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sexta-feira, 7 de maio de 2021

10 possíveis sequelas da COVID-19


Além das complicações causadas durante a infecção, o novo coronavírus pode gerar danos permanentes ao organismo; confira

 

Desde o início da pandemia do novo coronavírus a quantidade de possíveis sintomas causados pela doença aumentou consideravelmente. Com o passar do tempo e o alto investimento em estudos, novos dados sobre o patogênico começaram a surgir.

 

Entretanto, não é apenas durante o período de contaminação que a COVID-19 pode manifestar reações no organismo. Cientistas e especialistas da área médica do mundo todo seguem investigando um fenômeno preocupante: possíveis efeitos do coronavírus em pacientes curados.

 

Entenda o que vem sendo pesquisado sobre o tema:

 

Sequelas da COVID-19

 

1. Complicações cardíacas

Um estudo feito em junho de 2020 por pesquisadores alemães analisou 100 pacientes com idade média de 49 anos, recém-recuperados da COVID-19. Os resultados dos exames de ressonância magnética do coração revelaram anormalidades no órgão de 78 pacientes. Além disso, do total de participantes, 60% apresentaram miocardite, uma inflamação do músculo do coração que não estava relacionada a qualquer condição preexistente.

Essa sequela segue sendo observada quase um ano depois da descoberta. Segundo Daniela Abdel Rahman, médica infectologista do Hospital Albert Sabin, houve um grande aumento no número de pacientes jovens, sem nenhuma doença cardíaca prévia, que desenvolveram miocardiopatia pelo vírus e ficaram sequelados.

O fato dessa condição surgir em pacientes previamente saudáveis se tornou motivo de alerta para os profissionais de saúde. Ainda segundo a médica, não há um perfil de paciente específico que possa ser afetado pelas consequências da SARS-CoV-2.

"O vírus pode acometer sim o músculo cardíaco, causando sequelas em qualquer pessoa, inclusive jovens. Claro que, para pacientes idosos, não é que o risco é maior, mas é que caso haja uma complicação cardíaca, essa complicação pode ser maior. Mas o risco de desenvolver não", conta.

 

2. Redução da capacidade pulmonar

Por se alocar diretamente no pulmão, as complicações que o coronavírus pode causar ao órgão também são alvo de pesquisas científicas desde o início da pandemia. Em março de 2020, autoridades do Hospital Princess Margaret, em Hong Kong, relataram que pacientes internados com a doença apresentaram redução de 20% a 30% da função pulmonar.

Esse dano continua sendo observado até hoje. Gustavo Sales, médico intensivista e cardiologista do Hospital Albert Sabin, conta que grande parte dos pacientes que apresentam sequelas graves no pulmão são tabagistas.

"Há muitos pacientes com sequelas pulmonares pós-COVID. O paciente fica com o que chamamos de bolhas no pulmão e, na maioria das vezes, são fumantes de longa data. São pacientes novos com essa lesão pela COVID que, em curto prazo, pode não acarretar em nada, mas no futuro irá gerar um comprometimento pulmonar que pode causar a perda de suas funções pela idade e desgaste", explica.

Além disso, a infectologista Daniela Rahman conta que pessoas que possuem DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) por tabagismo podem ter uma evolução pior do quadro de saúde, assim como pacientes com outras doenças pulmonares estruturais.

 

3. Função cognitiva

Entre os danos provocados na função cognitiva estão a perda de concentração, memória e desorientação. Segundo o cardiologista Gustavo Sales, esses fatores ocorrem por alterações no sistema nervoso central. "O paciente que teve a infecção pela COVID evolui o quadro com perda de memória, chamado leigamente de apagão, com lapsos em que ele desliga e liga novamente".

Daniela Rahman explica que essas sequelas nas funções cognitivas podem ocorrer mesmo em pacientes sem nenhum problema de saúde prévio, que acabam apresentando algum déficit de memória logo após a COVID. Entretanto, esse quadro tem apresentado, na grande maioria das vezes, recuperação posterior.

 

4. AVC e trombose

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais alertou sobre os riscos de trombose envolvendo pacientes infectados pelo coronavírus. Isso acontece quando o patogênico provoca anormalidades na coagulação sanguínea. Entretanto, o mecanismo que causa a formação desses coágulos ainda não é conhecido.

Segundo Gustavo Sales, o que já é de conhecimento médico é que um fator de risco pode causar fenômenos trombóticos: a obesidade. Quando o vírus gera a formação de coágulos que entopem os vasos, tanto arteriais quanto venosos, as complicações decorrentes disso são: AVC, infarto, tromboembolismo pulmonar e trombose inferior.

 

5. Ansiedade

Uma pesquisa em andamento desde de setembro do ano passado feita pela Universidade Federal de Minas Gerais em parceria com hospitais, como o Hospital das Clínicas (HC), vem observando o aumento de complicações envolvendo a saúde mental em pacientes curados da COVID-19.

Segundo os pesquisadores, o distúrbio de ansiedade pode ser consequência do período de internação e isolamento durante a infecção. Outro fator relatado pelos participantes do estudo é o medo de se contaminar novamente, assim como o receio de transmitir a doença para outras pessoas.

 

6. Perda de cabelo

O número de relatos sobre a queda de cabelo aumentou consideravelmente durante a pandemia. Além dos fatores psicológicos que podem justificar esse quadro, como o estresse e a ansiedade gerados pela quarentena, a perda dos fios também pode ser consequência das alterações do organismo após a infecção pelo vírus.

