sábado, 14 de janeiro de 2017

12 motivos para fazer musculação para o resto de sua vida

Caminhar na praia faz muito bem para a sua saúde. Não há sombra de dúvida. Mas quando o assunto é exercício com peso, soa o alarme. Puro preconceito. Ele é fundamental para uma vida melhor

Os exercícios de resistência — musculação, peso livre, ginástica localizada com carga e ioga, entre outros — são tão importantes para a saúde quanto caminhar, andar de bicicleta e nadar. Surpresa? Apesar de a afirmação acima ter o aval da comunidade científica mundial, a musculação ainda é vítima de ideias preconcebidas. Uma das mais persistentes diz que a prática não é segura. “Pesquisas feitas por universidades de ponta nos Estados Unidos provam que os exercícios com peso bem orientados trazem benefícios para todo mundo, de adolescentes a pessoas com mais de 90 anos”, afirma José Maria Santarem, coordenador do Centro de Estudos em Ciências da Atividade Física (Cecafi), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Além de ficar com um corpo muito mais bonito, a sua saúde será amplamente recompensada:

1.Você vai ficar mais bonita
São os músculos que dão forma ao nosso corpo, já que a gordura, o outro tecido de preenchimento de que nós dispomos, é disforme. Modelar o corpo é sinônimo de trabalhá-los. As mulheres que exibem um corpão sabem muito bem disso! O bumbum fica redondinho, as coxas roliças, a barriga durinha… O curioso é que eles crescem para se defender de uma agressão, como explica Santarem: “O exercício produz enzimas que destroem as proteínas do próprio músculo. O processo de recuperação, porém, tende a superar o desgaste para evitar futuras privações”. A natureza é generosa: repondo um pouco mais do que foi gasto, faz aumentar o volume daquele tecido.

2. Você vai ficar mais forte
Aumento de tamanho de músculo é igual a aumento de força. Mas não é só isso. Ela não depende apenas do volume, mas da capacidade de o cérebro recrutar o maior número possível de fibras musculares para, por exemplo, você levantar uma mala do chão. As fibras estão lá, nos músculos, mas o sistema nervoso que os comanda pode não convocá-las da melhor maneira. Ao treinar, você estará exercitando não só o corpo mas também seu cérebro, que fica mais eficiente no comando da massa muscular.

3. Você vai ficar com o coração mais saudável
A versão clássica de que apenas as atividades aeróbicas são benéficas para a sua saúde cardíaca foi por água abaixo. A musculação treina o coração para esforços intensos, enquanto a aeróbica o prepara para atividades suaves e prolongadas. Um trabalho científico documentou que quando a pessoa fortalece os músculos, a frequência cardíaca e a pressão arterial sobem menos com o esforço. “Qualquer exercício evita doenças nas coronárias”, conclui Santarem.

4. Você vai ficar mais flexível
Sair do banco de trás de um táxi de duas portas fica mais difícil com o tempo. Aqui também a musculação é uma ótima aliada. Um estudo recente mostrou que há eficiência no treinamento com peso para aumentar também a flexibilidade.

5. Você vai ficar com ossos mais resistentes
A musculação estimula a produção de células ósseas. Não é à toa que ela tem sido utilizada no combate à osteoporose. Atividades de impacto, como corrida e step, também oferecem esse benefício. Os exercícios com peso, se bem orientados, são mais seguros para as articulações.

6. Você vai ficar com uma postura melhor
Ao desenvolver a musculatura, você melhora a postura, já que são os músculos que sustentam os ossos. É por isso que pessoas muito magras ficam curvadas, mesmo sendo jovens. Não é só uma questão estética, mas também de saúde. Uma pesquisa feito nos Estados Unidos esclareceu que o trabalho com peso é a melhor forma de tratamento na maioria dos casos de dores nas costas.

7. Você vai ficar com a autoestima lá em cima
Estar mais bonita, ágil e saudável são fatos que contribuem para elevar a sua autoconfiança e fazer com que você se sinta bem consigo mesma. O melhor de tudo: os benefícios estéticos obtidos são rápidos.

8. Você vai ficar jovem por mais tempo
Aqui a natureza é madrasta: nós perdemos 10% de massa muscular entre os 25 e os 50 anos e 30% entre os 50 e 80 anos. O melhor é tratar de ganhar músculos logo cedo para amenizar o quadro. Estudos feitos com idosos em diversos países mostraram que a perda muscular é bastante amenizada com os exercícios de resistência.

9. Você vai ficar mais magra
O consenso de que qualquer tipo de atividade física — e não apenas a aeróbica — emagrece é recente. “A comunidade científica finalmente reconheceu a importância da musculação na perda de peso”, afirma Santarem. Um importante estudo feito pelo American College of Sports Medicine (a maior associação de profissionais ligados ao fitness) provou que todos os exercícios emagrecem por causa do gasto calórico. A longo prazo, foi levantada a hipótese de que os com peso sejam ainda mais eficientes, pois a taxa metabólica basal aumenta quando ganhamos músculos.

10. Você vai ficar livre da celulite
“Celulite é uma questão de muito tecido adiposo e pouco músculo”, garante Wayne Westcott, diretor de pesquisa da Associação Cristã de Moços de Quincy, em Massachusetts (EUA), e responsável por um estudo sobre o tema. O papel dos músculos na guerra contra o problema é a grande novidade. “Se você aumenta a massa muscular, sua pele vai ficar mais lisa sobre ela”, explica Westcott. E, para isso, a receita é trabalhar com carga pesada. Diminuir o tecido adiposo — com exercícios e dieta com menos calorias — não basta. “A redução da gordura não melhora, necessariamente, a aparência da pele. Ela pode ficar flácida e cheia de furinhos, porque há ainda pouca substância para recheá-la”, afirma.

11. Você vai dormir melhor
Estudos revelam que as pessoas que praticam atividade física com frequência, dormem melhor. E, vamos combinar, depois de um longo dia de trabalho e um treino com peso, ficar acordado será um desafio. Afinal, você já gastou boa parte da sua energia.

