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domingo, 22 de dezembro de 2019

9 crenças comuns sobre exercícios que não são verdadeiras, de acordo com um cientista


Quando se trata de exercícios físicos, existem muitas crenças falsas que as pessoas têm dificuldade em abandonar. A professora de fisioterapia Julie Broderick, do Trinity College Dublin (Irlanda), aponta nove delas:

Uma vez em forma, não preciso mais me exercitar
Quando se trata de exercício físico, consistência é a chave. Se você parar de se exercitar ou diminuir bastante o ritmo, vai certamente perder muitos dos benefícios conquistados, como aptidão cardiovascular e resistência. Sem contar a forma.

Ficar em pé o dia todo não é o mesmo que se exercitar
Ficar em pé e se movimentar o dia inteiro é uma coisa boa, é claro. De fato, melhora a saúde. No entanto, se você quiser otimizar os benefícios de saúde, é preciso se exercitar de verdade. Tente suar um pouco, pelo menos 150 minutos por semana.

É preciso se exercitar no mínimo dez minutos por vez
As novas diretrizes sobre exercícios físicos não indicam um mínimo de tempo necessário de exercícios físicos para ter benefícios de saúde. Você pode carregar sacolas pesadas e isso ser melhor do que não fazer nada, por exemplo. A intensidade conta, porém. Se quiser otimizar seu tempo, invista em curtos períodos de atividade (de meio minuto a dois minutos) espalhados ao longo do dia, como subir lances de escadas com uma intensidade suficientemente alta para ficar ofegante, por exemplo.

Quem tem alguma condição crônica não deve se exercitar
Algumas pessoas pensam que suas condições a impedem de se exercitar, mas esse não é o caso. Inclusive, ser ativo fisicamente pode ter benefícios de saúde a uma variedade de condições crônicas, como cânceres, doenças cardíacas e doenças pulmonares. É preciso consultar um médico ou um fisioterapeuta antes de decidir qual exercício fazer e com qual intensidade, contudo.

Estou velho para me exercitar
Não existe idade para não se exercitar. Não importa quantos anos você tenha, ainda pode adquirir força, potência e massa muscular. Você deve se exercitar sim, com o acompanhamento de um profissional.

Exercício físico emagrece
Não necessariamente. Estudos científicos, inclusive, têm apontado que a dieta é mais importante nesse aspecto, ainda que fazer atividade física certamente ajude a perder calorias. Se sua meta de perda de peso for substancial, pode ser necessário fazer mais de 300 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana.

Correr apenas uma vez por semana é pouco
Não é. Qualquer quantidade de corrida pode levar a benefícios à saúde. Uma pesquisa descobriu que até 50 minutos de corrida uma vez por semana em um ritmo mais lento que 9,65 km/h resulta em uma diminuição no risco de morte prematura. Ao mesmo tempo, correr mais do que isso não aumenta a expectativa de vida, necessariamente.

Grávidas devem se exercitar pouco
Se você é saudável e sua gravidez não é de risco, fazer exercícios físicos de intensidade moderada é seguro. Além disso, pode ajudar a evitar diabetes gestacional e ganho excessivo de peso. Peça a ajuda de um profissional.

Se não estou me sentindo bem, não devo me exercitar
Se você estiver com febre, sentindo muita dor ou um mal-estar intenso, realmente não deve se exercitar. Na maioria dos casos, no entanto, fazer atividade física é seguro. Tente se guiar pelo seu corpo – escute-o, e se exercite até onde achar que é suficiente. [ScienceAlert]


sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Mitos que matam do coração


Um especialista aborda as notícias falsas do momento sobre doenças cardiovasculares. O colesterol e os remédios contra ele são um alvo preferencial

A informação correta é uma das mais importantes aliadas da medicina, contribuindo para a orientação das pessoas e as ações preventivas. Em sentido contrário, as numerosas fake news veiculadas livremente prestam um desserviço à saúde. Na área cardiovascular, as notícias falsas são ainda mais graves, dada a letalidade dessas enfermidades.

Um desses mitos danosos refere-se às estatinas, comprovadamente os medicamentos mais eficazes para a redução das taxas de LDL (liproteína de baixa densidade), o colesterol ruim — uma das principais causas das doenças cardiovasculares. Segundo essas notícias falsas, as estatinas representariam um enorme risco à saúde. Isso é falso e coloca em risco a vida de pacientes que não podem ficar sem o remédio.

Há pessoas que, ao lerem esses conteúdos inverídicos, não iniciam ou até mesmo paralisam o tratamento, o que aumenta o risco de sofrerem um infarto ou derrame. É imprescindível que os pacientes com colesterol ruim acima dos níveis normais sejam devidamente tratados.

As estatinas, como todo remédio, podem apresentar efeitos colaterais em algumas pessoas. No caso, principalmente uma sensação de desconforto muscular. Quando ocorrer, o médico presta orientação e adota as medidas necessárias. Porém, a relação custo-benefício é imensa, pois elas ainda são os únicos fármacos eficazes contra o colesterol ruim mais acessíveis à população.

Outra fake news perigosa relacionada ao mesmo tema afirma que o colesterol ruim não faz mal. Isso simplesmente contraria o que já está comprovado há muito tempo por inúmeras pesquisas sérias. A elevação no LDL é uma das principais causas de graves doenças cardiovasculares, devido ao seu efeito no entupimento de veias e artérias.

E parece que o colesterol realmente é um alvo preferencial dos divulgadores de notícias falsas. Como se as outras mentiras não fossem o suficiente, foi disseminado que o óleo de coco diminui o LDL e auxilia no emagrecimento. Porém, não há quaisquer evidências científicas contundentes sobre isso.

Infelizmente, pessoas com colesterol alto que acreditam nesse mito acabam não adotando a alimentação correta e os procedimentos médicos adequados para resolver o problema. Quanto mais tempo permanecerem sem o tratamento certo, mais expostas estarão aos riscos.

Algo que também pode prejudicar as pessoas é o falso conceito de que apenas os obesos apresentam alto risco cardiovascular. É verdade, sim, que o excesso de peso favorece a ocorrência da hipertensão, diabetes e colesterolemia. No entanto, magros fumantes, sedentários, consumidores de álcool de modo inadequado e com hábitos alimentícios errados também apresentam alto risco de manifestarem uma cardiopatia. Ou seja, quem não é gordo também precisa se cuidar.

Em meio a essas desinformações, há verdades que se aplicam a todas as pessoas. É crucial pensar em check-ups e em um periódico controle dos níveis sanguíneos de colesterol. Também precisamos comer de maneira saudável, fazer exercícios físicos (sempre com orientação), não fumar e manter bons hábitos cotidianos. É assim que, responsavelmente, se preserva a vida.

Em caso de dúvida sobre qualquer assunto ligado à saúde, procure um médico. A melhor resposta encontra-se na ciência!

