segunda-feira, 5 de maio de 2025

Cresce o número de jovens com pressão alta no Brasil, diz INC


No dia 26 de abril, o Brasil celebrou o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, em meio ao aumento dos diagnósticos na população mais jovem. É o que indica um estudo do Instituto Nacional de Cardiologia (INC): o ano de 2023 teve o maior número de casos de hipertensão entre pessoas de 18 a 24 anos em toda a série histórica.

 

O dado revela que, apesar da pressão alta ser mais comum entre pessoas idosas, ela também pode afetar diferentes faixas etárias. Além disso, ele alerta para mudanças preocupantes nos hábitos da população, como explica a cardiologista Luciana Neiva, do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, da rede Dasa em Minas Gerais, ao Portal iG.

 

"Temos visto um crescimento entre os mais jovens por conta de fatores como má alimentação, sedentarismo, obesidade, estresse, uso de álcool, cigarro, drogas ilícitas e até esteroides anabolizantes", explica a cardiologista.

 

Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgados em 2023, indicam que cerca de 30% dos brasileiros adultos sejam hipertensos. É o maior percentual da população com pressão alta desde o início da série histórica, em 2006.

 

Ainda segundo o levantamento, nas capitais brasileiras, a prevalência do diagnóstico é das mulheres, com 29,3%. Já os homens representam 26,4% dos diagnósticos.

 

Doença silenciosa

A hipertensão é considerada uma doença silenciosa, ou seja, que os sintomas não são tão aparentes no dia a dia. No entanto, trata-se de um quadro crônico que pode trazer consequências graves, como infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e insuficiência renal.

 

Segundo a Dra. Luciana, há dois tipos principais de hipertensão arterial: a primária, que não tem uma causa específica e é a mais comum; e a secundária, que está ligada a outros quadros clínicos, como doenças renais ou endócrinas.

 

"Em pacientes jovens sempre investigamos hipertensão secundária, pois o mais esperado é que a hipertensão primária surja a partir dos 40 anos", explica Luciana. Ela adiciona, no entanto, que os maus hábitos têm levado a população mais jovem a desenvolver o tipo primário da doença.

 

Justamente por ser uma doença "discreta", a principal aliada no combate à hipertensão arterial é a prevenção. A cardiologista destaca que adotar um estilo de vida saudável é essencial para evitar a hipertensão ou mantê-la sob controle.

 

"Alimentação equilibrada, atividade física regular, sono de qualidade e redução do estresse são pilares importantes. Para quem tem histórico familiar, a recomendação é ainda mais urgente, com acompanhamento médico e aferição regular da pressão arterial", diz.

 

Outra coisa importante é o diagnóstico precoce. Segundo a médica, a suspeita inicial ocorre a partir de uma medida elevada da pressão arterial.

 

"É necessário ter pelo menos duas ou três medidas alteradas em dias diferentes e fora do ambiente de consultório. O MAPA é uma importante ferramenta para confirmar o diagnóstico, pois avalia as médias da pressão arterial durante 24h", explica.

 

Mitos sobre a hipertensão arterial

Segundo a cardiologista, a hipertensão arterial é uma doença cercada de vários mitos. Além da ideia de que apenas idosos têm pressão alta, as pessoas costumam acreditar que basta cortar o sal da dieta para resolver o problema. Embora o excesso de sódio seja um fator de risco relevante, o controle da pressão envolve outras mudanças no estilo de vida, como a prática regular de exercícios, o controle da alimentação e até o uso de medicamentos prescritos.

 

Outro erro comum é pensar que o remédio para pressão alta vicia ou é descartável uma vez que os sintomas desaparecem. Por se tratar de uma condição crônica, o uso desses medicamentos deve ser contínuo.

 

Por fim, a Dra. Luciana também explica que se sentir bem não quer dizer que a pressão está controlada. É por isso que os pacientes não devem, em hipótese alguma, parar o tratamento por conta própria.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2025-04-26/cresce-o-numero-de-jovens-com-pressao-alta-no-brasil-diz-inc.html - Por Marina Semensato - Pavel Danilyuk/Pexels

domingo, 4 de maio de 2025

5 benefícios da dança para a saúde do corpo


A atividade é uma excelente forma de exercício físico, contribuindo para o bem-estar geral

 

Em 29 de abril foi celebrado o Dia Internacional da Dança. A data foi instituída pelo Comitê Internacional da Dança da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em 1982, em homenagem ao criador do balé de ação, o mestre francês Jean-Georges Noverre.

 

A prática é considerada uma expressão cultural e artística no Brasil e no mundo, sendo a cidade de Joinville, em Santa Catarina, reconhecida, inclusive, como a Cidade da Dança, por ter o maior Festival de Dança do mundo e por sediar a única Escola Bolshoi fora da Rússia — o Teatro Bolshoi de Moscou é a maior companhia de balé do mundo, com mais de 200 bailarinos.