12. Você vai mandar o stress embora
Você pode treinar por 10 minutos ou 2 horas. O tempo não importa! Com certeza vai se sentir relaxada depois da academia. Isso porque a atividade física estimula a liberação de endorfinas que estão ligadas à sensação de prazer e bem-estar.


Fonte: http://boaforma.abril.com.br/fitness/12-motivos-para-fazer-musculacao-para-o-resto-de-sua-vida/ - Por Olga Penteado (colaboradora) - bekisha/ Thinkstock/ Getty Images

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Estratégias para adotar já se deseja fortalecer os músculos

A primeira etapa deixou você mais durinha e definida. Agora só falta fazer a barriga ficar mais lisinha, certo? “Mesmo que a genética favoreça o acúmulo de gordura no abdômen, ela não é determinante”, afirma a nutricionista esportista e funcional Isabella Vorccaro, do Rio de Janeiro. É possível vencê-la! Mas o sucesso depende de uma série de medidas que vão além da dieta (continue com o cardápio e o esquema de pré e pós-treino da fase anterior) e do exercício adequados.

São necessárias noites de sono reparador, hidratação e cuidados com a postura – quando você se esquece da existência do core, a musculatura que envolve a lombar e o abdômen, tende a andar com a barriga projetada para a frente. Se ainda assim não ficar satisfeita, Isabella dá outras sugestões para você manter sua melhor forma no verão – e depois!Confira:

1. Modere no consumo de alimentos que estufam a barriga
É comum os grãos estufarem a barriga, e os culpados têm nome: aminoácidos sulfurados. “Em contato com bactérias do intestino e substâncias como o óxido de enxofre, responsável pela produção de gases, eles entram em processo de fermentação e atrapalham a digestão”, afirma Isabella. Pode acontecer o mesmo com algumas verduras.
De duas, uma: suspenda temporariamente esses alimentos ou recorra a algumas manobras dietéticas para evitar que eles inflem o abdômen.

Os causadores do efeito estufa:
Leguminosas: feijões, lentilha e grão-de-bico. Mergulhar esses grãos na água, no mínimo, por oito horas (o ideal são 24 horas) faz com que fermentem menos no organismo. Escorra e cozinhe normalmente.
Brássicas: couve-flor, couve-de-bruxelas, couve-manteiga, brócolis, mostarda, nabo, rabanete e repolho. Faça um rodízio entre elas.

2. Aposte na drenagem e em massagens
Ambas reforçam a faxina do organismo, além de reduzir o inchaço e estimular a produção de colágeno (proteína que dá sustentação à pele). “Esses tratamentos não queimam a gordura, mas potencializam os efeitos da dieta e dos exercícios.” Então, se possível, encaixe sessões semanais no seu Projeto Verão.

3. Hidrate-se bastante
A água é fundamental para definir os músculos e manter a barriga mais sequinha. Quanto beber: 35 mililitros por cada quilo de peso corporal (se você pesa 60 quilos, consuma no mínimo 2,1 litros por dia).
“Ela é importante para levar os nutrientes para a corrente sanguínea, favorecer a oxidação da gordura [adeus, pneuzinhos!] e a eliminação das toxinas pelos rins [outro ponto a favor de um corpo em forma]”, explica a nutricionista.

4. Inclua proteínas magras no café da manhã
Reserve boa parte dessa refeição às proteínas magras (ovo e suas variações, iogurte, queijo cottage, ricota, tofu, salmão defumado). “Além de saciar mais e de maneira prolongada [você controla melhor a fome ao longo do dia], elas estimulam a síntese proteica – importante para o crescimento e o desenvolvimento muscular”, diz Isabella.
Já um café da manhã rico em carboidratos estimula o pâncreas a secretar muita insulina, o que faz com que seu organismo acumule gordura principalmente no abdômen. Sem falar que as bactérias do intestino ficam ainda mais ávidas por esse nutriente – aí, pronto, você pede massa no almoço e ainda come rosquinhas açucaradas no meio da tarde. Resultado: briga eterna com a balança.

5. Evite alimentos pesados no jantar
Coma algo leve à noite. “Refeições muito calóricas perto da hora de dormir são armazenadas na forma de gordura, especialmente quando você não gasta muita energia durante o dia.” Então, nem pensar em pizza ou sorvete nos dias sem treino. Os alimentos mais pesados também atrapalham o sono – e, lembre-se, dormir bem está entre as medidas a favor dos músculos firmes e definidos.


Fonte: http://boaforma.abril.com.br/fitness/estrategias-para-adotar-ja-se-deseja-fortalecer-os-musculos/ - Por Eliane Contreras - Peaceful Warrior/Thinkstock/Getty Images

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

7 alimentos naturais que podem ser tóxicos

Carambola, espinafre e castanha-do-pará são alguns dos alimentos que podem causar intoxicação
É comum pensar que os alimentos naturais são sempre benéficos para a saúde. Mas em alguns casos é preciso tomar certo cuidado principalmente para pessoas que apresentam algum problema de saúde. Isto porque alguns alimentos contam com fatores antinutricionais. "O termo 'fator antinutricional' é dado aos compostos desses alimentos de origem vegetal que ao serem consumidos, diminuem o valor nutricional ou efeito benéfico do alimento. Eles interferem na digestibilidade, absorção ou utilização de nutrientes e, se ingeridos em altas concentrações, podem acarretar efeitos danosos à saúde", explica a nutricionista Hannah Médici. A seguir, saiba quais são esses alimentos e os cuidados necessários ao consumí-los.

