Mostrando postagens com marcador Visão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Visão. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Aprenda a cuidar dos olhos e proteger sua visão

Fala-se da beleza e dos muitos atributos poético deles, mas nem todos se lembram dos cuidados que se deve ter com os olhos.

"Normalmente, as pessoas recorrem ao oftalmologista quando estão enxergando mal ou quando ocorre uma enfermidade pontual e isso não deve ser assim. Existem complicações que surgem em virtude de hábitos diários que podem ser evitados," alerta o oftalmologista Mizael Augusto.

Confira algumas dicas que o profissional dá para prevenir e manter a saúde dos olhos.

Coçar os olhos com muita força faz mal
"É prejudicial à saúde dos olhos coçar com força, pode causar uma série de doenças, uma delas é na córnea, chamada ceratocone, que provoca uma mudança negativa na curvatura da córnea".

Colírios não devem ser utilizados sem prescrição médica
"O uso de colírios, incluindo os chamados adstringentes, só deve ser feito com recomendação médica. Tem colírio que as pessoas usam para limpar a vista e acham que não tem problema nenhum, existem colírios que podem até perfurar a córnea ou causar glaucoma".

Realizar exames oftalmológicos
"O exame de prevenção é a única maneira de evitar os agravos de uma possível doença. Existem pessoas que costumam ir ao médico ocular só para saber o grau dos óculos, e não fazem um acompanhamento. Aí, quando recorrem ao oftalmologista, pode ser tarde e já ter afetado a visão".

Uso interrupto do computador pode causar vista cansada
"O uso ininterrupto do computador ou da televisão pode causar coceira, cansaço, lacrimejamento e dificuldade para focalizar imagens. A visão é regulada por um músculo. Se a pessoa fica muito tempo usando a visão de perto ele fica trabalhando, contraído. Por isso, o recomendado é ter intervalos de uma em uma hora para descansar os olhos, além de manter uma distância de, pelo menos, 50 centímetros do monitor".

Acompanhamento e consultas periódicas
"Problemas como miopia, astigmatismo e hipermetropia aparecem espontaneamente e prejudicam a visão. Esses erros de refração devem ser corrigidos adequadamente, porque a não correção pode causar cansaço visual, dor de cabeça e mal-estar."

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=aprenda-cuidar-olhos-proteger-sua-visao - Com informações da Agência Saúde - Imagem: University of Southern California

terça-feira, 27 de maio de 2014

O que é glaucoma?

Embora não apresente sintomas aparentes, o tipo mais comum da doença deve ser diagnosticado com antecedência para evitar a perda gradual e permanente da visão. Entenda tudo sobre o glaucoma

O glaucoma é a origem da maioria dos quadros de cegueira irreversível no mundo. Trata-se de uma lesão no nervo óptico que está relacionada ao aumento de pressão na parte interna do olho. Isso acaba resultando na perda parcial ou total da visão. A causa exata é desconhecida, mas sabe-se que está relacionada à hereditariedade, traumas, uso de drogas e diabetes. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que existam quase 2 milhões de portadores no país, e metade deles não foram diagnosticados.

Sintomas
Há vários tipos de glaucoma. O de ângulo aberto — variação mais incidente — é assintomático e só mostra sinais quando já não é mais possível evitar a cegueira. Conforme o quadro avança, o paciente vai perdendo a visão periférica. Em alguns casos, ela fica embaçada devido à proliferação dos pontos cegos. No entanto, tais sintomas levam tempo para serem percebidos.

Diagnóstico
É feito por meio de um exame clínico que envolve a avaliação da pressão ocular (utiliza-se um aparelho chamado tonômetro); a observação dos nervos ópticos com oftalmoscópio e lâmpada de fenda; exames para detectar os pontos de cegueira e agonioscopia, prática que ajuda a descobrir qual é o tipo do glaucoma.

Prevenção
Como é uma doença silenciosa e que se agrava com o passar do tempo, o diagnóstico precoce é essencial. Pessoas com histórico de glaucoma na família ou com mais de 40 anos,míopes ou hipermétropes, diabéticos, afrodescendentes devem passar por avaliação anual.