"O corpo responde à infecção por SARS-CoV-2 criando um estado pró-inflamatório que leva a danos nos tecidos e outras sequelas por conta da liberação das citocinas pró-inflamatórias. Esse quadro pode retroalimentar a inflamação, o que significa manter a inflamação por um período maior", explica a dermatologista Joana D'arc Diniz.

 

7. Parosmia

A alteração no olfato, também chamada de parosmia, é um dos sintomas mais conhecidos da COVID-19. Entretanto, esse problema pode durar até mesmo após a recuperação da doença. Profissionais de saúde acreditam que o vírus afeta o nervo olfatório, causando uma irritação temporária ou até permanente. Assim, ocorre uma desconexão entre os receptores dos cheiros e o cérebro.

Enquanto alguns pacientes sentem dificuldade ao sentir cheiros, outros acabam sofrendo alterações na percepção de odores. Há relatos de pessoas que passaram a sentir o aroma de acetona em alimentos e bebidas, por exemplo. Entretanto, o número de dados sobre a complicação ainda é pequeno, fazendo com que as causas e o tempo de cura para o problema ainda sejam desconhecidos.

 

8. Inflamação no fígado

Apesar de existirem poucas evidências sobre o tópico, alguns profissionais de saúde apontaram que o surgimento de lesões no fígado, como a inflamação do órgão, também pode ser consequência da COVID-19.

"Temos observado elevações muito transitórias das enzimas hepáticas que, normalmente, têm voltado ao normal. Portanto, sequelas hepáticas não são tão comuns", explica a infectologista Daniela Rahman.

 

9. Diabetes

Um estudo publicado na revista científica Diabetes, Obesity and Metabolism em novembro de 2020, revelou que a infecção pelo coronavírus pode causar uma alteração drástica na taxa de glicemia.

De 3.711 pacientes analisados, 14,4% foram diagnosticados com diabetes após se curarem da COVID-19. Apesar da possibilidade de alguns dos participantes já terem a doença antes se contaminarem com o vírus, os cientistas acreditam que o patogênico possui a capacidade de provocar alterações nas células sanguíneas, fazendo com que pessoas de diferentes perfis possam desenvolver diabetes.

 

10. Epididimite

Um estudo feito pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) analisou a inflamação no epidídimo, canal localizado nos testículos, como uma possível consequência da infecção por coronavírus.

Os participantes da pesquisa tinham entre 18 e 55 anos, todos hospitalizados com COVID-19. Os dados relataram que, de 26 pacientes com casos leves e moderados da doença, 42.3% apresentaram quadros de epididimite.

Os pesquisadores acreditam que essa condição ocorreu por um mecanismo utilizado pela SARS-CoV-2 para invadir as células dos testículos. Entre as consequências dessa inflamação, estão alterações no sêmen e nos parâmetros seminais, o que pode causar dores intensas na região e inchaço do saco escrotal. Porém, até o momento, ainda não há outras pesquisas sobre o tema.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37533-10-possiveis-sequelas-da-covid-19?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9071816 - Escrito por Paula Santos

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Pessoas vacinadas ainda podem transmitir o coronavírus?


Um roteiro didático para quem se vacinou ou vai se vacinar – e que já antecipa: a imunidade de rebanho, ou seja, a volta àquela vida normal de antes, ainda vai demorar algum tempo

 

A vacina não previne totalmente a infecção, mas reduz a praticamente zero as chances de o vacinado ficar gravemente doente.

 

Nota do editor: então você recebeu sua vacina contra o coronavírus, esperou duas semanas paratado de São Paulo/Wikimedia Commons que seu sistema imunológico respondesse à injeção e agora está totalmente vacinado. Isso significa que você pode percorrer o mundo como antigamente sem medo de espalhar o vírus? Deborah Fuller é microbiologista da Escola de Medicina da Universidade de Washington que trabalha com vacinas contra o coronavírus. Ela explica o que a ciência mostra sobre a transmissão pós-vacinação – e se novas variantes poderiam mudar essa equação.

 

1) A vacinação previne completamente a infecção?

A resposta curta é não. Você ainda pode se infectar depois de ser vacinado. Mas suas chances de ficar gravemente doente são quase zero.

Muitas pessoas pensam que as vacinas funcionam como um escudo, impedindo um vírus de infectar as células por completo. Mas, na maioria dos casos, uma pessoa que é vacinada está protegida contra doenças, não necessariamente contra infecções.

O sistema imunológico de cada pessoa é um pouco diferente. Então, quando uma vacina é 95% eficaz, isso significa que 95% das pessoas que recebem a vacina – mas que teriam ficado doentes se expostas ao vírus antes – não ficarão doentes. Essas pessoas podem estar completamente protegidas da infecção ou podem estar sendo infectadas, mas permanecem assintomáticas porque seu sistema imunológico elimina o vírus muito rapidamente. Os 5% restantes das pessoas vacinadas – se expostas ao vírus – podem ser infectadas e adoecer. Mas é extremamente improvável que elas sejam hospitalizadas.

A vacinação não evita 100% que você seja infectado. Mas, em todos os casos, dá ao seu sistema imunológico uma grande vantagem sobre o coronavírus. Seja qual for o seu resultado – seja proteção completa contra infecção ou algum nível de doença –, você ficará melhor depois de encontrar o vírus do que se não tivesse sido vacinado.

 

2) Infecção sempre significa transmissão?

A transmissão ocorre quando partículas virais suficientes de uma pessoa infectada entram no corpo de uma pessoa não infectada. Em teoria, qualquer pessoa infectada com o coronavírus poderia transmiti-lo potencialmente. Mas uma vacina reduzirá a chance de isso acontecer.

