qualquer movimento — subir escadas, pegar os netos no colo ou carregar uma sacola.

O sedentarismo, por sua vez, cobra um preço alto. “Quando não damos estímulos a músculos, ossos e sistema cardiovascular, a tendência é comprometer suas funções”, alerta o expert.

Cultive os laços sociais: Tom Jobim (1927-1994) já cantava a bola em Wave, quando dizia que é impossível ser feliz sozinho. Mas, se o compositor fazia referência a uma relação amorosa, aqui cabe uma adaptação: para uma maturidade tranquila, fortaleça os vínculos também com amigos e familiares — quanto antes criar uma rede de apoio, melhor.

“No futuro, esses laços mudam toda a vida. Você percebe que está vivo”, reflete a geriatra Maisa Kairalla. Com gente por perto, o idoso passeia mais, fica motivado para fazer exercícios e mantém uma troca de ideias — tudo coopera para uma ótima saúde mental.

O poder da felicidade: na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, cientistas analisaram 150 estudos e concluíram que, sim, se sentir feliz tem efeito real na saúde. Há até fortes suspeitas de que vivenciar o bem-estar blinde nossos genes, ampliando, assim, a expectativa de vida.

Para a geriatra Maisa Kairalla, os achados não surpreendem. Na visão dela, quem é otimista também envelhece melhor. Então, fora mirar na alimentação e nos exercícios, cuidar das emoções entra no pacote para uma bem-aventurada maturidade.

Nunca é tarde para mudar: mesmo quem já se considera idoso vai arrecadar benefícios ao revisitar certos hábitos. “Em qualquer fase da vida uma mudança de comportamento é positiva”, ressalta Maristela. Isso vale para o prato ou para a rotina de exercícios.

O educador físico Paulo Farinatti conta que, quanto mais destreinada é a pessoa, mais rápido é o ganho. Em seu laboratório de pesquisa, ele já viu idosos de 90 anos turbinarem em 200% a força das pernas em duas semanas — claro que os exercícios devem ser adaptados.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/o-que-comer-para-envelhecer-bem/ - Por Thaís Manarini - Foto: Akepong Srichaichana/Eyeen/Getty Images / Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Como a alimentação pode ajudar no aumento de massa muscular


Há alimentos e suplementos capazes de turbinar os efeitos da musculação – mas também tem pegadinhas no meio do caminho

O exercício de força, popularmente conhecido como musculação, é um dos principais tipos para promover ganho de massa muscular. E uma alimentação adequada pode potencializar seus efeitos. Entretanto, é importante ressaltar que o exercício deve ser muito bem executado para que a dieta de fato repercuta no aumento do volume dos músculos.

O principal nutriente que ajudará nesse processo é a proteína. Atualmente, indica-se o consumo de 1,2 a 2,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal por dia. Uma pessoa que iniciou a musculação há pouco tempo pode ingerir uma quantidade próxima ao valor mínimo dessa recomendação. Já indivíduos que treinam há alguns meses devem ingerir entre 1,6 e 2,2 gramas por quilo de peso ao dia.

Para atingir a meta, boas fontes proteicas devem ser ingeridas ao longo do dia, como leites, carnes, ovos, soja, entre outros. Aliás, é totalmente possível alcançar a quantidade ideal por meio da dieta. Os suplementos proteicos podem ser utilizados apenas para complementar a proteína que estiver faltando na alimentação.

Mas, antes de usar um suplemento, é essencial realizar uma consulta com um nutricionista, pois esse profissional é capacitado para contabilizar a quantidade do nutriente já ingerida com a dieta. Só assim dá para saber se faz sentido recorrer a um suplemento – e qual a dose exata necessária.

Tem que comer proteína logo após o exercício?
É comum vermos algumas pessoas levando a sua proteína em pó nas academias para tomar após o exercício (desesperadamente). Mas será que isso é realmente fundamental?