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/mitos-que-matam-do-coracao/ - Por José Luiz Aziz - Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

quarta-feira, 10 de julho de 2019

10 mitos de medicina que pacientes e médicos devem esquecer


Uma nova pesquisa da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos EUA, fez uma descoberta apavorante: mais de 400 práticas médicas comuns foram desacreditadas por estudos científicos.

Isso significa que diversas práticas rotineiras podem estar sendo realizadas em pacientes sem apoio científico que corrobore sua eficácia.

O estudo: metodologia
Os pesquisadores analisaram 3.000 estudos publicados em três importantes revistas científicas médicas: JAMA, The Lancet (artigos divulgados entre 2003 e 2017) e The New England Journal of Medicine (artigos divulgados entre 2011 e 2017).

A conclusão? Mais de um a cada dez estudos podem ser classificados como uma “controvérsia médica”, significando que os resultados foram opostos ao senso comum sobre a prática entre os médicos.

“Você ganha um senso de humildade. Pessoas muito inteligentes e bem-intencionadas praticam essas coisas por muitos e muitos anos. Mas estavam erradas”, disse um dos autores do estudo, o Dr. Vinay Prasad, ao The New York Times.

10 mitos médicos
Abaixo, você pode conferir dez sensos comuns médicos versus as descobertas dos estudos que os contradizem:

Estouro da bolsa e decisão de fazer o parto
A prática mais comum, quando a bolsa d’água de uma grávida estoura, é realizar o parto da criança imediatamente, mesmo que tal parto seja prematuro. Isso porque, sem a membrana e o fluido amniótico que protege o feto, os obstetras têm medo (e com razão) de que o bebê seja exposto a uma infecção bacteriana. Logo, seria melhor puxá-lo para fora.
Contudo, um estudo clínico rigoroso descobriu que, se os médicos monitorarem atentamente o feto enquanto aguardam o parto ocorrer naturalmente, o bebê não fica em risco maior de infecção. Além disso, há uma vantagem óbvia em esperar: crianças que são deixadas na barriga até o momento do parto natural são mais saudáveis, com menos problemas respiratórios e menos risco de morte do que aquelas que são imediatamente retiradas na barriga da mãe quando a bolsa estoura.

Peixes gordurosos ricos em ômega-3 e risco de doença cardíaca
Peixes gordurosos ricos em ácidos graxos ômega-3 sempre foram considerados um bom alimento para diminuir o risco de doenças cardíacas. Parece óbvio: pessoas com dietas ricas em peixes gordos têm menos incidentes cardíacos; suplementos de ômega-3 diminuem o nível de triglicérides no organismo, e sabemos que níveis altos dessa gordura levam a um risco maior de doença cardíaca; e o ômega-3 parece diminuir a inflamação, outro fator de risco para doença cardíaca.
Apesar de tudo isso, a pesquisa não tem encontrado eco desses benefícios na vida real: um suplemento diário de ômega-3 não forneceu nenhuma vantagem para os participantes de um estudo com 12.500 pessoas em grande risco de doença cardíaca.

Alergia a amendoim
Uma das alergias mais comuns, muitos médicos pensam que ela ocorre com mais frequência se a criança for exposta a amendoins antes dos 3 anos, de forma que pediatras têm aconselhado os pais a manter seus filhos longe do alimento até essa idade.
A pesquisa científica mostrou, porém, que crianças expostas a amendoim antes mesmo de completarem um ano de idade não tinham risco maior de desenvolver a alergia do que crianças que não foram expostas.

Ginkgo biloba, memória e demência
Ginkgo biloba é uma árvore de origem chinesa, conhecida também como nogueira-do-japão ou simplesmente ginkgo, utilizada na medicina tradicional chinesa como uma forma de preservar a memória.
Suplementos feitos de folha de gingko são populares: pelo menos nos EUA, movimentam um mercado de US$ 249 mi (cerca de R$ 956 mi, no câmbio atual). O único problema é que um grande estudo nacional americano descobriu que eles não ajudam a impedir a perda de memória, diminuindo assim o risco de demência, por exemplo.

Dor aguda e opioides
Aparentemente, muitos médicos tratam pacientes em extrema dor que chegam ao pronto-socorro com uma dose única de um opioide oral (por exemplo, um opioide comum é a morfina).
De fato, opioides são medicamentos poderosos, mas um estudo clínico chegou à conclusão de que opções muito mais seguras, como aspirina e ibuprofeno, funcionam igualmente para aliviar a dor.

Testosterona e perda de memória em homens
Pesquisas iniciais indicaram que alguns homens com níveis baixos de testosterona podem ter problemas de memória. Os homens com níveis mais altos pareciam ter mais tecido cerebral em boas condições em algumas partes do órgão. Homens idosos com níveis maiores de testosterona também se saíram melhores em testes para avaliar a função mental.
Dito isso, um estudo clínico bem conduzido concluiu que pílulas de testosterona não eram melhores que placebo para evitar perda de memória em idosos.

Asma e pestes domésticas
Médicos normalmente recomendam que as casas de pessoas com asma sejam dedetizadas para se livrarem de ácaros, ratos e baratas. A hipótese por trás desse conselho é que reações alérgicas a tais animais podem levar a ataques de asma.
Um estudo que incluiu dedetização intensa nas residências com crianças sensíveis a alérgenos descobriu que isso não é capaz de reduzir a frequência de ataques de asma.

Contar calorias e perder peso
Será que usar um aplicativo de smartphone ou um diário para contar quantas calorias você perdeu diariamente pode te ajudar a emagrecer, te mantendo consciente do seu progresso?
Alguns médicos acham que sim, mas um estudo de longo alcance, com 470 participantes seguidos por dois anos, concluiu o oposto. Os participantes que registraram suas atividades e as calorias que perderam emagreceram menos do que aqueles que apenas seguiram recomendações gerais.

Lesões de menisco e cirurgia
Rupturas de menisco estão entre as lesões mais comuns no joelho, principalmente entre atletas. Nos EUA, cerca de 460.000 pacientes realizam operação nessa parte do corpo anualmente. Isso porque tais lesões são muito dolorosas, e as pessoas pensam que a dor não aliviará a menos que façam a cirurgia.
No entanto, um estudo que seguiu diversos pacientes com rupturas no menisco e artrite moderada descobriu que seis meses de fisioterapia têm o exato mesmo efeito que a cirurgia para melhorar a dor e qualidade de vida dos indivíduos.

Bonecas realistas, adolescentes e gravidez precoce
Alguns médicos parecem acreditar que dar a uma adolescente uma boneca realista que exige cuidados maternos pode desencorajar a gravidez precoce, uma vez que as garotas entenderiam o trabalho que ter um filho realmente dá.
Um estudo, entretanto, concluiu o oposto: adolescentes que tiveram uma boneca realista eram na verdade ligeiramente mais propensas a engravidar que garotas que não ganharam uma boneca.