Tratamento
Não há uma cura ou uma forma de restaurar a visão perdida. Mas o distúrbio é controlável com terapia medicamentosa. A cirurgia a laser reduz a pressão ocular e é uma alternativa para casos em que o indivíduo apresenta reações adversas aos remédios.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/o-que-e-glaucoma/784/ - Texto: Diego Benine / Foto: Shutterstock / Adaptação: Ana Paula Ferreira

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

21 alimentos bons para a saúde dos olhos

Lembre-se de consumir com frequência alimentos ricos em vitaminas A e E, e ômega 3

A ideia de nos mantermos saudáveis envolve, certamente, uma dieta adequada às necessidades de cada pessoa, aliada a um estilo de vida ativo. Ao ouvirmos falar da união de uma boa alimentação associada a atividades físicas, logo pensamos em um coração funcionando corretamente, em ossos fortes e corpo na medida certa! Além de mais disposição para o dia a dia.

E realmente esses são alguns dos benefícios de uma vida saudável. Mas você sabia que, ao optar por uma boa alimentação, você estará cuidando também da saúde dos seus olhos?!

A nutricionista Sabrina Lopes destaca que uma alimentação saudável e equilibrada ajuda a prevenir diversas doenças, inclusive as que atingem a região dos olhos. “As vitaminas e nutrientes antioxidantes, presentes em frutas e vegetais vermelhos ou amarelos, em óleos de peixes e outros alimentos, podem ajudar na prevenção de alguns problemas de visão”, diz.

E como todos nós estamos sujeitos a ter algum problema de visão, em qualquer período de nossas vidas, vale a pena se prevenir. “Para isso, prefira alimentos ricos em vitaminas A e E, e com ômega 3”, diz a nutricionista Sabrina.

“A falta das vitaminas citadas traz problemas como secura nos olhos, sensibilidade à luz, distúrbio de percepção de cores e cegueira noturna”, explica a nutricionista.

Abaixo, Sabrina Lopes cita uma lista de alimentos ajudam a prevenir certos problemas de visão e que, com certeza, só farão bem para a sua saúde. Vale a pena anotar:

Laranja: é fonte de uma substância chamada carotenoides, que previne a deterioração da mácula – responsável pela visão das cores.

Cenoura: assim como a laranja, é fonte de carotenoides.

Tangerina: como os itens anteriores, é fonte de carotenoides.

Mamão papaya: fonte de carotenoides.

Maça: mais uma fonte de carotenoides.

Couve: fonte de carotenoides.

Brócolis: assim como os itens anteriores, é fonte de carotenoides e previne a deterioração da mácula.

Morango: assim como outras frutas vermelhas e roxas, é fonte de vitamina C, alimento antioxidante que combate os radicais livres e, também, fonte de flavonoides. Com isso, ajuda a prevenir a degeneração da mácula e também a perda de visão.

Framboesa: oferece os mesmos benefícios citados acima.

Amora: como o morango e a framboesa, ajuda na prevenção da degeneração da mácula e perda de visão.

Mirtilo: oferece os mesmo benefícios das frutas citadas acima.

Cereja: assim como outras frutas vermelhas, apresenta os mesmos benefícios citados acima.

Alho: diminui a pressão arterial porque age como dilatador dos vasos sanguíneos. Isso ajuda na prevenção do glaucoma, já que a pressão intraocular é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

Cebola: assim como o alho, pelos mesmos motivos, ajuda na prevenção do glaucoma.

Sardinha: fonte de ômega 3, vitaminas A, B, D e E. Também estimula a circulação sanguínea, por isso, todas as estruturas oculares recebem oxigênio, o que contribui para a boa saúde dos olhos.

Bacalhau: peixe que oferece os mesmos benefícios citados acima.

Atum: outra opção de peixe, fonte de ômega 3, vitaminas A, B, D e E.

Salmão: como outros peixes, oferece os benefícios citados acima.

Ovos: a presença de substâncias foto-oxidantes, como luteína e zeaxantina, presentes na gema do ovo, ajudam a prevenir a degeneração macular.

Azeite Extra Virgem : muito bom na prevenção contra a degeneração macular, por ser rico em ômega 3.