Carambola: risco para quem tem problemas renais
A carambola tem em sua composição o ácido oxálico que em quantidade elevada na urina aumenta a formação de cálculos de cálcio renais, por ser pouco solúvel na urina, e ainda pode causar irritação nas mucosas intestinais.
Assim, a carambola quando consumida em excesso pode causar pedras nos rins de pessoas saudáveis. Em pessoas que já tem problemas renais as complicações podem ser ainda maiores. A carambola possui uma toxina, que é absorvida no processo de digestão da fruta, filtrada pelo rim e eliminada através da urina.
No entanto, quando uma pessoa apresenta quadro de problema renais, com cerca de 10 a 15% de capacidade de funcionamento dos rins, essa toxina, que é um aminoácido modificado, vai para a corrente sanguínea, e se une as proteínas no sistema nervoso central. É por isso que essa toxina é chamada de neurotoxina, podendo afetar o sistema nervoso, causando soluços fortes, confusão mental, agitação, convulsões, sonolência, coma e até levar a morte em casos mais graves.
Assim, quando consumida por quem tem algum grau de problema renal, a carambola pode levar a intoxicação. "Nestes casos a maneira de retirar a toxina da corrente sanguínea é através da filtração do sangue na hemodiálise, que deve ser feita imediatamente correndo-se o risco de não dar tempo e a pessoa ir a óbito", explica a nutricionista Talitta Maciel, do Espaço Reeducação Alimentar.
Um dos grandes riscos é que problemas renais na maioria das vezes são assintomáticos. Então, a pessoa pode ter algum grau de insuficiência e não saber, comer a carambola e passar mal. Os diabéticos também devem evitar o consumo da carambola. "Isto porque a glicemia alta pode causar danos renais. Pessoas que não apresentam sinais de problemas renais, o ideal é fazer exames para verificar a função do órgão antes de fazer o consumo da fruta", orienta Talitta Maciel.
Para pessoas saudáveis, a quantidade recomendada de carambola é uma unidade do fruto maduro por dia. "Não há uma quantidade que pode ser considerada prejudicial porque isso é muito individual. A pessoa pode consumir meia carambola e causar problemas caso tenha alguma doença no rim, como também pode ingerir grandes quantidades do fruto e não desenvolver nada", observa Talitta Maciel.

Espinafre: evite o consumo das folhas cruas
O espinafre é rico em ácido oxálico e ácido fítico. O alto teor destes fatores antinutricionais inibe a absorção dos minerais cálcio e ferro de alimentos consumidos junto com esta verdura. "Os ácidos oxálico e fítico também contém saponina que pode levar à inflamação no intestino", observa Talitta Maciel.
Assim, o consumo em excesso de espinafre pode levar a cálculos renais, artrite, reumatismo e gota, além de deficiência de cálcio e ferro por interferência na absorção destes minerais.
"Quando o espinafre é cozido, pode ser consumido diariamente sem problemas. Contudo, sua versão crua deve ser ingerida no máximo uma vez por semana, mas do que isso os problemas podem aparecer", explica Talita Maciel.
Portanto, é preciso ter alguns cuidados ao consumir o espinafre. Pessoas com tendência à formação de cálculos renais, problemas renais em geral, artrite reumatoide, ácido úrico, gota e reumatismo devem evitar o alimento cru ou cozido. Enquanto pessoas saudáveis não devem ingeri-lo em grandes quantidades.
Sempre consuma o espinafre cozido, com a tampa da panela aberta, pois isto ajuda a saponina a evaporar. Não utilize o caldo de cozimento do espinafre porque ele contém muitos dos antinutrientes desta verdura.

Mandioca brava: ela contém uma espécie de veneno
O principal problema está na mandioca da espécie Mahihot Esculenta, mais conhecida como mandioca brava. "Ela é rica em glicosídeos cianogenéticos que liberam uma substância chamada ácido cianídrico, um tipo de veneno, por isso ela não pode ser consumida cozida como a mandioca comum", alerta Talitta Maciel.
O ácido cianídrico presente na mandioca brava pode causar cansaço, fraqueza muscular, agitação, falta de ar, confusão mental, convulsão, coma e até a morte. "A mandioca brava só pode ser consumida quando submetida à temperaturas muito elevadas que destroem o efeito do veneno, por isso ela apenas é utilizada na preparação de farinhas", diz Talitta Maciel. É muito raro encontrar essa mandioca, mas vale ficar atento.
Existem mais de 250 tipos de mandiocas. Para garantir a saudabilidade do alimento, é importante saber a origem desta mandioca e não consumir aquela que encontrar na natureza. "A mandioca brava costuma ser mais fina e ter o caule mais fibroso", explica Maciel.

Algumas oleaginosas
Consumir além de seis castanhas-do-pará por dia pode ser prejudicial para a saúde. Isto porque esta quantidade do alimento possui 542 mcg de selênio, 774% da recomendação diária. O consumo ocasional de uma quantidade maior não vai causar nenhum problema, o que complica é o consumo crônico de altas quantidades da castanha. Pode ocorrer uma overdose de selênio que leva a uma condição tóxica conhecida como selenose. Os sintomas deste problema são náuseas, vômitos, dor abdominal, fadiga, irritabilidade, descamação das unhas, perda de cabelo, mau hálito, distúrbios gastrointestinais e danos ao sistema nervoso.
Assim, a orientação é ingerir entre uma e duas castanhas-do-pará por dia, considerando que cada castanha tem cerca de 5 gramas, consuma até 10 gramas. Além disso, fique pelo menos dois dias da semana sem consumir este alimento para evitar excesso de selênio.
Também é preciso ter cuidados ao consumir as amêndoas ou a castanha de caju. "Elas possuem cianeto, por isso devem ser ingeridas torradas para eliminar esse veneno", destaca Talitta Maciel. O problema do cianeto é que ele impede a absorção de minerais como potássio, magnésio e outros e isto favorece complicações como tireoide.
A castanha de caju conta com uma substância chamada urishol. "Trata-se de uma toxina alergênica que irrita bastante a pele, causando inflamações", diz Maciel. O urishol desaparece quando a castanha de caju é torrada, por isso é importante consumi-la apenas desta forma.

