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quinta-feira, 8 de julho de 2021

Jogos Olímpicos de Tóquio serão sem espectadores por pandemia


"Não haverá espectadores" nas instalações dos Jogos Olímpicos de Tóquio (23 de julho a 8 de agosto), devido ao aumento do números de casos de coronavírus na capital japonesa - anunciou a ministra dos Jogos Olímpicos, Tamayo Marukawa, nesta quinta-feira.

 

"Chegamos a um acordo sobre que não haverá espectadores nas instalações em Tóquio", afirmou Marukawa, ao fim de uma reunião com todas as partes envolvidas nos Jogos, incluindo o Comitê Olímpico Internacional (COI).

 

A maior parte das instalações dos Jogos se encontra na capital japonesa, mas algumas provas serão em outros departamentos. Neles, também serão tomadas "medidas concretas", em coordenação com os organizadores, acrescentou Marukawa.

 

Estado de emergência por covid-19 ficará em vigor em Tóquio durante Jogos

Desde o início da pandemia, os Jogos de Tóquio são motivo de debate e um difícil quebra-cabeça para os organizadores.

 

"Acredito que podemos organizar os Jogos com total segurança, graças a estas medidas", disse mais cedo o premiê Yoshihide Suga.

 

Fonte: https://www.gazetaesportiva.com/olimpiadas/jogos-olimpicos-de-toquio-serao-sem-espectadores-por-pandemia/ - AFP - São Paulo,SP

terça-feira, 24 de março de 2020

Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio são oficialmente adiadas para 2021


Em nota divulgada nesta terça-feira, após conferência entre Thomas Bach e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, evento foi oficialmente adiado para acontecer, no mais tardar, no verão de 2021

As Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio 2020 foram oficialmente adiadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira por causa da pandemia de coronavírus. A decisão foi tomada após uma teleconferência entre Thomas Bach, presidente do COI, e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, para resguardar a segurança de atletas, técnicos e de todos que participariam diretamente ou indiretamente das competições. A nota oficial não informa uma nova data para as competições, mas diz que deverão ocorrer até o verão de 2021.

- Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada de Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020, mas o mais tardar no verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e na comunidade internacional - diz o comunicado do Comitê Olímpico Internacional divulgada nesta terça-feira.

O orçamento de todos os Jogos terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação. Há ainda a preocupação sobre como ficará a questão dos ingressos e devolução de dinheiro para quem não quiser mais ir aos Jogos. O evento, ainda que possa ser adiado para 2021, permanecerá com o mesmo nome: Tóquio 2020.

A pandemia de coronavírus já registrou mais de 390 mil casos e mais de 17 mil mortes por complicações da Covid-19 em todo o mundo. Um levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins apontou que até o último domingo, mais de 318 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus. A maior parte das mortes mundiais está concentrada na Itália, são mais de 5,4 mil até o momento. O país registrou no último sábado um aumento de quase 800 mortes em apenas um dia. A Itália tem mais de 59,1 mil infectados pelo vírus, atrás apenas da China, que desde o início do surto, em dezembro de 2019, acumulou mais de 81 mil casos de Covid-19.

Em sua 32ª edição, a previsão era de que 11 mil atletas, de pelo menos 204 países, disputassem os Jogos, distribuídos por 33 esportes. Se não bastasse esse contingente de pessoas, o COI e o Comitê Organizador do Japão tinha por estimativa que as provas recebessem até cinco milhões de espectadores de todo o mundo, nos 43 locais de disputas.

No total, 178 atletas brasileiros já estavam classificados para as Olimpíadas de Tóquio. A previsão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) era a de que o número de representantes do país ficasse entre 250 e 300 competidores.

Confira a nota oficial de adiamento:

"O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

A propagação sem precedentes e imprevisível do surto viu a situação no resto do mundo se deteriorar. Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a pandemia do COVID-19 está "acelerando". Atualmente, existem mais de 375.000 casos registrados em todo o mundo e em quase todos os países, e seu número está aumentando a cada hora.

Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que as Olimpíadas de Tóquio devem ser remarcadas para uma data posterior a 2020, mas não depois do verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e a comunidade internacional.

Os líderes concordaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio poderiam ser um farol de esperança para o mundo durante esses tempos difíceis e que a chama olímpica poderia se tornar a luz no fim do túnel em que o mundo se encontra atualmente. Portanto, foi acordado que a chama olímpica permanecerá no Japão. Também foi acordado que os Jogos manterão o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020".

Do lucro ao prejuízo
Antes do seu adiamento, os Jogos de Tóquio eram apontados como os mais lucrativos da história. Agora, a previsão é a de que haja um impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 1,4%. Somente em contratos celebrados com patrocinadores, o Japão arrecadou a impressionante cifra de US$ 3,1 bilhões (R$ 15,5 bilhões), ao estabelecer parcerias com 65 empresas. Esse valor supera em três vezes o recorde anterior, que era dos Jogos de Londres 2012. O orçamento, agora, porém, terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação.