 

A dança é considerada uma forma de atividade física que contribui para a saúde e bem-estar geral. "A utilização da dança como técnica de reabilitação na fisioterapia é conhecida como dançaterapia ou dançafisio. Esta técnica alia exercícios de cinesioterapia com passos básicos de todos os ritmos de dança, oferecendo uma abordagem inovadora e eficaz para a promoção da saúde e reabilitação", explica Mariana Wiest Schroeder, coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera.

 

Segundo a profissional, a prática favorece a saúde de variadas formas. "Incorporando movimentos rítmicos e expressivos, a dança pode melhorar a flexibilidade, a força, a coordenação motora e o equilíbrio, além de promover a saúde mental e emocional dos pacientes", comenta.

 

Abaixo, Mariana Wiest Schroeder compartilha os benefícios da dança para o corpo. Confira!

 

1. Melhora da flexibilidade

A dança envolve uma variedade de movimentos que contribuem para o aumento da flexibilidade dos músculos, prevenindo lesões e melhorando a amplitude de movimento.

 

 

2. Fortalecimento muscular

Diferentes estilos de dança exigem o uso de diversos grupos musculares, contribuindo para o fortalecimento muscular global, especialmente nas pernas, abdômen e costas.

 

3. Melhora da coordenação e equilíbrio

A dança exige coordenação entre diferentes partes do corpo e movimentos precisos, o que ajuda a melhorar o equilíbrio e a coordenação motora.

 

4. Aumento da resistência física

Praticar dança regularmente pode aumentar o condicionamento cardiorrespiratório, permitindo que o corpo suporte atividades prolongadas sem se cansar rapidamente.

 

5. Reabilitação de lesões

A dança pode ser utilizada como uma forma de reabilitação, contribuindo para a recuperação de lesões ao promover movimentos controlados e fortalecendo áreas específicas do corpo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-beneficios-da-danca-para-a-saude-do-corpo,d21fde2d714114877c1d8ef9d25c5fd6n1mucnyr.html?utm_source=clipboard - Por Leticia Zuim Gonzalez - Foto: Studio Romantic | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 3 de maio de 2025

Veja a importância da avaliação médica antes da atividade física


Essa etapa é importante para identificar possíveis limitações físicas ou problemas que exigem cuidados específicos

 

Praticar atividade física regularmente é essencial para manter o corpo saudável, melhorar o condicionamento físico e prevenir diversas doenças. No entanto, iniciar qualquer tipo de exercício sem antes realizar uma avaliação médica pode representar riscos à saúde. Essa etapa é importante para identificar possíveis limitações físicas, condições cardíacas ou outros problemas que exigem cuidados específicos.

 

"Ninguém morre de exercício, mas de doenças não valorizadas ou desconhecidas que podem se intensificar sob esforço, ou pelo abuso de drogas como anabolizantes e suplementos, que também podem desencadear doenças. Por isso, o uso de qualquer substância precisa ser informado ao médico", alerta Nabil Ghorayeb, cardiologista e médico do esporte.

 

Importância da avaliação antes de atividades físicas

Além de garantir que está tudo bem com sua saúde, o check-up, preferencialmente realizado por um médico do esporte, é importante para orientar o seu treinamento. "Conhecendo as reais condições de saúde do praticante, o instrutor físico pode indicar o melhor programa de treino para cada um, com duração, frequência e tipo de exercício adequado", explica Ricardo Munir Nahas, especialista em medicina do esporte.

 

Com a orientação adequada, é possível montar um plano de treino seguro e eficaz, respeitando os limites do corpo e evitando lesões ou complicações. "Sem a avaliação, além dos riscos de um mal súbito, pode-se errar na dose, para mais ou para menos, exagerando nos exercícios ou fazendo menos do que o necessário e não tendo o efeito desejado", completa.

 

Exames solicitados pelo médico

Em geral, os exames solicitados por um médico para quem pretende começar a se exercitar são eletrocardiograma, teste ergométrico e exames de sangue, como hemograma, colesterol, triglicérides, entre outros. O tipo de exame pode variar conforme o gênero do praticante, faixa etária, histórico de saúde, tipo de atividade que será feita e objetivos. 

 

"Além dos exames rotineiros, o médico pode solicitar uma densitometria para composição corporal, por exemplo, que indica a porcentagem de massa magra e de gordura no corpo, um ecocardiograma, se notar alguma alteração no teste ergométrico, ou dosagem de ácido úrico no sangue, que pode revelar doenças como a gota", comenta Ricardo Munir Nahas.