Recentemente, nosso grupo de pesquisa publicou um estudo no qual avaliamos o efeito da ingestão proteica imediatamente depois do exercício no ganho de massa magra em mulheres na pós-menopausa. Uma parte delas consumiu 30 gramas do nutriente logo após o exercício, enquanto a outra parcela realizou o consumo aproximadamente três horas depois o término do treino.

Observamos, então, que o momento da ingestão de proteína não teve impacto no ganho de massa magra promovido pela musculação. Outros estudos mostraram o mesmo resultado em outras populações, como indivíduos jovens. Portanto, é possível ir embora da academia, tomar um banho e almoçar ou jantar tranquilamente – com uma fonte de proteína no prato.

Suplemento proteico: em qual apostar?
Os estudos têm demonstrado que, se o consumo diário de proteínas está adequado, a fonte do nutriente não parece influenciar no ganho de massa muscular. Por exemplo: quando se comparou a ingestão de whey (a proteína do soro do leite) com a da soja após o exercício, notou-se que o ganho de massa muscular tende a ser o mesmo.

Portanto, o suplemento deve ser escolhido pelo custo/benefício: isso inclui uma relação entre preço, quantidade de proteína no produto e preferência pelo sabor. Reforço: é crucial que essa escolha seja realizada junto a um nutricionista.

Produtos sem respaldo científico
É comum o consumo de outros tipos de suplementos (não só os de proteína) por praticantes de musculação. Entretanto, a ciência tem revelado que a maioria não favorece o ganho de massa muscular.

Um dos itens mais consumidos é o BCAA (sigla em inglês de “aminoácidos de cadeia ramificada”), que contém leucina, isoleucina e valina. Estudos (de qualidade) não apresentaram, até então, efeito dos BCAAs no ganho de massa muscular.

Outra opção muito popular entre praticantes de musculação é a glutamina, frequentemente recomendada pelos vendedores das lojas de suplementos. No momento da venda, alega-se que ela é capaz de promover melhor recuperação muscular e benefícios para a imunidade. Entretanto, os estudos bem conduzidos não associam a substância à hipertrofia muscular, à recuperação dos músculos nem à melhora do sistema imune em praticantes de musculação.

Portanto, não rasgue seu dinheiro com BCAA e glutamina. A verdade é que diversos outros suplementos poderiam ser citados devido à ausência de efeitos, mas esse tópico ficaria extremamente extenso. Mais um motivo, portanto, para consultar um nutricionista antes de comprar esses produtos.

Preocupe-se em consumir quantidades adequadas de proteína ao longo do dia. Isso, sim, ajudará de verdade no ganho de massa muscular.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/alimente-se-com-ciencia/como-a-alimentacao-pode-ajudar-no-aumento-de-massa-muscular/ - Por Erick P. de Oliveira, nutricionista - Foto: Eduardo Svezia/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O que é a musicoterapia e qual o seu potencial?


A música está ganhando poder de remédio para silenciar males tão distintos quanto dor e depressão. Entenda como ela afeta a cabeça e o corpo

Antes de falar da musicoterapia, cabe pensar no efeito da música. Veja só: a cacatua Snowball virou febre no YouTube. Seus vídeos chegam a 7 milhões de visualizações. Neles, a ave dança e chacoalha a cabeça ao som de hits do cantor Michael Jackson e da banda Queen. Esse requebrado todo chamou a atenção de cientistas das universidades americanas Tufts e Harvard, que resolveram investigar a fundo essa habilidade única. Eles descobriram que o pássaro, morador de um santuário na cidade de Duncan, na Carolina do Sul (EUA), é capaz de realizar 14 movimentos, que variam conforme a batida das canções.

O bailado de Snowball pode até parecer inusitado e arrebatar milhões de espectadores. Mas você já parou pra pensar sobre a influência que a música tem sobre nós, seres humanos? Afinal, ela está presente em todas as fases da vida e dita o ritmo das mais variadas situações e momentos. Pode reparar: até mesmo os bebês recém-nascidos fazem sons com a boca e são atraídos por barulhos muito antes de dizerem as primeiras palavras.