Com a venda de ingressos, a previsão era a de arrecadar US$ 800 milhões (R$ 4 bilhões). Para se ter uma ideia do sucesso da comercialização das entradas, os Jogos Rio 2016 chegaram ao total de R$ 1,2 bilhão.

As Olimpíadas japonesas já tinham consumido um total de US$ 18,2 bilhões (R$ 91 bilhões). Deste montante, US$ 5,6 bilhões (R$ 28 bilhões) foram usados pelo Comitê Organizador e US$ 12,6 bilhões (R$ 63 bilhões) aplicados nas obras de infraestrutura e construção das instalações esportivas.

Com a não realização dos Jogos na data prevista, o Japão começará a contabilizar os prejuízos. Em um primeiro momento, o principal deles se refere ao turismo, que foi apontado por especialistas Nomura Holdings, empresa de serviços financeiros e que patrocina as Olimpíadas de Tóquio.

Sem os Jogos, o Japão deixa de arrecadar US$ 2,2 bilhões (R$ 11 bilhões) somente com receitas previstas para gastos estrangeiros. O governo japonês estimou que 600 mil turistas estariam no país durante a realização das Olimpíadas.

A perspectiva da Nomura Holdings é que não realização do evento faça com que o Produto Interno Bruto (PIB) do país sofra uma retração de até 1,4%. Os números são semelhantes a que técnicos do governo têm trabalhado extraoficialmente.

O cancelamento dos Jogos significaria um prejuízo de US$ 66 bilhões (R$ 330 bilhões), que equivalem a 1,4% do PIB japonês.

Para organizar os Jogos de Tóquio, os japoneses construíram oito instalações permanentes, dez temporárias, além de terem reformado outras 25, como o Estádio Olímpico e o Ginásio Nacional de Yoyog, que foram utilizados em 1964, na primeira vez em que as Olimpíadas foram realizadas no país.

COI não resistiu à pressão
No início da pandemia de coronavírus, o COI se recusou a cogitar a possibilidade de cancelamento ou adiamento das Olimpíadas de Tóquio. Ao mesmo tempo em que a epidemia se alastrou pelo mundo, o presidente da entidade máxima do desporto olímpico, o alemão Thomas Bach, se esquivou das perguntas feitas sobre o futuro das competições.

Mas no início de março, em todo o mundo se intensificaram os cancelamentos das competições esportivas, classificatórias ou não para as Olimpíadas de Tóquio. E esse fato levou o COI a emitir uma nota oficial em 3 de março e, no dia seguinte, Bach teve de fazer um pronunciamento e reafirmar a realização dos Jogos.

Com a classificação a Tóquio 2020 prejudicada, por causa das provas canceladas, o COI convocou uma reunião no dia 17 de março com as federações esportivas para discutir o futuro das Olimpíadas. Ao término do encontro, Bach informou que a decisão que os Jogos estavam mantidos.

Ante a crescente pandemia de coronavírus, a decisão desagradou à comunidade esportiva. E, no dia seguinte ao anúncio, pela primeira, vez, atletas e Comitês Olímpicos Nacionais começaram a pedir pelo cancelamento ou adiamento dos Jogos.

- Não é sobre como as coisas serão em quatro meses. É sobre como as coisas estão agora. O COI está querendo que a gente se mantenha arriscando nossa saúde, a saúde da nossa família e a saúde pública treinando todos os dias? Estão nos colocando em perigo agora, hoje, não em quatro meses - escreveu a atual campeã olímpica do salto com vara, a grega Katerina Stefanidi, em um perfil de rede social.

Em uma videoconferência com outros presidentes de Comitês Olímpicos Nacionais, o comitê espanhol pediu pelo adiamento das Olimpíadas. O presidente da entidade Alejandro Blanco lembrou que a Espanha é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus e, por isso, teme que seus esportistas participem da competição em situação de desigualdade.

E até os membros do COI passaram a pedir pelo cancelamento dos Jogos. Integrante da Comissão de Atletas do COI, a canadense Hayley Wickenheiser, tetracampeã olímpica de hóquei no gelo, classificou como irresponsável a decisão de não adiar os Jogos, diante do avanço do coronavírus no mundo.

Na tentativa de conter o inconformismo dos atletas, ainda no dia 18 de março, o presidente do COI realizou uma reunião por videoconferência com 220 atletas classificados para Tóquio. Ao término da reunião, ele se mostrou satisfeito com o resultado.

- Todos perceberam que ainda temos mais quatro meses pela frente. Há muitas perguntas a serem respondidas sobre as restrições e dificuldades do sistema de classificação - disse, na ocasião, Bach.

A pressão por um adiamento cresceu a partir do dia 20 de março, quando dirigentes esportivos da Itália fizeram coro aos atletas se posicionando contra a realização dos Jogos em julho. No Brasil, o Comitê Paralímpico (CPB) foi a primeira instituição do país a pedir o adiamento. No dia 21 de março, foi a vez de o Comitê Olímpico do Brasil (COB) defender o adiamento e foi seguido por diversas confederações esportivas nacionais. Reforçaram os pedidos entidades dos Estados Unidos, o Comitê Olímpico da Colômbia, da Noruega, da Austrália e de diversos países. Mas foi o Canadá que fez a pressão mais forte, ameaçando não enviar atletas aos Jogos caso mantivesse a programação inicial.