A revisão de estudos foi publicada na revista eLife. [TheNewYorkTimes]


sexta-feira, 31 de maio de 2019

5 mitos sobre exercícios físicos


Não “force” o aumento da transpiração, porque isso pode te deixar exposta a um perigo maior: a desidratação

Um dos grandes desafios de quem trabalha com saúde, emagrecimento e fitness é a enxurrada de informações enganosas que são publicadas diariamente  e que confundem muito a cabeça das pessoas de fora da área. Parece que todo dia vem um conhecimento “novo” à tona, muitas vezes contradizendo outro, e ficamos nesse pingue-pongue de “faz bem, faz mal”, o que gera insegurança e desconfiança.

Por isso, preparei esse material sobre os mitos mais comuns sobre exercícios físicos e suas explicações verdadeiras!

Abdominal faz perder a barriga
Apesar de ser muito praticado, os exercícios abdominais não são os responsáveis pela perda da gordura localizada na região do tronco. Para que você consiga ver definição nessa área do corpo, você precisa investir todas as suas fichas em uma dieta equilibrada, para diminuição de gordura abdominal, associada a exercícios físicos de moderada a alta intensidade, e não precisa fazer muito abdominal se você não gosta.
Como esse grupo muscular é amplamente exigido para a estabilização do tronco em muitos outros exercícios, quando esses são bem orientados, programados e executados (por isso a necessidade de um profissional capacitado prescrevendo os exercícios) os músculos abdominais são trabalhados em conjunto. Não há necessidade de fazer 300 abdominais por dia, porque a gente não perde gordura localizada somente com exercício localizado. A perda de gordura é sistêmica, ou seja, no corpo todo. Qualquer exercício que a gente faz, estimula a queima de gordura pelo corpo inteiro, e não de forma localizada.

Suor é sinal de emagrecimento
Suor é sinal apenas de que seu corpo está capaz de regular a sua temperatura interna. Através das glândulas sudoríparas, nós eliminamos água para a superfície da pele, processo de sudorese, que tem alguns objetivos. Um deles é controlar a temperatura corporal em resposta a um aquecimento interno ou externo, e isso é controlado pelo sistema nervoso autônomo.
Claro que, quando perdemos líquidos corporais de forma exagerada, o nosso peso na balança diminui, esse é inclusive um método de controle de reposição de fluidos em atletas, por exemplo. A associação entre suor e emagrecimento existe, talvez, por essa falsa interpretação do número na balança associada a neurose que existe com o peso corporal, no geral.
A perda de peso ocorre quando temos uma alimentação equilibrada, práticas de atividades físicas, sono reparador e déficit calórico. O tanto que uma pessoa sua varia de acordo com o ambiente que ela está, com a genética, com as roupas e com a intensidade do exercício praticado. Suar também não “desintoxica”, ok? Não “force” o aumento da transpiração, porque isso pode te deixar exposta a um perigo maior: a desidratação.

Você queima mais calorias se exercitando por mais tempo, mas com intensidade leve
Talvez por uma interpretação errônea de uma parte dos conhecimentos de fisiologia do exercício, que nos ensina que exercícios de longa duração e moderada-baixa intensidade usam gordura como fonte principal de energia, criou-se a ideia de que é melhor ficar caminhando duas horas do que correr 20 minutos para perder gordura, já que conforme vai aumentando a intensidade do exercício, menos a gordura é utilizada como fonte principal, dando lugar aos carboidratos.
Até pouco tempo atrás, inclusive, a orientação nas academias era que o tempo mínimo de esteira para começar a queimar gordura era de 20 minutos. Ora, mas veja, as tuas células têm cronômetro? Esse é outro mito!
Temos que avaliar o aspecto global de uma atividade, isto é, o número total de calorias gastas durante a prática. Quanto maior a intensidade do exercício, quanto mais rápido você caminhar ou correr, por exemplo, mais calorias você vai gastar por minuto. E o treinamento bem orientado vai te ajudar a manter o exercício de alta intensidade por mais tempo, fazendo com que você consiga sustentar uma prática de alta queima calórica.

Yoga é uma atividade leve
Já que está “na moda”, não poderia deixar de citá-la! O yoga possui diferentes estilos, os mais conhecidos derivam do tradicional da Índia, que foi trazido para o Ocidente por mestres yogis há muitos anos, como o Hatha Yoga, Tantra Yoga, Vinyasa Flow e Ashtanga Yoga.
É uma atividade ótima para trabalhar não só a força, mas também as outras valências físicas que são, muitas vezes, esquecidas nas formas mais comuns de exercício, como flexibilidade, equilíbrio, coordenação, além, obviamente, de trabalhar intensamente a concentração e a capacidade de manter a mente quieta e relaxada.
Mas não se engane! O yoga não é uma prática fácil, não é meditação, e alguns estilos são bastante desafiadores e exigem bastante do corpo e da mente. O segredo é se informar sobre o estilo praticado na escola que você busca, se certificar que o professor tem uma formação sólida e experiência, e deixo uma dica: práticas de hatha e tantra são menos desafiadoras do que de vinyasa flow e ashtanga!
Basta fazer exercícios com regularidade para ter resultados
Não é tão simples assim. Quando estamos falando de corpo humano, na verdade, não existe regra que sirva para todos, nem garantias que aquilo que dá certo para a maioria, vai dar certo para você também.
O corpo humano não é uma máquina, e por mais que nós tenhamos uma alimentação equilibrada, pratiquemos atividades físicas bem orientadas e com comprometimento, cuidemos do nosso sono e da nossa saúde mental, existe um fator que é extremamente importante e sobre o qual nós não temos controle: a genética.

Fazer exercícios só aos fins de semana adianta?Fazer exercícios só aos fins de semana adianta?
Existe uma grande variação na resposta ao treinamento nas diferentes pessoas. O potencial de desenvolvimento de força, velocidade, resistência, potência e agilidade são muito diferentes entre as pessoas, e isso é determinado geneticamente. Podemos sim, melhorar, aumentar nossas capacidades através de um treinamento bem prescrito, mas mesmo essa melhora possui um teto limitante.
Eu costumo dizer que nós não podemos fabricar um atleta vencedor; eles já nascem prontos, nós apenas os descobrimos e desenvolvemos. Portanto, alinhe seus objetivos à sua realidade, olhe para seus pais e irmãos e compreenda qual a carga genética que você carrega... para não ficar a vida inteira em busca de um “corpo perfeito” que você não tem como desenvolver de forma natural.


quarta-feira, 24 de abril de 2019

Mitos sobre atividades físicas: conheça e desvende!


Adotar uma rotina de exercícios para o corpo é uma atitude extremamente positiva, aprimorando o organismo e gerando inúmeros benefícios. Entretanto, para ter um resultado preciso, a prática precisa ser feita com o auxílio de informações.