Para a ciência, não há dúvidas de que a música tem um impacto nas emoções, no comportamento e, em última análise, até na saúde de cada um de nós. Quando tocamos um instrumento ou ouvimos alguma gravação, diversas áreas do cérebro são instigadas — poucas atividades intelectuais têm um efeito tão amplo.

“Regiões responsáveis por atividade motora, memória, linguagem e sentimentos são recrutadas para interpretar os estímulos sonoros”, destrincha a enfermeira Eliseth Leão, pesquisadora do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, na capital paulista.


Mas essas reações não se limitam à massa cinzenta. Experimentos mundo afora vêm testando e reconhecendo o poder terapêutico das melodias para enfrentar os males que abalam a mente e também o corpo. Tanto é que estudiosos já ousam encará-las como um remédio de verdade, com prescrição de dose e esquema de uso.

Os trabalhos pioneiros nessa área foram iniciados na psiquiatria e mostraram que as composições têm um papel a cumprir em doenças como a ansiedade e a depressão.

“Elas também são capazes de reduzir o nível de estresse durante um procedimento cirúrgico, baixam a pressão arterial e a frequência cardíaca e até aceleram a recuperação após uma sessão de exercícios físicos”, lista o fisiologista Vitor Engrácia Valenti, da Universidade Estadual Paulista, em Marília, que publicou uma série de pesquisas que investigam essas questões. Mas será que todos os estilos musicais têm o mesmo efeito?

Os efeitos de cada estilo musical na saúde
Intuitivamente, nós sabemos selecionar o melhor tipo de som para cada ocasião. Na academia de ginástica, por exemplo, preferimos ritmos mais acelerados, que ajudam a dar aquele gás extra para o esforço físico. Já durante a meditação ou a leitura, apostamos em composições mais calmas, que auxiliam a focar e relaxar. Mas é preciso considerar que isso muda de acordo com o lugar onde você nasceu.

“Na cultura ocidental, batidas mais rápidas e progressivas são sinal de alegria, enquanto um compasso lento denota certa tristeza”, ensina o neurocientista Raphael Bender, do Centro Estadual de Educação Profissional Professora Lourdinha Guerra, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Em alguns países orientais, essa lógica se inverte.

Com base nessas observações, cientistas começaram a questionar se havia um estilo musical que fosse mais vantajoso que os outros. A escolha natural na maioria das pesquisas são as músicas clássicas compostas por Mozart, Bach ou Vivaldi. “É impressionante como elas continuam a transmitir uma mensagem mesmo após três ou quatro séculos de seu lançamento”, observa Eliseth.

Porém, não dá pra cravar que esse seja o estilo mais saudável de todos. Ora, se você não curte a Nona Sinfonia de Beethoven, escutá-la repetidamente só vai deixá-lo mais incomodado. Por isso, nesse processo é essencial botar na balança os gostos pessoais de cada um.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/o-que-e-a-musicoterapia/ - Por André Biernath - Ilustracão: Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital

Dorme muito e ainda acorda cansada? A causa pode ser um distúrbio do sono


Se você sente que todos os passos de higiene do sono não fazem efeito para você, vale prestar atenção

São muitos os fatores envolvidos para termos uma boa noite de sono. Primeiro, precisamos prestar atenção nos nosso dia-a-dia: você anda muito estressada e ansiosa? Não tem uma rotina muito definida? Talvez seja a hora de adotar alguns hábitos antes de deitar. Como desligar a TV e ficar longe de celular e dispositivos eletrônicos pelo menos uma hora antes de dormir. Ou então apagar a maioria das luzes da sua casa a partir de um certo horário.