Em geral, se a vacinação não prevenir completamente a infecção, reduzirá significativamente a quantidade de vírus que sai do nariz e da boca – um processo chamado eliminação – e encurtará o tempo de eliminação do vírus. Esse é um grande negócio. Uma pessoa que espalha menos vírus tem menos probabilidade de transmiti-lo a outra pessoa.

Esse parece ser o caso das vacinas contra o coronavírus. Em um estudo recente em pré-impressão, que ainda não foi revisado por pares, pesquisadores israelenses testaram 2.897 pessoas vacinadas quanto a sinais de infecção por coronavírus. A maioria não tinha vírus detectável. Mas as pessoas infectadas tinham um quarto da quantidade de vírus em seus corpos em relação às pessoas não vacinadas testadas em momentos semelhantes após a infecção.

Menos coronavírus significa menos chance de propagá-lo. Se a quantidade de vírus em seu corpo for baixa o suficiente, a probabilidade de transmiti-lo pode chegar a quase zero. No entanto, os pesquisadores ainda não sabem onde está esse limite para o coronavírus e, uma vez que as vacinas não fornecem 100% de proteção contra infecções, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, dos EUA) recomendam que as pessoas continuem a usar máscaras e a manter distanciamento social mesmo depois de ser vacinadas.

 

3) E quanto às novas variantes do coronavírus?

Novas variantes do coronavírus surgiram nos últimos meses. Estudos recentes mostram que as vacinas são menos eficazes contra alguns, como a variante B1351 identificada pela primeira vez na África do Sul.

Cada vez que o SARS-CoV-2 se replica, ele obtém novas mutações. Nos últimos meses, os pesquisadores descobriram novas variantes que são mais infecciosas – o que significa que uma pessoa precisa respirar menos vírus para se infectar – e outras variantes que são mais transmissíveis – o que significa que aumentam a quantidade de vírus que uma pessoa espalha. E os pesquisadores também descobriram pelo menos uma nova variante que parece ser melhor para escapar do sistema imunológico, de acordo com os primeiros dados.

 

Então, como isso se relaciona com vacinas e transmissão?


Para a variante da África do Sul, as vacinas ainda fornecem mais de 85% de proteção contra doenças graves com covid-19. Mas quando você conta os casos leves e moderados, eles fornecem, na melhor das hipóteses, apenas cerca de 50%-60% de proteção. Isso significa que pelo menos 40% das pessoas vacinadas ainda terão uma infecção forte o suficiente – e vírus suficiente em seu corpo – para causar pelo menos uma doença moderada.

 

Se as pessoas vacinadas têm mais vírus em seus corpos e levam menos desse vírus para infectar outra pessoa, haverá maior probabilidade de uma pessoa vacinada transmitir essas novas cepas do coronavírus.

 

Se tudo correr bem, as vacinas muito em breve reduzirão a taxa de doenças graves e morte em todo o mundo. Na verdade, qualquer vacina que reduza a gravidade da doença também está, no nível da população, reduzindo a quantidade de vírus a ser eliminada em geral. Mas, devido ao surgimento de novas variantes, as pessoas vacinadas ainda têm o potencial de eliminar e espalhar o coronavírus para outras pessoas, vacinadas ou não. Isso significa que provavelmente levará muito mais tempo para que as vacinas reduzam a transmissão e as populações atinjam a imunidade de rebanho do que se essas novas variantes nunca tivessem surgido. Exatamente quanto tempo isso levará é um equilíbrio entre a eficácia das vacinas contra as cepas emergentes e o quão transmissíveis e infecciosas essas novas cepas são.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/pessoas-vacinadas-ainda-podem-transmitir-o-coronavirus/ - Texto: Deborah Fuller  - é professora de Microbiologia na Escola de Medicina da Universidade de Washington (EUA) - Crédito: cromaconceptovisual/Pixabay

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Importância das máscaras N95: entenda como usar, higienizar e fazer rodízio entre elas


Especialistas tiram dúvidas sobre a capacidade de proteção, reutilização e armazenamento das máscaras também conhecidas como PFF2, cada vez mais populares

 

O agravamento da pandemia de Covid-19 e a disparada no número de internações e mortes levaram a um aumento na procura por novas formas de se proteger. As máscaras N95 – que no Brasil são padronizadas com a sigla PFF-2 –, consideradas o padrão-ouro para proteção, despontaram como uma das melhores alternativas para quem precisa sair de casa. A seguir especialistas respondem às principais dúvidas sobre esse tipo de máscara:

 

O que é uma máscara PFF2?

É uma máscara com alta capacidade de filtração de partículas, que atende ao padrão N95 da classificação de filtragem do ar do Instituto Nacional de Segurança de Saúde Ocupacional, dos Estados Unidos. Por filtrar uma porcentagem maior de partículas de um ambiente, oferece maior proteção e deve ser utilizada em situações de maior risco. A PFF, ou Peça Facial Filtrante, é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) que cobre o nariz e a boca.

O reforço da N95 está nas seguintes camadas de proteção: externa, de fibra sintética de polipropileno; do meio, de fibras sintética estrutural; camada filtrante de fibra sintética com tratamento eletrostático, e camada interna de fibra sintética de contato facial.

 

Qual a diferença entre uma máscara PFF2 e uma N95?

Os dois nomes se referem ao mesmo produto: o termo PFF2 (Peça Facial Filtrante) é utilizado pelos órgãos reguladores no Brasil para descrever os equipamentos de proteção com filtragem superior a 95%. A N95 é nomeada assim pelas agências americanas e europeias.