 

Procure um médico ao mudar a prática esportiva

Caso não seja detectado nenhum problema de saúde e o paciente se sinta bem com a atividade, os exames podem ser refeitos anualmente. "Porém, é importante procurar novamente o médico caso sinta algum mal-estar ou se pretende mudar de atividade. Se você fez exames para começar a caminhar e agora quer fazer aula de spinning, por exemplo, deve passar por nova avaliação", ressalta o médico Nabil Ghorayeb.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-a-importancia-da-avaliacao-medica-antes-da-atividade-fisica,ad5582c39582f18c91eab780513d282bub6lfsp9.html?utm_source=clipboard - Foto: TetianaKtv | Shutterstock / Portal EdiCase

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Beber água em jejum faz bem?


Médico explica que durante o sono, o organismo consome e libera líquidos por meio da transpiração, respiração e outras funções

 

Você já ouviu falar sobre os inúmeros benefícios de beber água logo após acordar, ainda em jejum? Essa prática simples, mas poderosa, pode trazer diversas vantagens para a sua saúde e bem-estar geral.

 

"Beber água assim que acordamos pode trazer benefícios para a saúde, mas vale a premissa: sem exageros. Entre um copo (250 ml) e dois copos é uma dose suficiente para ajudar na reposição da água que perdemos durante a noite", orienta o médico nutrólogo Durval Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

Faz mal beber muita água? Quais são os riscos?

 

Segundo o especialista, nesse período do sono, o nosso organismo não para e consome e libera líquidos por meio da transpiração, respiração e outras funções de diferentes órgãos. "É uma forma de nos reabastecermos para encarar o novo dia", diz.

 

Como nosso corpo é composto por cerca de 70% de água, mantê-lo hidratado é essencial para o funcionamento adequado de todo o organismo, principalmente do cérebro.

 

"A água ajuda a liberar toxinas e resíduos, contribui na eliminação de nutrientes desnecessários, auxilia na produção de células sanguíneas e musculares, equilibra o sistema linfático, previne a constipação, mantém a elasticidade e a tonicidade da pele", explica o médico.

 

Além disso, ela atua como lubrificante para músculos e articulações, melhora a digestão e a imunidade e ainda auxilia na absorção adequada dos nutrientes de todas as nossas refeições, inclusive o café da manhã.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/beber-agua-em-jejum-faz-bem,839fd747970e71bf57f951903a1817e3dsdee552.html?utm_source=clipboard - Foto: Freepik

quinta-feira, 1 de maio de 2025

7 tipos de alimentos que ajudam a turbinar a imunidade no outono


Especialista explica o papel da alimentação no fortalecimento do sistema imunológico

 

Com a chegada do outono e do inverno, o frio e o ar seco se instalam e criam o ambiente ideal para gripes, resfriados e infecções virais. Nessa época do ano, fortalecer o sistema imunológico é essencial, e a alimentação desempenha um papel crucial nesse processo.

 

"Nas temperaturas mais baixas, nosso sistema imunológico é mais exigido e a escolha dos alimentos certos pode fazer diferença. Comer bem é mais do que uma necessidade, é uma estratégia de defesa", afirma o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

De acordo com o especialista, os alimentos listados a seguir podem contribuir para manter o sistema imunológico fortalecido e preparado para enfrentar a temporada de frio. Confira!

 

1. Frutas cítricas

Laranja, limão, acerola, kiwi, tangerina e abacaxi são frutas ricas em vitamina C, um antioxidante que estimula a produção de glóbulos brancos, essenciais para o combate de vírus e bactérias.

 

2. Vegetais verdes-escuros

Espinafre, couve, rúcula e brócolis são fontes de vitamina A, vitamina C, ferro e zinco. Esses nutrientes fortalecem as células imunológicas e ajudam na regeneração das mucosas, a primeira barreira contra agentes infecciosos.

 

3. Alho, cebola e gengibre

É um trio poderoso com ação anti-inflamatória e antibacteriana. O alho, por exemplo, contém alicina, um composto com propriedades antimicrobianas. O gengibre, por sua vez, é conhecido por aliviar sintomas como dor de garganta e congestão nasal. Já a cebola contribui para o fortalecimento do sistema imunológico.

 

4. Sementes e oleaginosas

Castanha-do-Pará (rica em selênio), nozes, amêndoas, sementes de abóbora e girassol são fontes de gorduras boas e minerais que regulam a resposta imunológica. Uma boa estratégia é consumir um mix desses alimentos como lanche da tarde.

 

5. Iogurte natural e kefir

Esses alimentos fermentados são aliados da flora intestinal e da imunidade.

 

6. Alimentos alaranjados

Cenoura, abóbora, manga e mamão são ricos em betacaroteno, que se converte em vitamina A, importante para a integridade das células e tecidos que atuam como barreira contra infecções.