Quando o assunto é suar a camisa, sempre aparece alguém capaz de sugerir alguma dica milagrosa. E na busca pela garantia de resultados rápidos e eficazes, é um fenômeno comum pessoas se enganarem no processo. Para ajudá-lo (a) a separar o joio do trigo, conversamos com uma equipe de especialistas sobre o tema. Em busca de respostas, confira abaixo alguns mitos sobre atividades físicas.

Mitos sobre atividades físicas
Exercícios aeróbios devem vir antes dos de força
Isso depende do objetivo de cada um. Se a ideia é melhorar o condicionamento cardiopulmonar, os aeróbios devem, sim, vir antes. Por outro lado, se o objetivo é aumentar a força e a resistência muscular, o ideal é priorizar a musculação. Isso ajuda a preservar os substratos que são consumidos durante a prática da atividade física e evita os componentes ligados à fadiga.

Alongar antes do treino reduz as chances de haver uma lesão
Na verdade, alguns pesquisadores já encontraram indícios de que alongar os músculos antes de suar a camisa pode desestabilizá-los. O exercício pode fazer com que a musculatura fique menos preparada para treinos intensos, especialmente os que envolvem pesos. O objetivo desse tipo de exercício é melhorar a flexibilidade. Nesse sentido, a prática é uma grande aliada dos atletas, pois ajuda a evitar encurtamentos musculares que podem levar a compensações mecânicas dos movimentos.

Suar bastante é sinal de que a pessoa está treinando direito
O suor é apenas um sinal de que o corpo está equilibrando a sua temperatura, eliminando o calor na forma de líquido. Dessa forma, suar não significa que você malhou da forma correta ou que está queimando uma quantidade diferente de calorias. Afinal, o suor depende de vários fatores, como a umidade do ar, o nível de condicionamento, a vestimenta e até mesmo a fisiologia da pessoa.


terça-feira, 9 de abril de 2019

INCA desvenda mitos sobre alimentos que curam ou que causam câncer


Carboidrato alimenta o tumor? Carnes não devem consumidas? Entenda esses e outros boatos sobre a alimentação e o câncer

Você já deve ter se deparado com alguma das famosas "fake news", que cada dia ganham mais força na internet. Tratam-se de informações mentirosas, que acabam se disseminando pelas redes sociais e, o pior, essas notícias mentirosas acabam afetando a saúde da população. E foi por isso que o Instituto Nacional do Câncer - INCA, órgão integrante do Ministério da Saúde, lançou a cartilha "Dietas Restritivas e Alimentos Milagrosos Durante o Tratamento do Câncer: Fique fora dessa!".

"Todos os dias, uma quantidade enorme de informações falsas, sem embasamento científico, que prometem ajudar na cura do câncer, chega por meio das redes sociais, de amigos e até mesmo de alguns profissionais. É preciso ter muito cuidado! Colocar em prática muitas dessas orientações pode comprometer a sua saúde e o seu tratamento, em vez de te ajudar. Esse é o caso das dietas restritivas e alimentos milagrosos, que são temas frequentes na Internet", é explicado na cartilha. Abaixo, veja os principais mitos alimentares sobre o tratamento do câncer:

Mito 1: "Carboidratos (pão, farinha de trigo, açúcar, arroz etc) alimentam o tumor"
A principal função dos carboidratos é fornecer energia (glicose) para as células. Todas as células do nosso organismo precisam de glicose. Mas quando você deixa de consumir esse importante combustível, o organismo encontra outros meios de gerar glicose, por exemplo, usando proteínas dos músculos. Como consequência, você perde peso (e muito músculo!). Perder peso e músculos de forma não intencional pode gerar prejuízos para o seu corpo e para o seu tratamento.
O fato de o tumor também utilizar a glicose como fonte de energia não pode ser, portanto, justificativa para retirar os carboidratos da alimentação. Em vez de se preocupar em cortar os carboidratos, é mais importante se preocupar em consumir esse nutriente vindo de alimentos frescos, como grãos, cereais, frutas e verduras. Evite os carboidratos presentes em alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes, macarrão instantâneo, mistura para bolos e barras de cereais.

Mito 2: "Cortar carboidratos ajuda no tratamento do câncer" ou "Sua quimioterapia não vai funcionar se você comer carboidratos"
Alguns estudos feitos em laboratório com células e em animais concluíram que a restrição de glicose pode reduzir o crescimento de tumores. No entanto, o corpo humano é complexo, e o que a ciência descobre quando estuda um grupo de células/tumores quase nunca pode ser aplicado para seres humanos sem que antes sejam feitas pesquisas em humanos. Até o momento, não existem evidências científicas suficientes que confirmem que cortar carboidratos ajuda a "matar o tumor" em humanos. Também não é verdade que se você comer carboidratos durante o tratamento a quimioterapia não vai funcionar direito.
Alguns cientistas estão estudando o efeito de determinadas dietas na resposta ao tratamento do câncer, mas ainda não existem dados suficientes que possam gerar recomendações diferentes das atuais para pacientes em tratamento. O que pode ser orientado por enquanto é que você siga uma alimentação saudável, baseada em "comida de verdade" e sem alimentos ultraprocessados.

Mito 3: "Proteínas de origem animal (carne vermelha, ovos, queijos) devem ser cortadas da alimentação, pois alimentam o tumor"
A proteína é o principal componente estrutural das células, desempenhando importantes funções no nosso organismo, como transporte de substâncias no sangue, síntese de hormônios e construção dos músculos. É importante lembrar que o tratamento do câncer muitas vezes pode levar à perda muscular, principalmente quando ocorrem efeitos colaterais e emagrecimento. Por isso, ingerir proteínas em quantidades adequadas, além de garantir a manutenção de diversas atividades do seu organismo, mantém seus músculos saudáveis.
E por que manter seus músculos saudáveis é tão importante? Eles são responsáveis por minimizar as chances de que seu tratamento seja tóxico para você, reduzindo o surgimento de efeitos colaterais. Eles produzem força, o que irá permitir manter sua independência para as atividades cotidianas, além de prevenir quedas e reduzir a fadiga (cansaço).
Qual fonte de proteína devo escolher? As proteínas estão presentes nos vegetais, como feijões, grão de bico, lentilha, ervilha e castanhas; e nos alimentos de origem animal, como peixes, frango, carnes vermelhas, ovos, leite, queijos e iogurte natural. A carne vermelha, se bem tolerada, pode ser consumida, desde que não ultrapasse 500g por semana da carne já cozida. É importante também evitar o consumo de carnes processadas, como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, peito de peru defumado e blanquet de peru.