O COI reagiu com uma mudança de tom. Antes não havia data-limite para definir sobre adiar ou não as Olimpíadas. No dia 22 de março, o COI estabeleceu um prazo de quatro semanas para tomar uma decisão.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/rj/olimpiadas/noticia/olimpiadas-e-paralimpiadas-de-toquio-2020-sao-adiadas.ghtml  - Por GloboEsporte.com — Tóquio, Japão - Foto: Athit Perawongmetha/Reuters

terça-feira, 1 de novembro de 2016

As Olimpíadas deixaram os brasileiros menos sedentários?

Especialistas debatem se a realização de um megaevento esportivo como a Olimpíada do Rio de fato estimula a população brasileira a se tornar mais ativa

Desde que o Rio de Janeiro foi escolhido como sede da 31ª edição dos Jogos Olímpicos, em 2009, as autoridades não se cansam de discursar sobre as suas heranças positivas para a infra-estrutura, o turismo, a mobilidade urbana e a promoção de saúde. Mas será que uma competição desse porte fomenta um cotidiano mais ativo entre os cidadãos?

Bem, os números das últimas Olimpíadas sugerem que não. Apesar de ter como lema “Inspirar uma Geração”, a de Londres (2012) não alcançou seu objetivo inicial. Em 2005, quando a capital britânica foi escolhida para receber o evento, os organizadores estipularam uma meta ambiciosa: motivar 2 milhões de sedentários a se mexer ao menos 30 minutos por dia, três vezes na semana. Passados dois anos, baixaram o sarrafo para 1 milhão. E nem assim saíram vitoriosos. De 2005 a 2010, 123 mil ingleses se engajaram no projeto. No mesmo período, o número de inativos aumentou em quase 300 mil.

“Se você incentiva o esporte profissional, corre o risco de desestimular o amador”, avalia o médico Marcelo Demarzo, da Universidade Federal de São Paulo, que participou de uma pesquisa sobre o impacto da Olimpíada de Londres na taxa de atividade física da região. Segundo ele, o cidadão comum pode achar que não tem o talento nem o gás para se aventurar numa modalidade qualquer.


Os dados ingleses não são os únicos a contrariar a tese do legado olímpico. Um estudo da Universidade de Sydney, na Austrália, constata que o tempo dedicado à malhação por adultos daquele país não mudou muito após os Jogos de 2000, sediados lá – passou de 295 minutos semanais em 1999 para 303 em 2000. Outro trabalho, esse da Universidade de Kent, na Inglaterra, revela que o índice de movimentação na Grécia subiu 6% um ano antes da Olimpíada de Atenas (2004). Cinco anos depois, porém, despencou para abaixo do nível de 2003. “Os atletas podem até servir como modelos. Mas um torneio, por si só, não gera mudanças de hábito”, afirma a educadora física Doralice de Souza, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), coautora do artigo Legados de Megaeventos Esportivos: Considerações a Partir de uma Perspectiva Crítica. “O chamado efeito inspiração, quando ocorre, não dura e tende a afetar quem já se exercita”, completa.

No longo prazo, essencial mesmo é ampliar a malha cicloviária, revitalizar áreas de lazer, melhorar a segurança pública, abrir academias populares, valorizar aulas de educação física… “O investimento deve ser feito de maneira permanente, e não apenas às vésperas de uma competição”, diz o educador físico Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Ficar entre os dez primeiros no quadro de medalhas. Esse foi o desejo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Há quatro anos, a delegação nacional terminou em um modesto 22º lugar, com três ouros, cinco pratas e nove bronzes. E não é apenas no esporte profissional que o Brasil está longe do pódio. Segundo o Observatório Global de Atividade Física (GoPA, na sigla em inglês), 72% da nossa população se mexe com alguma regularidade, o que nos põe na 40ª colocação desse ranking.

Vídeo: tudo sobre vôlei | Saúde nas Olimpíadas

Por outro lado, não pense que ostentar um histórico olímpico dourado — sinal de investimento no esporte de alto rendimento — é sinônimo de um povo afeito a pedaladas e caminhadas. Os Estados Unidos, recordistas em medalhas, com 2 399 no total, ocupam o mísero 46º lugar na lista do GoPA. Já o Nepal, que participou de 11 Olimpíadas sem nunca subir ao pódio, é a nação mais ativa do globo, com taxa de 96%. Tanto que só 4,1% das mortes registradas lá decorrem do sedentarismo, ante 13,2% do Brasil.

