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domingo, 9 de abril de 2017

Exercício contra a depressão infantil

Além de prevenir a obesidade, suar a camisa garante o bem-estar mental da criançada. Basquete, futebol e companhia são um santo remédio para melhorar o astral dos pequenos

Quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados de que o índice de crianças entre seis e 12 anos diagnosticadas com depressão saltou de 4,5% para 8% na última década, muita gente ficou espantada. Ora, parece que a infância não combina com a tristeza profunda que caracteriza essa doença. Não é bem assim. Como se não bastasse o número ascendente de casos de bullying, tanto conflitos familiares como perdas traumáticas derrubam o ânimo dos pequenos.

Entre os adultos, já se sabe que a atividade física é grande aliada no combate ao quadro depressivo. Mas será que ela também seria útil para afastar o baixo astral entre a molecada? Foi esse o questionamento que motivou pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia a analisarem cerca de 700 voluntários mirins durante quatro anos.

Ao fim do período, eles concluíram que os exercícios protegeram os meninos e as meninas dos sintomas típicos da depressão. O benefício foi tão expressivo que os autores do estudo chegaram a compará-lo aos ganhos obtidos com intervenções psicossociais. Por enquanto, a teoria é que o esporte cria oportunidades para melhorar a autoestima, aumenta o convívio com outras pessoas e, de quebra, diminui o tempo dedicado às emoções negativas. Ou seja, serviria para prevenir e amenizar a condição.


Fonte: http://saude.abril.com.br/familia/exercicio-contra-a-depressao-infantil/ - Por Vand Vieira - Foto: GI/Getty Images

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

10 alimentos que não podem faltar no prato das crianças

Variedade é muito importante, mas com esses itens a chance de errar nas refeições é bem menor

A alimentação é importantíssima para o crescimento das crianças e quanto mais nutrientes, melhor! "Entre os nutrientes mais importantes nessa fase estão os carboidratos, proteínas, vitaminas A e C, ferro, zinco e cálcio", explica a nutricionista Helen Lopes, especializada em nutrição na infância e adolescência pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

No entanto, por mais que a variedade seja a chave, alguns alimentos sozinhos podem garantir esses nutrientes e são indispensáveis no cardápio dos pequenos. Conversamos com especialistas para entender quais são eles. Confira a lista abaixo:

Ovo
O ovo é uma ótima fonte de gorduras e proteínas. Na clara estão proteínas como a albumina, muito usada por atletas para o crescimento muscular. Já a gema tem diversas vitaminas lipossolúveis, como a A e um pouco de vitamina D e K.
Essa parte do ovo também é rica em colina, "um nutriente muito relacionado ao desenvolvimento das estruturas do cérebro, por participar da formação do neurotransmissor acetilcolina, que ajuda na transmissão de impulsos nervosos", explica Clarissa Fujiwara, coordenadora de Nutrição da Liga de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP).

Arroz e feijão
Esse combo é importante para a saúde em qualquer idade, principalmente na infância. "Há um equilíbrio nessa mistura, uma vez que o arroz é deficiente no aminoácido lisina e possui metionina, e o feijão é justamente o contrário", explica a nutricionista Paula Crook, membro da PB Consultoria em Nutrição e especialista em nutrição infantil.
Além disso, separadamente cada um deles traz características complementares: enquanto o arroz é uma ótima fonte de energia, o feijão traz proteínas e fibras. Tanto que mesmo quando você consome o arroz branco com a leguminosa, a absorção dos carboidratos na refeição se torna mais lenta, portanto, mais saudável.

Banana
A banana é uma das frutas mais bem aceitas entre as crianças e traz diversas características positivas para a saúde. Como enumera a nutricionista Alessandra Coelho, especialista em Nutrição Enteral e Parenteral (SBNPE), ela é rica em magnésio, potássio, vitaminas do complexo B e triptofano, que ajudam na saúde dos ossos, músculos, sistema nervoso e cardiovascular e na manutenção do bom humor.
Além disso, a fruta pode ajudar na escola! "Estudos recentes revelam que as crianças que comem banana de manhã mantêm um bom nível de atenção durante o dia", considera Helen Lopes. Portanto, vale a pena investir na fruta.

Abacate
O abacate costuma ser mal visto por causa da alta quantidade de gorduras. No entanto, é aí que está seu maior trunfo nutricional.
"A fruta contém gorduras monoinsaturadas, essenciais para o bom desenvolvimento do sistema nervoso central do bebê e para controlar o nível do colesterol", reforça Helen. O abacate não é a única fonte desse tipo de gordura, que também está presente no azeite e nas oleaginosas.
Para uma melhor aceitação, o abacate pode ser misturado com outras frutas em vitaminas, como a manga ou a banana.

Laranja
A laranja é uma das fontes mais conhecidas de vitamina C. "Essa vitamina é importante para a cicatrização, na formação dos ossos e do colágeno e ajuda na absorção do ferro", explica Clarissa Fujiwara.
Mas não é só desse nutriente que ela é composta: o bagaço da fruta é rico em fibras, que ajudam na saciedade e também alimentam as bactérias do intestino.
Outras frutas ricas nessa combinação são mexerica, mamão, acerola, limão, morango e outras frutas vermelhas, kiwi, abacaxi e maracujá.

Cenoura
A cor alaranjada da cenoura sinaliza que ela é um alimento rico em carotenoides. "Esses nutrientes são precursores da vitamina A, uma potente antioxidante que ajuda na saúde dos olhos e da pele", afirma a nutricionista Dyandra Loureiro, pós-graduada em nutrição pediátrica, escolar e na adolescência pela Universidade Gama Filho.
A cenoura também é rica em fibras e em potássio, sendo interessante para crianças em fase de crescimento. Além disso, ela é mais fácil de ser consumida por causa do gosto adocicado.

Brócolis
Nem sempre o brócolis é bem aceito pelas crianças. No entanto, ele possui diversos nutrientes importantes e vale a pena insistir que o pequeno prove o alimento.
"A verdura é uma boa fonte de vitamina C, carotenos e folato. Também apresenta boas quantidades de proteína, cálcio, ferro e alto teor de fibras", explica Paula Crook.
O ideal é apresenta-lo às crianças de formas diferentes, aproveitando seu formato em flor para montar pratos mais lúdicos. "Dá para inseri-lo em preparações que a criança goste, como tortas, preparado com o arroz ou até cozido com a carne", enumera Clarissa.