 

Por que a PFF2 protege mais?

São máscaras com alto grau de filtração de partículas. Elas são projetadas considerando uma análise dos vários níveis de risco das pessoas, de acordo com os ambientes de trabalho interno ou externo.

O agravamento da pandemia de Covid-19 e a disparada no número de internações e mortes levaram a um aumento na procura por novas formas de se proteger. As máscaras N95 – que no Brasil são padronizadas com a sigla PFF-2 –, consideradas o padrão-ouro para proteção, despontaram como uma das melhores alternativas para quem precisa sair de casa. A seguir especialistas respondem às principais dúvidas sobre esse tipo de máscara:

 

O que é uma máscara PFF2?

É uma máscara com alta capacidade de filtração de partículas, que atende ao padrão N95 da classificação de filtragem do ar do Instituto Nacional de Segurança de Saúde Ocupacional, dos Estados Unidos. Por filtrar uma porcentagem maior de partículas de um ambiente, oferece maior proteção e deve ser utilizada em situações de maior risco. A PFF, ou Peça Facial Filtrante, é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) que cobre o nariz e a boca.

O reforço da N95 está nas seguintes camadas de proteção: externa, de fibra sintética de polipropileno; do meio, de fibras sintética estrutural; camada filtrante de fibra sintética com tratamento eletrostático, e camada interna de fibra sintética de contato facial.

 

Qual a diferença entre uma máscara PFF2 e uma N95?

Os dois nomes se referem ao mesmo produto: o termo PFF2 (Peça Facial Filtrante) é utilizado pelos órgãos reguladores no Brasil para descrever os equipamentos de proteção com filtragem superior a 95%. A N95 é nomeada assim pelas agências americanas e europeias.

 

Por que a PFF2 protege mais?

São máscaras com alto grau de filtração de partículas. Elas são projetadas considerando uma análise dos vários níveis de risco das pessoas, de acordo com os ambientes de trabalho interno ou externo.

 

Qual é melhor: PFF2 com válvula ou sem válvula?

As máscaras sem válvula são melhores, devido ao nível de proteção de terceiros. No caso das que têm válvula, se a pessoa que usar estiver doente, poderá continuar a transmitir o vírus. Já as máscaras sem válvula protegem quem utiliza e as demais pessoas.

 

Como colocar uma máscara PFF2?

Ao colocar a máscara, é fundamental que ela esteja vedada no nariz e abaixo do queixo, de forma a garantir o poder de filtração.

 

Onde devo usar uma máscara PFF2?

Esse tipo de máscara é ideal para ambientes fechados. Elas são utilizadas nos hospitais, normalmente indicadas para profissionais de saúde que atuam em áreas com o maior risco de aspersão de gotículas que permanecem no ar em um ambiente fechado.

 

A máscara PFF2 é descartável? Quantas vezes posso usar?

Não são máscaras descartáveis. O tempo de validade é variável e está condicionado ao período de utilização em relação ao risco de exposição. Conservadas da maneira adequada, podem ser usadas de sete a 15 dias.

 

Como fazer o rodízio de máscaras PFF2?

O ideal é ter uma máscara para cada dia de exposição: se você trabalha de segunda a sexta, deve ter cinco máscaras. Cada uma deve ficar “respirando” de 3 a 5 dias. Intercale as máscaras.

 

Onde devo guardar as máscaras usadas?

Elas podem ser penduradas em algum local para arejar. Evite colocá-las em sacolas plásticas, porque elas ficam úmidas e acabam durando menos tempo. Guarde-as em caixas de sapato ou de papel, ou em envelopes - preferíveis no lugar de recipientes de plástico.

 

Como higienizar uma máscara PFF2? Ela é lavável?

A higienização pode levar à quebra da barreira de proteção, comprometendo o uso. Portanto, essas máscaras não devem ser higienizadas ou lavadas. O ideal é conservar o material sem dobrar ou amassar, de modo a preservar a eficácia da filtração.

 

Preciso utilizar a PFF2/N95 junto com outra máscara?

As máscaras filtrantes não devem ser utilizadas com nenhuma outra máscara por cima ou por baixo. A PFF2 é suficiente, porque tem várias camadas de filtragem. São máscaras que protegem muito e são facilmente encontradas em lojas de material de construção, além de serem mais barata nesses lugares.

 

Crianças podem usar máscaras PFF2?

Esse tipo de máscara não é indicado para crianças, pelo desenho anatômico, pelo risco, e pela forma como as crianças respiram. O ideal é que crianças de até dois anos não utilizem máscaras. Crianças de idade entre dois e seis anos devem utilizar máscaras de forma assistida por um adulto. Já as maiores de seis anos devem usar máscaras cirúrgicas simples, também sob acompanhamento.

 

Como saber se as máscaras são confiáveis?

É preciso observar se elas têm o selo do Inmetro e o registro na Anvisa. Especialistas ouvidos pela CNN explicaram todos os procedimentos que devem ser seguidos para reconhecer as máscaras falsificadas. Denúncias apontam que o aumento da procura por esses produtos gerou uma rede de falsificação que vende as imitações livremente pela internet, inclusive em sites de grandes varejistas.

 

Qual o preço de uma máscara PFF2?

O preço varia de acordo com a demanda, mas, em geral, sempre com um valor um pouco mais alto que o das demais.

 

Qual a diferença da N95 para a KN95?