Apesar dos pesares, será que a Rio 2016 encorajará os brasileiros a saírem do marasmo? Os especialistas têm suas dúvidas. O presidente do Confef, Jorge Steinhilber, lembra que, desde 2007, quando a capital fluminense sediou os Jogos Pan-Americanos, o Brasil está em evidência no cenário esportivo. De lá pra cá, recebeu a Copa das Confederações e a Copa do Mundo – e nem por isso vimos mudanças sólidas. “Às vezes, esses torneios têm um efeito contrário ao desejado. A Olimpíada pode estimular indivíduos ativos a migrarem para a frente da TV, enquanto tomam cerveja e comem pipoca”, pondera.

Demarzo traz outra preocupação: episódios extraesportivos como o surto de zika, a queda da ciclovia na orla do Rio e até o conturbado momento político contribuiriam para a sensação de que a Cidade Maravilhosa não está pronta para hospedar os Jogos Olímpicos. Aí, em vez de se engajar na competição e talvez experimentar uma modalidade, o indivíduo pode pegar ojeriza dela. Nesse sentido, uma pesquisa do Datafolha indica que metade dos entrevistados é contra o evento e 63% acreditam que ele trará mais prejuízos do que vantagens.

Vídeo: tudo sobre ginástica artística | Saúde nas Olimpíadas

Mas o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, segue otimista. Na sua opinião, os preparativos para a Olimpíada já aumentaram os níveis de atividade física no município. Ele cita o programa Academia Carioca da Saúde, que, desde sua criação, em 2009, beneficiou mais de 93 mil indivíduos. “Dos inscritos, 96% controlaram a pressão, 80% perderam peso e 17% pararam de tomar remédios”, contabiliza. Só cabe ressaltar que o projeto não foi inspirado na Olimpíada e funciona paralelamente a ela.
Infraestrutura para todos?

Terminada a Rio 2016, várias das instalações estão previstas para ser abertas ao público. Mas isso nem sempre ocorre. De acordo com o Índice dos Estádios do Mundo (2012), do pesquisador Jens Alm, do Instituto Dinamarquês de Estudos do Esporte, todo grande campeonato gera seus elefantes brancos. Ele analisou 75 arenas de 20 países erguidas entre 1996 e 2010 para sediar Copas do Mundo de futebol, Olimpíadas e por aí vai. Então concluiu que a maior parte foi abandonada ou é subutilizada. Qual a razão? Na maioria dos casos, elas almejavam satisfazer as demandas dos organizadores e não do povo.

Vamos, então, às promessas dos governantes sobre o assunto: um pedaço do Complexo Esportivo de Deodoro, o segundo maior polo de competições dos Jogos, será transformado no Parque Radical, tornando-se a segunda maior área de lazer da cidade. Já a Arena Carioca 3, que integra o Parque Olímpico da Barra, vai virar o Ginásio Olímpico Experimental, uma escola com método de ensino voltado para a prática esportiva e que possuirá capacidade para 9 500 alunos. “Não basta motivar a população a fazer atividade física. É preciso criar condições, como facilitar o acesso às instalações e disponibilizar orientação profissional”, frisa Doralice. Só assim um estilo de vida mais saudável deixará de ser mera promessa de campanha para se transformar, de fato, num legado às futuras gerações.
Inspiração para achar seu esporte

A Olimpíada do Rio teve 42 modalidades. Entre elas, Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educação Física (Confef), indica o atletismo, a natação e o handebol para os cidadãos que querem abandonar o sofá. As três práticas não requerem tanta técnica, esforço ou preparo para começar. A educadora física Doralice de Souza, da UFPR, destaca que a opção deve dar prazer ao sujeito. Do contrário, ele irá engrossar a estatística de 60% de pessoas que desistem nos três primeiros meses.

…E campeões no dia a dia

Se a disputa é por índice de atividade física, não tem pra ninguém: o vencedor é o Nepal, com uma taxa de 96%, seguido de Moçambique (94%) e Tanzânia (93%). Juntos, os três países somam apenas quatro medalhas olímpicas. Contudo, nesses casos o alto nível de movimentação pode ser consequência da pobreza — associada a um menor acesso a carros, eletrodomésticos e outros confortos que promovem o sedentarismo.


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Veja o calendário dos Jogos Olímpicos Rio 2016

O Comitê organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 divulgou o calendário do evento e logo no primeiro dia de disputas (6 de agosto), o Brasil tem grandes chances de conquistar sua primeira medalha.

Esta esperança reside no judô, mais precisamente em Sarah Menezes, que compete na categoria até 48 quilos, e foi campeã olímpica em Londres. Entre os homens, haverá a disputa da categoria até 60kg, na qual Felipe Kitadai foi bronze em 2012.

Os outros esportes que darão medalhas logo no dia 6 de agosto são: ciclismo de estrada (1), esgrima (1), halterofilismo (1) e tiro esportivo (2). Em todas estas modalidades, o país tem pouquíssima tradição.

Assim como aconteceu em 2012, a natação também será disputada na primeira semana, com o atletismo ocupando o horário nobre da segunda.

As modalidades coletivas terão a disputa por medalhas nos dias finais dos Jogos. Os campeões do basquete e vôlei masculino, por exemplo, só serão conhecidos em 21 de agosto, poucas horas antes da cerimônia de encerramento. O mesmo vale para a tradicional maratona masculina, quando o pódio é realizado em meio ao evento de fechamento.