Oleaginosas
Aqui estamos falando de um grupo, mas que normalmente é oferecido em conjunto às crianças através de um mix com castanhas, nozes, amêndoas e outras. A vantagem desses alimentos é que são ricos em ácidos graxos insaturados.
"Eles têm alta concentração de ômega 3, 6 e 9, gorduras boas para o desenvolvimento cerebral e para dar mais energia aos pequenos", explica Helen.
Além disso, é muito fácil oferecê-los em lanches para crianças. Sua consistência crocante ajuda a torná-los mais aceitáveis. Só cuidado para não oferecer versões prontas e ricas em sódio!

Carne
Esse alimento é mais polêmico, mas traz uma série de benefícios para as crianças. As carnes, sejam de boi, porco, frango ou peixe, são ricas em proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B.
"A vitamina B12 é importante para o desenvolvimento cognitivo e neurológico. Já o ferro da carne é mais bem absorvido pelo corpo", explica Clarissa.

Disfarçar alimentos faz bem para a criança?
Para famílias que não consomem carne, existem opções para repor esses nutrientes em outros alimentos. Enquanto os ovo-lacto-vegetarianos podem consumir proteínas provenientes de leite, ovos e queijos, outros grupos de vegetarianos podem ter mais dificuldade por não ingerir esses alimentos.
Mas é possível contornar a situação: "As leguminosas são ricas em proteínas vegetais: não só a soja, como o feijão, a lentilha, o grão de bico, entre outras", considera a especialista, indicando as possíveis substituições.


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

18 dicas científicas para criar crianças saudáveis e felizes

Criar os filhos é sempre um desafio, e certamente cada criança terá uma necessidade diferente que exigirá certos tipos de cuidados e atenção. No entanto, ao longo dos anos, a ciência reuniu algumas dicas que, no geral, podem te ajudar a educar crianças felizes e saudáveis. Veja:

1. Não se deixe enganar pela sua altura
Não importa quão altas as crianças sejam ou quão crescidas elas pareçam, elas são ainda apenas crianças. E os pais de crianças mais velhas, especialmente, precisam de se lembrar deste fato, de acordo com Sara Johnson, professora de saúde pública da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.
O período de desenvolvimento conhecido como adolescência dura cerca de dez anos, dos 11 aos 19, e é considerado um período crítico para o desenvolvimento do cérebro. Portanto, é importante ter em mente que, mesmo que as crianças lembrem jovens adultos, elas ainda estão em um período de desenvolvimento que vai afetar o resto de sua vida.

2. Apoie as crianças tímidas
Um pouco de timidez é uma coisa, mas crianças com inibição comportamental – uma característica que se refere a timidez severa e também extrema cautela em face de situações novas – podem estar em maior risco de desenvolver transtornos de ansiedade. Os pais que “protegem” crianças que demonstram inibição comportamental (em última análise, incentivando esta inibição) podem piorar a situação.
Segundo a psicóloga Sandee McClowry, da Universidade de Nova York, nos EUA, a chave para ajudar crianças tímidas é tirá-las de suas zonas de conforto, sem tentar mudar suas naturezas. Ou seja, quebrar certos hábitos tímidos das crianças, sem obrigá-las a não ser tímidas.

3. Dê instruções claras a crianças pequenas
Adultos tendem a pensar constantemente sobre o futuro, mas crianças, especialmente as em idade pré-escolar (entre 2 a 5 anos), vivem o aqui e agora. Por isso, os pais dessas crianças precisam aprender a viver no momento, também, conforme explica Tovah Klein, diretora do centro para o desenvolvimento da criança da Barnard College, nos EUA. Isto é especialmente verdadeiro quando se trata de se comunicar verbalmente com crianças pequenas.
Em vez de dizer que é hora de elas se prepararem para alguma ação futura, como ir à escola, os pais devem dar às crianças um conjunto de instruções claras. Por exemplo, substitua declarações ambíguas como “Já está quase hora de ir para a escola” com simples orientações tais como “Nós precisamos ir para a escola. Pegue seu casaco”.

4. Ajude crianças pequenas a saber como elas se sentem
Enquanto crianças mais velhas são reis e rainhas da autoexpressão, sempre dizendo como se sentem, as menores muitas vezes não têm vocabulário para rotular adequadamente suas próprias emoções, de acordo com pesquisadores que estudam o desenvolvimento das crianças.
As com idades entre 2 a 5 estão apenas começando a entender emoções como medo, frustração ou decepção, segundo Klein. Você pode ajudar seu filho a expressar-se, explicando tais emoções quando as vê. Por exemplo, um pai pode dizer: “É decepcionante que está chovendo lá fora, e você não pode sair para brincar”, diz Klein.

5. Desacelere
A agitada agenda dos adultos nem sempre combina com o ritmo mais lento da infância.
Segundo Klein, os pais devem tentar igualar esse compasso. Ao agendar tempo extra para as pequenas coisas, como uma rotina da hora de dormir (como contar uma história), ou uma ida para o supermercado, os pais podem transformar tarefas agitadas em um tempo mais significativo com seus filhos.

6. Limite as distrações
Você verifica seus e-mails ou navega em mídias sociais enquanto passa tempo com seus filhos? Pois não deveria.
Se você estiver distraído por um monte de outras coisas, esta “presença ausente” pode afetar negativamente as crianças, que podem sentir como se você não estivesse realmente lá por elas. “As crianças não precisam de sua atenção 100% do tempo, mas, quando a pedem, você deve dá-la a eles sem quaisquer ressalvas”, explica Klein.

7. Seja educado
Quer criar filhos educados? Dê o exemplo. Tente adicionar as palavras “por favor” e “obrigado” para o seu próprio vocabulário. Crianças aprendem a interagir com os outros principalmente ao observar como os adultos fazem isso.
Então, se você tratar a todos – de caixas de supermercado a motoristas de ônibus a professores e membros da família – com respeito e delicadeza, é provável que seus filhos farão o mesmo.

8. Birras adolescentes são reais – não grite de volta com as crianças
Quando as birras dos anos de criança de seu filho parecem história antiga, tais explosões emocionais retornam na adolescência. Os adolescentes lidam com muito estresse social, emocional e mental, que eles ainda não têm a capacidade de processar ou enfrentar adequadamente. Isso pode resultar em algumas birras graves, que podem surpreender pais incautos.
Em tais situações, é melhor manter a calma e escutar seus filhos, afirma Sheryl Feinstein, autora de “Dentro do Cérebro Adolescente: Ser Pai, um Trabalho em Progresso”. Mostrar um comportamento sensato é uma boa maneira de ensinar a seu filho como lidar com todo o estresse.
Em hipótese alguma grite com seu filho adolescente. Quanto mais você grita com um adolescente, pior ele é propenso a se comportar, de acordo com um estudo publicado em 2013 na revista Child Development.