Nenhuma. Normalmente são especificações de tiras, forma de colocação ou questões anatômicas, como a fixação na cabeça ou nas orelhas. São utilizadas da mesma forma, para filtrar de acordo com a exposição ao risco de partículas suspensas no ar.

 

Informações:CNN Brasil saúde.

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/importancia-das-mascaras-n95-entenda-como-usar-higienizar-e-fazer-rodizio-entre-elas - Redação - Foto: Roman Lukiw Photography/Getty Imagees

domingo, 4 de abril de 2021

Tratamento pode neutralizar vírus da COVID-19 e impedir mutação


Estudo feito por cientistas dos Estados Unidos e da Europa pode se tornar uma nova alternativa no combate ao vírus; entenda

 

Um estudo feito por um consórcio internacional, envolvendo instituições como o Instituto de Tecnologia da Califórnia e a Universidade de Rockefeller, revelou um tipo de tratamento capaz de neutralizar o novo coronavírus e suas variantes, assim como impedir que o patogênico sofra mutações.

 

A análise, feita em camundongos, foi realizada com a junção de dois anticorpos naturais que formaram uma única molécula artificial. Denominado de "anticorpo biespecífico", a aplicação dessa molécula via injeção nos animais foi responsável por reduzir a carga viral da Sars-Cov-2 no organismo, além de suavizar a inflamação nos pulmões causada pelo vírus.

 

"O biespecífico impede a ligação S detectável à enzima de Conversão da Angiotensina 2 (ACE2), o receptor celular do vírus. Além disso, neutraliza o Sars-CoV-2 e suas variantes de preocupação, bem como os mutantes de escape gerados pelos monoclonais parentais", relataram os pesquisadores.

 

Esse tipo de tratamento já vem sendo realizado no combate a alguns tipos de câncer, ganhou popularidade como alternativa para tratar a COVID-19 em 2020, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se submeteu a um procedimento similar após receber o diagnóstico da doença.

 

Segundo os pesquisadores, o estudo realizado com a molécula artificial possui forte potencial para ser testado em ensaios clínicos em humanos, com a premissa de que o anticorpo possa prevenir e tratar a infecção por coronavírus.

 

Medicamentos contra COVID-19

Cientistas de diversas partes do mundo seguem estudando os efeitos de diversos medicamentos contra o coronavírus. Em um projeto de pesquisas realizado recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), chamado de Solidarity, foi revelado que quatro dos remédios que vinham sendo analisados desde o começo da pandemia possuem pouca ou nenhuma eficácia no tratamento da COVID-19. Entre eles estão: hidroxicloroquina, remdesivir, lopinavir e interferon.

 

Segundo a OMS, até o momento, os corticóides são os únicos medicamentos que apresentaram resposta positiva em casos moderados e graves de infecção por coronavírus. Um pesquisa brasileira, publicada no periódico científico Journal of the American Medical Association (Jama), apontou que o uso de dexametasona ajuda a reduzir o tempo de internação de pacientes adultos por Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pela COVID-19 que precisam de respiração mecânica.

 

"O estudo indicou que o uso de dexametasona em pessoas que precisam de oxigênio diminui a internação e mortalidade. Mas, de maneira alguma, é para o paciente tomar o corticoide em casa, já que ele pode fazer mal ao organismo", explica Ivan Franca, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37465-tratamento-pode-neutralizar-virus-da-covid-19-e-impedir-mutacao - Escrito por Redação Minha Vida

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Melhora radical: 4 dicas para fazer sua máscara facial te proteger muito mais


Com novas cepas mais contagiosas do coronavírus se espalhando, e os níveis de transmissão ainda muito altos em muitos lugares, alguns especialistas em saúde pública recomendam melhorar as nossas máscaras básicas de pano que muita gente tem usado durante a pandemia.

 

“Uma máscara de pano pode ser 50% eficaz no bloqueio de vírus e aerossóis”, diz Linsey Marr, pesquisadora da Virginia Tech que estuda a transmissão de vírus no ar. “Estamos no ponto agora … que precisamos de mais de 50%.”

 

Quando você está ao ar livre, onde o ar fresco pode dispersar rapidamente gotículas de vírus e partículas menores, uma máscara de pano é o suficiente, diz Marr. Mas partículas infecciosas podem se acumular em lugares fechados, e é aí que você precisa de uma máscara melhor. “Agora estou usando minha máscara melhor para ir ao supermercado. Eu não fazia isso antes”, diz Marr.

 

O ideal seria que todos nós estivéssemos usando máscaras N95 de uso médico — chamadas assim porque bloqueiam pelo menos 95% das partículas quando usadas corretamente. Mas elas devem ser reservadas para os profissionais de saúde.

 

Felizmente, há outras maneiras de aumentar fundamentalmente a proteção que sua máscara facial oferece de acordo com estas dicas da NPR.

 

4. Use duas máscaras


O conceito de duas máscaras tem recebido muita atenção ultimamente, especialmente depois que o Dr. Anthony Fauci, o maior especialista em doenças infecciosas dos EUA, promoveu o seu uso.

Primeiro coloque uma máscara cirúrgica mais próxima do seu rosto, diz Marr, e depois coloque outra de pano por cima. Use uma máscara cirúrgica feita de um material que não seja tecido mas de polipropileno, porque esse material contém uma carga eletrostática que faz que ele prenda as partículas. (Algumas máscaras cirúrgicas são feitas de papel.)

A desvantagem das máscaras cirúrgicas é que muitas delas não se ajustam bem e a capacidade de uma máscara de filtrar partículas depende também de como ela se ajusta ao seu rosto. Ao colocar uma máscara de pano por cima você pode obter um ajuste mais justo, ao mesmo tempo em que inclui uma camada extra de filtragem, diz Marr, que contribuiu em um artigo sobre recomendando mascaramento duplo.