Mito 4: "Cogumelo do sol, noni, graviola, chá de graviola, chá verde, dentre outros muitos alimentos, curam o câncer"
Não existem alimentos que, milagrosamente, curam o câncer. Uma alimentação saudável é composta por diferentes tipos de alimentos protetores, como frutas, legumes, verduras, feijões e outras leguminosas, cereais integrais, castanhas e outras oleaginosas. Existem evidências claras de que uma alimentação saudável auxilia na prevenção e no tratamento do câncer. Quanto mais colorida for a sua alimentação, mais fortalecidas estarão as defesas do seu corpo e menores serão as chances de prejuízos no seu estado nutricional durante o tratamento.
Portanto, lembre-se sempre de pedir orientação médica antes de fazer alterações em sua alimentação e, em caso de dúvidas, procure o Serviço de Nutrição de um dos hospitais do INCA, pelos telefones abaixo:

Serviço de Nutrição do HC I: (21) 3207-1576

Serviço de Nutrição do HC II: (21) 3207-2846 / 3207-2945

Serviço de Nutrição do HC III: (21) 3207-3811


sexta-feira, 22 de março de 2019

5 mentiras sobre musculação


Todo mundo já ouviu um milhão de conselhos na hora de treinar. Veja quais não seguir

Ao menos uma dessas “verdades” universais de academia você já deve ter escutado: os joelhos não podem ultrapassar as pontas dos pés no agachamento, gravidez e atividade física não dão match, quanto mais repetições, mais você seca… E por aí vai. O problema é que a prática da musculação mudou com o passar do tempo e novos estudos foram surgindo, mas muita gente ainda segue os antigos boatos sem nem questionar. Fomos conversar com o personal trainer Philipp Ebert, da academia Les Cinq Gym, em São Paulo, para tirar a prova sobre quais conselhos estão desatualizados:

1. Os joelhos têm que ficar na linha das pontas dos pés durante o agachamento
Bumbum nas alturas até o carnaval? Corre para o agachamento, coleguinha. Apesar de ser um exercício adorado pelas mulheres, ele leva consigo muitos mitos. Um deles diz respeito à posição correta dos joelhos ao descer. “Antigamente, achávamos que agachar com eles muito para frente, ultrapassando a linha da ponta dos pés, sobrecarregava as articulações”, explica Philipp.
No entanto, para muita gente, a posição de 90º das pernas não é a que mais respeita a anatomia corpo e pode acabar lesionando outro lugar: a lombar, parte inferior das costas. “Temos que analisar o que fica mais confortável em cada situação. Se a pessoa não tem problemas nas articulações, é até melhor que ela ultrapasse a linha dos pés. Assim, ela preserva a coluna”, afirma o personal trainer.
Mais uma ideia que você precisa abandonar para ontem é que o exercício é proibido para quem sente dores nos joelhos. “Nada a ver. Aparelhos que trabalham os músculos isoladamente, como a cadeira extensora, depositam muito mais carga na região. O agachamento dissipa essa carga para outros lugares, como tornozelo e quadril”, revela.

2. Idosos, gestantes e crianças não podem treinar
Caiu por terra. Hoje em dia, a gente vê muito idoso dando um show de força. “Com o passar do tempo, vamos perdendo massas óssea e muscular. Realizar atividades que respeitam os limites do corpo, mas que ao mesmo tempo trabalham o fortalecimento dos músculos, é imprescindível para evitar que a perda ocorra nos mais velhos”, diz Philipp.
Observar as limitações do organismo também vale para as gestantes, que, mesmo assim estão liberadas para a musculação. Contudo, sempre com acompanhamento médico e visando mais a saúde da mãe e do bebê do que a hipertrofia.
Já as crianças costumam ser banidas da prática porque muita gente acredita que a musculação interrompe o crescimento. “Existe uma cartilagem chamada placa epifisária, localizada na ponta dos ossos mais longos, que é a responsável pelo crescimento. Quando há a realização de uma atividade física com alto impacto, podem ocorrer lesões nela e o retardamento do processo”, confirma o personal trainer. A musculação, no entanto, se pensada para a faixa etária e bem tutorada, dificilmente causa os traumas — os riscos são menores até do que em esportes iniciados na infância, como a ginástica artística.

3. Quanto mais repetições, mais você seca
E o contrário serve para a hipertrofia: você ainda acredita que um número mínimo de repetições por série (geralmente 8) vai fazer o músculo ficar maior. Na verdade, o que define a perda de gordura ou o aumento da massa magra tem muito mais a ver com o tipo de alimentação. Dietas muito calóricas e ricas em proteínas, por exemplo, visam o crescimento muscular. Já as com restrições de calorias garantem um corpo mais sequinho.

4. Não é preciso alongar
Mentira. Os músculos precisam relaxar depois do estímulo. E o ideal é que você faça exercícios de alongamento mais leves, sem trabalhar muito a flexibilidade. “Após o treino, o corpo estará mais tensionado e os músculos mais inchados devido ao aumento da circulação sanguínea. Se a pessoa pegar muito pesado no alongamento, pode lesioná-los”, adverte o personal.
Porém, isso não quer dizer que você deve abandonar as práticas como a yoga e o pilates. Apenas administrar a agenda para fazê-las antes do treino.

5. A dor que aparece dois dias depois é acúmulo de ácido lático
Quem nunca ficou sem ir para a academia por conta das dores do dia anterior, que atire a primeira pedra. O desconforto é real, mas as suas causas não passam de mito. “A dor tardia nada mais é do que uma inflamação nas fibras musculares, muito relacionadas com o crescimento”, explica Philipp.
Contudo, não precisa ficar dolorida todas as vezes para garantir os resultados. “Geralmente, isso ocorre quando há trocas de estímulos. Por exemplo, se a pessoa está sedentária e começa a musculação, se ela aumenta a carga ou troca os exercícios”, diz.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/fitness/5-mentiras-sobre-musculacao/ - Por Amanda Panteri - DragonImages/Thinkstock/Getty Images

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

10 mitos que você não deve acreditar sobre nutrição


Com tantas informações a respeito do assunto, muitas vezes contraditórias entre si, fica difícil saber no que confiar na hora de decidir que caminho seguir se você quer se alimentar de forma saudável. Para ajudar a tirar algumas dúvidas, o site Nutra Ingredients, que oferece “notícias e análises sobre suplementos, saúde e nutrição”, consultou diversos especialistas e criou uma lista com 10 mitos sobre saúde e nutrição, apresentando as informações a respeito de cada um deles.