9. O rigor tem consequências graves
Ser um pai muito rigoroso ou controlador pode ter consequências negativas na saúde de seus filhos, incluindo a física. Especificamente, crianças de pais rigorosos são mais propensas a ser obesas.
Em 2014, pesquisadores descobriram que crianças com idades entre 2 a 5 anos cujos pais estabeleciam limites estritos sobre atividades, não se comunicavam muito bem e não mostravam muito carinho eram 30% mais propensas a ser obesas.

10. Pais: se envolvam mais
Culturalmente, muitos papéis acabam ficando só com as mães e elas se tornam responsáveis por muitos aspectos da educação dos filhos. No entanto, pais influenciam fortemente a vida de seus filhos de várias maneiras, de acordo com W. Brad Wilcox, sociólogo da Universidade da Virgínia, nos EUA.
Em primeiro lugar, os pais tendem a ser mais duros com as crianças do que as mães, o que as ajuda a aprender a controlar suas emoções. O estilo mais direto dos pais também incentiva as crianças a correrem mais riscos de uma forma saudável, o que pode influenciar suas ambições a longo prazo. A forte relação paterna também traz consigo um certo nível de proteção, já que estudos descobriram que crianças com pais envolvidos são menos propensas a se tornarem vítimas de abuso sexual ou agressão.

11. Seja firme
Quer evitar que seu filho adolescente tenha más experiências com drogas e álcool? A maneira mais eficaz de fazer isso é ser firme, mas carinhoso.
Um estudo de 2012 descobriu que os adolescentes cujos pais tinham autoridade (o estudo definiu isso como pais que estavam no controle, mas com uma atitude carinhosa) foram significativamente menos propensos a beber, fumar cigarros ou usar maconha do que adolescentes cujos pais eram negligentes (ou seja, não estavam no controle e eram pouco carinhosos).

12. Seja brincalhão
Brincar com seu filho ajuda a prepará-lo para o sucesso social, de acordo com uma pesquisa de 2011. Quando os pais façam piadas ou imitações, isso dá a crianças pequenas as ferramentas para pensar criativamente, fazer amigos e gerenciar estresse.

13. Não seja irritadiço
Não é nenhuma surpresa que pais que expressam emoções negativas em relação a seus filhos pequenos ou são grosseiros com eles podem acabar com crianças agressivas. Isso é má notícia, porque a agressão comportamental na idade de 5 anos está ligada à agressão mais tarde na vida, mesmo em relação a futuros parceiros românticos. Então, se você se encontra em um ciclo de pai irritado, criança irritada, pai ainda mais irritado, tente quebrar o círculo.

14. Tenha autocompaixão
Pesquisas sugerem que a autocompaixão é uma habilidade muito importante para se ter na vida, ajudando as pessoas a ser resilientes em face dos desafios. Isso inclui autoconsciência, capacidade de gerenciar pensamentos e emoções sem reprimi-los, empatia com o sofrimento dos outros e um reconhecimento do seu próprio sofrimento, entre outras coisas.
Ao invés de se culpar por seus erros, os pais podem usar autocompaixão ao lidar com dificuldades na criação dos filhos. Ao fazer isso, eles podem servir de exemplo para as crianças.

15. Deixe seu filho se virar um pouco
Pais que interferem muito na vida de seus filhos na verdade atrapalham as crianças, que ficam mais propensas à ansiedade e menos abertas a novas experiências que filhos de pais mais tranquilos. Isso não significa que você não deve ajudar seu filho se ele te pedir algo, mas se você é do tipo que procura os professores da criança para discutir suas notas, pode ser hora de sair de cena um pouco.

16. Tenha uma relação estreita com seus filhos
Uma relação amorosa com a mãe parece importante na prevenção de problemas de comportamento em meninos, mais do que em meninas. Os resultados de uma pesquisa publicados na revista Child Development destacam a necessidade de um relacionamento no qual as crianças podem se voltar para seus pais como uma base segura e reconfortante.
O vínculo com a mãe em especial pode ajudar a criança no quesito romance mais tarde na vida. Um outro estudo publicado em 2010 mostrou que uma relação estreita com a mãe na adolescência (aos 14 anos) foi associada a relacionamentos românticos de melhor qualidade em jovens adultos. Isso porque as crianças desenvolvem a capacidade de ter relacionamentos bem sucedidos como adultos a partir de seus pais.

17. Não queria ser um pai perfeito
Ninguém é perfeito, então não se torture com metas impossivelmente altas de sucesso. De acordo com um estudo publicado em 2011 na revista Personality and Individual Differences, os novos pais que acreditam que a sociedade espera perfeição deles são mais estressados e menos confiantes em suas habilidades. Faça um esforço para ignorar a pressão.

18. Não existe a melhor maneira de criar uma criança
Todo mundo pensa que sabe a melhor maneira de criar uma criança. Só que não existe apenas uma. Na verdade, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Washington, nos EUA, as crianças cujos pais adaptam seu estilo de paternidade a personalidade das crianças têm filhos com menos ansiedade e depressão do que crianças com pais mais rígidos.
Algumas crianças, especialmente aquelas com problemas para regular suas emoções, podem precisar de um pouco de ajuda extra da mãe ou do pai. Por outro lado, os pais podem inadvertidamente prejudicar crianças bem-ajustadas querendo ajudá-las demais. A chave é prestar atenção na personalidade e nos sinais das crianças, e atender as suas necessidades de acordo. [LiveScience]


sábado, 2 de julho de 2016

10 mitos sobre primeiros socorros de crianças

Saiba quais cuidados devem ser tomados quando as crianças se envolvem em acidentes

Ter noções de primeiros socorros pode fazer toda diferença na hora de lidar com algum acidente envolvendo os filhos. No entanto, ainda hoje, muitos mitos e crendices são difundidos, como passar pó de café em queimadura ou não deixar a língua da criança enrolar quando ela estiver convulsionando. Para auxiliar os pais a lidar com essas situações, o UOL conversou com especialistas na área para derrubar dez mitos sobre o tema.

Quando a criança engasga, é preciso sacudi-la e fazê-la olhar para cima
O engasgo certamente é o que mais preocupa os pais de crianças pequenas. No entanto, eles devem ter em mente que, muitas vezes, a criança engasga mamando ou comendo e desengasga sozinha. Caso ela tenha engasgado por ter ingerido algum corpo estranho, deve-se pedir a ela que levante a cabeça e olhe para cima. Sacudi-la pode piorar a situação, já que o corpo estranho pode descer ainda mais causando obstrução das vias aéreas. Se a criança tiver menos de um ano, a recomendação é virar o bebê de bruços em cima do braço e, com uma mão, sustentar a cabeça e o corpo da criança. Dê tapinhas nas costas até que o corpo estranho seja eliminado. Caso a criança seja mais velha, os pais devem aplicar a manobra de Heimlich. Abraçar o filho pelas costas, na altura do peito, e fazer compressão com a mão para dentro e para cima ao mesmo tempo, até que o corpo estranho seja expelido.