Óleo de Linhaça: fonte de vitamina E e de ácidos graxos ômegas 3, 6 e 9, é um alimento muito bom para prevenir e tratar sintomas de ardência e coceira nos olhos e sensibilidade à luz.

Agora você tem mais alguns bons motivos para acrescentar frutas vermelhas e roxas, peixes, ovos, azeite, óleo de linhaça, além das outras frutas e legumes citados, à sua dieta! Entre outros benefícios, eles serão grandes aliados da saúde dos seus olhos!

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/21-alimentos-bons-para-a-saude-dos-olhos/ - Por Tais Romanelli - Foto: Thinkstock

domingo, 7 de abril de 2013

Esportes podem proteger a visão


Quem quer proteger a visão e prevenir problemas relacionados a ela deve conversar com seu médico sobre a prática de atividades físicas. Veja abaixo como os esportes beneficiam os olhos ao prevenirem certas doenças ou ajudarem no controle dessas condições.

Para evitar o ceratocone, que causa mudanças estruturais na córnea, a natação é o esporte mais indicado (sempre com o uso dos óculos protetores). Esse esporte afina a parte central da córnea e diminui os riscos de inflamação nas vias aéreas e nos olhos. Atividades ao ar livre devem ser evitadas, já que a poluição causa crises alérgicas.

Para prevenir ou evitar complicações do glaucoma, as melhores atividades são as aeróbicas, como correr, nadar, caminhar e pedalar, já que elas diminuem a pressão interna do olho em até 45%. Porém, exercícios anaeróbicos devem ser evitados. Atividades que usam a força para o ganho da massa muscular, como a musculação, esportes de impacto e até mesmo certas posições da ioga podem causar um aumento da pressão intraocular, levando a um agravamento da condição.

Na catarata e na degeneração macular são permitidos os esportes aeróbicos e de impacto, desde que sejam usadas lentes com proteção ultravioleta, cuja exposição é um fato de risco para o desenvolvimento dessas condições. A cegueira causada pela catarata é reversível através de cirurgia, mas os danos causados pela degeneração macular são permanentes.

Antes de escolher qual atividade praticar a pessoa deve consultar seu médico. O especialista levará em consideração não apenas o histórico de saúde do paciente, mas também o da sua família, decidindo então qual é o esporte mais indicado para as características e necessidades individuais da pessoa.

LCD Comunicação

terça-feira, 12 de junho de 2012

Cuide dos seus olhos no ambiente de trabalho


Grande parte dos trabalhadores brasileiros é negligente ao cuidar de sua visão. Prova disso é o aumento da incidência dos traumas oculares no ambiente de trabalho em um momento em que outros tipos de acidente vêm declinando.

Segundo relatório da Previdência Social, o número de traumatismos nos olhos e na órbita ocular dobrou entre 2008 e 2010, passando de 2,3 mil para 4,7 mil. A instituição afirma que os olhos são a quinta parte mais atingida nos acidentes de trabalho, respondendo a 4% das lesões. Os outros traumatismos mais comuns são ferimentos nos joelhos (4,3%), nos pés (8,6%), nas mãos (8,7%) e nos dedos (30,4%).

De acordo com oftalmologistas, a maior parte dos acidentes está relacionada com a falta de orientação dos trabalhadores autônomos na escolha dos óculos de proteção e dos Equipamentos de Proteção individuais (EPI). Em alguns casos, os profissionais usam os EPIs, mas não os adequados.

Um dos problemas que podem levar a acidentes é o cansaço ocular, que pode diminuir a produtividade em até 20%. Depois de três horas ininterruptas de trabalho, é recomendado uma pausa de 15 minutos. Para quem trabalha no computador, essa pausa deve ser depois de duas horas. Segundo os oftalmologistas, 75% dos usuários com até 40 anos e 90% dos que têm idade superior são portadores da síndrome da visão no computador (CVS), cujos sintomas são ardência, visão embaçada, sensação de areia nos olhos e dor de cabeça.