10. “Dietas detox”
O termo “Detox” se tornou muito popular no mundo das dietas. A ideia é que, em nome da nossa saúde, precisamos limpar qualquer coisa “tóxica” do nosso corpo. Excessos, como os cometidos nas festas de fim de ano, por exemplo, são os principais alvos de dietas “detox”. Dietas de desintoxicação podem envolver jejum, consumo exclusivo de frutas e legumes, corte de trigo e laticínios, consumo de uma gama limitada de alimentos, evitar cafeína e álcool. O problema é que o conceito de dietas de desintoxicação não é científico.
Segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido quando passamos fome, nosso corpo começa a acumular substâncias químicas chamadas cetonas. Esses produtos químicos podem resultar em náusea, desidratação, fraqueza, tonturas e irritabilidade. Ironicamente, ficar sem comer, como sugerem algumas dietas detox, intoxica o corpo. Além disso, uma falta prolongada de proteína faz com que o corpo destrua seus próprios músculos e comprometa seu sistema imunológico.
“Se você tem um fígado e um rim, está desintoxicando 24 horas por dia, 7 dias por semana. Verifique se você tem isso e, se tiver, não entre em pânico. Para ajudar, mantenha-se bem hidratado e não beba álcool em excesso”, sugere no texto da Nutra Ingredients a nutricionista esportiva Laura Clark.
 “As pessoas compram chá de desintoxicação especial ou bebem muita água de limão. Há também desintoxicantes smoothies. No entanto, nenhum desses produtos realmente desintoxica o corpo, pois ele mesmo é muito capaz de se livrar de produtos indesejados constantemente. Estes produtos podem ajudar na hidratação e encorajá-lo a, em geral, nutrir sua dieta comendo mais frutas e vegetais, por exemplo, o que pode fazer você se sentir melhor, mas eles não estão fazendo nada mais mágico do que isso”, explica a especialista.

9. “Testes de intolerância alimentar dirão se você tem intolerância a certos alimentos”
Testes de intolerância alimentar, que supostamente avaliam possíveis intolerâncias para ajudar no emagrecimento, não são científicos, nem precisos, nem baseados em evidências, e certamente não detectam nenhum tipo de intolerância alimentar. Quem afirma isso é Niamh O’Connor, nutricionista irlandês membro do Irish Nutrition & Dietetic Institute.
Oferecidos em lojas de alimentos saudáveis ​​e facilmente encontrados na internet, estes testes são baseados na medição de anticorpos Imunoglobulina G (IgG), um tipo de anticorpo que nosso organismo produz quando entra em contato com micro-organismos invasores.
“Somente um médico qualificado deve realizar investigações médicas e fazer um diagnóstico. Testes de intolerância alimentar são um desperdício de tempo, energia e de dinheiro. Como profissional de saúde (…), estou legalmente obrigado a fornecer apenas informações baseadas em evidências aos meus pacientes, então todos os nutricionistas são impedidos de realizar os chamados testes de intolerância alimentar, e podem ser excluídos do registro profissional por violação de código de ética. Qualquer pessoa que recomende estes testes de intolerância/sensibilidade alimentar declara falta de compreensão de imunologia básica, como alimentos individuais podem afetar a saúde e o impacto negativo que dietas restritivas têm sobre a saúde e o bem-estar”, finaliza O’Connor.

8. “Os BCAA’s são a melhor maneira de ingerir aminoácidos”
Os suplementos BCAA (Aminoácidos de Cadeia Ramificada) desempenham um papel importante na reidratação, síntese protéica e produção de energia, ajudando a reduzir a dor e a fadiga após um treino. No entanto, estudos mostram que os BCAAs, por si só, não conseguem sustentar um aumento na taxa de síntese protéica muscular.
Mark Gilbert, nutricionista esportivo, especialista europeu em nutrição esportiva, aponta que há uma maneira melhor de consumir aminoácidos úteis.
“Há algo chamado ‘aminoácidos essenciais’ e a razão pela qual eles são essenciais é que, se você não os tem em sua dieta, seu corpo não os terá. Os BCAAs são apenas três dos oito ou nove aminoácidos essenciais. Por que não tomar algo chamado suplemento EAA, um suplemento de aminoácidos essenciais que oferece todos os aminoácidos necessários?”, sugere.

7. “O carvão vegetal é um antioxidante saudável”
O carvão vegetal se tornou um ingrediente moderno adicionado a muitos alimentos e bebidas. Vídeos sobre os benefícios do carvão vegetal pipocam por toda a internet. Costuma-se dizer que o carvão vegetal ativado é bom para filtrar toxinas não digeridas no corpo, mas a nutricionista Laura Wyness diz que o carvão pode nos impedir de absorver vitaminas e nutrientes de que nosso corpo precisa.
 “O carvão vegetal pode ligar nutrientes e impedir a absorção desses no corpo. Na medicina, é usado para tratar overdoses de veneno ou drogas, mas partículas ativadas de carvão são grandes demais para serem absorvidas pela corrente sanguínea e podem reduzir a absorção de alguns nutrientes úteis”, alerta.

6. “Todos devem tomar probióticos diariamente”
Pesquisas sobre probióticos revelaram que eles oferecem vários benefícios para a saúde. Mas, ao contrário do que se pode pensar, isso não significa que todas as pessoas precisam tomar probióticos todos os dias,desde que estejam fazendo a dieta correta.
“Os probióticos são um ótimo recurso para restaurar a diversidade microbiana após um dano (por exemplo, após o uso de antibióticos ou inibidores da bomba de prótons [IBPs]) ou para aliviar os sintomas de algumas doenças (por exemplo, a Síndrome do Intestino Irritável). No entanto, uma pessoa saudável com uma dieta equilibrada e diversificada de alimentos integrais não deve ter necessidade de um probiótico”, esclarece Orla O’Sullivan, bióloga computacional do Teagasc Food Research Center, na Irlanda.

5. “Proteína em pó é para jovens que frequentam a academia”
Proteínas em pó são normalmente tomadas por frequentadores de academia, geralmente jovens entre seus 20 ou 30 anos. Mas talvez estes suplementos sejam recomendados para outra faixa etária. “Proteína suplementar adicional nas dietas de adultos mais velhos parece ser muito mal compreendida. A perda de músculo relacionada com a idade (sarcopenia) pode começar nos 40 anos e acelerar com a idade, o que significa que mais de 25% do músculo magro pode ser perdido antes dos 65 anos”, alerta Max Gowland, fundador da marca de suplementos para os maiores de 50 Prime Fifty.
“A verdadeira ciência mostrou, sem dúvida, que adultos mais velhos realmente precisam de mais proteína do que seus colegas mais jovens, em grande parte como resultado de uma maior propensão a perder massa muscular rapidamente quando sedentários. Os adultos mais velhos possuem uma certa ‘resistência anabólica’ que, combinada com o efeito catabólico de ser sedentário, pode levar à perda significativa de massa muscular, função muscular, força e equilíbrio crucial também. Cair é um acidente tão comum em adultos mais velhos e deve-se dizer que o resultado da cirurgia de fratura de quadril é, infelizmente, ruim”, complementa.
“Histórias na internet de que proteínas suplementares causam problemas nos rins e até mesmo removem cálcio de nossos ossos são mitos de acordo com os estudos. Os benefícios para a saúde das proteínas são enormes e ainda mais significativos à medida que envelhecemos”, aponta.