Óleo de copaíba
O óleo de copaíba é consumido em gotas diluídas em água e faz sucesso devido à sua ação anti-inflamatória e porque algumas pesquisas iniciais apontaram que ele ajuda na prevenção do câncer e é aliado do sistema nervoso central.
Contudo, esse óleo pode causar intoxicação se consumido em excesso, podendo levar à diarreia, vômito, problemas de pele, irritação no intestino e fígado. "O óleo de copaíba deve ser introduzindo aos poucos no dia a dia não ultrapassando 6 gotas diárias, começar com 1 gota na primeira semana de uso e ir aumentando gradativamente semana a semana até chegar as 6 gotas, evitando assim que o organismo não reconheça o óleo e cause os sintomas de intoxicação", explica Talitta Maciel. O consumo deve ser observado e em caso de alguma reação suspender o uso.

Erva de São João
A erva de São João é uma planta medicinal muito usada como antidepressivo natural, sendo consumida na forma de cápsulas. A recomendação da erva varia entre 100 e 300 miligramas por dia, sendo que só o médico poderá determinar a quantidade a ser ingerida. Porém, seu usou tem contraindicações importantes.
A erva de São João tem ação fotossensibilizante, de modo que já foram descritos casos de pacientes que ingeriram a planta e apresentaram dor após um banho de sol. Há relatos de casos em que a ingestão da erva de São João levou a psicose com alucinações e ilusões em pessoas sem histórico de desordens psiquiátricas pessoais ou na família. Também há trabalhos que descrevem casos de pacientes que desenvolveram estado de mania após a ingestão da erva. Ainda há o perigo de hipertensão se a erva de São João for combinada com alguns alimentos como queijo, repolho, picles e vinhos.
O Food and Drug Administration (FDA), organização dos Estados Unidos que controla alimentos e remédios, emitiu uma advertência sobre as interações provocadas pelo uso da planta concomitantemente com medicamentos anti-retrovirais. Isto porque a planta pode interferir na ação dos medicamentos contra o HIV.
Pesquisadores da Universidade de Zurique, Suíça, descobriram que a erva de São João interfere no efeito imunossupressor da ciclosporina, utilizada na prevenção da rejeição de órgãos transplantados. Pacientes transplantados de coração que utilizavam a ciclosporina e ingeriram a planta apresentaram rejeição aguda.
Pesquisas mostram que ocorrem sangramentos e falhas de contraceptivos orais em mulheres que utilizam a erva de São João. Portanto, quem utiliza pílulas deve evitar a planta. Estudos ainda apontam que a erva de São João podem interagir com sinvastatina e com os seguintes fármacos: antidepressivos tricíclicos, amitriptilina, nortriptilina, anticonvulsivantes (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital), anticoagulantes, femprocumona e varfarina (Stockley, 2002).
A erva de São João ainda diminui o efeito anticoagulante do medicamento warfarina e pode aumentar a toxicidade de outros medicamentos como nefazodona ou inibidores seletivos da receptação de serotonina. Quando usado com a paroxetina, a erva de São João produziu náuseas e perturbação psiquiátrica.

Cogumelos
É importante ficar atento ao ingerir os cogumelos. Isto porque muitos deles podem ser venenosos. "Cerca de 80% dos cogumelos são comestíveis, mas existem aproximadamente 4 mil espécies venenosas", observa Talitta Maciel.
Os cogumelos mais consumidos são o shimeji, shitake, champignon, Portobello, cogumelo-do-sol, hiratake, cogumelo salmão e cogumelo rei. Para evitar cogumelos venenosos, é importante ter informações sobre a origem do cogumelo, dados sobre o produtor, número de lote, entre outros. E nada de colher cogumelos das árvores e ingerir!


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Faça hoje sete mudanças que melhoram a saúde pela vida toda

Pequenas mudanças na rotina resultam em grandes benefícios para a sua saúde

Cuidar da saúde durante a correria do dia-a-dia não é lá uma das tarefas mais simples. Visitas ao médico, exames, vacinas e cuidados especiais, muita vezes, acabam deixados de lado. É ai que o corpo começa a reclamar, e os problemas passam a surgir acompanhados de dores e cansaço excessivo. Claro que os cuidados essenciais não podem ser deixados de lado. Mas pequenas atitudes preservam a saúde, evitando diversos males. Confira a lista que o MinhaVida preparou para você experimentar um gostinho a mais de jovialidade e disposição.

Comece a usar protetor solar
Muitas pessoas ainda insistem em sair de casa sem o produto responsável por deixar o câncer de pele bem longe e ainda colaborar com a beleza da derme, evitando o envelhecimento precoce. "O protetor é um produto básico e essencial no dia-a-dia de todas as pessoas que se preocupam com a saúde e com a beleza da pele", diz a dermatologista e especialista do site, Bruna Bravo.

Pare de fumar
De acordo com Inca (Instituto Nacional do Câncer), o tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes são devido ao câncer de pulmão, 25% por doença coronariana, 85% pela doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Precisa de mais motivos para abandonar o vício?

Troque seus óculos de sol
O uso de óculos de sol protege os olhos dos raios ultravioleta. "Mas lentes de má qualidade, em vez de proteger, podem causar lesões na retina e até mesmo levar à catarata, por isso a importância de estar sempre atento a qualidade do óculos que você está usando", alerta o oftalmologista e especialista do MinhaVida Virgilio Centurion. Que tal optar por um modelo novo? Para isso, conte com a ajuda de um especialista e prefira modelos com selos de certificação de qualidade.

Abaixe o som do mp3
O fone em volume muito alto, pode levar até mesmo surdez. E de acordo com Mariene Terume Umeoka Hidaka, diretora da Faculdade de Fonoaudiologia da PUC-Campinas, os sintomas começam com um simples zumbido. "A perda da audição é gradativa. No início pode aparecer um zumbido permanente no ouvido, passando por irritabilidade até a perda auditiva. Para não ter que chegar à perda de audição, o mais indicado é ouvir músicas no nível de pressão sonora considerada adequada pelos especialistas: volume médio que não seja prejudicial à audição" explica.