Os especialistas ensinam que a escolha dos óculos de proteção deve levar em consideração o tipo de atividade e o ambiente de trabalho. Veja abaixo uma lista dos tipos de óculos e lente e a indicação de uso:

Proteção lateral total - Óculos indicado para impedir partículas multidirecionais e penetração de radiação UV (Ultravioleta).

Protetor com perfuração – Permite a ventilação e é ideal para não embaçar a lente em ambientes quentes.

Protetor fixado em tela de aço – Indicado para evitar perfuração ocular por partículas mais pesadas.

Proteção lateral fixa - Para atividade de baixo risco como supervisores e dentistas que precisam manter boa visão periférica.

Lente Amarela – Melhora a visão em condições de pouca luz como dias nublados, com neblina e à noite. Também evita o ofuscamento e por isso é indicada para direção noturna.

Lente Cinza – Ideal para prteção contra ao excesso de luminosidade do sol e nos trabalhos de solda.

Lente Verde – Melhora a visibilidade em condições moderadas de luminosidade.

Lente Laranja – Melhora a visão de contraste tanto em dias ensolarados como durante a noite.

Lente Azul ou rosa – Ideais para descansar os olhos.

Fonte: LDC Comunicação
http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9768&mode=browse&fromhome=y

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Doenças cardiovasculares elevam risco de perda visual. Saiba como se prevenir

A falta de tratamento adequado das doenças cardiovasculares está relacionada a deficiências visuais graves, decorrentes de alterações na retina. O problema é que uma parcela importante da população brasileira não tem acesso ao tratamento necessário. Pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde) revela que no Brasil 33% das mortes são decorrentes das doenças cardiovasculares. O mesmo estudo mostra que 80% dos distúrbios do coração e vasos sanguíneos estão relacionados às alterações metabólicos: diabetes, hipertensão, trombose (oclusão vascular), e colesterol alto. Estas alterações provocam respectivamente - retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva e degeneração macular – importantes causas de perda definitiva da visão.

Para o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a pesquisa demonstra que existe uma carência de políticas públicas que incentivem a população a passar por check-ups médicos periódicos. Só para se ter uma ideia, o especialista diz que a maioria dos brasileiros busca por consulta oftalmológica só quando vai renovar a carta de habilitação. Não por acaso, um levantamento da OMS mostra que 43% das deficiências visuais estão relacionadas à falta de correção dos erros refrativos – miopia, hipermetropia e astigmatismo.

O médico destaca que metade dos portadores de glaucoma no Brasil não sabe que tem a doença. Por isso, só chegam à primeira consulta quando já perderam mais de 40% das células da camada de fibras nervosas da retina e parte do campo visual que é irrecuperável.

Prevenção
Queiroz Neto afirma que tanto as alterações cardiovasculares como as retinianas progridem sem apresentar sintomas. Por isso, só são percebidas em estágio avançado, quando ocorre infarto cardíaco, AVC (Acidente Vascular Cerebral), ou comprometimento visual por hemorragia, trombose ou hipertensão retiniana. A prevenção é feita através de exames de sangue e de fundo de olho mais frequentes.


Os grupos de risco que merecem atenção médica especial são:
• Portadores de doença cardiovascular
• Diabéticos
• Portadores de hipertensão arterial
• Quem tem colesterol alto
• Histórico familiar de doenças cardiovasculares
• Pessoas com mais de 50 anos

O médico diz que estes grupos devem praticar diariamente atividades físicas de 30 minutos a 1 hora. A alimentação deve incluir frutas, verduras e cereais integrais. O consumo de sal, açúcar, carne vermelha e gordura deve ser controlado.

Em caso de suspeita de dengue – manchas vermelhas pelo corpo, febre, dor de cabeça, no corpo e nas articulações – a recomendação do médico é buscar o serviço de saúde mais próximo e interromper o uso de ácido acetilsalicílico que é indicado aos portadores de doenças cardiovasculares para afinar o sangue, já que pode provocar hemorragia nos casos de contaminação pelo Aedes aegypti.

Fonte: Blog da Karlinha
http://jacintafreitas.blogspot.com.br/

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Corra para enxergar bem


É correr para ver!