Confira as datas dos principais eventos:

Cerimônia de abertura - 5 de agosto
Atletismo - 12 a 20 de agosto
Atletismo/Maratonas - 14 de agosto (feminina) e 21 de agosto (masculina)
Atletismo/Marcha atlética - 12 de agosto e 19 de agosto
Badminton - 11 a 20 de agosto
Basquete - 6 a 21 de agosto
Boxe - 6 a 21 de agosto
Canoagem slalom - 7 a 11 de agosto
Canoagem de velocidade - 15 a 20 de agosto
Ciclismo/BMX - 17 a 19 de agosto
Ciclismo/Mountain Bike - 20 e 21 de agosto
Ciclismo/Estrada - 6 e 7 de agosto
Ciclismo/Estrada contrarrelógio - 10 de agosto
Ciclismo/Pista - 11 a 16 de agosto
Esgrima - 6 a 14 de agosto
Futebol - a definir
Ginástica artística - 6 a 16 de agosto
Ginástica rítmica - 19 a 21 de agosto
Ginástica de trampolim - 12 e 13 de agosto
Golfe - 11 a 20 de agosto
Handebol - 6 a 21 de agosto
Hipismo/adestramento - 10 a 15 de agosto
Hipismo/CCE - 6 a 9 de agosto
Hipismo/Saltos - 14 a 19 de agosto
Hóquei sobre grama - 6 a 19 de agosto
Judô - 6 a 12 de agosto
Levantamento de peso - 6 a 16 de agosto
Luta olímpica/estilo livre - 17 a 21 de agosto
Luta olímpica/greco-romana - 14 a 16 de agosto
Nado sincronizado - 14 a 19 de agosto
Natação - 6 a 13 de agosto
Natação/maratonas aquáticas - 15 e 16 de agosto
Pentatlo moderno - 18 a 20 de agosto
Polo aquático - 6 a 20 de agosto
Remo - 6 a 13 de agosto
Rúgbi - 6 a 11 de agosto
Tiro esportivo - 6 a 14 de agosto
Saltos ornamentais - 7 a 20 de agosto
Taekwondo - 17 a 20 de agosto
Tênis - 6 a 14 de agosto
Tênis de mesa - 6 a 17 de agosto
Tiro com arco - 6 a 12 de agosto
Triatlo - 18 e 20 de agosto
Vela- 8 a 18 de agosto
Vôlei - 6 a 21 de agosto
Vôlei de praia - 6 a 18 de agosto
Cerimônia de encerramento - 21 de agosto


Veja eventos de graça na Olimpíada Rio 2016

O Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 avisou que nem sempre será necessário ter um bilhete para acompanhar um evento olímpico.

Há, sim, a possibilidade de torcedores assistirem ao vivo algumas competições da Rio 2016 sem ingresso, e de graça. Disputas de remo e ciclismo, por exemplo, acontecerão ao ar livre e em locais públicos. Por isso, qualquer pessoa poderá acompanhá-las ainda que de um lugar não tão privilegiado quanto o reservado a quem pagou pela entrada.

O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), o alemão Thomas Bach, já afirmou que as provas "gratuitas" são uma forma de ampliar a participação da população brasileira na Olimpíada. Ele mesmo espera que muitas pessoas aproveitem a chance e assistam in loco a alguma competição da Rio-2016.

O UOL Esporte listou esportes cujas competições poderão ser vistas sem ingresso. Confira as opções:

Remo
No Estádio de Remo da Lagoa
De 6 a 13 de agosto
De manhã e de tarde

Canoagem Velocidade
No Estádio de Remo da Lagoa
De 15 a 20 de agosto
Início pela manhã

Ciclismo de estrada - prova contrarrelógio
Chegada no Pontal (Zona Oeste)
10 de agosto
Das 9h30 às 16h25

Ciclismo de estrada
Chegada no Forte de Copacabana
Dias 6 (masculina) e 7 de agosto (feminina)
De manhã e de tarde

Maratona
Chegada no Sambódromo
Dias 14 (feminina) e 21 de agosto (masculina)
Início às 9h30

Maratona aquática
Chegada no Forte de Copacabana
Dias 15 (feminina) e 16 de agosto (masculina)
Início às 8h

Marcha atlética
Sem local confirmado
Dias 12 e 19 de agosto
De Manhã e de tarde

Triatlo
Chegada no Forte de Copacabana
Dias 18 (masculino) e 20 de agosto (feminino)
Início às 11h

Vela
Saída e chegada da Marina da Glória
8 a 18 de agosto
De tarde


quinta-feira, 28 de julho de 2016

Os brasileiros nas Olimpíadas

Apesar das Olimpíadas existirem há muito tempo, o Brasil só começou a participar dos jogos na década de 20, em Antuérpia, na Bélgica. Desde então, o Brasil participou de cada edição, com exceção dos jogos de 1928, em Amsterdã, na Holanda. As participações do País em Jogos Olímpicos totalizam 30 em sua história. Para quem não sabe, existem quatro “tipos” de Jogos Olímpicos. Eles são divididos por estações. A que vamos receber aqui no Brasil, apesar de ser nosso inverno, se chama Jogos Olímpicos de Verão. Nesta categoria, o nosso país já participou 22 na edição de verão. Nos Jogos Olímpicos de Inverno, o Brasil já esteve em seis edições, também já participou uma vez dos Jogos Olímpicos da Juventude de Verão e uma nos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno.