 

7. Peixes de água fria

Salmão, sardinha e atum são excelentes fontes de ômega-3, nutriente que ajuda a modular os processos inflamatórios do corpo. Esses peixes também fornecem vitamina D. "Além da alimentação saudável, dormir bem, se hidratar com frequência, tomar um pouco de sol e manter uma rotina de atividades físicas são atitudes essenciais durante todo o ano e, em especial, nas estações mais frias e secas", conclui o Prof. Dr. Durval Ribas Filho.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-tipos-de-alimentos-que-ajudam-a-turbinar-a-imunidade-no-outono,42723620c8a1f63b7c2be63a8bc7acacwsq7ne7j.html?utm_source=clipboard - Por Andréa Simões - Foto: Tatjana Baibakova | Shutterstock / Portal EdiCase

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Veja como combater o colesterol alto e seus riscos à saúde


Em níveis elevados, o colesterol “ruim” aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares, como o AVC. Veja quais alimentos evitar

 

E, ao contrário do que muitos podem acreditar, ele é na verdade necessário para que o organismo exerça adequadamente algumas funções. O perigo, no entanto, está no excesso. Por isso, é preciso ingeri-lo de maneira equilibrada para manter as taxas regulares.

 

Além disso, vale destacar que há dois tipos de colesterol: o HDL, considerado “colesterol bom”, e o LDL, denominado de “colesterol ruim”. Quando esse último está alto, ele pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas ateroscleróticas que podem restringir o fluxo sanguíneo e levar aos problemas cardiovasculares.

 

Segundo o Ministério da Saúde, quando em desequilíbrio no organismo, o colesterol torna-se fator de risco vascular, e aumenta a incidência de AVC, de morte súbita e doença coronariana. Nesse sentido, vale destacar que as doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no Brasil.

 

Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 40% da população brasileira têm colesterol elevado, o que representa 4 em cada 10 pessoas. Estudos científicos mostram ainda que a obesidade pode levar ao aumento dos níveis de colesterol total e LDL no sangue, enquanto reduz os níveis de HDL.

 

Colesterol e o risco de AVC

O colesterol alto está diretamente relacionado ao risco de AVC, alerta o neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola. Isso porque, ao acumular placas de gordura nas artérias, leva a um fluxo sanguíneo restrito e aumenta a probabilidade de um coágulo se formar, bloqueando o fluxo de sangue para o cérebro e causando um acidente vascular cerebral.

 

“O colesterol alto pode afetar os vasos sanguíneos de várias maneiras. O acúmulo de placas pode levar à aterosclerose, uma condição em que as artérias endurecem e estreitam. Isso torna os vasos sanguíneos mais propensos a danos e coágulos, aumentando o risco de AVC”, afirma o médico.

 

Além disso, fatores de risco associados ao colesterol alto, como hipertensão, diabetes e tabagismo, podem aumentar ainda mais a probabilidade de um AVC ocorrer. “Essas condições podem danificar os vasos sanguíneos, tornando-os mais suscetíveis a bloqueios e rupturas”, alerta o especialista.

 

Segundo Victor Hugo, o colesterol LDL está mais intimamente ligado ao AVC, pois seu acúmulo nas artérias é o principal responsável pela formação de placas. Por outro lado, o colesterol HDL, conhecido como “colesterol bom”, ajuda a remover o excesso de colesterol das artérias, reduzindo potencialmente o risco de um derrame.

 

Conforme o profissional, algumas medidas de estilo de vida podem ajudar a reduzir o risco de colesterol alto e, por consequência, diminuir as chances de AVC. Entre elas, Victor Hugo destaca:

 

Adoção de uma dieta saudável, rica em fibras e pobre em gorduras saturadas e trans;

Exercícios regulares;

Manutenção de um peso saudável;

Evitar fumar.

 

No entanto, vale destacar que, além do colesterol alto, existem outros fatores de risco para o AVC. É o caso, por exemplo, do histórico familiar, idade avançada, gênero masculino, arritmias cardíacas, uso de anticoncepcionais hormonais e história prévia de AVC ou ataque cardíaco.

 

Alimentação é preponderante no controle do colesterol

“Uma alimentação equilibrada tem papel fundamental no controle do colesterol. A dieta rica em frutas, verduras, legumes, cereais integrais, castanhas e carnes magras, como peixes e frango ajudam a manter os níveis adequados”, diz a médica nutróloga Dra. Andrea Pereira, cofundadora da ONG Obesidade Brasil.

 

Da mesma forma, alguns alimentos precisam ser evitados para que ele não aumente, destaca a especialista. Andrea cita principalmente os embutidos, ultraprocessados, sucos em pó, refrigerantes, bebidas alcoólicas, biscoitos doces e salgados.