Agora você tem mais um excelente motivo para fazer sua corrida matinal: incluir o treino na rotina é um ótimo jeito de manter a visão funcionando a mil

Muita gente já saiu correndo por aí em nome da boa forma, do coração, de uma vida menos estressante e até mesmo do controle do estresse. O que ninguém desconfiava é que os frequentadores das pistas de cooper, dos parques e de calçadões gozariam não apenas dos consagrados benefícios cardiorrespiratórios e psicoemocionais do exercício. Eles teriam um bônus — e, no caso, todos os créditos iriam para os olhos. É o que dá para ver com nitidez graças a duas pesquisas recém-publicadas na revista americana Investigative Ophthalmology and Visual Science.

Os estudos acompanharam quase 30 mil atletas durante mais de sete anos e fornecem evidências de que a prática regular de corrida reduz o perigo tanto de catarata quanto de degeneração macular, as duas principais causas de cegueira no mundo. O coordenador dos trabalhos, o epidemiologista Paul Willians, doLawrence Berkeley National Laboratory, vai além. Ele sugere que seria uma boa medida para os corredores incluir etapas mais vigorosas nos treinos — se estiverem bem condicionados, é claro. Isso porque pessoas que exigem mais dos pulmões e do coração obtêm ainda mais ganhos em termos de acuidade visual.

Na pesquisa que focou o impacto do esporte sobre a catarata, homens que corriam 64 quilômetros por semana — ou 9 por dia — apresentaram um risco 35% menor de ter a doença do que os que corriam só 16 quilômetros por semana ou pouco mais de 2 quilômetros diários. A investigação também concluiu que aqueles com melhor aptidão cardiorrespiratória tiveram risco significativamente menor de ter catarata.

No outro trabalho, o pesquisador comparou três grupos de corredores, conforme o percurso que perfaziam todo dia: até 2 quilômetros, de 2 a 4 quilômetros e mais de 4 quilômetros. Os que corriam mais apresentaram um risco de degeneração macular até 54% menor do que os que corriam menos. Já os que corriam na faixa de distância intermediária mostraram 19% menos probabilidade de desenvolver a doença.

O oftalmologista Nilton Kara José, professor da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista, aprova a notícia dos trabalhos californianos. Para ele, o recado é claro. "Não podemos abrir mão de nossa natureza: somos animais caçadores e temos um organismo feito para se manter em movimento", diz ele. "Por isso é razoável imaginar que a corrida faça bem para o nosso corpo todo, incluindo os olhos."

O oftalmologista Marinho Jorge Sacarpi, chefe do Centro de Oftalmologia Esportiva do Instituto da Visão da Universidade Federal de São Paulo, dá mais uma explicação para os benefícios da corrida: "O sedentarismo contribui para doenças como diabete e hipertensão, que provocam catarata e degeneração macular".

Essas doenças fragilizam os vasos e podem causar micro-hemorragias no fundo dos olhos, que liberam toxinas e prejudicam o fornecimento de nutrientes para as células do globo ocular. Na catarata, esses estragos se traduzem na opacidade do cristalino, uma das lentes dos olhos. Já na degeneração macular, células da retina que transmitiriam as informações de imagem para o cérebro morrem de uma espécie de inanição, já que o sangue com nutrientes deixa de circular a contento por ali.

As pesquisas americanas ainda precisam detalhar o mecanismo protetor da corrida. Enquanto isso, segundo os oftalmologistas, ninguém precisa encarar uma maratona por semana para enxergar mais. Até porque não são tantas pessoas que conseguem alcançar esse nível de desempenho. "E mesmo os atletas que cumprem 64 quilômetros semanalmente não suportam esse ritmo durante toda a vida", tranquiliza Marcos Paulo Reis, professor de educação física, ex-técnico da nossa seleção olímpica de triatlo e autor do livro Programa de Caminhada e Corrida, lançado por SAÚDE!. O conselho desse expert aos candidatos a atletas com olho de lince é procurar um médico e um preparador físico. E aí tirar o pó dos tênis.