Da década de 20 lá pra cá, o Brasil já participou de Olimpíadas na França, EUA, Alemanha, Tóquio, Inglaterra, Finlândia, Austrália, Suécia, Itália, México, Canadá, União Soviética, Coréia do Sul, Espanha, Grécia, China e Reino Unido. Como é possível notar, os jogos acontecem sempre nos países do Hemisfério Norte. O Brasil é o primeiro país sul-americano a receber uma edição de Jogos Olímpicos.

E nessa edição de 2016 não vamos fazer feio. Estamos com 465 atletas participantes. Vamos conhecer as modalidades que temos brasileiros participando e o número de atleta em cada uma delas?

Atletismo – 67
Badminton – 2
Basquete – 24
Boxe – 9
Canoagem – 13
Ciclismo – 9
Esgrima – 13
Futebol – 36
Ginástica – 17
Golfe – 3
Handebol – 28
Hipismo – 12
Hóquei na grama – 16
Judô – 14
Levantamento de peso – 5
Luta olímpica – 5
Maratona Aquática – 3
Nado sincronizado – 9
Natação – 33
Pentatlo moderno – 2
Remo – 4
Rúgbi – 24
Saltos ornamentais – 9
Taekwondo – 4
Tênis – 7
Tênis de mesa – 6
Tiro com arco – 6
Tiro esportivo – 9
Triatlo – 2
Vela – 15
Vôlei de Praia – 8
Vôlei – 24


quarta-feira, 20 de julho de 2016

A história dos Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos foram criados na Grécia. Por volta de 2500 a.C, os gregos faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus, com as competições. Mas foi em 776 a.C. que ocorreram os primeiros Jogos Olímpicos de forma organizada, com a participação de atletas de vários cidades-estados.

Os atletas das cidades-estados gregas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.

Os gregos buscavam através dos Jogos Olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades da civilização grega. Mas por um período os Jogos Olímpicos não aconteceram. Isso aconteceu quando os romanos invadiram e dominaram a Grécia no século II, muitas tradições gregas, entre elas as Olimpíadas, foram deixadas de lado. No ano de 392 d.C., os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.

No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.


As mais antigas modalidades Olímpicas

Você já parou para pensar quais formam as primeiras modalidades dos Jogos Olímpicos? Desde a sua criação, muitas competições existiram e foram eliminadas durante os séculos. Entre a 13ª e a 96ª Olimpíadas, realizadas respectivamente em 728 a.C e 396 a.C. os gregos introduziram 16 tipos de competições. Algumas são disputadas até hoje. Vamos conhecer?

A corrida é uma das mais antiga das modalidades. Na realidade, ela foi a única competição nas primeiras 13 Olimpíadas. Na época, ela era chamada de aulus ou dromo. Segundo pesquisadores, a corrida à pé era feita em um trecho reto de aproximadamente 182 metros. A pista atlética era de terra batida e tinha indicações de início e fim. As corridas tinham eliminatórias e o último corredor a resistir às provas era o vencedor. Outra bem antiga é a Synoris, que foi adotada na 93ª Olimpíada, em 408 a.C.. Essa era uma corrida com dois cavalos. Essa competição é uma das mais antigas, descrita em cerâmicas da antiguidade.

Na décima quarta Olimpíada, em 724 a.C., foi a vez da Dialos ser criada. Ela era uma prova onde o corredor tinha que dar duas voltas na pista, equivalente a 384,54 metros. Já na décima quinta Olimpíadas, 720 a.C., programou-se uma prova de resistência onde se percorria 24 vezes o estádio, somando 4.614,48 metros. Ela era chamada de Dólicos.

Já o Pentatlo, surgiu na décima oitava Olimpíada, em 708 A.C. De acordo com pesquisadores, o pentatlo tinha cinco provas: disco, salto em distância, lançamento de dardo, corrida e luta livre. Disco é outra modalidade bem antiga. Os competidores tinham de dar cinco arremessos e o seu melhor lançamento era contado. Naquela época não se batiam muitos recordes nessa prova, a maior metragem relatada foi a de um atleta que arremessou o disco a uma distância de 30 metros. O Recorde de hoje é 67,5 m.

Outras modalidades bem antigas são: salto em distância, dardo, lutas (pugilismo e pancrácio, são algumas), tethrippon (corrida de carruagens), hopolitódromo (um tipo de corrida onde os competidores usavam capacete e uma espécie de armaduras nas pernas e carregavam um escudo circular) e por fim, apene e calpe. Apena era uma corrida de carroças com mulas e o calpe era corrida em burros.