Durma bem
Uma boa noite de sono é sinal de um dia repleto de energia. Se você não está conseguindo dormir bem, é preciso descobrir onde está o problema. Só a cura vai garantir dias longe do cansaço. "A insônia causa, no mínimo, irritação e indisposição. Ela se dá por causa das preocupações diárias, problemas psicológicos ou pelo ronco em função de alguma obstrução da via aérea superior ou apnéia", explica Rogério Silva, biólogo pós-doutorando da disciplina de Medicina e Biologia do Sono do departamento de Psico-Biologia da Unifesp.

Guarde o salto alto para ocasiões especiais
O uso constante de salto sugere problemas para saúde e causa fortes dores nas costas e nas pernas. "As dores na região lombar da coluna e nas pernas, decorrentes do encurtamento da musculatura posterior desta região, são, na grande maioria das vezes, causadas pelo uso excessivo de salto alto. Por isso minha dica é deixá-los apenas para as datas especiais", ensina o fisiologista Pedro Rizzi de Oliveira, da Clínica Luisa Catoiraa Pedro Rizzi.

Faça exercícios físicos
Os exercícios físicos garantem uma vida muito mais saudável. "Pacientes sedentários têm um risco de mortalidade muito maior em relação àqueles com problemas de coração, mas que realizam alguma atividade física regularmente", afirma o clínico Daniel Kopiler, especializado em Medicina do Exercício. E não podemos esquecer que as atividades físicas também deixam seu corpo muito mais bonito e atraente.


terça-feira, 10 de janeiro de 2017

7 traços comuns que pais de filhos bem-sucedidos compartilham

Os bons pais querem que seus filhos fiquem longe de problemas e estudem, para mais tarde conquistar coisas incríveis enquanto adultos.
Embora não haja uma receita certa para a educação de crianças bem-sucedidas, pesquisas feitas por psicólogos apontaram alguns fatores que podem prever o sucesso – muitos deles dependendo dos pais.
Confira os traços que pais de filhos prósperos compartilham em comum:

1. Eles têm altas expectativas
Usando dados de uma pesquisa nacional com 6.600 crianças nascidas em 2001, o professor Neal Halfon, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, e seus colegas descobriram que as expectativas dos pais têm um enorme efeito sobre as realizações de seus filhos.
“Os pais que viam a faculdade no futuro de seus filhos pareciam administrá-los em direção a esse objetivo, independentemente de seus rendimentos e outros bens”, disse Halfon.
No estudo, as crianças fizeram um teste. Apenas 57% das que se saíram pior tinham pais que esperavam que elas frequentassem a faculdade, enquanto 96% das crianças que se saíram melhor tinham pais que esperavam que elas fizessem faculdade.
Parece que os filhos vivem de acordo com as esperanças dos seus pais.

2. Eles têm um status socioeconômico mais alto
Não há como negar que a pobreza é uma situação que limita severamente o potencial das crianças. Em muitos países, não ter dinheiro é o mesmo que não ter uma educação eficaz.
E o problema parece estar aumentando. De acordo com Sean Reardon, pesquisador da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o hiato entre as famílias de alto e baixo rendimento é “aproximadamente 30% a 40% maior entre as crianças nascidas em 2001 do que entre as nascidas 25 anos antes”.
No caso americano, quanto maior a renda para os pais, maior a pontuação no SAT (uma espécie de “vestibular”) das crianças.
O mesmo acontece em diversos outros lugares, onde o status socioeconômico inegavelmente gera oportunidades que impulsionam grande parte da realização e desempenho educacionais.

3. Eles alcançaram níveis educacionais mais altos
Uma pesquisa conduzida pela psicóloga Sandra Tang, da Universidade de Michigan, revelou que as mães que terminaram o ensino médio ou a faculdade tinham maior probabilidade de criar filhos que também fizessem isso.
Em um grupo de mais de 14.000 crianças acompanhadas de 1998 a 2007, o estudo descobriu que as nascidas de mães adolescentes (18 anos ou menos) eram menos propensas a terminar o ensino médio ou ir para a faculdade.
A aspiração é pelo menos parcialmente responsável. Em um estudo longitudinal de 2009 com 856 pessoas em uma zona parcialmente rural de Nova York, o psicólogo da Universidade Bowling Green, Eric Dubow, descobriu que “o nível educacional dos pais quando a criança tinha 8 anos predisse significativamente o sucesso educacional e ocupacional da criança 40 anos depois”.

4. Eles desenvolvem um relacionamento sensível com seus filhos
Um estudo de 2014 com 243 pessoas nascidas na pobreza descobriu que as crianças que receberam “cuidados sensíveis” nos primeiros três anos não só se saíram melhor em testes acadêmicos na infância, como tiveram relacionamentos mais saudáveis e maior realização acadêmica em seus 30 anos.
Pais que são cuidadores sensíveis são aqueles que respondem às necessidades do seu filho prontamente e adequadamente, fornecendo uma base segura para as crianças explorarem o mundo.
“Isso sugere que os investimentos em relações precoces entre pais e filhos podem resultar em retornos de longo prazo que se acumulam nas vidas dos indivíduos”, disse o coautor do estudo e psicólogo da Universidade de Minnesota, Lee Raby.

5. Eles ensinam matemática cedo para seus filhos
Uma metanálise de 2007 com 35 mil crianças em idade pré-escolar nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra descobriu que desenvolver habilidades matemáticas precocemente pode ser uma enorme vantagem.
“A importância primordial das habilidades iniciais de matemática – de começar a escola com um conhecimento de números, ordens de número e outros conceitos matemáticos rudimentares – é uma das conclusões do estudo”, disse Greg Duncan, pesquisador da Universidade Northwestern. “O domínio precoce das habilidades matemáticas prediz não só a realização futura em matemática, como também prevê a realização futura em leitura”.