 

Por fim, a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Camila Junqueira, dá algumas dicas de alimentos que devem ser evitados para afastar o risco de colesterol alto. Confira:

 

Alimentos para evitar

Alimentos ricos em gorduras saturadas: eles aumentam o LDL. Por isso, evite ou limite o consumo de carnes gordurosas, pele de frango, laticínios integrais, manteiga, banha de porco, óleo de coco e alimentos fritos em imersão;

 

Alimentos ricos em gorduras trans: elas não só aumentam o LDL, mas também diminuem o HDL. Evite produtos que contenham “gordura vegetal hidrogenada” ou “gordura parcialmente hidrogenada” no rótulo;

 

Carnes processadas: bacon, salsichas, linguiças e outros produtos de carne processada, conhecidos como “embutidos”, são ricos em gorduras saturadas e sódio, por isso também causam o acúmulo de gordura nas artérias favorecendo as doenças cardíacas;

 

Panificação e doces: bolos, biscoitos, bolachas e outros produtos assados muitas vezes contêm gorduras trans e/ou saturadas, além de açúcares, o que pode afetar negativamente os níveis de colesterol, triglicérides e a saúde do coração;

 

Alimentos ricos em açúcares adicionados: excesso de açúcares pode levar ao ganho de peso e desequilíbrios metabólicos, que por sua vez podem afetar os níveis de colesterol;

 

Fast food e comida processada: eles são ricos em gorduras trans, gorduras saturadas e sódio. Além disso, muitos alimentos processados contêm ingredientes que podem afetar negativamente os níveis de colesterol;

 

Bebidas açucaradas: refrigerantes e outras bebidas açucaradas podem contribuir para o ganho de peso e aumentar o risco de problemas cardiovasculares;

 

Óleos vegetais refinados: óleos vegetais refinados, como o óleo de milho, óleo de soja e óleo de canola, podem ser ricos em gorduras ômega-6, que em excesso podem promover inflamação;

 

Álcool em excesso: o consumo excessivo de álcool pode levar ao aumento dos níveis de triglicerídeos e contribuir para o ganho de peso, o que pode afetar o perfil lipídico.

 

Colesterol alto na infância e adolescência

Para a Dra. Nathalie Scherer, médica pediatra e neonatologista, atualmente vivemos em uma epidemia de sedentarismo e obesidade entre as crianças e adolescentes. A dislipidemia (aumento do colesterol e triglicerídeos no sangue) era antes uma doença e uma preocupação maior no adulto e no idoso, o que mudou nos últimos anos. Esse cenário gera uma preocupação crescente para a saúde pública.

 

“O porquê disso pode ser explicado por vários motivos: aumento do consumo de alimentos industrializados e ultraprocessados, ingestão abusiva dos “fast-food” e comida rica em frituras, diminuição do consumo de  alimentos “in natura” como vegetais  e legumes, o sedentarismo e esse estilo de vida caracterizado por pouca ou nenhuma atividade física durante o dia e, consequentemente,o uso abusivo de telas”, enumera a médica.

 

Segundo ela, outro fato que ajudou a agravar esse quadro foi a pandemia de Covid-19, já que tivemos que manter o distanciamento social, afastamento das crianças das atividades escolares e atividades esportivas.

 

Além disso, o tédio e a ansiedade por estarem em casa muita das vezes aumentaram o consumo de alimentos ultraprocessados com baixo valor nutricional, extremamente industrializados. “Mas, por serem mais palatáveis e darem uma sensação de bem estar por pouco tempo, foram muito consumidos. Com isso, esse hábito se manteve mesmo com o fim da pandemia”, aponta a especialista.

 

“Como consequência de todos esses fatores citados, nossas crianças e adolescentes, estão correndo risco maior de terem problemas cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão arterial, entre outras doenças graves”, alerta a pediatra.

 

Como prevenir a dislipidemia entre crianças e adolescentes

Nathalie aponta que apenas mudança no estilo de vida é capaz de prevenir o colesterol alto – isso em qualquer geração. Para as crianças e adolescentes, especialmente, a profissional destaca que é necessário comer melhor, consumindo alimentos mais nutritivos, menos processados e reduzindo o consumo de frituras e fast foods. Além disso, ela indica fazer exercícios diariamente.

 

“Lembrando que os cuidadores dessas crianças são os exemplos que elas têm em casa. Então nada adianta você proibir a criança de comer ou mandá-la fazer exercício se você não faz. Precisamos ser exemplos e viver mais e melhor”, destaca.

 

Para saber se seu filho tem dislipidemia, é importante consultar um médico, que irá avaliá-lo globalmente. “Será necessário exame laboratorial para saber se o colesterol está elevado ou não. Lembrando também que as crianças que estão no peso ideal ou abaixo do peso também podem ter a doença”, informa a especialista.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/colesterol-veja-como-combater-o-colesterol-alto-e-seus-riscos-a-saude.phtml - Foto: Shutterstock

terça-feira, 29 de abril de 2025

Como aumentar a testosterona naturalmente: nutricionista revela 3 dicas


Descubra o que é necessário fazer para estimular a produção natural desse hormônio

 

Saber como aumentar a testosterona de maneira natural é fundamental para o bem-estar. Afinal, o hormônio masculino - que também está presente nas mulheres - é responsável por uma série de benefícios. Como, por exemplo, melhora da libido, desempenho sexual e ganho de massa muscular. Dessa maneira, com a ajuda do nutricionista clínico e esportivo Dereck Oak separamos algumas dicas para estimular a produção do hormônio no corpo. Confira:

 

3 dicas para aumentar a testosterona

1. Proteína

"De forma natural, suplementação, alimentação e por incrível que pareça é o quê? A proteína! Por quê? A proteína vai recuperar a massa muscular depois do treinamento e depois dessas microlesões. Então, o aumento da massa muscular e a recuperação estimulam a testosterona", garante Dereck em entrevista exclusiva para o Sport Life.