Rugby e golfe: novas modalidades para Rio 2016

Temos novidades nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. É que duas modalidades estão de volta este ano: rugby e golfe. Há muitas décadas os dois esportes não eram disputados em Olimpíadas, porém voltarão a ocorrer em solo brasileiro. As duas vezes em que o Golfe marcou presença no evento foi em: 1900 (Paris) e 1904 (Saint Louis). Já o Rugby, esteve presente nas seguintes edições: Paris (1900), Londres (1908), Antuérpia (1920) e Paris (1924). Com isso, 28 modalidades serão disputadas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016.

Golfe: Os golfistas percorrerão quatro vezes os 18 buracos do campo localizado na Barra da Tijuca. O local foi inaugurado em março de 2016. Jason Day, Jordan Spieth e Rory McIlroy chegam como favoritos à medalha de ouro. Entre os brasileiros, Miriam Nagl e Victoria Lovelady brigam pela única vaga feminina. No masculino, Lucas Lee está bem cotado. O golfe será dividido em duas etapas: entre 11 e 14 de agosto estão marcadas as tacadas masculinas e entre 17 e 20 de agosto é a vez das tacadas femininas.

Rugby: Com a ascensão do futebol americano no Brasil nos últimos anos, o rugby acabou também ganhando notoriedade e partidas já estão sendo realizadas nos estádios antes exclusivos ao futebol em todo o país. Nas Olimpíadas, a modalidade disputada é o Rugby Sevens, com 7 atletas em cada equipe (o rugby também pode ser jogado com 15 atletas, em um campo com as mesmas dimensões). A sede será a região de Deodoro e as instalações foram entregues em março de 2016. O rugby será disputado em duas etapas: entre 06 e 08 de agosto ocorrem as disputas femininas e posteriormente, entre 09 e 11 de agosto, serão disputadas as partidas masculinas.


sábado, 13 de fevereiro de 2016

As principais novidades dos Jogos Olímpicos Rio-2016

Confira quais as inovações de Rio-2016 com relação a Londres-2012

Faltam apenas alguns meses para a chegada dos Jogos Olímpicos Rio-2016. A edição, primeira a ser realizada na América do Sul, vem com muitas novidades em relação a Londres-2012. Existirão novas regras, modalidades e até mesmo países competidores. Enquanto o mês de agosto não chega com o início dos Jogos, que tal conferir o que terá de inédito no Rio de Janeiro?

Mais modalidades
Com relação à última edição, em Londres, foram acrescentadas duas modalidades para o calendário esportivo olímpico: o golfe e o rúgbi. Ambas as modalidades já fizeram parte de outros Jogos Olímpicos. O rúgbi esteve em quatro edições:  Paris-1900, Londres- 1908, Antuérpia-1920 e Paris- 1924.
O seu retorno ocorrerá em um formato diferente. Para ter uma disputa mais dinâmica e que pudesse se encaixar no apertado calendário de duas semanas de competições, o rúgbi será realizado na modalidade seven, com sete jogadores em cada equipe e com partidas mais curtas, com dois tempos de sete minutos.
Já o golfe retorna à Olimpíada após mais de um século de ausência. A modalidade esteve presente em apenas duas edi- ções dos Jogos: em 1900 (masculino e feminino individual) e 1904 (competição por equipe).

Novos países participantes
Nos Jogos do Rio, poderão participar 206 nações reconhecidas pelo COI. São duas a mais do que em 2012. A lista aumentou porque Kosovo foi reconhecido como nação independente, em dezembro de 2014, e Sudão do Sul foi incluído na entidade em agosto de 2015.
O Kosovo conta com uma atleta de primeira grandeza, a judoca Majlinda Kelmendi, bicampeã mundial na categoria até 52 kg. Ela havia participado do evento de Londres defendendo a bandeira da Albânia, sua outra nacionalidade. Pelo Sudão do Sul, os destaques são o maratonista Guor Marial, que competiu como atleta independente em 2012, e a corredora Margret Rumat Rumar Hassan, participante nos 400 m na Olimpíada da Juventude de Nanquim (China), em 2014.

Mudanças em provas e regras
Foram feitas mudanças em algumas modalidades e em suas provas. A vela, por exemplo, apresentará uma nova classe, a Nacra 17, um catamarã que terá dois velejadores (um homem e uma mulher).
O boxe, outra modalidade tradicional no programa olímpico, também terá novidades em relação à edição de Londres. Pela primeira vez em 40 anos, os boxeadores irão competir sem usar o capacete. A determinação da Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador) começou a valer em 2013 e tem a intenção de aproximar as disputas do boxe olímpico do profissional. Mas isso só vale no masculino. No feminino, o uso do capacete continua obrigatório.