Arme seus olhos

Exercícios ao ar livre exigem que você defenda seu olhar com alguns acessórios. Equipe-se no mínimo com boné ou viseira, que protegem contra a luz solar e retêm o suor. Seria bom que também usasse óculos escuros com filtro solar. Eles não só bloqueiam os raios de sol como minimizam o contato com poluição, pólen e insetos em geral. Se usar lentes, lance mão de lubrificantes específicos para evitar o ressecamento dos olhos e passe o protetor solar na testa com moderação — do contrário o creme poderá escorrer e causar irritação.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0310/corpo/conteudo_450320.shtml - por GIULIANO AGMONT -
design EDER REDDER - fotos EDUARDO SVEZIA

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Adapte a leitura para evitar a vista cansada


Ler no ônibus ou no computador não necessariamente prejudica a visão

Diante da falta de tempo, é comum a leitura ocorrer em lugares inusitados, como no ônibus, na cama e em ambientes escuros. Mas será que esses hábitos de leitura podem prejudicar a vista? Segundo o oftalmologista Wagner Ghirelli do Hospital Santa Catarina, na verdade, quanto mais lemos, melhor. "Quem lê muito tem uma capacidade visual melhor e lê mais rápido", conta. "Com o uso do computador, há pessoas que se tornam muito ágeis e desenvolvem habilidade visual muito grande, já que associam habilidade visual com motora." Desbanque os mitos a seguir e fique atento a alguns cuidados.

Ler no ônibus faz mal?

Há quem acredite que esse hábito pode causar até mesmo descolamento de retina, mas não é verdade. "O problema na retina é relacionado a traumas e independe de hábitos relacionados à leitura", explica o oftalmologista Omar Assae, do Hospital CEMA. Um baque muito grande, por exemplo, é o que pode causar o descolamento, que é mais comum em pessoas com alto grau de miopia ou com diabetes.

O que a leitura no ônibus pode causar é incômodo e mal-estar, pois o balanço do veículo provoca uma confusão no sistema vestibular do cérebro, responsável pelo equilíbrio.

Leitura no escuro é prejudicial?

Ler em locais com pouca luminosidade está longe de piorar doenças como miopia, hipermetropia, astigmatismo etc., tampouco "forçar a vista". O que pode acontecer, segundo Osmar Assae, é a fadiga, ou seja, sensação de cansaço dos olhos, já que é preciso força-los mais para enxergar.

"O que se recomenda é apenas não permanecer muito tempo com o foco de visão em um mesmo objeto próximo, já que isso causa dor de cabeça e sensação de baixa visão", aconselha o oftalmologista. "O ideal é fazer pequenas pausas durante a leitura."

Tablets deixam a vista cansada?

Ler em tablets (como iPad) também não pode ser considerado um mau hábito, pelo contrário: o oftalmologista Osmar Assae vê esses gadgets como aliados da boa leitura, já que a função "zoom" permite aumentar as letras, o que confere melhor visualização, além da possibilidade de ajustar a iluminação ao seu conforto.

É importante lembrar, apenas, de fazer pequenas pausas, já que o esforço repetitivo para visualizar imagens em curta e média distância causa o ressecamento da vista. Uma pessoa pisca os olhos, em média, 20 vezes por minuto, enquanto em frente ao eletrônico pisca apenas de seis a sete vezes.

Leitura na praia é permitida?

A luz da praia exige mais cuidados. Essa luminosidade excessiva, segundo o oftalmologista Wagner Ghirelli, pode gerar degenerações na retina, . Por isso, a leitura exige óculos escuros ou, pelo menos, um boné para proteger os olhos da luz intensa.

Crianças precisam de cuidados ao ler?

Para os pequenos, ficar muito próximo ao livro (ou da televisão, computador etc.) pode levar ao desenvolvimento de miopia, que se acentua conforme o hábito perdura. "Isso faz com que o olho tenha um crescimento maior do que deveria ter pelo fato dela ler muito de perto", esclarece Wagner Ghirelli. Mas esse risco só vale para crianças. Em adultos, ler com o livro muito perto pode causar, no máximo, desconforto.