 

2. Exercício físico

Mais um motivo para importância de uma vida física ativa, isto é, basta manter-se movimento para sentir-se completo tanto na saúde quanto na parte mental. Escolha o que lhe dá prazer. "O treino por si só exercita a massa muscular, e, também, estimula a testosterona", completa Oak.

 

3. Suplementos

Esse nutricionista argumenta que além desses suplementos, o que há de uma ação positiva na questão de testosterona são os micronutrientes, vitaminas e minerais exemplos: zinco, magnésio e vitamina D.

"Porque para o nosso organismo sintetizar os hormônios e ter todas as funções biológicas, que envolvem isso, esses micronutrientes são necessários. Então, esses suplementos que realmente vão ter um efeito na melhora da testosterona", afirma o profissional.

 

Existe um suplemento que aumenta a testosterona?

"Há um mal entendimento aí quando falamos de suplementos que aumentam a testosterona. Associamos muitas vezes suplementos utilizados para melhorar a libido, a disposição, por exemplo: o uso dos tribulus terrestris, da maca peruana, que o uso foi bem disseminado, acho que várias marcas de suplementos começaram a vender, tendo essa ideia de testo booster, mas não existe nenhuma comprovação científica de que aumente a testosterona. Visto que esses suplementos já eram utilizados antigamente para tratamentos de disfunção erétil, de pessoas que tinham algum problema relacionado a isso. Não existe nenhum milagre", encerra o nutricionista Dereck Oak.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/como-aumentar-a-testosterona-naturalmente-nutricionista-revela-3-dicas,4e85be7ca7d7fe2ce0aed75918129b5akjzx6xpu.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Sport Life

segunda-feira, 28 de abril de 2025

5 alimentos para ajudar a controlar a hipertensão arterial


O cuidado com a alimentação é essencial para evitar complicações da doença

 

Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão arterial é uma condição que está entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Conforme o Ministério da Saúde, cerca de 25% da população adulta convive com a doença, muitas vezes sem apresentar sintomas, tornando o diagnóstico precoce fundamental.

 

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado em 26 de abril, é importante reforçar que uma das principais formas de prevenção e controle da pressão alta se trata da adoção de uma alimentação mais saudável.

 

O nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Prof. Dr. Durval Ribas Filho, explica que a alimentação tem impacto direto na saúde cardiovascular. "O consumo excessivo de sal e de ultraprocessados e a baixa ingestão de potássio são fatores que contribuem para o aumento da pressão arterial. E a obesidade e a resistência à insulina, muitas vezes associadas a uma dieta inadequada, elevam ainda mais os riscos", explica.

 

Conforme o médico, que é especialista Fellow da The Obesity Society (USA) e docente da pós-graduação CNNUTRO, o cuidado com a alimentação é fundamental. "Para auxiliar no controle da hipertensão, uma alimentação equilibrada deve ser baseada em alimentos naturais e ricos em nutrientes benéficos para o coração", afirma.

 

Por isso, abaixo, confira alimentos que ajudam o organismo a funcionar melhor e a manter a pressão sob controle!

 

1. Verduras, legumes e frutas

São fontes de potássio e magnésio, minerais importantes para equilibrar a pressão arterial. Entre as melhores opções, destacam-se: banana, abacate, laranja, espinafre e beterraba.

 

2. Grãos integrais

Arroz integral, quinoa e aveia ajudam no controle do peso e melhoram a resistência à insulina, fatores essenciais no manejo da hipertensão.

 

3. Oleaginosas e sementes

Castanhas, nozes, amêndoas, chia e linhaça são fontes de gorduras boas, que auxiliam na saúde dos vasos sanguíneos.

 

4. Laticínios com baixo teor de gordura

Iogurte e leite desnatados fornecem cálcio, mineral associado à regulação da pressão arterial.

 

5. Temperos naturais

Alho, cúrcuma, orégano e manjericão possuem propriedades anti-inflamatórias e servem como substitutos do sal, cujo consumo excessivo está diretamente ligado à hipertensão.