Mas se mesmo fazendo tudo isso e dormindo mais do que 8 horas por noite, você ainda acorda cansada, é hora de procurar um profissional. “O exame padrão feito para avaliar o sono é chamado de polissonografia. Ele traz dados sobre o sistema nervoso central, padrões respiratórios e movimentos”, explica a médica e terapeuta cogntiva  Mariela Silveira, diretora do Centro de Saúde e Bem-Estar Kurotel.

É nesse exame, inclusive, que certos distúrbios podem ser identificados e finalmente tratados. “Medidas cognitivas e comportamentais, mudanças de estilo de vida como exercício físico, equilíbrio da alimentação, controle da ingestão de álcool e do tabagismo são extremamente importantes”, afirma a médica.

Se você faz de tudo para ter uma noite de Bela Adormecida e ainda assim sente que nada faz efeito, vale prestar atenção em alguns sintomas de distúrbios do sono que a médica elenca abaixo. E sim, se você identificar que possui qualquer um deles, vale sempre a pena procurar um profissional de saúde, ok? 

Hipersonia:
Mesmo dormindo de 8 a 10 horas por noite, a pessoa que apresenta hipersonia ainda sente uma sonolência muito grande o dia todo. Se identificou, não é? Mas calma, não é tão simples assim. A condição é bem rara e ataca menos de 5% de indivíduos com mais de 18 anos no mundo tudo. “Muitas vezes, ela está relacionada com alterações do sistema nervoso central”, diz a médica.

Apneia do sono:
Ela começa com um ronco inocente, mas pode evoluir para uma pequena parada respiratória durante o sono. “Às vezes é percebida por um cansaço excessivo durante o dia. E é mais comum em pessoas com sobrepeso, obesidade ou mais velhas”, afirma Mariela. O tratamento adequado aumenta bastante a expectativa de vida de quem sofre de apneia.

Sonambulismo:
Neste caso, a pessoa faz movimentos, fala e até caminha dormindo, sem ter memória das atividades realizadas. Pode até ser um pouco assustador, mas também é totalmente comum. “Pode não significar nenhuma doença ou condição. Porém, merece investigação, cuidado e proteção.”

Pernas inquietas:
Essa tem tudo a ver com quem não consegue ficar quieta nem dormindo. “É uma situação onde a pessoa sente necessidade incontrolável de movimentar os membros (normalmente as pernas, mas pode ocorrer nos braços também) quando está deitada”, explica a médica. Os motivos não são completamente conhecidos e podem estar relacionados com questões emocionais e nutricionais – como o metabolismo do ferro pelo organismo. Os tratamentos mais indicados são medicamentos, suplementos e terapia.

Narcolepsia:
Situação grave onde você sente uma sonolência incontrolável, como ataques de sono durante o dia, podendo ter até alucinações. Esses casos necessitam de um tratamento e uma atenção mais intensas.

Paralisia do sono:
Você já teve aquela sensação desesperadora de ter acordado no meio da noite, mas seu corpo continuou dormindo? Se sim, você teve a chamada paralisia do sono. “É a incapacidade de falar ou se movimentar durante alguns segundos ou minutos, tanto na hora em que você está quase adormecendo ou despertando”, diz Mariela. É como se seu cérebro acordasse de um estágio profundo de sono, mas o organismo fica paralisado. Pode até ser aterrorizante, mas não traz nenhum malefício à saúde, viu?

Bruxismo:
Quem diria que um simples movimento do maxilar pudesse tirar o sono de muita gente? Pois é o que o bruxismo faz. “São deslocações involuntárias de ranger, apertar ou bater os dentes durante o sono ou em vigília”, explica o dentista Alexandre César, especializado em Implantodontia e Dentística Restauradora.

Como a musculatura do rosto contrai durante muito tempo, ela acaba ficando com fadiga. E isso pode reverberar no corpo todo, uma vez que os músculos da cabeça são diretamente ligados com os da face. E aí, já viu: mais dor, mais noites mal dormidas, mais cansaço.