Mas não continue empilhando máscaras, ela adverte; apenas uma máscara adicional é suficiente. Se suas máscaras aumentarem muito a resistência o ar vai vazar pelas laterais. “É como se você tivesse um buraco na máscara”, diz ela.

Mesmo se você usar duas máscaras que tem eficácia de apenas cerca 50% no bloqueio de partículas, quando você coloca uma sobre a outra você pode ter uma combinação com 75% de eficácia ou mais, diz Marr.

Veja como Marr explica essa matemática: “Se você tem 100 vírus que estão voando em direção à sua máscara que é 50% eficaz, então 50 deles serão filtrados e 50 passarão. Quando esses 50 chegarem à segunda máscara, 25 serão filtrados e 25 passarão. Assim, a eficiência global é de 75%.”

Monica Gandhi, médica infectologista da Universidade da Califórnia em São Francisco (EUA), diz que usar duas máscaras é especialmente importante para pessoas em circunstâncias específicas: adultos que trabalham em ambientes fechados com muitas pessoas e aqueles vulneráveis que entram em áreas fechadas ou locais com alto risco de transmissão.

 

3. Adicione um filtro


Se usar duas máscaras não é para você ainda é possível obter um aumento de eficácia semelhante na filtragem usando uma máscara de duas camadas com um bolso para filtro, diz Gandhi. As camadas externas devem ser feitas de um tecido que fique vem ajustado ao rosco, sem frestas.

Marr sugere usar uma máscara cirúrgica no bolso do filtro. Você pode cortar a máscara cirúrgica para caber no bolso, se necessário. Ela diz que os filtros HEPA cortados dos filtros usados em limpadores de ar portáteis funcionam muito bem (veja vídeo dela); um filtro de carbono PM2.5 também deve resolver, desde que seja flexível.

Outra opção de filtro: um material disponível em lojas de tecidos é o TNT (tecido não tecido). Ele é feito de polipropileno, então também possui o poder da eletricidade estática para capturar partículas.

Adicionar um filtro feito de duas camadas de polipropileno poderia aumentar a eficiência de filtragem de uma máscara de algodão em até 35%, disse Yi Cui, pesquisador da Universidade de Stanford.

E para uma opção caseira, a pesquisa de Cui descobriu que dois tecidos faciais, dobrados para formar um filtro de quatro camadas, também podem fazer um bom trabalho ao aumentar a proteção de uma máscara. Mas, por favor, não use um filtro de café: Tanto Marr quanto Christopher Zangmeister, pesquisador do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (EUA), dizem que é difícil de respirar através de um, portanto você acaba respirando ao redor do filtro em vez de através dele.

 

2. Escolha uma máscara de tecido melhor

Se você ainda está usando uma única máscara certifique-se de que o que está usando realmente te protege. Como Gandhi escreveu recentemente no Twitter: “Ainda há uma função para máscaras básicas”.

Quando se trata de máscaras de tecido, procure um com uma tecelagem apertada. Vários estudos mostraram que algodão 100% é uma boa idéia (algodão de uma boa camiseta, por exemplo).

Como Zangmeister explicou à NPR no ano passado, as fibras naturais no algodão tendem a ter uma estrutura mais tridimensional do que as fibras sintéticas, que são mais lisas. E essa estrutura 3D pode criar mais bloqueios que impedem a entrada de partículas.

Procure também uma máscara de três camadas: estudos mostraram que uma máscara de três camadas feita de tecido com tecelagem apertada funciona bem.

 

1. Faça sua máscara se ajustar melhor


Para maximizar a eficácia da máscara, certifique-se de que ela se encaixa perfeitamente sobre sua boca e narinas, até a ponte do nariz e que não tenha nenhuma fresta. E, por favor, não deixe seu nariz para fora da máscara, isso tira o seu propósito!

A eficiência de filtragem de uma máscara varia dependendo do quão bem ela se ajusta ao seu rosto, como ilustra um estudo recente da JAMA Internal Medicine. Os pesquisadores descobriram que as máscaras cirúrgicas testadas bloqueavam apenas 38,5% das pequenas partículas, em média, quando usadas normalmente. Mas a eficiência de filtragem saltou quando eles tentaram vários hacks para fazer a máscara selar melhor.

Um truque que eles testaram foi marrar as tiras em um nó o mais próximo possível das bordas da máscara, em seguida, enfie as as pregas laterais para dentro para minimizar quaisquer frestas que possam aparecer nas bordas, como na foto da esquerda, acima. Isso aumentou a eficiência de filtragem da máscara cirúrgica para 60%.

Outro hack simples é usar um prendedor de cabelo, como na foto acima à direita para segurar as tiras firmemente na parte de trás da cabeça. Isso elevou a eficiência de filtragem da máscara para quase 65%.

E o último e mais eficaz hack? Envolve uma meia-calça. Quando os pesquisadores cobriram a máscara cirúrgica com uma seção de 25 cm de nylon, a eficiência de filtração aumentou para impressionantes 80%.

Se você quiser experimentar o truque da meia-calça, corte um anel de material, cerca 20 a 25 cm, da área da coxa de uma meia-calça. Em seguida, passe o anel pela cabeça e sobre a sua máscara para criar um ajuste firme no rosto.