 

Mantenha hábitos saudáveis

O Prof. Dr. Durval Ribas Filho ressalta que, além da alimentação equilibrada, é essencial adotar um estilo de vida mais saudável, com a prática regular de atividades físicas, uma boa qualidade do sono e o controle do peso. "Pequenas mudanças no prato e na rotina podem fazer uma grande diferença na saúde do coração, na qualidade de vida e longevidade", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-alimentos-para-ajudar-a-controlar-a-hipertensao-arterial,9d68eae507adabbaa0872ab38eb5cdd6vp2r3zpg.html?utm_source=clipboard - Por Andréa Simões - Foto: Oleksandra Naumenko | Shutterstock / Portal EdiCase

domingo, 27 de abril de 2025

Conheça os benefícios do pilates contra dores no joelho


Movimentos simples e de baixo impacto da atividade favorecem o fortalecimento da articulação

 

Para quem convive com dores no joelho, a prática de atividade física costuma ser recomendada por especialistas, pois pode ajudar a fortalecer a musculatura ao redor da articulação e aliviar o desconforto. No entanto, mesmo com essa indicação, muitas pessoas têm receio de se exercitar, com medo de agravar ainda mais a dor nos joelhos. Por isso, acabam optando por atividades de menor impacto, como o pilates.

 

Este método de treinamento é conhecido por melhorar a coordenação motora, aumentar a flexibilidade e a mobilidade das articulações, além de contribuir para o equilíbrio, a postura e a capacidade cardiorrespiratória, sendo uma alternativa segura e eficaz para quem busca qualidade de vida sem sobrecarregar os joelhos.

 

"A artrose de joelho é frequentemente a causa de dor no joelho, especialmente para mulheres e adultos mais velhos. Mas joelhos doloridos também podem resultar de uma lesão, músculos fracos ou tensos, obesidade, uso excessivo ou desequilíbrios musculares", explica o Dr. Fernando Jorge, ortopedista especialista em cirurgias do Joelho e cirurgias do Quadril (HSL-RP) e Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

 

Por isso, conforme o médico, é importante consultar um especialista para identificar a causa. "Estabelecer um diagnóstico correto é superimportante, até para alinhar as formas de tratamento e os exercícios físicos que devem ou não fazer parte do processo terapêutico", explica. Segundo ele, geralmente o pilates é uma excelente opção para pacientes que convivem com dor no joelho.

 

Importância do fortalecimento para o joelho

Conforme o Dr. Fernando Jorge, quando a dor no joelho é causada por biomecânica deficiente, atividades como o pilates podem ajudar no tratamento. "As pessoas, nesse caso, têm um desalinhamento, e então ocorrem irritações ou tensões. Ao longo de muitos anos, isso pode se agravar em uma lesão maior, como uma ruptura muscular, ou pode se tornar algo que afeta a cartilagem e se transforma em osteoartrite", diz.

 

Assim, a prática de atividade física pode ser uma aliada. "Se você sentir dor repentina no joelho, provavelmente é melhor inicialmente descansar o joelho. Mas se a dor persiste, descansar não é um bom negócio, já que, a longo prazo, isso resulta em fraqueza e atrofia muscular. Trabalhar no fortalecimento das estruturas de suporte do joelho, particularmente os músculos ao redor, pode frequentemente ajudar a aliviar o estresse na área lesionada e ajudar com a flexibilidade e a dor", acrescenta o médico.

 

Como o pilates beneficia o joelho

Para o Dr. Fernando Jorge, exercícios de pilates podem ser benéficos para afastar a dor não só do joelho. A atividade foi considerada significativamente eficaz na redução da dor associada à artrose do joelho e osteoporose, dor nas costas e dor no pescoço em uma revisão sistemática publicada na edição de março de 2022 do periódico Musculoskeletal Care, chamada "A systematic review of the effectiveness of Pilates on pain, disability, physical function, and quality of life in older adults with chronic musculoskeletal conditions".

 

"Mesmo aqueles sem dor no joelho podem se beneficiar do fortalecimento das estruturas que dão suporte aos joelhos, o que ajuda a prevenir problemas futuros na região, já que essas articulações são as maiores do corpo e bastante complexas. Elas também são extraordinariamente poderosas, absorvendo muita força das atividades diárias, um processo conhecido como carga do joelho", diz o ortopedista.

 

Os joelhos absorvem cerca de 1,5 vezes o peso do seu corpo ao caminhar em solo plano; isso salta para 316% do seu peso corporal ao subir escadas e 346% ao descer escadas, de acordo com um estudo publicado no Journal of Biomechanics, chamado "Loading of the knee joint during activities of daily living measured in vivo in five subjects".

 

Fortalecer para prevenir

Segundo o Dr. Fernando Jorge, para evitar a dor no joelho é necessário apostar em exercícios que fortaleçam quadríceps, isquiotibiais, glúteos e panturrilhas fortes. Também é útil ter músculos fortes na articulação do quadril.