Para uma boa leitura

Mais do que se preocupar com boatos, é preciso prestar atenção em pequenas atitudes que, com certeza, garantirão maior conforto durante a leitura:

- Independente de ser livro, tablet etc., o objeto deve ficar a, aproximadamente, 40 cm de distância dos olhos, com luminosidade adequada (determinada pela sensação de conforto ao ler);

- O objeto de leitura deve ficar sempre abaixo dos olhos, nada de deitar na cama e colocar o livro acima deles;

- A iluminação é importante aliada de leitura e não pode incomodar a visão, seja pela falta ou pelo excesso. Embora o conforto seja relativo, Osmar Assae recomenda uma lâmpada de 60w, que deve fornecer iluminação suficiente.

Fonte: Minha Vida-UOL - Por Ana Paula de Araujo

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Saúde e os seus porquês


Por que sinto mais fome no frio?

Chega o inverno e inúmeras guloseimas típicas da estação aparecem. Quando as temperaturas estão baixas, o organismo gasta muito mais energia para manter o calor do corpo. O fato é que toda essa energia só pode ser obtida por meio das calorias que estão presentes nos alimentos. Sendo assim, se uma pessoa está tentando emagrecer, não deveria entrar em uma sauna quente, e, sim, em uma câmera fria. Nessa situação, o corpo será forçado a gerar mais calor para manter a temperatura corpórea, consumindo dessa maneira as calorias extras. Quem responde: Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Por que acordo quando sonho que estou caindo?

Existem três respostas para essa pergunta. A primeira é a mioclonia hípnica, que ocorre no estágio de sono leve. Ela está associada ao cansaço físico e mental e ao estresse. Nesse caso, a pessoa sonha que está caindo, reage à sensação - sentando ou até mesmo se levantando - e acorda. Já quando a pessoa acorda, mas não consegue lembrar o motivo, pode ser um caso de epilepsia mioclônica. Se existem casos de epilepsia na família, é recomendada a investigação por um neurologista. No terceiro caso, ocorre o transtorno comportamental do sono chamado de REM. Ele acontece durante o sono pesado, em que a pessoa sonha profundamente e não deve se mexer.
Quem responde: Andrea Bacelar Rego, neurologista do Departamento de Sono da Academia Brasileira de Neurologia.

Por que tenho cabelo branco ainda jovem?

A cor dos fios de cabelo, e também da pele, é determinada pela melanina. A quantidade de produção desse pigmento depende da genética, entretanto alguns fatores externos, como o estresse, podem antecipar o aparecimento dos fios brancos. Infelizmente, ainda não existe um tratamento médico comprovado que retarde ou impeça que eles apareçam- além da já conhecida tintura de cabelo. É preciso, também, atenção em casos de doenças que causam o sintoma, como o vitiligo. Nessas situações, recomenda-se consultar um dermatologista imediatamente, já que os fios brancos podem ser revertidos com o auxílio de um tratamento específico.
Quem responde: Francisco Le Voci, dermatologista especialista em cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Por que a visão fica ruim depois de usar o computador?

O computador em si não prejudica a visão, mas pode causar algum desconforto devido ao cansaço visual que provoca. Sintomas como olho seco, lacrimejamento e vermelhidão acontecem pela diminuição da lubrificação ocular, já que a pessoa pisca menos quando está em frente à máquina. Além disso, a musculatura ocular é mais requisitada para a leitura (visão de perto e intermediária), agravando esses sintomas. Para evitar o desconforto, é recomendada uma pausa a cada 40 minutos. Olhe para o horizonte, use colírio lubrificante (prescrito pelo oftalmologista) e fique atento à luz ambiente e à altura da tela - que devem ser ajustados de acordo com cada biótipo de usuário.
Quem responde: Leonardo Marculino e Marcela F. Tavares, oftalmologistas do Hospital CEMA

Fonte: Revista Viva Saúde

terça-feira, 22 de junho de 2010

A copa do mundo de futebol na visão do Papa Bento XVI


Com sua periodicidade de quatro em quatro anos, o Campeonato Mundial de Futebol prova ser um acontecimento que atrai centenas de milhares de pessoas. Não há quase nenhum outro acontecimento na terra que alcance uma repercussão de semelhante amplitude. O que demonstra que, através dele, toca-se algo radicalmente humano, e cabe se perguntar onde encontra-se o fundamento deste poder em jogo.