 

Fonte: https://hypescience.com/4-hacks-e-dicas-para-tornar-sua-mascara-facial-radicalmente-melhor/ - Por Marcelo Ribeiro

domingo, 28 de março de 2021

Tipos de máscara: descubra quais protegem de verdade


O uso indevido da máscara pode aumentar os riscos de contaminação do novo coronavírus

 

Com o avanço no número de casos do novo coronavírus em todo o mundo, o governo brasileiro tornou obrigatório o uso de máscaras em ambientes públicos, estabelecimentos em geral e meios de transporte.

 

A principal forma de transmissão do vírus ocorre pelo contato direto com gotículas respiratórias expelidas pela boca e nariz, que são emitidas através de espirros, tosse e fala. Dessa forma, o uso de aparelhos de proteção facial ajuda a diminuir as chances de contaminação em até 50%, segundo estudos.

 

Tipos de máscara

Nem todo tipo de máscara possui o mesmo objetivo e eficácia. Entre as opções disponíveis no mercado, o uso de máscaras caseiras se tornou a alternativa mais utilizada pela população, de modo que os modelos profissionais foram direcionados especificamente para trabalhadores da área da saúde.

 

Segundo Hyun Seung Yoon, gerente médico do ClubSaúde, em alguns países da Europa afetados pela segunda onda da COVID-19, somente as máscaras profissionais, como as cirúrgicas ou PFF-2/N95, são permitidas.

 

Porém, devido à dificuldade de acesso e seus preços elevados, a OMS autoriza o uso de máscaras caseiras em países de baixa renda, recomendando que elas possuam pelo menos três camadas de pano e sejam confeccionadas com materiais como polipropileno e algodão.

 

"A preocupação com as novas variantes do coronavírus é decorrente de sua maior transmissibilidade, pois necessitam menor carga viral para causar o contágio. Independentemente do tipo de máscara, é fundamental ajustá-la bem ao rosto para não permitir vãos por onde as partículas possam ser expelidas ou inaladas. Do ponto de vista de bloquear a transmissão do vírus por partículas de saliva, quanto maior a barreira, melhor a proteção", diz o médico.

 

Para entender melhor como cada tipo de máscara deve ser utilizada e quais modelos não são recomendados durante a pandemia, Jane Teixeira, gerente médica da Sharecare, explicou o nível de proteção de cada produto. Confira:

 

Máscara de tecido: a máscara de tecido e a cirúrgica não possuem o objetivo de proteger o próprio usuário, mas sim outras pessoas ao seu redor. É útil como forma de proteção se usada de maneira generalizada pelos indivíduos no mesmo ambiente e ajustada bem ao rosto. O tecido mais indicado é o de algodão, que tem boa resistência ao uso e à lavagem, causando menos alergias. Não se deve usar máscaras de renda, tricot, crochê etc.

 

Máscara cirúrgica: assim como a máscara de tecido, ela confere proteção se utilizada corretamente e de forma generalizada pelos indivíduos, pois impede a disseminação de gotículas e aerossóis produzidos pelo usuário. No entanto, ao contrário das máscaras de tecido, não são reutilizáveis. Logo, devem ser descartadas após o uso.

 

Máscara com válvula: as máscaras com válvulas deixam escapar vírus disseminados pelo usuário se este estiver contaminado, e não são indicadas no contexto atual de pandemia.

 

Máscara de acrílico: as máscaras de acrílico não oferecem a vedação adequada e não são indicadas no atual contexto.

 

Máscaras profissionais PFF2 e N95: como equipamento de proteção individual, as máscaras N95 e PPF2 são as mais eficazes, pois protegem o usuário de aspirar aerossóis que podem transmitir o vírus. São as máscaras obrigatoriamente indicadas para os profissionais sob risco ocupacional, como os trabalhadores da linha de frente.

 

Esses modelos são reutilizáveis se forem bem conservados, ou seja, com aparência limpa, sem amassos e íntegros. Se há perda da integridade, devem ser descartados no lixo. Não devem ser lavados e higienizados com qualquer tipo de produto químico.

 

Face shield: o face shield é uma espécie de escudo para o rosto, com um dispositivo circular para fixação ao redor da cabeça e uma parte protetora transparente, em geral de acetato, que fica à frente da face e que evita o contato de objetos, detritos, materiais e respingos no rosto.

 

Ele não é mais eficiente que a máscara facial, mas pode ser considerado um complemento, pois oferece um tipo diferente de proteção. Além de não oferecer vedação adequada à região das vias aéreas, o face shield não filtra o ar, logo, é preciso sempre usá-lo com máscara. Partículas mais leves que penetrem na região entre a face e o equipamento podem ser inaladas se não houver o uso concomitante da máscara. Ele serve como uma proteção adicional.

 

"O face shield é especificamente indicado para trabalhadores da área de saúde pelo risco de respingos durante procedimentos em pacientes e como alternativa para outros tipos de profissão que não possam manter uma distância mínima entre as pessoas", finaliza a médica.

 

Tipo de máscara         É eficaz?

Tecido Sim, se usada corretamente

Cirúrgica         Sim, se usada corretamente

Com válvula   Não

Acrílico                         Não

PFF2 e N95    Sim

Face shield      Não, apenas como uma proteção adicional

 

Tecido antiviral funciona?

"Os fabricantes destes tecidos com propriedades antibacterianas ou antivirais alegam que a tecnologia empregada em sua confecção - lenços umedecidos com múltiplas camadas, contendo surfactantes comumente encontrados em detergentes, como ácido cítrico ou lauril sulfato de sódio, ou tecidos impregnados com partículas de prata, reconhecidos por suas qualidades antissépticas - são capazes de eliminar mais de 90% das partículas bacterianas ou virais em contato com estes agentes", explica Hyun Seung Yoon.