É preciso jogar água para despertar a criança desmaiada
O desmaio não é uma coisa comum em crianças pequenas, portanto, é importante descobrir o que causou essa indisposição, se foi porque ela não se alimentou e foi praticar esporte, por exemplo. Primeiro, os pais devem ter certeza de que o batimento cardíaco e a respiração da criança estão preservados. Se o peito estiver movimentando, mas a criança tiver caído bruscamente quando perdeu a consciência, ela pode ficar com traumatismo na coluna. Portanto, o ideal é não mexer nela, acionar um serviço de emergência e ficar ao lado dela, esperando que ela desperte. Ainda que o desmaio assuste, não há necessidade de jogar água no rosto ou qualquer outra coisa do tipo, pois a criança vai se recuperar. No entanto, se a criança não estiver respirando, ela pode ter tido uma parada cardiorrespiratória. Nesses casos, os pais devem fazer manobras de ressuscitação. Nos bebês, é preciso comprimir o tórax, logo abaixo da linha dos mamilos, usando dois ou três dedos para fazer as compressões. Já nas crianças, a compressão é feita sobre o osso esterno, no centro do peito. Ponha a parte mais dura da palma sobre esse osso e depois coloque a outra mão em cima da primeira. Com os cotovelos esticados, pressione firme para baixo, afundando o peito da criança, e deixe-o voltar à posição inicial, para repetir o movimento.

Se a criança se cortar, jogue açúcar ou pó de café no local do sangramento
A palavra-chave para conter os sangramentos é fazer pressão no local do corte. A primeira recomendação é limpar a região com água corrente, pegar uma gaze ou um pano limpo e comprimir com força até parar de sangrar. Se mesmo com a compressão, o sangramento continuar intenso, pode haver alguma lesão arterial, portanto, mantenha a pressão e vá ao hospital. Caso o corte tenha sido provocado por um caco de vidro grande ou uma faca, por exemplo, a recomendação é não retirar o corpo estranho e ir direto para o pronto-socorro. Se o corte for muito profundo, ao tirar o objeto, pode-se piorar a lesão. Os especialistas também não recomendam fazer torniquete (que é amarrar uma faixa para interromper a circulação sanguínea até a área ferida).

Se a criança se intoxicar, basta forçar vômito ou dar leite
A primeira coisa que os pais devem fazer é ligar para o Centro de Controle de Intoxicações (cada cidade tem o seu) de sua região para informar o que a criança ingeriu e qual foi a quantidade, pois eles passam, por telefone, uma recomendação do que deve ser tomado. Caso os pais não saibam o que a criança ingeriu, eles não devem induzir vômito ou dar leite, pois, dependendo da substância, essa ação irá corroer o trato digestivo. Os pais que preferirem levar a criança direto a um hospital devem sempre levar a substância que foi ingerida pela criança para os profissionais.

Após a criança bater com a cabeça, ela não pode dormir
Em geral, o crânio é um capacete natural que protege o cérebro. Quando a criança bate com a cabeça, os pais devem buscar um hospital para checar se há algum sangramento interno, quando a criança está vomitando ou tem dores de cabeça persistentes. Essa questão de não deixar dormir é controversa. O importante é avaliar a criança nas primeiras oito horas após a queda. Se o filho estiver esquisito, andando estranho, avoado, não falando coisa com coisa e mais pálido do que o habitual, esses podem ser sinais de que a criança está com algum problema. No entanto, caso ele não apresente nenhum desses sintomas, ele pode dormir normalmente.

Se a criança sofrer uma fratura, tente colocar o osso no lugar
Caso a criança sofra um acidente e tenha uma fratura, os pais devem fazer o máximo para deixar a região imobilizada e jamais tentar colocar o osso no lugar, pois essa ação pode lesar vasos e nervos da região. Os especialistas recomendam dar um analgésico para alívio da dor e levar a criança para o hospital. Para transportar a criança com segurança, é preciso colocar o membro sobre uma superfície rígida, imobilizado, para que ele mexa o menos possível durante o trajeto até o pronto-socorro.

Quando a criança está convulsionando, não pode deixar a língua enrolar
A convulsão clássica --quando a criança perde o sentido, cai no chão com tremores e olhar fixo, fica com o lábio arroxeado e solta baba-- assusta muito os pais. No entanto, eles nada podem fazer até que a convulsão acabe. Durante a crise, é importante proteger a criança, evitar que a cabeça dela fique batendo. Caso ela morda a língua ou o lábio, não tente impedi-la, pois isso deve ser cuidado posteriormente. Os pais não devem tentar enfiar nada na boca da criança. Após o término da convulsão, leve-a para o pronto-socorro mais próximo --de preferência, já ligue para o local avisando que chegará com o filho. No hospital, o médico poderá fazer os exames necessários para descobrir a causa da convulsão.

Se a criança tiver um membro amputado, não tem como reimplantá-lo
Caso aconteça um acidente que ampute algum membro da criança, é importante agir rapidamente para que os médicos possam reimplantá-lo. Lave bem rápido a parte amputada em água corrente e enrole-a em um pano limpo ou em uma gaze. Posteriormente, coloque-a em um saco com identificação e depois acomode-a dentro de um segundo saco ou de um isopor com gelo, para levar para o hospital. O membro nunca deve ser colocado diretamente no gelo, pois este provoca queimadura na região, impedindo a reimplantação.

Se a criança teve uma queimadura, basta colocar café ou pasta de dente
Se ela se queimou com água ou óleo fervendo, os pais devem jogar água sobre a área imediatamente. Como a pele está muito aquecida, a água interrompe esse processo, baixando a temperatura da pele e diminuindo a extensão do ferimento. Essa ação também irá aliviar a dor que a criança está sentindo. A recomendação é não passar nenhuma substância (pomada, café, pasta de dente ou qualquer outro creme), pois ela pode contaminar a área. Se a queimadura for oriunda de um produto químico em pó, tente varrer o produto e não jogue água, pois, às vezes, ela pode reagir com a substância química. Por fim, se houver bolhas, não rompa, pois é a proteção natural da área queimada. Esse procedimento deve ser feito apenas dentro do hospital por um médico ou enfermeiro para diminuir os riscos de contaminação.