4. “A fase de carga da creatina causa saturação mais rápida dos músculos”
Uma ideia de nutrição esportiva que tem sido amplamente divulgada é que a fase de carga de creatina, que consiste em tomar 20 gramas do suplemento em doses divididas ao longo do dia por um período de tempo, ajuda a alcançar a saturação muscular ideal. Mas Tom Evans, diretor de desenvolvimento de novos produtos da Sci-MX, empresa britânica de suplementos, diz que isso só faz as pessoas gastarem mais dinheiro
“É muito raro ver isso nas instruções da embalagem hoje em dia, mas o mito continua circulando! Eu só posso supor que este era o melhor entendimento de suplementação com creatina que estava disponível no passado, ou que foi o trabalho de um departamento de marketing astuto! Mas, como todas as marcas responsáveis ​​agora descrevem, basta tomá-la diariamente. Nenhuma carga é necessária”, garante.
“Durante o período de carga de 5 a 7 dias proposto, não estou ciente de nenhum impacto físico. O único diferença negativa notável seria na sua carteira. Você precisaria beber muito mais água, mas, para ser justo, as instruções da embalagem sempre deixariam isso claro”, complementa o profissional.

3. “Dietas alcalinas”
A “dieta alcalina” é mais uma das dietas da moda que não têm nenhum embasamento científico. A ideia por trás disso é que o PH do nosso sangue pode mudar de acordo com a nossa dieta e é melhor comer alimentos alcalinos que o impedem de ficar muito ácido.
A nutricionista Laura Wyness explica que isso não faz nenhum sentido. “Se a comida que comemos afetasse nosso PH do sangue, então estaríamos com muitos problemas. Nosso sangue tem que permanecer entre um pH de 7,35 e 7,45 e se ele ficar abaixo ou acima disso, provavelmente morreríamos. Nossos corpos regulam o PH o tempo todo para garantir que ele permaneça constante. Os alimentos alcalinos são muitas vezes frutas e vegetais, por isso, uma dieta alcalina é saudável, mas não devido ao seu efeito sobre o PH no sangue”.

2. “Contar calorias”
Naturalmente, a ingestão de calorias é um elemento importante do controle de peso, mas contar as calorias que comemos não é necessariamente uma boa maneira de se manter saudável. Ilan Samish, cientista e pesquisador de proteínas que fundou a empresa de proteínas doces “Amai Protein”, diz que a contagem de calorias pode levar as pessoas a consumir os tipos errados de alimentos.
“A contagem de calorias é facilmente mensurável, mas muitas vezes não é o melhor guia nutricional. Primeiro, os adoçantes sem caloria podem engordar, mudando o microbioma e afetando o metabolismo geral – algo que foi comprovado em roedores e nos primeiros experimentos em humanos. Segundo, a maneira como se consome as calorias é talvez mais importante do que o número de calorias – há uma grande diferença entre a liberação lenta das calorias, como é o caso dos carboidratos complexos, em comparação com um pico acentuado de calorias, como é o caso do açúcar processado”, aponta.
“O pico de açúcar no sangue desencadeia uma resposta viciante para mais açúcar, assim como uma resposta metabólica ‘descendente’ depois que a ‘alta’ do açúcar termina. Por último e não menos importante, outros efeitos adversos, por exemplo, a toxicidade hepática ou a carcinogênese, devem orientar nossos hábitos alimentares”, sugere.

1. “Tomar vitaminas é uma perda de tempo”
Muitos estudos concluíram que tomar vitaminas não pode prevenir doenças crônicas, mas a nutricionista Carrie Ruxton diz que os suplementos vitamínicos existem para atender às recomendações de vitaminas e nutrientes, e que as pessoas nunca devem esperar que eles sejam drogas maravilhosas.
“Perdi a conta do número de estudos relatados na mídia que afirmam que suplementos vitamínicos e minerais são um desperdício de dinheiro porque não previnem câncer, doenças cardíacas, diabetes, demência, etc. Estou surpresa que os pesquisadores esperam encontrar benefícios tão significativos para a saúde, já que estamos falando de nutrientes, não de drogas. O objetivo dos suplementos vitamínicos e minerais é suplementar a dieta habitual, ajudando as pessoas a obter recomendações nutricionais – e isso é tudo o que devemos esperar .
“Claro, algumas pessoas dizem que você deve ser capaz de obter todos os nutrientes que você precisa de uma dieta equilibrada. Isso é verdade, mas a realidade é que milhões de pessoas na Europa não comem dietas balanceadas e, portanto, tendem a ser baixo em nutrientes essenciais, como vitamina D, cálcio, potássio, ácidos graxos ômega-3 e folato. É por isso que não é uma má ideia considerar um suplemento diário para completar a dieta”, defende. [Nutra Ingredients]

Fonte: https://hypescience.com/mitos-nutricao/ - Por Jéssica Maes

sábado, 22 de setembro de 2018

Detonando 9 mitos nutricionais


Muitos “sensos comuns” nutricionais são na verdade mitos reproduzidos sem qualquer embasamento científico.

Confira alguns deles:

Carboidratos engordam
Dietas de baixo carboidrato costumam ser pobres em nutrientes vitais que naturalmente obtemos de frutas e vegetais fibrosos. Um estudo recente realizado por cientistas norte-americanos até afirmou que cortar carboidratos pode aumentar o risco de morte prematura. Moderação é a chave.

Comer tarde da noite faz você engordar
Obviamente, as pessoas obtêm calorias de alimentos a qualquer horário em que comem. Você engorda se consome mais energia do que gasta, e o que conta é o número total de calorias ingeridas e não queimadas, em vez de quando foram ingeridas.

Ovos são ruins para a saúde
Os ovos são cheios de nutrientes, mas também têm alto teor de colesterol. É por isso que, durante anos, foi dito que eles não eram bons para a saúde. No entanto, novas pesquisas sugerem que não há ligação entre o consumo de ovos e o aumento do colesterol. Aliás, você pode conferir nosso artigo sobre alimentos com bastante colesterol que são saudáveis e devem ser consumidos.

Você pode comer oleaginosas à vontade sem engordar
Oleaginosas – como nozes e amêndoas – são ricas em proteínas, vitamina E e gorduras boas, e podem ajudar na perda de peso. No entanto, também são densas em energia, o que significa que são bastante calóricas. Em um experimento, as pessoas que perderam peso durante o estudo só comeram um quarto de xícara de amêndoas por dia como parte de uma dieta com restrição calórica.

Baixo teor de gordura é saudável
Nem todas as gorduras são iguais. Alguns produtos que possuem baixo teor de gordura são também muito ricos em açúcar. Não é bom generalizar. Por exemplo, um iogurte de baixa gordura pode ser mais calórico que um regular.