6. Eles são menos estressados
Qualidade, e não quantidade, é o que parece importar no que diz respeito ao tempo que você passa com seus filhos.
De acordo com uma pesquisa, o número de horas que as mães gastam com crianças entre 3 e 11 anos não prevê seu comportamento, bem-estar ou realizações no futuro. Além disso, a abordagem “mãe intensiva” (aquela que está sempre atrás da criança) pode ser contraproducente.
“O estresse das mães, especialmente quando elas estão assim por causa do malabarismo que fazem com o trabalho e cuidado com as crianças, pode afetar negativamente seus filhos”, disse o coautor do estudo Kei Nomaguchi, sociólogo da Universidade Bowling Green State.
O contágio emocional – ou o fenômeno psicológico onde as pessoas “pegam” os sentimentos um do outro como se fosse um resfriado – ajuda a explicar por quê. A pesquisa mostra que, se o seu amigo está feliz, essa alegria vai infectá-lo; se está triste, essa melancolia irá se transferir para você também. O mesmo pode ocorrer com filhos de pais nervosos ou estressados.

7. Eles valorizam o esforço ao invés de evitar o fracasso
De onde vem o sucesso? O que as crianças aprendem sobre isso também prediz sua realização futura.
A psicóloga da Universidade de Stanford, Carol Dweck, passou anos estudando o assunto e descobriu que as crianças (e os adultos) pensam sobre o sucesso em uma de duas maneiras:
Uma “mentalidade fixa” pressupõe que nosso caráter, inteligência e habilidade criativa são dados estáticos que não podemos mudar de maneira significativa, e o sucesso é a afirmação dessa inteligência inerente. Esforçar-se para o sucesso e evitar o fracasso a todo o custo tornam-se uma maneira de manter o senso de ser inteligente ou qualificado.
Uma “mentalidade de crescimento”, por outro lado, prospera no desafio e vê o fracasso não como evidência de falta de inteligência, mas como um trampolim para o crescimento e uma forma de estimular nossas habilidades existentes.
A diferença entre as duas mentalidades é principalmente em como você pensa que sua força de vontade afeta sua habilidade, e isso tem um efeito poderoso em crianças. Se os pais dizem aos seus filhos que eles tiraram 10 em um teste porque são inteligentes, isso cria uma mentalidade “fixa”. Se, ao contrário, eles parabenizam seus filhos por conta de seu esforço, isso ensina uma mentalidade “de crescimento”. [BusinessInsider]


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

8 hábitos que podem estar "sugando" a sua energia

Muito além das horas de sono, até o excesso de cafeína pode deixar o corpo cansado

Hábitos e atitudes do dia a dia fazem toda a diferença na disposição, tanto para as atividades cotidianas quanto para praticar exercícios físicos. E estes hábitos vão muito além das horas de sono, quantidade e ritmo de trabalho de cada pessoa - a sua postura, opção de sobremesa ou lanche da tarde e até aquele "inocente" cafezinho num momento de intervalo do trabalho podem estar sugando as suas energias. Também é importante saber ler os sinais que o seu corpo dá de que algo não está funcionando corretamente ou está demandando muita energia. "A partir do momento que você lembra de alguma parte do seu corpo, você está desprendendo energia a mais para o seu funcionamento, da mesma forma que uma pessoa com um ataque de asma lembra de respirar e isso está demandando maior esforço dela", diz o angiologista e cirurgião vascular Bruno de Lima Naves. Conheça oito hábitos que podem estar sugando a sua energia e disposição:

Comer muito açúcar
A ingestão de qualquer nutriente de forma exagerada pode causar prejuízos ao organismo. O consumo de açúcar em grandes quantidades, por exemplo, está relacionado ao ganho de peso, obesidade, diabetes, hipertensão entre outros problemas. "O excesso se dá quando uma pessoa ultrapassa a sua capacidade de absorver aquele nutriente, mas esses limites são individuais e uma vez que são ultrapassados vão fazer mal. Como as doenças relacionadas ao consumo exagerado de açúcar são, em sua maioria, silenciosas, um importante sinal de alerta para buscar ajuda médica é se você está comendo a mesma quantidade de açúcar e ficando mais cansado", afirma Guilherme Giorelli, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia. A sensação de cansaço ou fraqueza após comer muito açúcar "acontece por causa de um fenômeno chamado maré alcalina, que nada mais é do que a própria produção do suco gástrico - que faz parte do processo de digestão - que quando comemos em excesso acaba gerando uma grande quantidade de bicarbonato de sódio. Esse bicarbonato causa no sangue o que se chama de alcalose metabólica, conhecida como maré alcalina pós-prandial (pós-refeições), o que faz com que o cérebro diminua a atividade de alerta, daí a sensação de sugar as energias", explica a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.

Ingerir muita cafeína
Presente no café, chocolate, alguns chás e refrigerantes, a cafeína pode até dar uma sensação de maior disposição, mas em excesso o efeito pode ser justamente o oposto. "Se a pessoa estiver cansada e tomar cafeína ela vai se sentir mais disposta, mas a grande questão é que esta disposição não é real. Depois de uma ou duas horas o efeito vai passar e se ela se esforçou ainda mais neste período o cansaço depois também vai ser maior", explica o nutrólogo Guilherme. Isso quer dizer que a cafeína não oferece mais energia para o corpo, pelo contrário, ela faz com que ele gaste mais energia, por isso acontece a melhora da disposição, concentração e foco, deixando a sensação de cansaço ainda maior depois do término de seu efeito. Além disso, em grandes quantidades ela está relacionada à taquicardia, hipertensão e pode afetar o sono de algumas pessoas, fazendo com que a sua ingestão não seja recomendada algumas horas antes do momento de dormir e que o uso de cápsulas do nutriente se dê com extrema cautela.

Pular o café da manhã
Não ingerir o café da manhã faz com que o corpo trabalhe mais lentamente, o que pode dificultar tanto o bom funcionamento do organismo quanto o emagrecimento e manutenção do peso. "Quando ficamos um grande período em jejum o nosso organismo entende que estamos em repouso, então ele economiza energias, só utilizando o necessário para as funções vitais. Logo, se eu não estimulo o organismo, ou seja, não faço a primeira refeição do dia de forma equilibrada, ele vai funcionar mais vagarosamente e o rendimento pode ser prejudicado", explica Solange Hypólito Siqueira Freire, nutricionista do Dr. Consulta. Segundo ela o ideal é que a pessoa consuma um carboidrato (pão, cereais, torrada, tapioca etc.), uma fonte de vitaminas (fruta ou suco de fruta) e uma proteína (ovo, frios, leite ou derivados) no café da manhã, mas, caso ela realmente não consiga, o importante é quebrar o jejum com algum destes alimentos. Com o tempo e o costume ela conseguirá fazer uma refeição completa para começar bem o dia.