Se o dente permanente caiu, não tem como reimplantá-lo
Caso um dente permanente da criança caia por conta de algum acidente, os pais podem preservá-lo para que o dentista reimplante posteriormente. Para isso, é preciso lavar o dente com água limpa corrente o mais rápido possível e conservá-lo em algum recipiente com soro fisiológico. Caso os pais não estejam em casa, basta colocar o dente em um pote com leite e ir o mais rápido possível para uma clínica de odontologia com plantão.


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Os limites das crianças e o esporte

   
     Nos dias atuais, as maiores dificuldades dos pais e educadores são impor limites e disciplina as crianças pelas mudanças que ocorreram na educação dos filhos de tempos atrás ao presente.

     Algumas décadas atrás bastava o professor olhar firme para um aluno que ele logo entendia que estava fazendo algo de errado e deveria mudar seu comportamento. Além disso, o professor também podia aplicar algum castigo para educar o aluno. A situação financeira dos pais em sua maioria não era boa e eles não davam tudo o que os filhos pediam. Os filhos tinham mais atenção e tempo dos pais, principalmente da mãe que não trabalhava, contribuindo de uma maneira eficaz na educação dos mesmos, colocando algumas regras de comportamento e castigos quando necessários. As crianças tinham tempo certo para estudar, brincar, comer, dormir, etc.

     Hoje, os professores podem fazer caretas, falar e gritar que os alunos não estão nem aí, e aplicar castigos não corresponde à educação moderna. Os pais, em virtude da jornada de  trabalho, deixam de participar da vida dos filhos durante o dia e tentam compensá-los com bens materiais e sem fazer cobranças nas tarefas cotidianas. Não existem limites para as crianças no tempo de ver televisão, jogar videogame, na hora de dormir, de ficar na internet, do que comer e do presente que quer ganhar; dando o entendimento à criança que ela pode fazer tudo que quer e na hora que quiser.

     As crianças precisam desde cedo ter regras, tanto no sentido do que é permitido fazer quanto do que não é, do que é certo e do que não é, aprender a restringir certas vontades, aceitar que existe uma hora para cada atividade e a de trocar uma coisa por outra. Alguns fatores contribuem para a falta de limites em crianças como o excesso de tolerância, a falta de punição no momento adequado e a falta de coerência na ação dos pais. Os pais precisam compreender que dar limites não é ser mau, e sim dar-lhe proteção e cuidado, que tem a hora de dizer sim e também de dizer não.

     Aí é que entra a escola, a qual acaba arcando com a responsabilidade de dar limites às crianças, e de forma especial, os professores das primeiras séries do ensino fundamental que além de ensinar os conteúdos de sua série, tem de desdobrar-se em psicólogas, “tias” e conselheiras para entender e ajudar os alunos com problemas no comportamento. Segundo o ponto de vista educacional, permitir tudo ou não permitir nada são hábitos igualmente nocivos ao comportamento da criança.

     Os limites da criança devem ser dados através de disciplina e o esporte pode colaborar ensinando valores que serão úteis em sua formação educacional como: respeitar as regras, adversários, colegas e professores; que ele depende dos colegas para obter bons resultados; aprender a ganhar e perder; ter responsabilidade com os horários de treinamento; que deve estudar mais para compensar as horas usadas nos treinos e se alimentar corretamente e em horários estabelecidos.

      O esporte será um grande aliado dos pais e da escola na difícil tarefa de educar a criança, pois para isso é preciso paciência, dedicação, perseverança, responsabilidade e amor do educador para o educando. As crianças tornar-se-ão adolescentes e adultos responsáveis, compreensivos e agradecidos pelas cobranças e bons exemplos recebidos na sua infância de seus pais e educadores.

     Como afirmou Pitágoras, “Educai as crianças de hoje e não será preciso punir os homens de amanhã”.

 Por Professor José Costa

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Primeiros socorros: como agir em acidentes domésticos com crianças

Asfixia, queda, afogamento e queimadura são alguns dos principais acontecimentos que podem colocar a vida dos pequenos em risco dentro de casa. Além de prevenir essas situações, é preciso saber também o que fazer na hora em que elas acontecem.

Todo ano, 4,7 mil crianças morrem e 122 mil são hospitalizadas por causa de acidentes ou lesões não intencionais, segundo o Ministério da Saúde. Com esses números, dá para entender por que os acidentes são a principal causa de morte de brasileiros de 1 a 14 anos de idade. "Muitos deles acontecem no ambiente doméstico, principalmente com as crianças pequenas, que ficam mais tempo em casa", revela a pediatra Renata Waksman, do Departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Entre os bebês que ainda não completaram o primeiro aniversário e aqueles que têm entre 1 e 2 anos, os acidentes que mais matam são as aspirações de objetos estranhos, como brinquedos e alimentos. Na faixa etária dos 2 aos 4 anos, as estatísticas apontam que os afogamentos e os acidentes de trânsito, a exemplo dos atropelamentos, são os mais fatais. "Se analisarmos os casos de atendimentos em prontos-socorros (e não de mortes), as quedas são a maioria", conta Renata Waksman, que também faz parte do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

A boa notícia é que a maior parte dessas situações pode ser evitada com medidas preventivas simples. Mas quando uma delas acontece, saber como agir pode ser fundamental para salvar a vida do pequeno. A seguir, fique por dentro do que deve ser feito em cada tipo de acidente doméstico, das atitudes que não podem ser tomadas e de como manter a sua família longe de tudo isso.

Sufocamento e asfixia
Essas são as principais causas de mortes de crianças de até 2 anos. Em geral, esse tipo de acidente acontece quando bebês ingerem pedaços muito grandes de alimentos ou até objetos como peças de brinquedos, bolinhas de gude ou moedas. "O sufocamento também pode ser ocasionado por sacos plásticos, cordas e protetores de berço", alerta o pediatra Alberto Helito, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Para prevenir essa fatalidade, é importante manter o seu filho longe de todas essas ameaças. Isso pode ser feito, por exemplo, oferecendo a ele comidinhas adequadas para a sua idade, como a papinha, e verificando a faixa etária indicada de todos os seus brinquedos.
O que fazer na hora do acidente
Se, ao engolir um alimento ou algum outro item, a criança estiver tossindo, a orientação é ficar perto e esperar até que ela consiga expelir sozinha o objeto estranho. Caso isso não aconteça e o pequeno fique pálido, é preciso chamar o resgate o mais rápido possível e procurar alguém que saiba fazer as devidas manobras de desengasgo e desobstrução das vias aéreas. "O ideal é que todo mundo que lida com crianças, não só os pais, faça um curso chamado Suporte Básico de Vida para aprender a realizar essas manobras", indica Renata Waksman. Se feitas de forma incorreta, elas podem colocar a vida do seu filho em risco. Portanto, nada de tentar por conta própria!
O que não deve ser feito
Uma das atitudes que os pais costumam ter nesses momentos é colocar a mão dentro da boca da criança na tentativa de retirar o objeto. Mas isso pode piorar ainda mais a situação. "Na maioria das vezes, a pessoa acaba empurrando mais pra dentro o objeto", alerta Helito.