No pentatlo moderno, houve uma alteração na disputa de uma das provas, a esgrima, que nesta Olimpíada será realizada em duas etapas: a classificatória (todos se enfrentam), e as eliminatórias simples (até sair o vencedor). Na segunda fase, chamada de “rodada bônus”, o último colocado da fase de classificação enfrentará o penúltimo. O vencedor segue para enfrentar o próximo colocado sucessivamente, até o primeiro colocado do ranking, somando- -se um ponto por vitória. O competidor que vencer 70% dos combates ao final da competição somará 1000 pontos.


domingo, 4 de agosto de 2013

Conheça esportes bizarros da “2ª divisão” das Olimpíadas

As Olimpíadas reúnem, a cada quatro anos, os principais esportes do mundo. Só que muita gente fica de fora do principal evento esportivo do planeta porque pratica esportes que não são tão famosos, e assim não se encaixam nos critérios do Comitê Olímpico Internacional para entrar no programa dos Jogos.

O que acontece, então? Eles entram nos Jogos Mundiais, espécie de “Segunda Divisão” das Olimpíadas, evento que reúne os “excluídos”. Neste ano, os Jogos ocorrem em Cali, na Colômbia, desde o último dia 25 de julho, e terminaram neste domingo.

Só que muita bizarrice aparece lá. Conheça 10 esportes que, provavelmente, jamais aparecerão nas Olimpíadas, mas fazem sucesso nos alternativos Jogos Mundiais.

Punhobol
Poucos esportes coletivos no Brasil podem dizer que possuem quatro títulos títulos mundiais, juntando mulheres e homens. O punhobol é um deles. Nesse esporte em que os atletas apenas podem socar a bola, o Brasil tem dois títulos de Campeonato Mundial entre os homens, um entre mulheres, e é o atual campeão dos Jogos Mundiais no masculino.

Mas o que é o punhobol?
Duas equipes de cinco atletas são divididos em uma quadra com uma corda esticada a 2 m de altura no centro. Como no vôlei, o objetivo é colocar a bola no chão do rival (sem encostar na corda), mas só se pode encostar na bola com o punho ou o antebraço. A disputa é em melhor de cinco sets de 11 pontos.

Corfebol
Espécie de basquete, o corfebol é jogado de forma mista, com mulheres e homens no mesmo time – dois times de oito, com quatro mulheres e quatro homens. E sé é permitido marcar jogadores do sexo oposto.
Com uma bola que lembra  a de futebol, o objetivo é encestar a bola, assim como no basquete, mas em uma cesta sem redes e sem tabela para ajudar a mira. Só que correr ou quicar a bola não é permitido.



Cabo de Guerra
Esporte olímpico entre 1900 e 1920, o Cabo de Guerra ainda vive nos Jogos Mundiais.
Oito atletas de cada lado tentam puxar a corda mais forte que o adversário – vence quem fizer a corda rival passar quatro metros do centro.

Corrida de patins
Pensava que patins com rodinhas era só uma brincadeira de criança e que, em esportes profissionais, só patins de gelo ou para apresentações artísticas existiam? Nada disso.
Nos Jogos Mundiais, corridas com patins in-line são esporte, em diversas distâncias.


Sumô
Acha que o sumô é uma luta exclusivamente japonesa? Nada disso. Lutadores de todo o mundo se reúnem nos Jogos Mundiais para disputar quem consegue retirar o rival da área demarcada primeiro.
E qualquer um pode participar: o sumô não possui restrição de peso. Mas, claro, os “gordinhos” dominam por motivos óbvios.



Natação com pé de pato
Quando César Cielo nada os 50 m livre, é comum ele terminar a prova sem levantar a cabeça para respirar. Há uma versão da natação em que isso é simplesmente o normal.
É a natação submersa – que fez parte dos Jogos Olímpicos de 1900, em Paris. Modernizada, ela sobrevive nos Jogos  Mundiais até hoje – os nadadores atravessam a água em apneia.
Só que também há a versão regular, na superfície. Com o pé de pato, os recordes são muito superiores aos da natação normal: nos 50 m, por exemplo, a marca é de 14s34, contra 20s91 de Cielo.

Dança
Sim, dança aqui é esporte. Até samba entra na dança, com o perdão do trocadilho.





Pólo de Canoa
Os “gladiadores aquáticos” tentam colocar uma bola no gol adversário, enquanto “passeiam” de canoa e batem com os remos nos barcos adversários. Sim, isso existe e é esporte olímpico – ou da “Série B” olímpica.




Salvamento/Orientação
Salvar vidas é um esporte. Confuso, certo? Tentaremos explicar: uma série de eventos tenta provar as técnicas, forma física e motivação de atletas em situações que encontram no dia a dia de seus trabalhos. Quais trabalhos? Salvar vidas. Ou seja, é um esporte em que os participantes ficam por exemplo, no dia a dia, na praia, observando que não sabe nadar. E sim, eles precisam buscar pessoas de verdade (ou bonecos em tamanho real) nas situações perigosas dentro da competição.
Já a orientação consiste em salvar a si próprio. Os atletas são colocados em um ponto desconhecido e precisam usar um mapa para passar por diversos terrenos e chegar o mais rápido possível ao ponto final. Eles são obrigados a passar por pontos de referência, para garantir que não foram “espertinhos” e cortaram caminho.

Crédito: Divulgação/Jogos Mundiais