Dieta sem glúten é mais saudável
Não há nenhuma evidência de que uma dieta sem glúten seja mais saudável. Apenas quem tem doença celíaca ou sensibilidade ao glúten precisa evitar esse ingrediente. Para os demais, não existem provas de quaisquer benefícios dessa restrição.

Água quente com limão é melhor que café
Embora os limões contenham muita vitamina C e antioxidantes, não há provas conclusivas de que uma xícara de água com limão é realmente capaz de ativar seu metabolismo. Não houve estudos com seres humanos sobre o assunto. Além disso, o limão pode estragar o esmalte dos dentes devido ao alto teor de acidez. Enquanto isso, muitos estudos já provaram os benefícios do café.

Barras de proteína não engordam
Barras de proteína são geralmente doces disfarçados de saudáveis, uma vez que contêm alta concentração de açúcar. Embora existam alternativas com baixo teor de açúcar, estas não são tão populares.

Açúcares naturais, como o mel, não engordam

Cientistas descobriram que o efeito biológico dos adoçantes altamente processados, como o xarope de milho rico em frutose, é essencialmente igual ao do mel. De fato, o mel tem um pouco mais de calorias do que o açúcar (64kcal por colher de sopa) – então, só porque é um açúcar natural e certamente mais saudável, não significa que você pode consumi-lo à vontade. [DeccanChronicle]


sábado, 12 de maio de 2018

6 mentiras que quem vive com sono precisa parar de acreditar

Se você está sempre bocejando e sente sono o dia inteiro, essa lista é para você

Quem nunca se arrependeu de ter passado a madrugada em claro, sabendo que teria compromisso logo cedo? Isso porque o sono é parte essencial da nossa vida e está diretamente relacionado ao rendimento dos nossos dias. Por isso, separei 5 frases comuns de ouvir dos meus pacientes para esclarecer alguns mitos do sono. Confira abaixo:

1 - Eu não consigo dormir cedo!
Quanto mais focamos num problema, maior ele fica, não é mesmo? Isso também serve para a forma como lidamos com a dificuldade de iniciar o sono. Se formos para a cama pensando que vai ser difícil dormir, é só nisso que nosso cérebro vai pensar.
Desta forma, o ideal é praticarmos alguma atividade relaxante até que o sono venha. Técnicas relaxantes para dormir podem ser:
Vale usar a criatividade também, pintar quadros, bordar? O que importa é ser algo que dê prazer e que desvie nosso foco do problema do sono.
Quando o sono começar a dar sinais, aí sim é hora de ir pra cama. Lembrando que o contato com telas, como TV, celulares, tablets, não é recomendado pois a luz emitida por esses dispositivos atrapalha a produção dos hormônios que facilitam o início do sono.

2 - Quem cochila é preguiçoso!
Pelo contrário. O cochilo, desde que não passe de 20 a 30 minutos, é muito saudável. Ele ajuda a repor as energias no meio do dia e organizar as informações recebidas pelo nosso cérebro.
Existem vários estudos que demonstram o benefício destes descansos, pois trazem melhora no raciocínio e na memória. Mas atenção: o cochilo não deve passar de 30 minutos, pois pode prejudicar o sono à noite.

3 - Beber café atrapalha o sono
É verdade que a cafeína é antagonista dos receptores da adenosina, substância essencial para que o sono se instale no cérebro. Por isso, na maioria das pessoas o café consumido a noite altera, retarda ou tira o sono. Porém, em casos de cochilo, um estudo espanhol avaliou o uso do café logo antes do cochilo após o almoço. O café demora cerca de 20 minutos para ser absorvido e começar a estimular nosso cérebro. O estudo concluiu que ficamos mais dispostos ao tomar um xícara de café antes do cochilo pois o início do seu efeito coincide com a duração ideal do cochilo, fazendo a pessoa voltar às atividades sem sonolência.

4 - Não tem problema, eu posso me acostumar a dormir menos.
Situação: Trabalho durante o dia, faço curso durante a noite e quero abraçar mais milhares de compromissos. Posso me "acostumar" a dormir menos por algum tempo? A resposta é não, o nosso organismo não se acostuma. Cada um de nós tem um relógio biológico que determina o número de horas necessárias para seu bom funcionamento. Se dormimos menos do que precisamos, o prejuízo se reflete como queda de rendimento. Ficamos cansados com mais facilidade, desanimados, estressados e mais distraídos. Nosso organismo tentará resgatar o número de horas em vários momentos ao longo do dia, como após o almoço e ao final da tarde, podendo gerar mais acidentes.

5 - Não tem problema, eu vou repor o sono no final de semana.
O jet lag social é um termo criado para se referir às pessoas que dormem poucas horas durante a semana para dar conta de muitos compromissos, sejam profissionais ou pessoais, e no final de semana tem tanto sono acumulado que passam 10 a 12 horas direto na cama.
Ele é, portanto, uma falha de sintonia entre o número de horas de sono de que nosso organismo precisa e o nosso estilo de vida. Está virando um hábito cada vez mais comum, e pode iniciar já na adolescência.
Essa forma de tentar se adaptar aos compromissos da semana não é recomendada pois altera todo nosso metabolismo e a produção de hormônios. Precisa ficar claro para a pessoa que deve encarar o sono como uma rotina, assim como se alimentar bem e praticar exercícios. Muitas vezes esta pessoa precisa de ajuda médica para regularizar estes hábitos.

6 - Deus ajuda quem cedo madruga!
Através de pesquisas genéticas hoje sabemos que existem os cronotipos. Cronotipos definem o tipo da pessoa de acordo com o horário em que prefere dormir e o horário em que é mais produtiva durante o dia. Existem 3 cronotipos:
Os matutinos gostam de dormir cedo e acordar cedo. São produtivos durante o dia, em especial pela manhã
Os vespertinos gostam de esticar seu dia até a noite e dormir até mais tarde. Os vespertinos costumam dizer que rendem melhor no final da tarde em diante, até altas horas da madrugada
Há também as pessoas indiferentes, que se ajustam com mais facilidade às necessidades externas, como se adaptar àquele curso novo que começa às 7h da manhã, ou que vai até as 11h da noite.
Nossos relógios também passam por algumas variações ao longo da vida. Isso é mais notado na adolescência, quando tendemos para o tipo vespertino. A intensidade dessa mudança varia conforme nossos genes e também referente o comportamento de cada um. Se o adolescente for mais resistente aos conselhos dos pais e ficar à noite toda assistindo TV, por exemplo, vai ter sérios problemas de desempenho na escola.
Com base nos cronotipos, sabemos então que cada pessoa tem uma carga genética que determina o período onde desempenha melhor seu trabalho, não importando se ele é de manhã, de tarde ou de noite. O que importa é a pessoa descobrir como seu organismo funciona e que seu trabalho possa estar sincronizado com ele.