2. Queda
Está aí outro acidente doméstico bastante comum - e não pense que ele só acontece com os maiorzinhos. "A partir dos 4 meses, o bebê já consegue rolar, mas muitos pais não sabem dessa habilidade. Então, há casos em que a criança cai da cama ou do trocador", exemplifica o pediatra do Instituto da Criança.
Para se manter longe disso, não tem jeito: é preciso estar sempre de olho nos pequenos. Em casa, certifique-se de que todas as janelas estejam travadas ou tenham telas de proteção ou grades; bloqueie o acesso às escadas e remova tapetes ou opte por modelos antiderrapantes.
O que fazer na hora do acidente
"Primeiro, segure a criança até que ela pare de chorar e observe sintomas diferentes do usual", orienta a pediatra do Einstein. Entre eles estão perda de consciência, palidez, vômitos, choro prolongado, alterações no comportamento (sonolência ou agitação excessivas) e dor no pescoço ou nas costas. "Caso a criança esteja inconsciente, não é aconselhável removê-la do local", adverte Renata. Aí, o melhor é chamar socorro e verificar se ela está respirando. Se não estiver, deve-se aplicar as manobras de ressuscitação - desde que haja alguém apto para fazer isso.
O que não deve ser feito
Demorar para levar ao hospital ou chamar uma ambulância.

3. Afogamento
Não pense que esse tipo de acidente acontece só no mar ou na piscina - baldes, vasos sanitários e banheiras também são um perigo! Para prevenir o afogamento, além de supervisionar as crianças (inclusive as mais velhas) quando elas estiverem perto de qualquer um desses locais, oriente-as a respeitar placas de proibição em praias, a não brincar de empurrar uns aos outros dentro d’água e nem fingir que está se afogando. Em casa, mantenha os baldes vazios e os banheiros fechados.
O que fazer na hora do acidente
Remova a criança o quanto antes do local e deixe-a deitada. "É importante mantê-la aquecida, porque a hipotermia, que é a baixa temperatura, agrava os sintomas do afogamento", indica Alberto Helito. E chame socorro imediatamente.
O que não deve ser feito
Se você não recebeu o treinamento adequado, não tente fazer manobras como respiração boca a boca ou compressão do tórax. "Tudo isso tem aplicação se feito por alguém que conhece as técnicas. Caso contrário, a pessoa só perderá tempo de pedir ajuda", diz Helito.

4. Queimaduras
Elas podem ser causadas por fogo, líquidos ou comidas quentes e até pela eletricidade. Nos dois primeiros casos, a melhor forma de prevenir é manter a criança longe de locais como a cozinha, onde a maior parte desses acidentes acontece. Outra medida é evitar o uso de produtos inflamáveis, como o álcool.
Em relação à queimadura elétrica, a prevenção pode ser feita, por exemplo, substituindo fiações desencapadas, protegendo as tomadas e não permitindo que os pequenos manuseiem eletrodomésticos, como secadores de cabelo.
O que fazer na hora do acidente
Na queimadura com fogo, a orientação é rolar a criança no chão para tentar apagar as chamas e, assim que estiver controlado, lavar com água e levar para o hospital. No caso da queimadura por escaldamento, enquanto busca a ajuda de um profissional da saúde, lave a área com bastante água corrente.
Já em quadros de queimadura elétrica, a situação é mais delicada. "A corrente percorre uma área maior do corpo da criança e pode acometer, inclusive, órgãos internos", adverte Alberto Helito. Por isso, o primeiro passo é desligar o interruptor da chave e, depois, afastar a vítima da corrente elétrica. "O ideal é não encostar nela, porque você pode levar um choque também. Faça isso com algum material isolante, como um cabo de vassoura", informa a pediatra da SBP. Em seguida, chame socorro e certifique-se de que a criança está respirando - se não estiver, inicie as manobras de ressuscitação ou procure alguém que esteja apto a fazê-las.
O que não deve ser feito
Demorar a pedir ajuda ou utilizar técnicas caseiras, como aplicar pasta de dente, café ou manteiga na área queimada. "Nada disso é útil", afirma o pediatra do Instituto da Criança. O tratamento deve ser feito somente por um especialista, com o conhecimento e a higiene necessária.

5. Intoxicação
Não raro, os pequenos se dedicam a explorar novos territórios na casa e, ao se depararem com objetos nunca antes identificados, os colocam na boca sem pensar. De acordo com a PROTESTE Associação de Consumidores, as intoxicações costumam acontecer nos horários que antecedem as refeições e quando a rotina familiar é alterada, ou seja, durante as férias ou em mudanças. Entre os principais vilões estão remédios, produtos de limpeza e de higiene pessoal e até certas plantas.
Para prevenir esses acidentes, a PROTESTE sugere, por exemplo, guardar esses produtos fora da vista e do alcance das crianças; mantê-los em suas embalagens originais, e não em garrafas de refrigerante ou copos; e dar preferência a embalagens com tampas de segurança, mais difíceis de serem abertas.
"Quanto aos medicamentos, eu sempre oriento os pais a não se referirem aos comprimidos como balas, porque a criança entende que pode tomar quando quiser", avisa Alberto Helito. Outra dica é não tomar remédio na frente da meninada.
O que fazer na hora do acidente
A primeira coisa que deve ser feita é ligar para o Centro de Controle de Intoxicação mais próximo de onde você estiver e descrever o que foi ingerido, em que quantidade e o horário em que isso aconteceu. Enquanto a ajuda não chega, evite que o pequeno pule ou fique muito agitado. "A criança de pé favorece que esse tóxico desça mais rápido", explica o pediatra.
O que não deve ser feito
Se a criança tiver engolido um remédio ou um produto, não dê água, leite ou qualquer outro líquido, pois isso vai fazer com que a substância tóxica seja absorvida mais rápido. O mesmo vale para o vômito: nesses casos, nunca estimule a criança a colocar o que ingeriu para fora. Além disso, não deixe o pequeno sozinho.

6. Cortes
Eles podem ser causados tanto por objetos cortantes quando por uma queda, por exemplo. Por isso, mantenha facas, canivetes e tesouras longe da garotada. E, claro, esteja sempre por perto.
O que fazer na hora do acidente
Cortes de pequena proporção devem ser lavados com água e sabão. "Isso é importante para desintoxicar a ferida e remover bactérias que podem entrar ali", explica Alberto Helito. Se houver sangramento, pressione a área o máximo que puder e procure atendimento médico o mais rápido possível.
O que não deve ser feito
Não passe remédio dentro do machucado ou outros produtos, como álcool. Isso só deve ser feito com indicação médica.  