Passar muito tempo sentado
"Você está cansado? Mas como se passou o dia inteiro sentado?", se você vive escutando essa frase preste atenção! Sim, ficar muito tempo sentado pode deixar você cansado. Isso porque a musculatura da panturrilha funciona como uma espécie de "coração venoso periférico", ou seja, quando você se movimenta ela consegue mandar o sangue de volta para o coração mais facilmente. "Essa renovação do sangue é necessária para que se chegue oxigênio e nutrientes em todo o organismo. Quando se fica muito tempo parado na mesma posição o sangue venoso, que deveria estar retornando para o coração, começa a ficar parado do joelho para baixo, o que gera uma sensação de perna pesada, que é confundida com um cansaço e isso é um 'vampiro' de energias", explica o angiologista e cirurgião vascular Bruno de Lima Naves, diretor de Publicações Científicas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). A dica para pessoas que trabalham muito tempo sentadas, além de fazer pausas, é ter uma espécie de pedal em baixo da mesa para que possam se manter em movimento. Já para quem tem que ficar muitos períodos em pé ou sem se mover a dica é alternar momentos com o pé inteiro no chão e na ponta dos dedos. Outro fator que demanda atenção é que este hábito também pode gerar outros sintomas, "como queimação, edema, as telangectasias - que são os chamados "vasinhos" - e as varizes. O mesmo não ocorre quando estamos deitados, por exemplo, pois esta posição facilita o retorno do sangue das pernas ao coração", afirma Andrea Klepacz, cirurgiã vascular do Dr. Consulta.

Má postura
A má postura, seja sentado ou em pé, pode causar dores, mas até esse sinal aparecer é possível que tenha se passado muito tempo e isso acabe gerando outras complicações. "O problema é que a pessoa que tem uma postura ruim demora para sentir a dor relacionada a ela, com isso ela demora mais para romper com o ciclo, justamente por não conseguir fazer essa relação", diz o reumatologista e médico do esporte Páblius Staduto Braga, coordenador do Centro de Referência em Medicina do Esporte do Hospital 9 de Julho. Além da má postura causar dores, que podem desencadear a sensação de cansaço, ela também prejudica a circulação. A movimentação do sangue se dá também pela diferença de pressão entre o tórax e o abdômen, então uma postura que prejudique a respiração, ou até mesmo o uso de roupas apertadas podem dificultar a circulação e acarretar na perda de energia. "Quando se faz uma dobra maior nas articulações o sangue fica congestionado, não circula corretamente então faltam nutrientes e oxigênio, deixando principalmente a perna pesada, com uma sensação de cansaço como se estivesse segurando chumbo", explica o angiologista Bruno Naves.

Falta de exercício
Quando o corpo não se movimenta várias de suas funções são prejudicadas. Desde a circulação, até a força de músculos e ossos. A falta de exercícios, inclusive, pode estar sugando a sua energia, uma vez que "um dos efeitos mais expressivos quando se começa a fazer atividade física não é nem a perda de peso, mas sim o aumento da disposição", afirma o médico do esporte Páblius Staduto Braga. Por ativar a musculatura o corpo passa a ficar mais ativo e as dores tendem a diminuir, além de melhorar a qualidade de sono, fatores que contribuem com a sensação de bem-estar e maior disposição. É importante lembrar que antes de se iniciar uma atividade física é bom checar como está a sua saúde e os exercícios que está apto a fazer. Segundo o especialista, é recomendado que a pessoa ande por 30 minutos pelo menos cinco vezes por semana.

Desidratação
A desidratação acontece quando o nosso organismo perde mais água do que ele pode tolerar. Esta perda pode ser através da pele, intestino, urina ou respiração - o que causa uma alteração no equilíbrio dos sais minerais dentro do organismo, que pode altear as funções vitais como batimentos cardíacos, contração muscular e o funcionamento cerebral. A ingestão de álcool em excesso também pode colaborar com a desidratação, uma vez que a bebida diminui a produção do hormônio antidiurético e com isso a pessoa acaba urinando mais. A desidratação também pode causar sonolência pois "o cérebro precisa de um ambiente todo equilibrado para funcionar corretamente, ou seja, glicose, sais minerais e nível de hidratação devem estar dentro do limite ideal para que as transmissões entre os neurônios aconteçam sem problemas. No caso da desidratação ocorre perda de água, e o nível de sódio e potássio se altera, o que pode levar a uma dificuldade na transmissão dos impulsos nervosos. Dessa forma existe a sensação de sonolência e lentificação que pode até progredir para o coma", diz a endocrinologista Andressa Heimbecher. Outros sintomas da desidratação são sede intensa, pele seca, boca seca, olhos sem lágrimas e fundos, ausência de suor, fraqueza, cansaço, tontura e urina de cor escura.

Fazer escolhas ruins para o lanche da tarde
Os principais objetivos do lanche da tarde são dar energia e não deixar o metabolismo ficar lento. Os nutrientes e quantidades ideais de cada um deles dependerá dos horários da refeição anterior e posterior e também do que foi ou será ingerido em cada uma delas. "Dependendo do objetivo da pessoa, seja ele emagrecer, engordar ou manter o peso, isso também pode ser alterado, então as orientações que passamos são muito individuais", afirma a nutricionista Solange. Neste momento é importante escolher a caloria consumida evitando exageros e que entregue energia de forma equilibrada para o organismo. A diferença entre os carboidratos ricos em açúcar ou não integrais e os integrais ou funcionais é a forma que eles ficam disponíveis no organismo. Os açucarados têm toda a sua energia liberada imediatamente no corpo, causando uma sensação momentânea bastante curta de saciedade, ao contrário dos integrais e funcionais. Algumas dicas de boas opções para lanche da tarde são um copo de leite, uma fatia de torrada ou pão integral, uma porção de granola ou uma fruta. Lembrando que um jantar equilibrado, assim como uma boa noite de sono, também são importantes para o bom funcionamento do organismo.