O pessimista dirá que é o mesmo que na antiga Roma. O slogan das massas rezava panem et circenses, pão e circo. Pão e jogos são, queiramos ou não, o conteúdo vital de uma sociedade decadente que já não conhece objetivos mais elevados. Mas mesmo que se aceite essa visão, não seria de modo algum eficiente.

Poderíamos ainda perguntar: onde reside o fascínio do jogo para que chegue a ocupar a um lugar de igual importância que o pão? Com a visão posta na antiga Roma, poderia se responder novamente que o grito do pão e circo é propriamente a expressão do desejo pela vida do paraíso, por uma vida de satisfação sem fadigas e de liberdade plenamente realizada. Na verdade, isso é, em última instância, o conteúdo do conceito de jogo: uma tarefa completamente livre, sem objetivo e sem obrigação, e uma tarefa que, além disso, tensiona e aplica todas as forças do ser humano.

Nesse sentido, o jogo seria, então, uma espécie de tentativa de retornar ao paraíso: sair da escravizante seriedade da vida cotidiana e de seus cuidados para a seriedade livre do que não necessariamente tem que ser e que, justamente por isso, é bonito. Frente a isso, o jogo transcende, em certo sentido, a vida cotidiana; mas, sobretudo na criança, tem ainda antes outro caráter: é um exercício para a vida, simboliza a própria vida e, por assim dizer, a conduz de uma forma plasmada com liberdade.

Na minha opinião, o fascínio do futebol encontra suas raízes no fato de que reúne esses dois aspectos de forma muito convincente. Obriga o homem, acima de tudo, a se disciplinar, de modo que, pela formação, adquira a disposição sobre si mesmo, por tal disposição a superioridade e, pela superioridade, a liberdade. Mas, depois, lhe ensina também a cooperação disciplinada: como jogo em equipe, o futebol obriga a um ordenamento de si mesmo dentro do conjunto. Une através do objetivo comum; o êxito e o fracasso de cada um estão cifrados no êxito e fracasso de todos. Finalmente, o futebol ensina um confronto limpo, em que a regra comum a que o jogo se submete segue sendo o que une e vincula mesmo na posição de adversários e, também, a liberdade do lúdico, quando desenvolve-se corretamente, faz que a seriedade do confronto torne a se resolver e leve à liberdade da partida finalizada. Na qualidade de espectadores, os homens identificam-se com o jogo e com os jogadores e, desse modo, participam da comunidade da própria equipe, do confronto com o outro, bem como da seriedade e da liberdade do jogo: os jogadores passam a ser símbolos da própria vida. Isso também atua retroativamente sobre eles: sabem, com efeito, que as pessoas se veem representadas e confirmadas a si mesmas neles.

Naturalmente, tudo isso pode se perverter por um espírito comercial que submete tudo à sombria seriedade do dinheiro, e o jogo deixa de ser tal para se transformar em uma indústria que suscita um mundo de aparência de dimensões horrorosas. Mas até esse mesmo mundo de aparência não poderia subsistir se não houvesse a base positiva por trás do jogo: o exercício preparatório para a vida e a transcendência da vida em direção ao paraíso perdido. No entanto, em ambos os cenários deve-se procurar uma disciplina da liberdade; na vinculação à regra, exercitar a ação conjunta, o confronto e o valer-se por si mesmo. Se consideramos tudo isso, talvez pudéssemos aprender novamente sobre a vida a partir do jogo. Com efeito, nele torna-se visível algo fundamental: não somente de pão vive o homem; mais ainda: o mundo do pão é, em última análise, apenas a fase preliminar do que é propriamente humano, o mundo da liberdade. Mas a liberdade vive da regra, da disciplina que aprende o agir em conjunto e o correto confronto, o ser independente do êxito exterior e da arbitrariedade, e desse modo chega a ser verdadeiramente livre. O jogo, uma vida: se aprofundamos, o fenômeno de um mundo entusiasmado pelo futebol pode nos oferecer mais que um mero entretenimento.

Texto publicado em 1985 como parte do livro Suchen, was droben ist (Buscar o que é do alto), do então Arcebispo de München, Dom Joseph Ratzinger