7. Mordidas de animais
Eles fazem um bem dano para os pequenos, mas é preciso ter certo cuidado. "Os animais têm alguns micro-organismos na boca que podem causar infecções específicas", informa o pediatra do Instituto da Criança. É importante que cães e gatos estejam sempre vacinados. Além disso, quando a bicharada estiver perto do pequeno, esteja sempre de olho. "O melhor é evitar o contato muito próximo até que o bebê complete 3 meses de vida", prescreve Helito.
O que fazer na hora do acidente
Lave o local com água e sabão e procure atendimento médico. Se possível, observe o animal para ver se ele não tem alguma doença.
O que não deve ser feito
Não passe produtos por conta própria. A esterilização e o tratamento devem ser feitos sob a orientação de um especialista.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/saude/bebe/primeiros-socorros-como-agir-em-acidentes-domesticos-com-criancas - Escrito por Luiza Monteiro - loflo69/Thinkstock/Getty Images

domingo, 25 de janeiro de 2015

Os limites das crianças e o esporte

Nos dias atuais, as maiores dificuldades dos pais e educadores são impor limites e disciplina as crianças pelas mudanças que ocorreram na educação dos filhos de tempos atrás ao presente.

     Algumas décadas atrás bastava o professor olhar firme para um aluno que ele logo entendia que estava fazendo algo de errado e deveria mudar seu comportamento. Além disso, o professor também podia aplicar algum castigo para educar o aluno. A situação financeira dos pais em sua maioria não era boa e eles não davam tudo o que os filhos pediam. Os filhos tinham mais atenção e tempo dos pais, principalmente da mãe que não trabalhava, contribuindo de uma maneira eficaz na educação dos mesmos, colocando algumas regras de comportamento e castigos quando necessários. As crianças tinham tempo certo para estudar, brincar, comer, dormir, etc.

     Hoje, os professores podem fazer caretas, falar e gritar que os alunos não estão nem aí, e aplicar castigos não corresponde à educação moderna. Os pais, em virtude da jornada de  trabalho, deixam de participar da vida dos filhos durante o dia e tentam compensá-los com bens materiais e sem fazer cobranças nas tarefas cotidianas. Não existem limites para as crianças no tempo de ver televisão, jogar videogame, na hora de dormir, de ficar na internet, do que comer e do presente que quer ganhar; dando o entendimento à criança que ela pode fazer tudo que quer e na hora que quiser.

     As crianças precisam desde cedo ter regras, tanto no sentido do que é permitido fazer quanto do que não é, do que é certo e do que não é, aprender a restringir certas vontades, aceitar que existe uma hora para cada atividade e a de trocar uma coisa por outra. Alguns fatores contribuem para a falta de limites em crianças como o excesso de tolerância, a falta de punição no momento adequado e a falta de coerência na ação dos pais. Os pais precisam compreender que dar limites não é ser mau, e sim dar-lhe proteção e cuidado, que tem a hora de dizer sim e também de dizer não.

     Aí é que entra a escola, a qual acaba arcando com a responsabilidade de dar limites às crianças, e de forma especial, os professores das primeiras séries do ensino fundamental que além de ensinar os conteúdos de sua série, tem de desdobrar-se em psicólogas, “tias” e conselheiras para entender e ajudar os alunos com problemas no comportamento. Segundo o ponto de vista educacional, permitir tudo ou não permitir nada são hábitos igualmente nocivos ao comportamento da criança.

     Os limites da criança devem ser dados através de disciplina e o esporte pode colaborar ensinando valores que serão úteis em sua formação educacional como: respeitar as regras, adversários, colegas e professores; que ele depende dos colegas para obter bons resultados; aprender a ganhar e perder; ter responsabilidade com os horários de treinamento; que deve estudar mais para compensar as horas usadas nos treinos e se alimentar corretamente e em horários estabelecidos.

      O esporte será um grande aliado dos pais e da escola na difícil tarefa de educar a criança, pois para isso é preciso paciência, dedicação, perseverança, responsabilidade e amor do educador para o educando. As crianças tornar-se-ão adolescentes e adultos responsáveis, compreensivos e agradecidos pelas cobranças e bons exemplos recebidos na sua infância, de seus pais e educadores.

     Como afirmou Pitágoras, “Educai as crianças de hoje e não será preciso punir os homens de amanhã”.

 José Costa
 Professor de Educação Física
 CREF 000245-G/SE

5 brincadeiras de criança que detonam calorias

Atividades divertidas torram as gordurinhas. Algumas brincadeiras de criança estão longe de ser apenas divertidas: as atividades também podem detonar calorias e gordurinhas. 

Pular corda é uma atividade quase custo zero: basta ter o equipamento. A parte boa é que o exercício vai muito além da nostalgia da infância: uma hora pulando pode queimar até 800 calorias.

O frescobol é uma espécie de tênis, mas que não precisa de rede. As raquetes são, geralmente, de madeira e a bolinha é de borracha. O desafio é conseguir uma sequência em dupla sem que a bolinha saia de controle. Uma hora praticando essa atividade pode queimar de 400 a 600 calorias.

Pedalar é uma atividade relaxante, mas que exige esforço corporal e manda embora muitas calorias. Um passeio de uma hora, em velocidade média, chega a torrar de 400 a 500 calorias.

Calçar os patins e sair deslizando por aí também pode ser uma excelente atividade para perder peso. O exercício chega a queimar 700 calorias se praticado por uma hora.

Jogar bola na piscina é um exercício divertido e muito potente. Como os movimentos na água são dificultados pela resistência do líquido, o gasto energético é maior e os músculos são mais estimulados. Uma hora de pólo aquático pode detonar até 650 calorias.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Dez atividades para crianças de férias

Quando chegam as férias fica sempre aquela dúvida: o que fazer com as crianças? É preciso muita criatividade para mantê-las por perto sem que fiquem entediadas com as brincadeiras de sempre. Por isso, separamos algumas que podem parecer simples, mas vão fazer suas crianças saírem da frente da televisão, do videogame e do computador. Elas gostam mesmo é de correr, "desbravar" lugares e de novidades. É necessário saltar, correr e, também, descansar. Pequenas construções, dicas para acampar, algumas piadas, ovos de gelatina, chapéu e navio de pirata, mapa e baú do tesouro e leituras vão fazer seus filhos sair da mesmice e se divertir aprendendo algo novo.