 

"Tudo está conectado. Se você tem fraqueza em qualquer área do seu corpo, isso pode causar alinhamento ruim e força excessiva em áreas onde você não quer. E é aí que o pilates tem uma atuação interessante, já que, com os movimentos simples e de baixo impacto, é possível melhorar a mobilidade, a marcha e a estabilidade postural dos pacientes", comenta o profissional.

 

Mas atenção: o primeiro passo é sempre receber um diagnóstico de um médico especialista. "O ortopedista analisará pontualmente cada caso e recomendará a atividade ideal para a condição. A fisioterapia pode fazer parte do plano de tratamento, por exemplo. Outra opção é a hidroginástica ou até mesmo a musculação, sempre acompanhada de um profissional", finaliza o Dr. Fernando Jorge.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/conheca-os-beneficios-do-pilates-contra-dores-no-joelho,6d3f51b8284c58e7fb87371dc590b7aeky8di5ph.html?utm_source=clipboard - Por Guilherme Zanette - Foto: PH888 | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 26 de abril de 2025

Corpo do Papa Francisco é sepultado na basílica de Santa Maria Maggiore


Durante cerimônia, caixão permaneceu alguns minutos em frente a ícone de Maria onde o pontífice costumava orar, e crianças levaram flores brancas ao altar.

 

O adeus ao Papa Francisco foi marcado por pedidos de paz, a presença de líderes mundiais e uma multidão de fiéis com cerca de 400 mil pessoas neste sábado (26).

 

O corpo do pontífice foi sepultado na basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. Ele é o primeiro papa a ser sepultado fora dos muros do Vaticano desde Leão XIII, em 1903.

 

De acordo com o Vaticano, o rito de sepultamento teve início às 13h no horário local (9h em Brasília) e foi concluído cerca de 30 minutos depois. A cerimônia foi presidida pelo cardeal camerlengo, Kevin Farrell.

 

Não houve transmissão do sepultamento, e apenas sacerdotes e familiares de Francisco estiveram presentes.

 

O cardeal italiano Giovanni Battista Re, durante a homilia da missa de funeral, exaltou o legado de Francisco e destacou a sua posição contra guerras. Veja a íntegra.

 

"Perante o eclodir de tantas guerras nos últimos anos, com horrores desumanos e inúmeras mortes e destruições, o Papa Francisco levantou incessantemente a sua voz implorando a paz e convidando à sensatez", disse durante a missa. 'Porque a guerra – dizia ele – é apenas morte de pessoas e destruição de casas, hospitais e escolas'."

 

Ao todo, 250 mil pessoas se reuniram na Praça de São Pedro, enquanto outras 150 mil acompanharam a cerimônia nas ruas próximas. Muitos fiéis chegaram ainda durante a madrugada, e alguns chegaram a dormir nos arredores.

 

O caixão com os restos mortais do pontífice foi levado em cortejo pelas ruas de Roma após a celebração da missa funeral, ou Missa das Exéquias, conduzida na basílica de São Pedro pelo cardeal italiano Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais.

 

No papamóvel, o caixão passou por pontos simbólicos da capital italiana, como o Coliseu, o Fórum romano e a Igreja Il Gesù, sede da ordem dos jesuítas, da qual Francisco fazia parte.

 

Ao entrar na Santa Maria Maggiore, os carregadores do caixão fizeram uma pausa de alguns minutos em frente ao ícone de Maria onde o pontífice costumava orar. Crianças também levaram flores brancas ao altar.

 

Francisco morreu na segunda-feira (21), aos 88 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) e de um quadro de insuficiência cardíaca.

 

A celebração marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice falecido.

 

Dezenas de chefes de Estado acompanharam a cerimônia, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o ex-presidente norte-americano Joe Biden.

 

O presidente da Argentina, Javier Milei, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também estiveram presentes.

 

Caixão do Papa Francisco segue em cortejo no Vaticano

 

A Basílica papal de Santa Maria Maggiore é uma imponente igreja do século V localizada no centro de Roma, onde sete pontífices já foram sepultados. Francisco declarou no final de 2023 que queria ser enterrado neste local, e não na cripta da Basílica de São Pedro, como acontece há mais de três séculos.

 

Francisco tinha uma relação forte com o lugar onde escolheu ser sepultado. Ele passava para orar no local antes e depois de cada viagem, bem como após cada uma de suas internações.

 

Sete papas já foram enterrados nesta basílica, o último deles Clemente IX, em 1669, além de outras personalidades, como o arquiteto e escultor Bernini, autor da colunata da Praça de São Pedro.

 

A cerimônia conta com um forte esquema de segurança, com drones de vigilância, atiradores de elite, especialistas em desarmamento de bombas e outros especialistas. O espaço aéreo de Roma também deve ser temporariamente fechado.

 

Ainda no sábado, às 16h (21h, em Roma), será rezado o Rosário em frente à Basílica de Santa Maria Maggiore. O túmulo será aberto à visitação pública no domingo (27).

 

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/04/26/papa-francisco-sepultamento.ghtml