 

Entretanto, o médico conta que, apesar de realmente possuírem ação antiviral ou antibacteriana, não há garantias de que a trama dos tecidos não deixe passar partículas virais por suas frestas ao inspirar, tossir ou espirrar.

 

"Também não há como descartar que somente as camadas mais profundas de uma gota de secreção em contato com o agente do tecido sejam desinfetadas, enquanto a superfície permanece contaminante", diz.

 

Ainda segundo o especialista, estes tecidos podem sim aumentar a eficácia da proteção de máscaras, roupas e lenços, mas não garantem imunidade contra o vírus. Por isso, é de extrema importância que se mantenham as demais medidas de proteção: distanciamento social, higienização das mãos e do ambiente, além do uso de máscaras adequadas.

 

Qual a forma certa de usar máscaras?

Para que as máscaras não tenham o efeito oposto ao desejado e acabem aumentando os riscos de contaminação, é preciso seguir algumas instruções para o uso correto do equipamento. O Hospital Albert Einstein, referência no atendimento aos pacientes com COVID-19 em São Paulo, compartilhou algumas dicas de uso:

 

Antes de colocar a máscara, higienize adequadamente as mãos

Coloque a máscara sobre o nariz e a boca, tomando cuidado para não deixar espaços entre a pele e a máscara

Mesmo com a máscara, cubra o rosto ao tossir ou espirrar

Mantenha as mãos higienizados e evite tocar na máscara

Troque a máscara quando ela estiver úmida

Nunca reutilize uma máscara descartável

Sempre remova a máscara pelas cordinhas e nunca toque na parte da frente


 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37455-tipos-de-mascara-descubra-quais-protegem-de-verdade - Escrito por Paula Santos

sexta-feira, 5 de março de 2021

O que está faltando para a prevenção da covid-19


O novo coronavírus penetra na célula da mucosa da orofaringe e se multiplica; de um vírus, resultam trinta, destruindo esta célula.

 

As medidas recomendadas para a prevenção da COVID-19, como o uso de máscaras e o distanciamento social, são necessárias. Porém, uma medida tão importante quanto ou até mais é a preservação e integridade do epitélio da orofaringe, onde habita o novo coronavírus preferencialmente.

 

No relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2003, intitulado “Dieta, Nutrição e Prevenção de Doenças Crônicas”, página 116, está escrito que os ácidos cítrico, fosfórico, carbônico e málico encontrados nos sucos de frutas e refrigerantes causam erosões dentárias, destruindo o esmalte dos dentes e provocando sua queda. Por outro lado, refluxo ácido do estômago na doença do refluxo gastroesofágico provoca faringite química não bacteriana. Líquidos ácidos capazes de destruir os dentes, sendo lançados pela deglutição na mucosa da orofaringe podem plausivelmente causar microerosões, lesões inflamatórias no epitélio da orofaringe, facilitando a penetração e invasão na corrente circulatória pelo novo coronavírus.

 

Recomendamos, portanto, a ingestão somente de água. A água limpa o epitélio, mantendo sua integridade e condições de defesa contra o novo coronavírus. É como jogar cara ou coroa. Se der cara, você ganha; se der coroa, você não perde. Bebidas alcoólicas também são lesivas e inflamatórias no epitélio da orofaringe. Lembramos uma doença clássica denominada gastrite alcoólica para exemplificar.

 

O novo coronavírus penetra na célula da mucosa da orofaringe e se multiplica; de um vírus, resultam trinta, destruindo esta célula. Porém, ele é bloqueado e destruído pelos linfócitos no estado TH2. Se os linfócitos estiverem no estado TH1, são inoperantes. Para que os linfócitos estejam no estado TH2, são necessários nutrientes essenciais, como selênio, vitamina E, betacaroteno, vitaminas do complexo B, ômega 3. Esses nutrientes essenciais são encontrados em uma alimentação composta de arroz integral, milho, aveia, feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, legumes e verduras, frutas inteiras, sementes de gergelim e linhaça e nozes, consumindo-se também pães e similares feitos com farinha de trigo integral, complementados com pequena quantidade de produtos de origem animal. Esta alimentação aumenta a imunidade, possibilitando ao linfócito destruir os vírus que tentam invadir o corpo.

 

Todavia, se o epitélio da orofaringe estiver inflamado com ferimentos causados pelos líquidos ácidos, haverá uma facilitação na penetração do vírus com uma alta carga viral e os linfócitos podem não conseguir bloqueá-los.

 

Portanto, devemos ter uma alimentação integral prevalentemente vegetariana, pois os produtos animais têm excessos de gorduras, que também reduzem a imunidade. Não devemos tomar líquidos ácidos: sucos de frutas, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Essa atitude, associada às demais recomendações, deverá evitar eficientemente os casos novos e as mortes por COVID-19.

 

Frutas inteiras não ácidas (não azedas) podem ser consumidas à vontade. Um pouco de acidez é neutralizada pela saliva produzida na mastigação. Porém, os sucos não são mastigáveis, lançando-se o líquido corrosivo diretamente de encontro à mucosa da orofaringe.

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/o-que-esta-faltando-para-a-prevencao-da-covid-19-1128 = Sidney Federmann, CRMSP 17901, título de especialista em cirurgia pediátrica, pós-graduação em nutrologia e ex-diretor clínico do Hospital São Camilo Santana, São Paulo (SP). Médico aposentado do Ministério da Saúde.- Imagem : Pixabay