Avião de papel
Toda criança adora fazer avião de papel. Tudo isso só para jogá-lo e vê-lo voar. É muito simples. O que você precisa para fazer um é de uma folha no formato A4, a famosa folha sulfite, ou até uma de caderno. Com o papel nas mãos e em pé, dobre-a pela metade. Abra a folha e dobre somente as pontas superiores em direção ao centro. Agora, dobre-a pela metade, novamente na vertical. Dobre novamente a folha pela metade de cada lado até ter um formato de avião. Só resta brincar, jogar o avião e ir atrás dele.

Vamos acampar?
Toda criança sonha em poder desbravar o jardim da sua casa ou até mesmo do prédio onde mora. Mas se ela puder acampar de verdade em um camping, sempre acompanhada por um adulto, será muito mais divertido. Para um bom acampamento, você não pode esquecer de levar roupas à prova de água e que proteja do vento e do sol. Também é importante ter na mochila lanternas e kit de primeiros socorros, protetor solar, roupas extras e muita água e comida. Lembre-se de procurar um lugar plano para montar a barraca, assim você dormirá nela com mais conforto. Se for acampar próximo a um rio, procure um lugar mais alto, pois, durante a noite, o nível da água costuma subir. Mantenha sempre o interior da barraca organizado, assim você não perde um tempão procurando pela lanterna em caso de necessidade, por exemplo.

Como se localizar?
Agora que vocês já estão acampando, é preciso saberem se localizar para não se perderem. Se não tiver sinal para usar o celular, esqueça a tecnologia e ensine a criançada a se encontrar usando a natureza. O musgo, aquela plantinha escorregadia que nasce em pedras e árvores, cresce onde há menor iluminação solar. No nosso caso, que estamos no Hemisfério Sul, ele cresce em direção ao sul. Se não encontrar, segure um relógio de pulso na palma da mão e aponte os ponteiros das horas para o sol. Com uma folhinha a meia distância entre os ponteiros das horas e o número 12, a luz que se forma apontará para o norte, se você estiver no Hemisfério Sul.

Piadas
As crianças se cansam, embora às vezes não pareça tanto. E quando elas estão cansadas, ainda querem brincar ou dar boas risadas. E por que não contar piadas simples, mas divertidas para distrai-las? Vejamos alguns exemplos: P: Garçom, por favor! O que esta mosca está fazendo na minha sopa? R: Acho que ela está nadando de costas! P: O que passa na água, mas não se molha? R: A sombra! P: O que tem barba, mas não é homem e tem dente, mas não é gente? R: O alho! P: O que tem costas, dois braços, quatro pés e nenhum corpo? R: A cadeira!

Ovos de gelatina
Para pregar peças, preparar um ovo de gelatina pode ser muito divertido. Com a sua ajuda, o seu filho pode escolher um e, com um alfinete, fazer dois furos para, depois, soprar de um dos lados para retirar todo o conteúdo de dentro do ovo. Um dos buracos deve ser coberto com fita adesiva e, depois, prepare com seu filho uma espécie de funil, que pode ser feito com papel, e encaixe no buraco aberto. Prepare uma gelatina usando apenas a metade de água que se usa normalmente para fazê-la. Coloque o conteúdo dentro do ovo, cubra o buraco, ainda aberto, com fita adesiva e deixe-o na geladeira. No dia seguinte, seu filho pode presentear um amiguinho com um ovo de gelatina. A reação deles será divertida.

Chapéu de pirata
"Eu sou pirata da perna de pau, do olho de vidro, da cara de mau". Cante a essa famosa musiquinha com seu filho enquanto vocês preparam juntos um chapéu de pirata. Pegue uma folha de jornal na vertical e dobre pela metade. Agora, dobre as pontas de cima para baixo, de forma que elas se encontrem no meio. Você irá perceber que vai sobrar um pouco de jornal na parte inferior, que deve ser dobrada para cima para dar o formato final ao seu chapéu. Depois, use a criatividade para pintar seu chapéu e fazer colagens, por exemplo? Ah, não esqueça o tapa-olho para completar o visual.

Navio pirata
Para criar um navio pirata e brincar, até mesmo na hora do banho com seus filhos, siga estes passos. É importante lembrar que você deve acompanhar a criançada na hora de fazer um navio. Pegue uma garrafa pet de dois litros e corte no meio da garrafa o tamanho de uma caixa de suco de papelão. Coloque um pouco de areia dentro do recipiente para dar firmeza ao barco. Depois, pegue uma caixa de suco e corte pela metade. Não se esqueça de colar a caixa no buraco da garrafa. Faça dois buracos na caixa e coloque canudos, para formar os mastros do navio pirata. Agora, pegue um pedaço de papel para montar as velas. Depois disso, é só usar a criatividade para enfeitar o seu navio pirata.

Mapa do tesouro
Brincar de mapa do tesouro é muito simples. O que você irá precisar são de ideias e imaginação. Os seus filhos podem brincar em casa, no quintal ou onde achar mais divertido. Primeiro, esconda o "tesouro" em algum lugar. Depois, você terá que preparar uma série de pistas para que as crianças possam encontrar. Caso elas ainda sejam pequenas e não saibam ler, você pode ler ou montar suas mensagens com figuras para que elas possam entender onde devem buscar a outra dica. Quanto mais dicas fizer, mais as crianças irão gostar.

Baú do tesouro
Aqui, sua criatividade é que vai mandar. Pegue uma caixa de sapatos que não está sendo mais usada e pinte de marrom, pois assim fica mais parecida com a de madeira. Espere secar a tinta para por a tampa no "baú". Quando tudo estiver seco, coloque fitas ao redor da caixa e corte de forma que seja possível abrir. Se quiser dar um toque ainda mais realístico ao "baú", coloque alguns colchetes sobre as fitas para que pareçam travas. Agora, é só esconder o "baú" e usar o mapa do tesouro para seu filho encontrar.

Leituras
Seja na hora de dormir, quando muitas crianças gostam de uma boa leitura para pegar no sono, ou para acalmar um pouco a turminha da pesada, uma leitura é sempre muito importante. Ler é bom para as crianças e para quem lê também. Com uma boa interpretação da leitura e fazendo vozes para dar ainda mais graça à história, as crianças vão mergulhar em um mundo de imaginação sem fim. Histórias, como Peter Pan, Branca de Neve e os Sete Anões, A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, O Gato de Botas, Os Três Porquinhos e O Patinho Feio irão encantar suas crianças.

Fonte: http://www.ehow.com.br/dez-atividades-criancas-ferias-slide-show_29627/#pg=1 - Escrito por Marcinho Lc