A raiva excessiva, o estresse, a tensão e ansiedade estão entre as principais causas do bruxismo, que pode ser resolvido com o uso de um aparelho de silicone ou acrílico para evitar o atrito. “E é recomendado evitar o consumo de cafeína, álcool e drogas alucinógenas, além de prestar bastante atenção no uso de medicamentos com efeito antidepressivo”, complementa Alexandre César.


terça-feira, 22 de outubro de 2019

Por que 2,2 bilhões de pessoas não enxergam direito no mundo, segundo OMS


Desigualdade, hábitos modernos e envelhecimento da população são destaques no primeiro relatório da Organização Mundial da Saúde sobre a visão

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou seu primeiro relatório sobre a visão da população global. A entidade estima que ao menos 2,2 bilhões de pessoas têm algum déficit nesse departamento. E quase metade — 1 bilhão de casos — são evitáveis ou passíveis de correção.

Moradores de áreas rurais, famílias de baixa renda, mulheres, minorias étnicas e populações indígenas são os mais atingidos pela dificuldade de acesso a tratamentos. No total, 65 milhões de indivíduos estão cegos ou enxergam muito mal por causa da catarata, que é operável, e 800 milhões sequer conseguem adquirir óculos.

“Isso é inaceitável. A inclusão de atendimento oftalmológico é uma parte importante da jornada de todos os países em direção à cobertura universal de saúde”, afirmou, em comunicado à imprensa, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

Mas não é só a condição socioeconômica precária que ameaça a vista.

A miopia está crescendo
Mudanças no estilo de vida são apontadas como causadoras de problemas como a miopia, que embaça objetos enxergados à distância. A OMS estima que o número de casos saltará dos 1,95 bilhão atuais para 3,36 bilhões em 2030.

Segundo a entidade, um dos responsáveis por esse cenário é a disseminação de atividades que fazem os olhos constantemente se focarem em objetos muito próximos. Mexer no computador ou no celular, ver TV, jogar videogame e até ler estão entre essas práticas. Isso porque passar horas mirando algo de perto pode alterar o mecanismo de acomodação ocular, que é o ajuste de foco para perto ou longe.

Fora que o uso desse tipo de dispositivo eletrônico está associado a uma vida mais restrita a ambientes fechados. E a luz solar ajuda o corpo a produzir substâncias que impedem o crescimento axial do globo ocular — uma alteração que leva à miopia.

Por isso, a OMS coloca o tempo ao ar livre como uma estratégia para manter a visão tinindo. Não estamos falando de sair por aí e encarar diretamente o sol. O relatório da organização defende a utilização de óculos escuros — até entre crianças — para evitar danos da radiação ultravioleta.

Problemas da idade
No texto, a entidade destaca o envelhecimento populacional como outro enorme fator de risco para diversas doenças oftalmológicas. Em 2030, teremos 1,4 bilhão de pessoas maiores de 60 anos no mundo — agora são 922 milhões.

Até lá, condições favorecidas pelo avançar dos anos devem disparar. O glaucoma, maior causa de cegueira irreversível do planeta, atingirá 76 milhões de indivíduos. A degeneração macular relacionada à idade, que não cega, mas atrapalha a vida, alcançará quase 196 milhões de idosos. E cerca de 2 bilhões serão afetados pela presbiopia, a popular vista cansada.

Além dos aspectos biológicos, os autores pontuam que o pessoal mais velho tende a cuidar menos dos olhos, frequentemente por pensar que a perda de visão é parte natural do envelhecimento. Só que muitas dessas encrencas podem ser tratadas, devolvendo a qualidade de vida.

Consultas regulares ao oftalmologista e bons hábitos ajudam até a impedir que algumas delas apareçam. Em uma reportagem que fizemos anteriormente, você saberá como cuidar bem dos olhos.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/por-que-22-bilhoes-de-pessoas-nao-enxergam-direito-no-mundo-segundo-oms/ - Por Chloé Pinheiro - Ilustração: Augusto Zambonatto/SAÚDE é Vital