domingo, 8 de janeiro de 2017

7 alimentos futuristas que você provavelmente vai comer em 30 anos

No ano 1000, as pessoas definitivamente não compreenderiam a ideia de comer um Dorito. A alimentação é uma coisa que muda com o tempo e, dadas as preocupações atuais, nossa comida deve ficar muito mais estranha.
A pesquisa científica não nos traz apenas opções de alimentos mais convenientes e mais baratos, como também a esperança de superar questões de sustentabilidade.
A indústria da carne, por exemplo, desempenha um papel enorme na mudança climática, uma vez que uma boa parte das emissões de gases de efeito estufa vem do setor agrícola (o metano liberado por bovinos é prejudicial).
Enquanto isso, a população da Terra cresce rapidamente, e não sabemos como alimentar os 9 bilhões de pessoas que estarão habitando o planeta em 2050. Entre as soluções propostas para um futuro não tão distante, estão:

Insetos
Cerca de dois bilhões de pessoas já se alimentam de artrópodes, mas comer insetos não é uma coisa comum no Ocidente.
Isso provavelmente terá que mudar. Vamos ter que nos acostumar com grilos, gafanhotos e minhocas. Enquanto os dois primeiros são ótimas fontes de proteína, as últimas são boas fontes de gordura dietética.
Então, melhor um grilo que um pedaço de boi? Talvez. Um estudo do ano passado descobriu que os grilos alimentados com dietas de baixa qualidade não cresceram tanto quanto os que receberam dietas de maior qualidade, semelhantes às que os fazendeiros alimentam o gado. Mas outros insetos podem ser melhores. A mosca soldado-negro não sofreu este mesmo problema, e produziu proteína de forma mais eficiente.
Insetos supostamente tem um gosto muito bom quando preparados adequadamente, mas uma aceitação mais ampla provavelmente exigirá a superação de tabus culturais.

Carne de laboratório
Empresas como Memphis Meat e Mosa Meat também querem superar nossos problemas de gado, padronizando células-tronco em tecidos animais e usando esse tecido para fazer carne sintética.
Um estudo de 2011 publicado na revista Environmental Science and Technology descobriu que a carne de laboratório gastaria 7 a 45% menos energia, geraria 78 a 96% menos emissões de gases de efeito estufa, e necessitaria de 99% menos uso do solo do que a carne produzida convencionalmente.
Provavelmente vai demorar de 10 a 20 anos até vermos carne sintética nos mercados, mas alguns querem agilizar o processo. O cientista Mark Post crê que sua companhia pode começar vender o produto em apenas alguns anos. Suas primeiras amostras foram consideradas “comestíveis, mas não deliciosas”. Ele está trabalhando para melhorar o seu sabor agora.

Cultivo de peixe
Além das questões mencionadas acima sobre as emissões de gases do efeito estufa, a criação de gado também ocupa muita terra e necessita de um monte de alimentos para os animais. Os peixes requerem uma quantidade bem menor de alimento para gerar a mesma quantidade de proteína.
A sobrepesca é uma grande preocupação, mas um estudo recente descobriu que práticas sustentáveis, como limites de captura, poderiam aumentar os estoques de peixe até 2050.
Se melhores práticas de pesca comercial forem implementadas e combinadas com avanços na aquicultura ou na piscicultura, vamos ter mais peixes para substituir a carne vermelha de nossos pratos.
Em 2011, a agricultura atingiu um marco histórico quando o mundo cultivou mais peixe do que carne bovina pela primeira vez. Esse quadro ainda não mudou.

Frutos do mar falsos
Se estamos cultivando carne em laboratório, por que não fazer isso com frutos do mar também?
Pesquisadores da NASA criaram filés mergulhando músculos de peixe em soro bovino fetal, um processo usado pelos fabricantes de carne sintética também. Outra empresa, New Wave Foods, está tentando criar camarão sintético usando algas vermelhas.
Ainda não sabemos se estes produtos “falsos” de fato podem resolver nossos problemas de recursos naturais. “Acho que faz muito mais sentido dizer que isso poderia ser um bem de luxo”, disse Oron Catts, diretor da SymbioticA, um centro de pesquisa em biotecnologia da Universidade da Austrália Ocidental.

Algas
As microalgas, como outras plantas, se alimentam do dióxido de carbono na atmosfera.
Um estudo de 2013 descobriu que estas pequenas criaturas verdes produzem uma série de proteínas, gorduras e carboidratos que são uma boa fonte de nutrientes em produtos alimentares.
Uma pesquisa mais recente concluiu que algumas espécies de algas continham bastante ácido graxo ômega 3, bem como outros ácidos graxos que poderiam promover uma boa saúde cardíaca.
Dadas todas as vantagens, elas podem se tornar muito mais frequentes nos nossos pratos.

Alimentos geneticamente modificados
A modificação genética já faz aparições comuns no milho, soja, canola, beterraba, batata e outros vegetais, principalmente para conferir resistência a herbicidas ou pesticidas para que insetos e ervas daninhas não destruam as colheitas.
 Mas por que parar por aí? A nova ferramenta de edição de genes CRISPR/Cas-9 permite que os cientistas alterem os genomas das plantas com incrível precisão. Os pesquisadores a usaram para produzir maçãs que não escurecem, batatas sem feridas e porcos resistentes a vírus.
Apesar do tabu envolvendo modificação genética, esses alimentos são seguros.

Alimentos impressos em 3D
Alimentos impressos nas modernas máquinas 3D podem economizar tempo e oferecer uma opção saborosa e fácil de comer para pessoas idosas que sofrem com dificuldade para engolir.
A NASA já investiu na pesquisa de alimentos impressos em 3D em gravidade zero, para que os astronautas possam “cozinhar” nessas missões espaciais. [Gizmodo]